Trieiros em trânsito: acontecimentos e perspectivas

  • Karina Ribeiro Yamamoto Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal do Tocantins
  • Andrey Tamarozzi Lima Universidade Federal de Ouro Preto
  • Francisco Serpa Peres Universidade de São Paulo

Resumo

No Estado do Tocantins chama-se popularmente de “trieiro” um caminho estreito em meio à vegetação ou clareira, formado por passagens sucessivas de seres humanos ou animais, que por sua vez também são chamados de trieiros. A palavra reúne em si dois processos distintos: caminho e caminhante, a criação de um caminho e o ato de percorrê-lo, o sujeito da ação e o rastro da ação. Este acontecimento direciona o Grupo Xanarai, um coletivo de pesquisa e criação cênica, nascido no ano de 2013 pelo desejo de discentes e docentes do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins. No ano de 2015, estreamos nosso primeiro e único espetáculo teatral, intitulado “Trieiros: no meio de um monte de nada”, fruto de uma pesquisa sobre a geografia do Estado do Tocantins, num processo que levou o grupo a uma série de viagens pelo interior desse estado, passando por locais como o Parque Estadual do Jalapão, Ilha do Bananal, Serra de Lajeado e Distrito de Taquaruçu. Este trabalho pretende discutir questões epistemológicas da palavra trieiros e sua possível implicação no campo artístico-pedagógico. O trieiro esboça uma geografia do pensamento e da ação que é simultaneamente extensiva, na medida em que o traça objetivamente pela superfície terrestre, e também intensiva, na medida em que seu corpo é um território de passagem. Enquanto três autores, pretendemos abordar este acontecimento por três perspectivas provisórias: do ator, do encenador e da professora, através de um metálogo, formato de texto baseado na teoria de Bateson.

Biografia do Autor

Karina Ribeiro Yamamoto, Universidade Estadual de Campinas Universidade Federal do Tocantins

Professora do Curso de Teatro da Universidade Federal do Tocantins. Doutorando do Programa Artes da Cena da UNICAMP.

Andrey Tamarozzi Lima, Universidade Federal de Ouro Preto
Graduação em Artes Cênicas pela UFT, Mestre em Artes Cênicas pela UFOP.
Francisco Serpa Peres, Universidade de São Paulo
Orientador de Artes Dramáticas do Teatro da Universidade de São Paulo. Mestre em Artes pela USP.

Referências

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Publicado
2021-12-20
Seção
Fórum de Pesquisas em Processo