A montagem como ferramenta dramatúrgica: dialogando com os vazios do afastamento

Resumo

O artigo apresenta um extrato da minha pesquisa de mestrado na qual investigo, através das análises de Georges Didi-Huberman, o conceito de montagem e sua aplicabilidade dramatúrgica. Considerando a conjuntura de afastamento social e os percalços encontrados diante da crise do novo coronavírus, aproximo reflexões de Paul B. Preciado e Peter Pál Pelbart sobre o tema e estabeleço diálogos com as observações de Jean-Pierre Sarrazac sobre as noções de fragmento e crise. A dramaturgia, apresentada neste artigo através de textos e imagens, aborda duas temporalidades: a crise sanitária de 2020 e a crise política vivida pela minha avó materna durante a ditadura militar brasileira.

Referências

DIDI-HUBERMAN, Georges. Quando as imagens tomam posição. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.

PRECIADO, Paul B. Aprendendo com o vírus. El País, Espanha, mar/2020. Disponível em: http://agbcampinas.com.br/site/2020/paul-b-preciado-aprendendo-com-o-virus/. Acesso em: 29 mar. 2021.

PELBART, Peter Pál. Espectros da catástrofe. n-1 edições, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.n-1edicoes.org/textos/129. Acesso em: 02 mar. 2021.

SARRAZAC, Jean-Pierre. Léxico do drama moderno e contemporâneo. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

Publicado
2021-12-16
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade