Serafina: criação em dança no método Bailarino-Pesquisador-Intérprete a partir de pesquisas de campo com as encantarias

Resumo

Serafina é dançada por Larissa Turtelli, com direção de Graziela Rodrigues e captação e edição de vídeo de Karina Almeida. É um videodança do Núcleo BPI, que em sua versão completa possui 37 minutos de duração. Este trabalho foi criado dentro do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) no contexto da pandemia do Covid-19, com direção online de Graziela Rodrigues e trabalhos na casa da intérprete Larissa Turtelli. A base para esta criação foram pesquisas de campo realizadas dentro do método BPI no mês de fevereiro de 2020, logo antes da pandemia, nas quais o foco foram as encantarias da região de Santarém no Pará. Nos trabalhos de criação após a pesquisa de campo foram sendo aos poucos depurados pela diretora os vários corpos que emergiram do corpo da intérprete mobilizados – e interconectados – com o vivido nas pesquisas de campo. Serafina conflui corpos em forças de resistência. Corpos inerentes aos seus habitats, água, terra, mata. Forças femininas, dos primórdios e do hoje. Continuidade e sobrevivência. Corpo que é barco largo nas águas, corpo em estado de festa, corpo que luta para não se extinguir. É aquele que ressurge do ínfimo, das cinzas, dos restos. A convergência dos corpos gera uma nova força.

Biografia do Autor

Larissa Turtelli, Instituto de Artes - Unicamp
Professora Doutora do Departamento de Artes Corporais do Instituto de Artes da UNICAMP, com atuação na Graduação em Dança (Bacharelado e Licenciatura) e no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena. Doutora em Artes, intérprete e diretora de espetáculos de dança. Especializada no método BPI desde 1992.
Graziela Rodrigues, Instituto de Artes - Unicamp

Professora Titular da Universidade Estadual de Campinas, Daco - IA. Doutora em Artes; Psicóloga; Bailarina; Atriz; Diretora de espetáculo; Roteirista. Criadora do Método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete).

Referências

MARTINS, Júlia Ritez; BAIRRÃO, José Francisco Miguel Henriques. Psicanálise e encantaria: a enunciação insurgente. Memorandum, 21, 208-216. Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP. 2011. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6614/4188

Acessado em 14/08/2021 às 23:07

PRANDI, Reginaldo (Org.). Encantaria brasileira: o livro dos Mestre, Caboclos e Encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2004.

RODRIGUES, Graziela Estela Fonseca. O método BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete) e o desenvolvimento da imagem corporal: reflexões que consideram o discurso de bailarinas que vivenciaram um processo criativo baseado neste método. Campinas, SP: [s.n.], 2003. Tese (Doutorado em Artes). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Artes (IA). Disponível em:

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Acessado em 15/08/2021 às 00:56

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TEIXEIRA, Paula Caruso. O Santo que Dança: uma vivência corporal a partir do eixo Co-habitar com a Fonte do Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete. 2007. Xx f. Dissertação (Mestrado em Artes) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, 2007. Disponível em:

http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/285026/1/Teixeira_PaulaCaruso_M.pdf

Acessado em 15/08/2021 às 1:12

Publicado
2021-12-16
Seção
Grupo de Pesquisadores em Dança