O que estamos a fazer com os direitos humanos?

Resumo

Esse trabalho traz uma análise da versão hegemônica dos direitos humanos, bem como da educação em direitos humanos, em diálogo com A condição humana, de Hannah Arendt, com o spect-ator, de Augusto Boal, e sua Estética do Oprimido. Ponto de partida para essa análise é uma narrativa, baseada em fatos reais, de um casal, que sai do interior da Bahia em busca da proteção de seu direito humano à vida digna. Uma ocorrência rara, daqueles que conseguem furar a cena da opressão, mas com um desfecho nada animador, considerando a frustração da suposta proteção que os direitos humanos deveriam lhe conferir. Questiona-se, com Hannah Arendt, a proposta hegemônica dos direitos humanos. Propõe-se, com o spect-ator de Boal, uma releitura para essa proposta.

Referências

ARENDT, Hannah. A condição humana, 10ª edição. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

BOAL, Augusto. O arco íris do desejo: o método Boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

BOAL, Augusto. A estética do oprimido. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras estéticas políticas. São Paulo: Cosac Naify, 2013.

BOAL, Augusto. O arco íris do desejo: o método Boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

MAGALHÃES, Theresa Calvet de. Ação, Linguagem e Poder: Uma releitura do Capítulo V [Action] da obra The Human Condition. In CORREIA, Adriano (Org.). Hannah Arendt e a condição humana. Salvador: Quarteto Editora, 2006.

Publicado
2021-12-16
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena