Onde termina a performance: arte dramatúrgica e pandêmi(caos)

Resumo

O presente estudo versa sobre a relação entre o verbo terminar e arte da cena intitulada performance. sendo fazer-se em processo, a performance não termina, não recebe ponto final resoluto que assinala sua extinção, porque sempre se cria-resistindo, poemas. sem conseguir se livrar absolutamente do teatro, sem conseguir negar sua teatralidade, a performance é arte cênica de co-existência, de conjugação, e nunca deixará de existir; assim como o ser humano que ainda reluta por ser-humanidade na terra. esqueça o pós-humano, o pós-moderno, o pós-dramático, o pós-humanismo. o término da performance será sempre poema, será sempre ter mina, ter o que minar como arte dramatúrgica, ainda que perdure um pandêmi(caos).

Biografia do Autor

Sócrates Roberto Fusinato, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Poeta-dramaturgo, performer, professor de teatro, filosofia e antropologia, doutorando em teatro em Programa de Pós-graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, sob orientação do professor doutor Milton de Andrade Leal Junior. e-mail: rumeiro@gmail.com

Referências

AGAMBEN, Giorgio. O homem sem conteúdo. Trad. Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. 28 de novembro de 1947 – como criar para si um corpo sem órgãos. Trad. Aurélio Guerra Neto. In: Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia (vol. 3). Rio de Janeiro: 34, 1996, p. 9-29.

FABIÃO, Eleonora. Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea. Sala preta. v. 8, 2008, p. 235-246.

Publicado
2021-12-16
Seção
Estudos da Performance