A dança: vida e morte em diálogo com o processo de criação de Minako Seki

Resumo

A vida é um processo de morte. Existe um tempo subjetivo que não sabemos até a morte. O que fazemos com esse tempo? Estar consciente da morte é estar presente na vida. Os processos de criação em dança contemporânea se modificam no tempo Kairós (suspenso, sem medida cronológica), como o tempo entre a vida e a morte, até sua produção final. Nesse sentido, tal produto pode ser a estreia ligada à conclusão do trabalho artístico. Ou seja, a morte do processo dá vida à obra. Assim, mesmo depois da estreia as obras de dança podem passar por adaptações, transformações e originar novas criações. Então, como a dança pode contribuir para o entendimento da vida e da morte? Para responder a essa questão recorro ao diálogo netnográfico (através de ferramentas eletrônicas como e-mails e videoconferências) com a Sra. Minako Seki, artista japonesa, estudiosa, fundadora do primeiro grupo de dança Butô na Alemanha (1987). A Senhora Minako desenvolveu o Método Seki que é a fusão entre a dança contemporânea e o teatro físico com a Dança Butô. Por fim, trago uma reflexão acerca de como a morte pode ser o nascimento de novos processos.

Biografia do Autor

Milianie Lage Matos, Universidade Estadual Paulista
Milianie Lage Matos é licenciada e mestra pela Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Aluna Especial no nível de doutorado no Programa de Pós-graduação do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – Júlio de Mesquita (UNESP), com a orientação do Professor Dr. Pelopidas Cypriano e da Profa. Dra. Kathia Godoy.  Professora da Rede Estadual de Ensino do Estado da Bahia – Ensino Médio (2015 a 2020). Professora da Rede Municipal da cidade de Lauro de Freitas/BA – Ensino Fundamental I e II (2018 e 2019). Professora aprovada no Concurso para Professor do Município de Salvador/BA (2020).

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Publicado
2021-12-16
Seção
Processos de Criação e Expressão Cênicas