Plantar flores na autopista: reflexões sobre a residência artística Raízes com Marie Close

  • Maria Inês Galvão Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ligia Losada Tourinho Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

Esta proposta tem como objetivo partilhar e refletir sobre as experiências vivenciadas durante a residência artística Raízes, conduzida pela artista belga Marie Close, com alunos e professores do Departamento de Arte Corporal da UFRJ - dentre eles, as autoras desta proposta. A intenção era de experimentar o Life/Art Process (LAP) como metodologia de criação artística. O LAP revolucionou a dança contemporânea e foi criado por Anna Halprin. Através da temática de RAIZES, a coreógrafa conduziu o grupo em um mergulho criativo a partir da histórias de vida de cada um. Foram seis dias juntos para dançar, desenhar, escrever, sonhar, cantar e criar. Experiências que proporcionaram o encontro e a conexão consigo mesmo, com o outro e revelaram mundos invisíveis. Este projeto foi uma ação do Grupo de Pesquisa em Dramaturgias do Corpo da UFRJ. Em 2016 Marie Close realizou dois workshops nas UFRJ para os alunos dos cursos de Dança sobre o LAP. Em 2017, as artistas organizaram a residência Raízes. A residência se deu através da questão urgente: O que em minha vida e arte me conecta com a minha força e como revela minha vulnerabilidade? Exploramos como a força e a vulnerabilidade se completam, se opõem, se molestam, se acalmam e se curam. Essas qualidades do corpo nos conectam com nossa parte crua, sensível, criativa, ousada, intuitiva e caótica. Foram realizadas duas apresentações performáticas, uma no Salão de Dança Helenita Sá Earp na UFRJ e outra no Teatro Angel Vianna do Centro Coreográfico da cidade do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Maria Inês Galvão Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora adjunta do departamento de arte corporal, escola de educação física. Professora dos cursos de graduação em dança da UFRJ.
Ligia Losada Tourinho, Universidade Federal do Rio de Janeiro
Professora adjunta do departamento de arte corporal, escola de educação física. Professora dos cursos de graduação em dança da UFRJ.

Referências

ARGAN, G. C. Arte Moderna. Do Iluminismo aos Movimentos Contemporâneos. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CALDAS, P. e GADELHA, E. (orgs). Dança e dramaturgia(s). Tradução de Nathália Mello, Rosa Ana Druot de Lima e Sylvain Druot. São Paulo: Nexus, 2016.

HALPRIN, A. Disponível em: <http://www.azquotes.com/author/20328-Anna_Halprin>. Acesso em: 20 Nov. 2017.

LEPECKI; A. Errância como trabalho: sete notas dispersas sobre dramaturgia da dança. In: CALDAS, P. e GADELHA, E. (orgs). Dança e dramaturgia(s). Tradução de Nathália Mello, Rosa Ana Druot de Lima e Sylvain Druot. São Paulo: Nexus, 2016. Cap. 6, p. 61-83.

PAZ, O. André Breton o la búsqueda del comienzo. In Estrella de tres puntas: André Breton y el surrealismo, 61-77. Coyoacán, México: Editorial Vueltas, 1996.

Publicado
2018-03-19