Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace pt-BR diretoria.abrace@gmail.com (Diretoria da ABRACE) secretaria.abrace1998@gmail.com (Secretaria da ABRACE) Qui, 16 Dez 2021 00:00:00 -0300 OJS 3.1.2.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Matrizes e vertentes do teatro de rua brasileiro: uma possível classificação para fins didáticos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5414 O presente trabalho é um desdobramento da pesquisa de doutorado desenvolvida pelo autor, quando foi possível visitar distintas IES públicas brasileiras em cujos cursos superiores de Teatro e Artes Cênicas são desenvolvidos processos pedagógicos em teatro de rua. A partir do observado em campo e em cotejo aos escritos e reflexões de diversos pesquisadores, entre eles Adailtom Alves Teixeira, Igor Schiavo e Narciso Telles, cheguei a uma classificação, para fins didáticos, das matrizes e vertentes do teatro de rua brasileiro. Ressalto o aspecto didático de tal classificação, uma vez que a realidade é sempre mais ampla e complexa do que os estudos acadêmicos dão conta de sistematizar, no entanto, as categorias identificadas podem auxiliar o conjunto de docentes que ministram (ou intencionem ministrar) matérias ou cursos de teatro de rua, nos diversos âmbitos educacionais. Assim, as matrizes e/ou vertentes aludidas seriam: Culturas populares (incluindo relações com folguedos, danças dramáticas, literatura de cordel e as influências da <em>commedia dell`arte</em>)<em>; </em>Teatro Político (com influências do <em>agitprop </em>russo soviético e do teatro épico-dialético brechtiano); Circo e palhaçada; e ainda o campo da Performatividade e Intervenção urbana, envolvendo, em certa medida, também o Teatro de Invasão. Considerando os muitos (possíveis e necessários) imbricamentos entre essas distintas matrizes e vertentes que alimentam e/ou são alimentadas pelo teatro de rua, a compreensão dos processos históricos de desenvolvimento das formas artísticas e culturais, bem como a relação com os contextos nos quais elas se desenvolveram são extremamente relevantes para o ensino-aprendizagem de teatro de rua. Assim, para evitar que os processos pedagógicos incorram em ingenuidades, romantismos ou preconceitos, o estudo das matrizes e/ou vertentes do teatro de rua pode ser bem-vindo, auxiliando a fornecer “chão histórico” para a práxis de rua. Por fim, no texto apresento como docentes em algumas universidades públicas do país têm desenvolvido processos pedagógicos no campo do teatro de rua, articulando-os ou não com as matrizes e vertentes anteriormente elencadas. Alexandre Falcão de Araújo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5414 Qui, 16 Dez 2021 21:28:18 -0300 Experimento pedagógico: deambular na pandemia – encontro de grupos de pesquisa Brasil/Colômbia https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5457 <p>Esse artigo se propõe a reunir reflexões sobre o encontro ocorrido entre três grupos de investigação pertencentes a universidades e cidades diferentes para investigar a deambulação e a improvisação em dança durante os tempos pandêmicos entre o mês de abril e maio de 2021. Emergiram assuntos e estudos de modo teórico prático, atrelados à relação do corpo com a rua, e à proposição criativa em dança a partir dos espaços que estão em volta da moradia de cada participante do encontro. Houve um planejamento prévio entre os três professores investigadores de cada universidade, no Brasil na Universidade Federal da Paraíba, com o grupo Radar 1, na cidade de João Pessoa-PB, coordenado pela professora Líria Morays; na Colômbia, na Universidade do Atlântico, com o grupo MAT, na cidade de Barranquilla, coordenado pela professora Ana Milena Navarro Bussaid; e na UNIBAC, na cidade de Cartagena, com o grupo Fascia, coordenado pelo professor Dayan Julio. Cada grupo, com seus estudantes participantes estiveram vivenciando uma experiência de intercâmbio online, realizando experimentos na rua e relatando suas realidades sociais, políticas e seus desejos artísticos através da deambulação. A prática da deriva atrelada à um tipo de percepção aguçada necessária para que o corpo esteja impregnado do espaço esteve presente em todos os encontros apresentando variações nos estímulos que eram específicos de cada grupo. A atenção para a rua estava voltada <span style="text-decoration: line-through;">para</span> ora para o mapeamento sonoro, ora para a percepção de situações sociais encontradas e ora para o formato arquitetônico com as respectivas sensações que esses estímulos provocavam. Durante seis encontros de duas horas cada um, houveram produção de relatos, capturas de imagem, sons, objetos<span style="text-decoration: line-through;">, sons</span> e escritas referentes a essas vivências, além da relação de trabalhos em duplas contemplando a experiência entre línguas e culturas diferentes. A improvisação em dança como um modo de acontecimento, o público capturado na emergência citadina e o modo como o dançarino lida com a sua própria poética enquanto deambula são questões que esse artigo apresenta como discussões importantes. Considera-se o lugar do experimento como uma maneira de produzir conhecimento, que pode apresentar a mesma natureza da deambulação, tomando a investigação em seu próprio tempo presente e capturando os materiais e informações para composições artísticas conjuntamente aos pensamentos que são evocados da experiência criativa junto/na e a partir da relação com a rua.</p> Líria de Araújo Morais Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5457 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 O que o movimento sensível move https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5112 <p>Este artigo apresenta a prática corporal do Movimento Sensível tanto em sua abordagem conceitual como através de seus princípios experienciais procurando elucidar as especificidades desta abordagem do corpo. Baseado em uma pedagogia da percepção o Movimento Sensível se desdobra na relação entre arte, saúde e educação propondo uma prática poética. Sob o ponto de vista da anatomia este trabalho atua com o movimento pelas fascias, de modo que a experiência do sensível é descrita em âmbito psico somático. </p> Maíra Leme de Andrade Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5112 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 Materialidades e superfícies dançantes nos rituais de escrita https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5130 <span id="docs-internal-guid-79b8da2a-7fff-12ba-2d19-a9226edf0953"><span>Este artigo se apresenta enquanto uma troca de correspondências e traz à baila as relações corporais entre as múltiplas materialidades e superfícies dançantes nos rituais de escrita. Quem/O que dança enquanto escrevemos? Por quê escrevemos? A letra no papel, o caderno no espaço, os papéis e suas texturas, a mão com a caneta, o corpo em suas transferências de peso. Qual a implicação do corpo no ato de escrever? O Lab Corpo Palavra, procedimento artístico pedagógico de autoria da artista-pesquisadora da dança Aline Bernardi, propõe articular uma convivência com as escritas em suas qualidades do movimento e modulações dos estados de presença. Uma escrita que possa ser continuidade do campo afetivo, numa ressonância poética-ética-política com os ecos das sensorialidades.</span><span>Diane Portella é artista do papel e criadora da di[versa], que se dedica à feitura de cadernos e livros artesanais. Os cadernos e/ou as muitas texturas de papéis são trazidos à cena como uma extensão da pele, como suportes para a expressão dos afetos; os cadernos não são objetos de utilidade, são superfícies que criam dança. Ambas as artistas são intérpretes criadoras do selo artístico Celeiro Moebius, que vem sendo um espaço coletivo de intersecção das poéticas que surgem em consonância com a proposta de investigação do Lab Corpo Palavra. </span></span> Aline de Oliveira Bernardi, Diane Portella Oliveira de Assis Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5130 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 Redes Internas: ligações contínuas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5142 <p dir="ltr"><span>Investigamos a correlação entre teoria e prática a partir da observação participante em laboratórios da pesquisa de mestrado “Revisitando o corpo: um estudo das interfaces entre respiração, interpretação e criação em dança”. Buscamos investigar as relações do movimento com a respiração, não somente em sua função fisiológica , mas tendo como eixo principal a análise de contribuições específicas para as habilidades corporais, a expressividade e a criação em dança. </span>Propomos a utilização criativa da abordagem somática Ideokinesis, por meioda prática com as nove linhas de movimento indicadas por Lulu Sweigard (1974). Na videodança “Redes Internas: ligações contínuas” apoiamos na prática como pesquisa (PAR). Propomos refletir o percurso priorizado na videodança discorrendo sobre as linhas de movimento utilizadas, modos de organização e escolhas realizadas. Passar, transpassar, estar entre… entender caminhos, preencher e ainda ter espaço para acomodar. Conectar-se, associar, não descolar e reverberar. Soltar sim, pelo estudo, pelo autoconhecimento. A prática destaca o início de um reconhecimento, que passa por imagens, sensações, percepções, sentimentos e pensamentos, que emergem, escondem-se e ressurgem no corpo na criação cênica.</p> Júlia Ferreira, Júlia Ziviani Vitiello Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5142 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 O direito de existir modos e maneiras de ser através da performance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5150 <p>Este trabalho está centrado no desenvolvimento do pensamento, no sentido de compreender a <em>performance </em>como um ente, baseado na noção de ser como modos e maneiras de existir. Para tanto, sigo na esteira do filosofo francês Etenne Souriau, que traz a arte para o cerne da discussão ontológica. Um contínuo processo de instauração e anáfora de um ser desde uma condição virtual de quase não existência para uma existência plena e indubitável no plano das coisas. Essa função instauradora pressupõe uma relação com o direito de existir através de seus modos e maneiras de ser., e consequentemente a liberdade em fazer existir planos de existência e seus respectivos pontos de vista diante das perspectivas possíveis em uma paisagem e arquitetura da consciência. Nesse sentido posiciono as artes da cena, diante de seu plano de existência, como modo libertário de trazer ao mundo uma diversidade de pontos de vista e renovação do pensamento, mas que, porém, se constitui cerceado pelo modo de ser institucional, operando de maneira tirana e encapsulando tal caráter libertário em condições restritas de legitimidade diante das diretrizes de um sistema comprometido com a apropriação do direito à liberdade.</p> Luiz Naim Haddad Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5150 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 Feldenkrais e Tuning scores: uma articulação metodológica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5238 <p>Este trabalho propõe discutir a metodologia de uma pesquisa artística que questionou a visão e o movimento durante a pandemia do covid-19 e resultou na produção de um videoperformance. O objetivo foi propor procedimentos que articularam uma prática pessoal a partir de duas técnicas de educação somática e dança respectivamente, o Feldenkrais e o <em>Tuning Scores</em>. Na técnica Feldenkrais, a pesquisadora experimentou investigações da visão que se desenvolveram em três aspectos: diferenciação, integração e função. No <em>Tuning Scores</em>, por sua vez, a práticas costumam circular por três vias, o corpo, o pensamento e o pensamento de outro corpo. O resultado foi um videoperformance intitulado <strong>Para que os olhos se demorem. </strong>A partir desta articulação metodológica, foi construído o cruzamento teórico entre as ideias de atenção, presentes no método Feldekrais; atenciografia, presente no <em>Tuning Scores</em>; e a relação entre visão e imaginação, presente em ambas as técnicas.</p> Fernanda Ströher Barbosa, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5238 Qui, 16 Dez 2021 21:28:19 -0300 Corpo e imagem do corpo: duas experiências performativas em tempos de COVID-19 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5239 <span>Este artigo pretende refletir criticamente acerca das relações entre meios de comunicação de massa e atuação artística no âmbito das artes presenciais. Pretendemos contrapor a Teoria da Dessensibilização, segundo a qual a exposição continuada a imagens de violência causariam uma anestesia social, à experiência de ser espectador de uma obra inspirada nestas imagens. As performances "Manaus: eles estão bem mortos" e "Ardeu 33 vezes", de autoria desta pesquisadora, serão olhadas sob os prismas da função histórica do artista no registro de acontecimentos brutais na sociedade, numa análise contextualizada nos dias da COVID-19. As reflexões serão tecidas com o amparo de pensadores como como Boris Groys, Achille Mbembe e Lanussi Pasquali, entre outros.</span> Christina Gontijo Fornaciari Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5239 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Reflexões sobre o processo de criação atoral a partir da construção de um solo baseado em Crime e Castigo de Dostoiésvki https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5266 <span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">Em interlocução com Didi </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">Huberman</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> e </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">com seu texto “Quando as imagens tocam o real”</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">e</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">sse trabalho se dedica </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">a refletir sobre</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> modos de</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> aproximação com </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">uma obra do passado,</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">para </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">p</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">rocessos de criação </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">teatral</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">. </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">Esse estudo se amalgama com</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">a construção, ainda em </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">andamento</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, de um solo realizado a partir do romance Crime e Castigo,</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">do escritor russo </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">Fiòdor</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> Dostoiévski</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">no qual a pesquisadora é atriz e diretora</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">. Busca </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">identificar </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">também, </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">no próprio romancista</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">a sua relação com seu tempo e como ele construiu sua poética a partir disso.</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> </span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">Para leitura dos elementos</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">dostoievskianos</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, dialogamos com Mikhail </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">Bakthin</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">, Jacques </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">Rancière</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0"> e Andrei </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW52472407 BCX0">Tarkovski</span><span class="NormalTextRun SCXW52472407 BCX0">.</span> Liliane Lyon Rovaris Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5266 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Conjunctio oppositorum e os modos de percepção no parateatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5293 <span>O objetivo deste texto é analisar a noção de </span><em><span>Conjunctio oppositorum</span></em><span> nas propostas parateatrais, isto é, nos projetos realizados pelo Teatro Laboratório — grupo polonês liderado por Jerzy Grotowski — no período que vai de 1970 a 1982. O termo </span><em><span>Conjunctio oppositorum</span></em><span> foi utilizado por Jerzy Grotowski para expressar o entrelaçamento paradoxal entre estrutura e espontaneidade no trabalho cênico e geralmente é reconhecido em espetáculos cênicos em que há uma composição elaborada previamente e reproduzida diante da plateia. Esse não é o caso dos experimentos classificados como parateatrais, uma vez que neles não havia nenhuma estrutura performativa fixa, nenhuma “obra teatral” criada para ser apresentada e repetida diante de um público de espectadores, sendo todos os envolvidos obrigatoriamente participantes ativos. Tratava-se de experiências voltadas para o que Grotowski chamava de “Encontro”, isto é, um tipo de trabalho sobre si mesmo a partir do contato com o outro; sendo, por isso, a base improvisacional sua principal característica. Todavia, ainda assim a dimensão da estrutura/forma/partitura se fazia presente, configurando-se de maneiras sutis e variadas. Assim, primeiramente buscarei descrever o que foram os diversos experimentos contraculturais reunidos sob a denominação de </span><em><span>Parateatro</span></em><span> para, em seguida, demonstrar como na aparente “improvisação livre” modos de estruturação quase imperceptíveis conduziam o acontecimento performativo, definindo como se davam os modos de percepção e outros aspectos do trabalho sobre si.</span> Lidia Olinto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5293 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Escuta! https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5318 <p>Partindo de considerações sobre o 5º chacra, pensar a escuta como uma ação que precede a manifestação oral, ampliando a discussão para a o silêncio, o som, as vocalidades, os impulsos e as possiblidades de construção de narrativas (im)pessoais e inserções no trabalho da/do performer.</p> Nara Waldemar Keiserman Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5318 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Dispositivos de comoção em obras do Ateliê 23 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5323 <p>Este artigo, como parte da pesquisa de doutorado (Soares, 2021) que desenvolvi na Universidade Federal da Bahia, utiliza da análise de três obras do grupo amazonense Ateliê 23 para apresentar o uso de dispositivos de dor e violência pelo grupo, chamados de dispositivos de comoção, como metodologia de construção dos espetáculos, com a pretensão de elaborar novas relações com o espectador, imbuído do conceito como a condição precária da vida intencionando à construção de empatia como reconhecimento de si no outro. A pesquisa, dessa forma, tende a concluir que o uso do documento vivo em cena, reverbera na percepção da consciência e dialoga com o poder da comoção que a arte possui, como ato político de existência e sobrevivência de uma comunidade.</p> Taciano Soares Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5323 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Forma e performatividade: perspectivas sobre o trabalho de atuação cênica no teatro de Robert Wilson https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5354 <p>O presente estudo se propõe à discussão sobre processos de atuação a partir de noções variadas sobre o conceito de forma. Essa abordagem resulta de análises teórico-críticas atreladas a observações e vivências em ensaios e workshops com o encenador teatral e artista visual Robert Wilson. O intuito da argumentação é refletir sobre como o formalismo pode ser tomado como um processo performativo, em contraposição às leituras que entendem abordagens formais nas artes cênicas como processos meramente restritivos e reducionistas. Pretende-se apresentar referenciais teóricos e práticos que contribuam para o vislumbre de possibilidades ampliadas sobre forma e formalismo na cena teatral, encaminhando discussões que entrecruzam saberes para refletir sobre processos de atuação na cena contemporânea.</p> Raphael Vianna Coutinho Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5354 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Ser[e]ia: ensaios preliminares sobre o elemento autoficcional na teatralidade contemporânea https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5379 <p>Pesquisa em processo no âmbito do mestrado, o trabalho propõe a relação entre o mito da sereia e o elemento autoficcional. Assim, visa destacar o aspecto híbrido da cena teatral que se elabora a partir deste elemento e que se caracteriza pela justaposição de relatos reais e ficcionados. O objetivo do trabalho é levantar aspectos e potências do campo autoficcional na teatralidade contemporânea e elaborar procedimentos para acioná-lo. Através de metodologia performativa, ao mesmo tempo que analiso o campo ad autoficção, elaboro trabalhos artísticos sobre o tema. Para o diálogo teórico, são convocadas autoras e autores tais como Janaina Leite, Agamben e Sergio Blanco. Dentre as noções apresentadas, destaco a ideia de [co]habitar como elemento marcante do campo autoficional.</p> Ivan dos Santos Faria Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5379 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Desconcerto uma cantata para ossos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5411 <p dir="ltr"><span>Desconcerto uma cantata para ossos é uma ação performativa acerca das problemáticas e materialidades artísticas já levantadas no processo da pesquisa de mestrado em andamento “Vocalidade em Performance (...) traçados de uma possível pedagogia das vozes”, com orientação da Prof.ª Dr.ª Wânia Mara Agostini Storolli, PPGA UNESP. Quanto pode a voz? Pode mais do que ser simplesmente instrumento para o texto dramatúrgico? Como a experimentação vocal (as glossolalias</span><span>) pode contribuir para a formação de atores e atrizes? Há possibilidade de transpor todo um sem fim de sonoridades vocálicas que surgem da experimentação para a experiência posterior com a palavra, com o texto? Há um formato textual, dramatúrgico que potencialize a experimentação vocal como processo criativo?</span></p><div><span><br /></span></div> Gabriela Flores Nunes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5411 Qui, 16 Dez 2021 21:28:20 -0300 Corpas-contra-amnésia: performando o memoricídio Kariri para denunciar a continuidade de um povo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5435 <p>A percepção e denúncia ao projeto sistêmico de amnésia contra a memória do Povo Kariri é experiência intrínseca nas produções de performances que venho desenvolvendo no cenário Caririense. Nesta escritura, discuto sobre a percepção dos discursos/denuncia presente na Trilogia da terra: Uru’ku, Ruína e Radynhauri<a title="" href="file:///C:/Users/Usuario/Desktop/CORPAS-CONTRA-AMN%C3%89SIA%20PERFORMANDO%20O%20MEMORIC%C3%8DDIO%20KARIRI.docx#_ftn1">[1]</a> INDIGENOUS criações performativas autorais, levando-se em conta o etnocídio, o feminicídio e o memoricídio (a violência em excluir a memória e continuidade desse povo) aplicado aos povos Kariri do Siará. Considero tais escritos um ato político de urgências à reflexão do apagamento e revitalização indígena.</p><div><br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" /><div><p><a title="" href="file:///C:/Users/Usuario/Desktop/CORPAS-CONTRA-AMN%C3%89SIA%20PERFORMANDO%20O%20MEMORIC%C3%8DDIO%20KARIRI.docx#_ftnref1">[1]</a> Significa “Cemitério” na língua Dzubukuá Kipeá da Nação Kariri.</p></div></div> Barbara Leite Matias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5435 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 E X I T U S: autorretrato transestético e processos de cura do si https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5442 <p>Este texto fala de reflexões e recortes a partir da videoperformance E X I T U S (2020), experimentação criada nos espaço do Sítio Santa Rosa, na cidade interiorana do Crato, Ceará. Discuto alguns aspectos da Sociedade Transestética e como a implicação pela transparência tem contribuído para nossas produções implicitamente e levado a um autorretrato transestético.</p> Raimundo Kleberson de Oliveira Benicio Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5442 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Mindfulness e os atravessamentos na pedagogia do ator https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5452 <p>O presente trabalho é um aprofundamento da pesquisa que iniciei no mestrado, resultando na defesa, em 2018, da dissertação “Habitar-se no silêncio: uma experiência da atenção plena na pedagogia do ator”. Agora, no doutorado, meu objetivo é refletir sobre o impacto do <em>mindfulness</em> no trabalho de atuação, abordando o tema através de um recorte que enfoca o<em>MindfulnessBased Stress Reduction</em>(MBSR), um programa de oito semanas criado por Jon Kabat-Zinn edo qual atualmente sou instrutora. Na maior parte do tempo, somos tomados pelo excesso de pensamentos, uma tendência que nos distancia da experiência direta. A meditação nos ajuda a desenvolver uma maior consciência da nossa atividade mental, de modo a nos libertarmos do domínio dos nossos devaneios e julgamentos. Assim, conseguimos nos desprender da necessidade de controle e aceitar o fluxo da vida, que é impermanente e transitória. As práticas meditativas conduzem a um esvaziamento do sujeito (<em>anatta</em>), ao desprendimento momentâneo de si, durante o qual experimentamos a sensação da fluidez da vida. Minha hipótese é a de que essa experiência de impermanência e transitoriedade que alcançamos pela meditação podem ser pertinentes para a pedagogia teatral como ferramenta para um despertar que possibilita ao ator estar mais pleno no presente da cena.</p> Maria Luiza Tavares Cavalcanti Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5452 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Redes Internas: ligações contínuas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5454 <p dir="ltr"><span>Investigamos a correlação entre teoria e prática a partir da observação participante em laboratórios da pesquisa de mestrado “Revisitando o corpo: um estudo das interfaces entre respiração, interpretação e criação em dança”. Buscamos investigar as relações do movimento com a respiração, não somente em sua função fisiológica, mas tendo como eixo principal a análise de contribuições específicas para as habilidades corporais, a expressividade e a criação em dança. </span>Propomos a utilização criativa da abordagem somática Ideokinesis, por meioda prática com as nove linhas de movimento indicadas por Lulu Sweigard (1974). Na videodança, parte de um processo em desenvolvimento, “Redes Internas: ligações contínuas” apoiamos na prática como pesquisa (PAR). Propomos refletir o percurso priorizado na videodança discorrendo sobre as linhas de movimento utilizadas, modos de organização e escolhas realizadas. Passar, transpassar, estar entre … entender caminhos, preencher e ainda ter espaço para acomodar. Conectar-se, associar, não descolar e reverberar. Soltar sim, pelo estudo, pelo autoconhecimento. A prática destaca o início de um reconhecimento, que passa por imagens, sensações, percepções, sentimentos e pensamentos, que emergem, escondem-se e ressurgem no corpo na criação cênica.</p> Júlia Ferreira, Julia Ziviani Vitiello Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5454 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Improviso e imprevisto no Mamulengo de Emanuel Bonequeiro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4992 <p>A presente pesquisa investiga as relações e diferenças entre o improviso e o imprevisto no jogo de atuação dos brincantes de Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. A partir do estudo de caso da brincadeira de Emanuel Anderson de Souto Veríssimo, Emanuel Bonequeiro, jovem mamulengueiro do município de Caicó/RN e das ideias de acontecimento teatral e convívio, de Dubatti (2016), discute a relevância do domínio da improvisação no Teatro de Mamulengo.</p> André Carrico Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4992 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Etapas da pesquisa: o canovaccio nos grupos de teatro na Itália contemporânea https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5049 <p>Este artigo descreve etapas e caminhos da pesquisa de pós-doutorado O Canovaccio nos Grupos de Teatro na Itália Contemporânea aprovada através do Edital MCI-2019 da CONFAP/FAPESB, em parceria com a Universidade de Pádua. Marcus fixou residência na cidade de Terni, realizando diversas atividades burocráticas e objetivas à pesquisa no centro e norte da Itália, apesar do período pandêmico. Registrou e transcreveu entrevistas, assistiu espetáculos, visitou museus, escreveu artigos e participou de conferências. Como perspectivas futuras estabeleceu contato com a Fraternal Companhia para produzir sua estadia em Salvador.</p> Marcus Villa Góis Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5049 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Escuta de vozes circenses: mapeamentos sociais e saúde https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5080 <p dir="ltr">Tendo em vista o “Mapeamento decolonização e saúde do artista circense” realizado no período pandêmico – fevereiro a março de 2021 – com a participação de vários artistas circenses, no contexto nacional, é realizada uma análise dos dados acerca de práticas circenses desumanizadoras, bem como da necessidade de transformações nos processos pedagógicos e artísticos.</p><div><span><br /></span></div> Tábatta Iori Thiago, Neide das Graças de Souza Bortolini, Luciana Crivellari Dulci Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5080 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Comicidade e antirracismo: reflexões sobre criações artísticas e pedagógicas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5085 <p>As produções e recepções da comicidade podem envolver a busca pelo êxito do riso, principalmente quando um grupo compartilha códigos e significados em comum performatizados em uma cena, embora tal contexto possa ser disseminado para outros grupos por causa da forte presença e utilização dos recursos audiovisuais e plataformas digitais na atualidade. Sob essa perspectiva, o autor traça um debate a respeito de determinadas criações artísticas e pedagógicas no universo das Artes Cênicas, histórica e hodiernamente, tendo como pano de fundo os questionamentos levantados pelo movimento negro a respeito de sua representação étnico-racial em algumas expressões artísticas e educativas, com o intuito de levantar uma reflexão e oferecer um convite ao fomento e ao compartilhamento de experiências estéticas antirracistas, em especial, no que respeita ao cultivo e à fruição do cômico e do riso.</p> Elison Oliveira Franco Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5085 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 A presentificação pelo olhar do espectador https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5100 <p>Neste artigo me proponho a estudar como o espectador presentifica o artista em cena, escolhendo como recorte artistas de circo no desempenho de suas atividades acrobáticas. Entendo que a relação corpo/memória desenvolvida pelo espectador de circo faz com que o mesmo torne-se, momentaneamente, um artista, sentindo e projetando no espaço as suas sensações corporais adquiridas ao observar a performance. Nesse sentido, a capacidade de sentir o movimento alheio no próprio corpo, promovida pelos neurônios espelhos, faz com que o espectador se projete no espaço, colocando-se no lugar do artista.</p> Gabriel Beda Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5100 Qui, 16 Dez 2021 21:28:21 -0300 Cruzos e encantarias https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5136 <p>Tenho mergulhado na pesquisa a partir de leituras e treinamentos com a forma longa de mãos da família Yang (chamada forma 103), a forma essencial de exercícios de Chi Kung desenvolvidas pela Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e o Baduanjin ou as oito peças do brocado. Estes me parecem ainda fundamentos relevantes porque promovem a junção mente e corpo e estão inseridos em práticas integrativas de saúde, colaborando significativamente no cuidado de si, na harmonia do ser e na vitalidade, aspectos que são relevantes no processo criativo. Porém, como posso dar um passo adiante em aspectos que não dissociam mente e corpo, temporalidades e espaço, levando-nos a aspectos integrativos e ancestrais? Tenho tateado possibilidades pautada em fundamentos de matrizes culturais de povos originais da América Latina e Afro-Diaspóricos a partir do acesso ao projeto de residência artística intitulado Vagamundos – um laboratório cênico no Centro de Pesquisa Teatral ( CPT – SESC – SP) e proposto pela Pedagoga Maria Thaís Lima Santos, especialmente a primeira fase em Abrindo Terreiros em Setembro e Outubro de 2020 que constou de treze encontros virtuais de escuta de saberes pluri epistêmicos – indígenas, africanos, afro-diaspóricos, afro-indígenas e caboclos que se realizam e agenciam nesse território, reconhecendo as singularidades e distinguindo ferramentas, categorias e instrumentos que fundam os seus múltiplos pensares.</p> Vilma Campos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5136 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 Palhaço Xamego: imbricamentos filosóficos entre gênero e biopoder/biopotência https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5137 Este artigo examina a expressão de Maria Eliza que atuava como palhaço Xamego, no grupo Circo-Theatro Guarani. A pesquisa vem sendo realizada a partir das fontes orais transcritas por Mariana Gabriel e sua equipe- família, disponíveis no <em>blogspot</em> do palhaço Xamego. Bem como, buscamos ampliar as fontes em outras mídias digitais, como acervos de livros e imagens. Como palhaço mulher, quais eram os números, a dramaturgia de sua palhaça, o corpo, o figurino, os trejeitos, as marcações em palco? Esse revisitar a história traz atravessamentos que emergem a partir das investigações, o percurso do palhaço/clown e das mulheres na comicidade e na palhaçaria. Assim como imbricamentos filosóficos e historiográficos, entre mulheres na história, questões de gênero e o movimento feminista. Para isso teremos como aportes teóricos as relações entre modulação dos corpos e relações de poder (biopoder e biopolítica) com Michael Foucault, e as análises de Silvia Frederic em relação à mulher e ao capitalismo. Olívia Mara Rodrigues Melo, Alberto Ferreira da Rocha Junior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5137 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 O riso em isolamento: que graça tem? https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5160 <p>O presente estudo aborda a questão da produção do riso em tempos pandêmicos a partir da atuação do palhaço em hospital via plataforma digital e das experiências laboratoriais do grupo de estudos Jogo de Palhaço na Quarentena, realizado com estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). A investigação realizada no âmbito das atividades de ensino do programa de formação para palhaços de hospital Enfermaria do Riso, entre abril e outubro de 2020, partiu do questionamento “É possível rir em tempos de isolamento?”, e dos desdobramentos que a situação mundial de confinamento social trouxe na, e para a atuação/criação dos estudantes palhaços. Como podemos seguir na relação com os pacientes infantis internados, mediados pelas plataformas digitais, onde espaço e tempo parecem estar separados, justamente o reverso de um dos princípios essenciais da interlocução presencial, aqui e agora? Na busca por estratégias de continuidade da ação artística, o estudo realiza o levantamento e o cruzamento das soluções encontradas por grupos e organizações de palhaços de hospital no Brasil e em Portugal.</p> Ana Lucia Martins Soares, Antonio Valladares Díez, Camila Barra da Almeida, Elisa Socorro Cavalcanti Botelho Neves Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5160 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 Palhaças subversivas - comicidades feministas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5161 <p>O texto evidencia o andamento de uma pesquisa que investiga os modos pelos quais a comicidade feminina responde e contesta imposições de gênero demandadas às mulheres e, como, assim, consolida-se como instrumento para criações dramatúrgicas cômicas e potencialmente feministas. Almeja refletir sobre a palhaçaria criada e vivenciada por mulheres e suas relações com pensamentos/atitudes/ideias dos feminismos. Investigações sobre a mulher na palhaçaria, a comicidade e os diversos feminismos são pontos de partida para esta análise, que se desdobra em entrevistas com palhaças contemporâneas e investigação e análise de montagens cômicas de cenas e espetáculos brasileiros. Conta também com a criação e análise procedimental de um espetáculo solo vivenciado e montado por mim, palhaça-pesquisadora. A despeito de o surgimento da mulher na palhaçaria ter acontecido há algum tempo, ela só conseguiu exercer esta função porque houveram transformações sociais em sua condição de vida, o que impulsionou sua atuação nas artes. Por meio da palhaçaria e da comicidade suponho que podemos provocar reflexões sobre nossa condição de mulher ao trazer para o cerne da cena dramaturgias que evidenciam opressões de gênero. Numa cultura sexista e hegemonicamente patriarcal, engendrada, como pode a construção social da mulher servir de base ao processo dramatúrgico e criativo das palhaças? Enquanto palhaças, a comicidade nos permite eleger temas e signos que buscam evidenciar, quebrar, romper e destruir opressões estruturais em relação à condição de vida das mulheres e seus limitantes comportamentais. Os principais diálogos serão com a estudiosa de gênero Valeska Zanello, as feministas Djamila Ribeiro e Françoise Vergés e as palhaças Ana Fuchs e Daiani Brum. Este texto ainda lança um olhar específico sobre a memória na criação cênica de palhaças. Trata-se de uma pesquisa que se debruça sobre os elementos atribuídos na criação em palhaçaria, mas com foco na recente renovação de suas dramaturgias cômicas por meio de um viés feminino, feminista e subversivo.</p> Fernanda Dias de Freitas Pimenta Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5161 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 Relatos e memórias de Elsa Wolf: histórias de uma aerialista https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5233 <p>Proponho, com este artigo, o preâmbulo de uma pesquisa que busca investigar a presença de mulheres aerialistas (trapézio, corda indiana e bambu) na história do circo brasileiro do século XX. Pretendo discutir a importância do trabalho historiográfico que constitui esta pesquisa e apresentar, como ponto de partida, parte do material recolhido sobre a história da artista Elsa Wolf Hohle: fotografias e trechos da transcriação elaborada através de entrevista.</p> José Olegário dos Santos Neto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5233 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 Teatro no universo digital e uso de ferramentas para encurtar distâncias https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5283 <p>Este texto tem por objetivo discorrer sobre o trabalho/treinamento do ator e a linguagem da máscara apresentados em webinários nacionais e internacionais, promovidos pela Academia dell´Arte, projeto de Extensão Universitária apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto. Os webinários se iniciaram em 2020, primeira temporada, mantêm-se ativos no ano de 2021, segunda temporada. Até o final do ano serão totalizados 26 encontros. Os encontros são basicamente compostos pela fala do convidado, questionamentos dos mediadores e perguntas dos participantes. Neste texto, apresentamos a metodologia dos encontros, referências teóricas, detalhamento de falas de alguns dos encontros mais relevantes, como também os desdobramentos e contribuições dos conteúdos para a formação do ator.</p> Frederick Magalhães Hunzicker Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5283 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 Dramaturgia nos corpos circenses: uma análise em processo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5347 <p dir="ltr"><span>Com o objetivo de refletir sobre um possível “estado corporal circense”, buscar-se-á compartilhar um pouco da investigação da tese de doutorado em processo. </span>Sob a perspectiva do Sistema Laban/ Bartenieff e das abordagens fenomenológicas apontadas por Michel Bernard e Hubert Godard, pretende-se levantar algumas análises sobre o que seriam dramaturgias das corporeidades circenses, propostas no próprio movimento e nos modos de fazer e de praticar as inúmeras disciplinas que envolvem a linguagem do circo. Como se esticam as tensões espaciais, como se conciliam as extremidades, subvertem princípios e ordens aparentemente estabelecidas dos sentidos humanos e do espaço ao redor do corpo? Ao considerar também alguns apontamentos sobre o que viria a ser um corpo cosmopolítico, como apresentado por Isabelle Stengers, sob o fluxo de uma ambivalência originária trazida por Umberto Galimberti, pretende-se ainda refletir sobre como e porque esses estados corporais circenses podem vir a importar para a sociedade pandêmica e pós-pandêmica. Como revirar-nos? Como acreditar na subversão dos sentidos e das tensões entre corpo-espaço-objeto para encontrar fendas de outros pequenos mundos possíveis?</p> Julia Franca Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5347 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 "Se você não for, só você não vai": o retorno pandêmico do circo real Xangay https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5348 <span id="docs-internal-guid-ab643281-7fff-474f-7c3d-07aaaa1f1fbd"><span>O presente trabalho visa o compartilhamento etnográfico, poético e analítico, da visita ao Circo Real Xangay, em fevereiro de 2021, quando este realizou a sua estréia em Lamarão/BA, após 11 meses parado, por conta da pandemia. Para além do que tange à conjuntura sanitária atípica, visa-se também apresentar os componentes e a constituição desse circo, como um breve estudo de caso para reflexões acerca do circo itinerante brasileiro, de pequeno e médio portes, em sua pluralidade e constante reelaboração.</span></span> Livia Souza Mattos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5348 Qui, 16 Dez 2021 21:28:22 -0300 A formação circense no Brasil: a presença das mulheres na pedagogia das artes do circo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5378 <p>Entendendo que muitas mulheres desenvolveram ao longo de suas trajetórias o ensino dos saberes do circo, em certo sentido, conseguiram inverter conceitos que foram atribuídos historicamente aos homens, colocando as avessas valores depositados à presença da mulher no universo circense. Nesse sentido, buscar narrativas construídas sob as relações circo-gênero-feminino, podem suscitar importantes reflexões. Dentro desse contexto, a investigação de referenciais femininos no universo do circo, assume grande importância, pois permite um estudo sobre gênero e identidade no universo da pedagogia dos saberes circenses.</p> Eliana Rosa Correia Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5378 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Dramaturgias do residir https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4996 <p class="Corpo">Este artigo descreve o processo criativo da peça-filme COVID.19 EPÍSTOLA.40. Peça-filme criada em contexto de isolamento social, durante a pandemia COVID 19. Seu processo agrega à obra teatral de <em>Epí</em><em>stola.40: carta (des) armada aos atiradores</em>, de Rudinei Borges dos Santos, reportagens jornalísticas, constituindo uma dramaturgia autônoma que quer falar dos dias de hoje. Nas suas residências, em três estados brasileiros diferentes, atrizes e atores fizeram a leitura dramática da peça, enquanto aprendia-se como fazer um exercício de atuação cênica virtualmente mediada, tendo a gambiarra como procedimento técnico de transmissão de suas telepresenças. Sendo vítimas de despejos coletivos e reintegrações de posse, milhares de brasileiras e brasileiros são colocados na rua, em plena pandemia, o que nos fez e faz perguntar: quem tem direito de morar? A rememoração das experiências de criação em arte, dimensiona a problemática dos territórios de morada na intersecção com diferentes processos e procedimentos dramatúrgicos, habitando, assim, as Dramaturgias do Residir.</p> Grácia Maria Navarro Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4996 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Aproximações do conceito de Verfremdungseffekt em A Negra Felicidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5124 <p>O artigo investiga uso da ideia de distanciamento (<em>Verfremdungseffekt</em>) de Brecht na construção da dramaturgia do espetáculo <em>A Negra Felicidade</em>, da companhia de teatro Alfândega 88. Através do uso da montagem e do estranhamento da forma em relação ao conteúdo, a dramaturgia fricciona documentos históricos que tratam sobre escravidão no Brasil, com textos literários que refletem sobre a exploração nas relações de trabalho. </p> Danielle Martins de Farias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5124 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Not about Nightingales, de Tennessee Williams: Inferno e sua assustadora atualidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5143 <p>Este trabalho analisa a dramaturgia da peça <em>Not about Nightingales</em>, de Tennessee Williams, escrita em 1938, e o espetáculo <em>Inferno — Um interlúdio expressionista</em>, da Cia. Triptal de São Paulo, com direção de André Garolli, adaptação brasileira em 2019. São levantadas as conjunturas sociológicas, estéticas e biográficas em que a peça original foi composta, assim revela uma preocupação proletária do dramaturgo ao figurar uma greve de fome de presidiários torturados por um diretor violento e inescrupuloso. A encenação é analisada sob a chave do expressionismo, em que são identificadas metáforas e aspectos de crítica sociopolítica e dos direitos humanos violados. Com isso, é possível identificar discussões acerca do direito à alimentação, à visita da família e amigos, de escrever e receber cartas, a ser chamado pelo nome, ao trabalho remunerado e às assistências médica, religiosa e judiciária. Além disso, há uma aproximação da peça com a realidade política e social do momento histórico do Brasil, pós-golpe de 2016, e as eleições de 2018. Essa análise leva à conclusão de que <em>Inferno</em> é um espetáculo sobre uma peça de 1938, adaptada à contemporaneidade, com ressonâncias épicas e expressionistas.</p> Luis Marcio Arnaut de Toledo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5143 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 A montagem como ferramenta dramatúrgica: dialogando com os vazios do afastamento https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5155 <p>O artigo apresenta um extrato da minha pesquisa de mestrado na qual investigo, através das análises de Georges Didi-Huberman, o conceito de montagem e sua aplicabilidade dramatúrgica. Considerando a conjuntura de afastamento social e os percalços encontrados diante da crise do novo coronavírus, aproximo reflexões de Paul B. Preciado e Peter Pál Pelbart sobre o tema e estabeleço diálogos com as observações de Jean-Pierre Sarrazac sobre as noções de fragmento e crise. A dramaturgia, apresentada neste artigo através de textos e imagens, aborda duas temporalidades: a crise sanitária de 2020 e a crise política vivida pela minha avó materna durante a ditadura militar brasileira.</p> Samara Pinheiro Cruz Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5155 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Escrevendo máquinas - uma investigação sobre a escrita dramatúrgica na intersecção com as tecnologias digitais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5252 <p>Este estudo é animado pela curiosidade em experimentar os contextos e possibilidades do meio digital na criação de textos dramatúrgicos digitais, operando um cruzamento entre Dramaturgia e tecnologia. Pergunta-se: que possibilidades de escrita dramatúrgica emergem em um espaço de tensão entre textualidade e tecnologia? Parte-se da percepção das amplas transformações provocadas nas relações de escrita e leitura pelas tecnologias digitais, de que deriva uma diversidade criações literárias que se distanciam dos formatos próprios de meios tradicionais como o livro impresso, produzindo um amplo espectro de textualidades intensamente abertas, conectadas, multissequenciais, multimidiais e interativas. A partir da análise de <em>TRANS.MISSION [a.dialogue]</em> da escritora canadense J. R. Carpenter, busca-se identificar estratégias de composição que contribuam para a proposição de escritas dramatúrgicas digitais.</p> Francisco dos Santos Gick Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5252 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Enquanto ninguém vê – dramaturgia feminista e violência de gênero na contemporaneidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5265 <p>Este texto apresenta de forma sucinta as motivações, análises e resultados da minha pesquisa de mestrado <em>ENQUANTO NINGUÉM VÊ – Encarando a violência de gênero através do olhar de quatro dramaturgas</em>, defendida em julho de 2021. A partir da compreensão da importância ao acesso à formação dramatúrgica como fator fulcral para a ampliação de vozes escreviventes na contemporaneidade, elaboro sobre a importância da pluralidade de pontos de vista, e olhares e abordagens sobre o tema da violência de gênero dentro da dramaturgia. Analisei ao longo da minha pesquisa três peças escritas por três autoras que apresentam em suas obras recortes bastante distintos frente ao tema. Por fim, desenvolvi uma dramaturgia autoral e inédita, <em>Enquanto Ninguém Vê, </em>como resultado poético da pesquisa.</p> Sofia Fransolin Pires de Almeida Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5265 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 No sonho do Zanni: pensar texto e cena na commedia dell’arte ou na neo commedia dell’arte, a partir da dramaturgia de um anônimo do século XVII https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5284 O artigo tem como objetivo apresentar a prática do texto e da cena na Commedia dell'arte na contemporaneidade e suas imbricações com a revisitação de uma dramaturgia pertencente ao seu período histórico (séculos XVI, XVII e XVIII). Tendo como ponto de reflexão o texto dramático No sonho de Zanni, escrito no século XVII por um autor anônimo. Também serão apresentados alguns termos necessários para tais reflexões, como neo-Commedia dell'arte (Filacanapa 2017) e estilo (Saint-Denis, 2017). Douglas Kodi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5284 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 Le Carrefour de Kossi Efoui: um padê dramatúrgico arriado na encruzilhada https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5313 <p>Este artigo pretende analisar a obra teatral <em>Le Carrefour</em>, que foi traduzida para o português como A Encruzilhada, do togolês Kossi Efoui assentada em três pontos: o <em>odù</em>, que refere à trajetória de vida do dramaturgo Kossi Efoui; o <em>bàrá </em>que é a análise do <em>corpus</em> dramatúrgico; e o despacho do <em>padê </em>presente no devir cênico realizado pelo Grupo <em>En classe et en Scène</em>, coordenado pela Professora Doutora Maria da Glória Guimarães dos Reis da Universidade de Brasília. O texto apresenta quatro personagens: o Ponto, a Mulher, o Poeta e o Cana, que estão numa encruzilhada, no espaço simbólico do encontro e dos confrontos entre os personagens da peça. Diante disso, os três pontos apresentados serão as bases epistemológicas para a compreensão do texto teatral, levando em consideração, a poética do drama e a riqueza das culturas afro-brasileiras.</p> Daniel de Jesus dos Santos Costa Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5313 Qui, 16 Dez 2021 21:28:23 -0300 A criança-brincante na cena carnavalesca em Belém do Pará https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5032 <p>O estudo teve por objetivo investigar a espetacularidade da criança-brincante na cena carnavalesca de uma escola de samba, em Belém-PA. O percurso teórico-metodológico centrou-se numa abordagem qualitativa pautada na Etnocenologia, que busca compreender as Práticas e Comportamentos Humanos Espetaculares Organizados (PCHEO), fortemente presentes na Amazônia, o que nos levou a uma Etnocenologia Amazônica. O entendimento das noções de infância urbana e de criança-brincante, que estão no cerne da discussão sobre carnaval e infância, associada aos estudos da Sociologia da Infância foram importantes para inserir a infância urbana e as crianças em outro patamar – o de atores sociais. A prática de compartilhamento de saberes se deu por meio da observação participante, conversa informal, entrevista conversada, fotografias, desenhos e vídeos que possibilitaram a compreensão do fenômeno. Os colaboradores da pesquisa foram 12 (doze) crianças na faixa etária de 5 a 12 anos, participantes ativas das ações da Bole-Bole, e 8 (oito) adultos, na faixa etária de 23 a 60 anos, que viveram suas infâncias e ou tiveram experiências com crianças nas ações desenvolvidas na Associação Carnavalesca. A conclusão a que o estudo chegou revela que a espetacularidade, conceito chave da Etnocenologia, vivenciada pelas crianças é consciente, observada pelo olhar do outro, ou seja, de quem as vê na cena carnavalesca, é a alteridade.</p> Simei Santos Andrade, Miguel de Santa Brígida Júnior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5032 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Germaine Acogny e a sua obra “danse africaine”– notas de tradução e partilhas etnocenológicas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5101 <p>Nossa proposta consiste na partilha das notas de tradução e dos comentários tecidos por nós no decorrer do processo de tradução da obra de Germaine Acogny, Danse Africaine, publicada em 1994, nos idiomas Francês, Alemão e Inglês. Ressaltamos que esta será a primeira tradução da obra para a língua portuguesa e que recebemos a autorização da autora para essa realização. Entendemos a importância dessa artista da dança no combate ao cenário crítico de apagamento e racismo epistemológico, demonstrando que a dança é um campo legítimo de conhecimento e agente de mudança social. Ancoradas na complexidade do paradoxo “traduttore traditore” e de acordo com SILVEIRA (2008, p.07), na Nota do tradutor do livro Pele Negra, Máscaras brancas, a tradução trai para ser mais fiel: “Ao pé da letra, o provérbio italiano, pretende que a verdadeira natureza da tradução é a traição, mas quero crer que há uma pitada de ironia nesse jogo de palavras”. Nosso intuito nesse compartilhamento é o de ampliar o alcance de saberes não hegemônicos e visibilizar potências no contexto da dança africana. Enquanto metodologia compartilhamos partes da obra nas reuniões do Grupo de Pesquisa Umbigada (CNPq), coordenado pela Professora Daniela Maria Amoroso como ignição dos sentidos que as palavras de Germaine Acogny provocava nos corpos participantes. De acordo com a etnocenologia brasileira é no corpo (skéné) que o entendimento estético acontece (AMOROSO, 2021) e nesse sentido, pudemos dançar alguns princípios da Técnica Acogny, através da vivência “O Movimento dos Baobás” no Teatro experimental da Escola de Dança, em 2019. Além disso, temos nessa relação de orientação um processo dialógico de ensino aprendizagem a partir da leitura da obra. Entendemos que seja importante dizer que Roberta Roldão vem desenvolvendo uma pesquisa de Doutorado a partir de sua prática, na École des Sables desde 2011, no Estágio de Formação Profissional “Croisement des Chemins” (Cruzando Caminhos) e que já qualificou sua tese de doutorado, tendo o pesquisador Doutor Patrick Acogny como membro da banca. Deste modo, trazemos a etnoimplicação (MACEDO, 2013), o compartilhamento coletivo das reflexões da tradução, como diálogos transatlânticos (RATTS, 2006) e principalmente a interlocução com a própria autora da obra enquanto procedimentos metodológicos da tradução. Neste artigo, relataremos algumas passagens deste processo, prezando também pela ressignificação da obra na contemporaneidade.</p> Daniela Maria Amoroso, Roberta Ferreira Roldao Macauley Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5101 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Etnocenologia e os bonecos gigantes da Aldeia Taboka Grande no Tocantins https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5115 <p>Em Taquaruçu, distrito de Palmas, capital do Tocantins, há cerca de vinte anos, um artista das ruas e mestre de cultura firma uma jornada construindo um espaço, ora cênico ora místico, com várias dramaturgias e músicas próprias e um conjunto de bonecos gigantes pra brincar uma festa. Deu-se então, pelas mãos do Sr. Wertemberg, a criação da Aldeia TabokaGrande e a festa dos Bonecos Gigantes da aldeia. Esta pesquisa de doutoramento no âmbito do doutorado em Artes Cênicas da Universidade de Brasília dedica-se a afetar-se pelas vivências e práticas da Aldeia. Trabalham-se percepções com os direcionamentos do campo teórico da Etnocenologia. Este artigo se dedicará a apresentar os personagens bonecos que fazem parte da festa, com recorte sobre as origens particulares dos personagens como forma de entrada na compreensão da festa. Serão apresentados aqui os bonecos protagonistas da festa, sendo eles: Galo Alto, Galo Tabokão, Galo Imperioso, Galo União e Galo Mahandukà, o Amarelo, a Boíuna, o Cobaçu e a Mãe Bá. Pretende-se delinear a importância e história desta festa, bem como por luz sobre a tese defendida no doutoramento que diz respeito a criação de uma tradição como local de pertencimento implementada pelos criadores da Aldeia TabokaGrande.</p> Adailson Costa dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5115 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Cena e representação: reflexões sobre etnocenologia e algumas atualizações das noções de espetacularidade na cena da diversidade cultural humana https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5119 <p>Este artigo trata-se este de reflexões acerca das noções de Representação e Espetacularidade no âmbito de proposições da Etnocenologia e seus agenciamentos. São questões advindas de diálogos com pesquisadoras e pesquisadores como Oyèrónké Oyéwùmí, Armindo Bião, Daniela Amoroso, Eliene Benício, Miguel Santa Brígida, Filipe Dias e participantes dos Grupos de Pesquisa AFETO (UnB), Umbigada e GIPE-CIT (UFBA) e TAMBOR (UFPA), para repensar essas duas noções fulcrais para os estudos da cena na contemporaneidade. Desde a ampliação das teorizações sobre Artes da Performance e suas noções aparentadas, representar tem sido cada vez mais relegado a um lugar menor nas Artes do Corpo e do Espetáculo, no ambiente acadêmico, sendo substituído por Performatividade, Teatro Performativo, Práticas Performativas etc. Parte então este de atualizações sobre as percepções de Espetacularidade, que agrega afeto e percepto à tríade “trajeto, objeto, projeto” (Bião), propostas por etnocenólogas e etnocenólogos do Brasil. Assim, é este artigo também a exposição de discussões sobre a utilização do léxico utilizado por praticantes de teatro de fora da Academia, que continuam denominando seus fazeres cênicos como Representação ou Interpretação.</p> Jorge das Graças Veloso Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5119 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 O lugar da mulher na Suça: perceptos e afetos no engendramento do corpo feminino nas manifestações tradicionais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5251 <p>O presente texto é fruto de um estudo a respeito da espetacularidade do corpo feminino na suça tocantinense, manifestação tradicional que engloba dança e música. Uma tradição centenária que tem como matriz formadora a mistura de rituais oriundos de cosmologias e tradições africanas, indígenas e portuguesas inserida nas festas religiosas de diversas regiões brasileiras, que se reflete nos movimentos e gestos da dança e nos instrumentos musicais. Neste artigo pretendo trazer ao debate aspectos das relações entre gênero e cultura tomando como recorte contextual o feminismo negro (Gonzales, 1982a, 1982b, 2020; Ribeiro, 2020) e a suça, como expressão cultural no estado do Tocantins. Tal proposta de interlocução mostra como a ausência de pesquisas que trazem a voz feminina tem inviabilizado o reconhecimento do lugar e o papel das mulheres na suça, ocultando assim o caminho de sua referência na história. Na tradição nagô a ancestralidade feminina é representada por pássaros, assim destaco o corpo feminino na suça como arquivo vivo, mães-pássaros agindo na produção do seu ninho de tradições. Destarte dar voz para as guardiãs da memória poderá apontar para novas formas de (re)conhecimento da mulher nas manifestações tradicionais rompendo com a invisibilidade do seu lugar no universo da cultura brasileira.</p> Liubliana Silva Moreira Siqueira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5251 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Festejar em tempo pandêmico: desafios e possibilidades na pesquisa etnocenológica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5300 <p>A presente comunicação intenta discutir como o cenário pandêmico tem impactado nos estudos no campo da Etnocenologia, sobretudo nas investigações de cunho etnográfico que pesquisam manifestações espetaculares que acontecem no espaço público. Para exemplificar tal conjuntura, trago alguns questionamentos que tem atravessado as camadas da minha pesquisa em andamento, da qual versa sobre uma festa pública que ocorre na cidade de São Luís, Maranhão.</p> Danielle Fonsêca Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5300 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Da morte de si à morte do outro: espetacularidades da morte vivida na iluminação de finados em Curuçá-PA https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5372 <p>O município de Curuçá-PA vivenciou grandes cerimônias públicas de velórios, cortejos fúnebres e sepultamentos no adro da igreja de N. Sra. do Rosário até a metade do século XIX. Período em que o moribundo organizava sua despedida do plano terrestre e assegurava sua salvação no plano espiritual. Com a mudança do espaço cemiterial para longe do centro da cidade, as Espetacularidades da morte vivida reconfiguraram-se, da preocupação com a morte de si para a morte do outro, preservando a memória do morto e perpetuando a propriedade cemiterial familiar na Iluminação de Finados.</p><p> </p> Valéria Fernanda Sousa Sales Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5372 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 Neurociências e o comportamento motor dançado https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5398 <p dir="ltr"><span>A dança tem se tornado cada vez mais objeto de estudo na neurociência. Neste estudo buscamos compreender, a partir de uma revisão literária, como a influência de estímulo visual pode modificar padrões neurais do comportamento motor dançado. A hipótese é que o estímulo visual estético pode alterar padrões neurais motores modificando o comportamento motor. Por meio de trabalhos já publicados foi possível concluir</span><span> que a estimulação da experiência estética visual de símbolos corporais em uma sequência organizada de movimentos dançados pode alterar padrões neurofisiológicos. Uma das possíveis respostas para a modificação dos padrões neurofisiológicos pode ser por</span><span> meio de células bimodais que integram informações visuais e motoras, mas ainda não é possível afirmar</span><span>. Hoje </span><span>parte do nosso grupo se dedica a compreender a relação de estados emocionais e o comportamento motor por meio da dança para obter mais respostas. </span></p><div><span><br /></span></div> Bruno Cesar Burin Maracia Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5398 Qui, 16 Dez 2021 21:28:24 -0300 O Altar de Pulú https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5458 <p>Com uma escrita poética, forjada na experiência sensorial do conhecer e perceber através dos sentidos, este artigo tem por objetivo descrever o inapreensível na montagem e reza do Altar do Menino Deus, tradicional auto natalino que atravessa gerações e é realizado há mais de quatro décadas por Dona Pulú, entre 24 de dezembro e 6 de fevereiro, no Jataí, comunidade rural de Canápolis, Oeste da Bahia. Essa manifestação religiosa, que representa a espetacularidade cotidiana em celebração ao sagrado e ao prazer de estar juntos, integra os estudos de meu doutoramento, cuja base teórica/metodológica está assentada na Etnocenologia, disciplina transdisciplinar que reconhece a alteridade não como algo diferente, mas singular, de modo a reconfigurar a noção eurocêntrica do saber, desierarquizando o <em>status quo</em> do conhecimento. É com esta perspectiva que se desenvolve a escrita poética e sensorial desse artigo.</p> Cícero Félix de Sousa Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5458 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Paciente 0: dos sofrimentos (artaudianos) às máscaras (cruéis) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4985 <p class="Resume">Esse artigo acontece dentro dos afetos suscitados pelas loucuras do homem de teatro Antonin Artaud em investigações de alguns de seus escritos mais conhecidos, entre eles o Teatro e seu Duplo (1938), o teatro de atletismo e seu ator afetivo na ótica do prof. Dr. Tiago Moreira Fortes (2008). Artaud intriga estudiosos e leigos das Artes da Cena, principalmente por sua agitada produção acadêmica teatral. Para ele, a vida e o teatro são tão indissociáveis quanto a cura para as doenças é acessível ao doente e as sociedades, principalmente a teatral, no exercício de sua própria humanidade. O artista e o sacerdote têm em comum o compromisso com o misterioso, com a revelação, com o sacrifício para o renascimento pela morte metafórica para aquilo que Artaud acreditou ser a vida plena, verdadeira. Dentro do atribulado universo que Artaud defendeu, representou, resgatou e convidou, escutamos estudos das Artes da Cena, do Teatro e da Performance, principalmente aqueles debatidos na disciplina "Seminários de Estudo da Encenação Possível OUTRO TEATRO: Tradição, Performance e Espaço Público." da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), organizada pelo prof. Dr. Zeca Ligiéro, cujo livro Teatro das Origens (2019) e seu Outro Teatro guia nossa pesquisa aliado a outras referências marcantes nos caminhos artaudianos: o supracitado autor Tiago Fortes e o autor prof. Dr. Felipe Henrique Monteiro. </p> Saulo Germano Sales Dallago Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4985 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 O ritual de iniciação feminina Tikuna metamorfoseando a vida de uma atriz-performer https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5005 <p>Uma artista, mulher, pertencente a uma cultura ocidental, cristã, patriarcal, capitalista, ao vivenciar o ritual de iniciação feminina de um povo indígena, os Tikuna, com outra forma de vida, uma visão de mundo a partir de sua cosmologia ancestral, que vivem em comunidade, tendo como subsistência o plantio e a pesca, nos faz refletir sobre questões relacionadas à nossa própria cultura, a partir de uma espécie de ‘distanciamento’, pois ao ‘olhar’ o outro percebemos aspectos de nós mesmos. Isso gera o questionamento sobre o quanto o contexto em que vivemos influência nosso fazer artístico, já que, assim como no ritual, o fazer artístico aqui não se distancia da vida, vida e arte estão conectadas.</p> Vanessa Benites Bordin Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5005 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Expressividades, performatividades e infâncias: iniciação nas artes e territórios de experimentações https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5028 <p>Este trabalho é um ensaio reflexivo sobre as dimensões expressivas e performativas na infância, fruto de pesquisa de doutorado em Educação, que investiga as dimensões lúdicas, estéticas e artísticas em processos educativos de iniciação artística entre educadores/as artistas e crianças da Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo (EMIA). Apoiado nos estudos sobre o brincar em consonância com os estudos sociais da infância, da fenomenologia da percepção e do imaginário, busca-se ampliar e aprofundar epistemologias e metodologias de iniciação artística e de pesquisa com crianças, nas quais há sua coparticipação como produtoras de culturas junto aos/às artistas educadores/as em processos criativos e educativos em arte.</p> Patrícia Dias Prado, Alexandre Medeiros Oliveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5028 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Dançaterapia como ferramenta para performance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5053 <span>O objetivo deste estudo é demonstrar como a Performance se instaura na prática da Dançaterapia. As dançarinas, ao serem conduzidas por um estímulo proposto pela orientadora, compõem uma riquíssima manifestação performática. As verdades contidas em seus corpos se manifestam de forma orgânica, sincera e verdadeira.</span> Leticia Infante Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5053 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Escuta de um corpo entre tempos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5058 O presente texto discorre sobre as questões e desafios que inspiraram a performance “Corpo Entre Tempos” apresentada no XI ABRACE. Questões que surgem no decorrer da pesquisa de mestrado e acabam por estruturar movimentos metodológicos e saberes epistemológicos da própria pesquisa. O reconhecimento do corpo-experiência como local de convergência, consciência e impermanência. Existe correspondência entre o corpo da performance e o corpo da escrita quando se desenvolve pesquisa auto-etnográfica em arte? Quem é o sujeito que performa, pesquisa e escreve no atravessamento dos tempos? Em qual tempo estão ancoradas essas ações? Thais Regina Villanova Petzhold Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5058 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Ciranda de performances - o imaginário e a nostalgia em torno dos bailes na roça (notas de pesquisa) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5060 O baile é sem dúvida uma das mais expressivas manifestações culturais de todos os tempos e lugares. Presente nos mitos, nos folclores, nas mais variadas culturas espalhadas pelo mundo, o baile é um misto de rito festivo no qual a música, a dança, o cenário, o vestuário, enfim tudo concorre para o sucesso da performance. E, é como gênero de performance cultural que o baile, em especial, o “baile na roça” é aqui revisitado inicialmente no imaginário artístico e popular. Essa comunicação apresenta algumas representações artísticas, folclóricas e etnográficas em torno do baile, destacando o processo de circularidade cultural na composição desse fenômeno, mas também a “ciranda das performances” dramatizada ou encenada por meio da variedade das danças, músicas e técnicas corporais que ganham corpo no curso do baile. Gilmar Rocha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5060 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Desafios de uma pesquisa prática realizada pelo modo remoto https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5084 <p class="p1">Este artigo trata dos desafios do registro da transmissão via remota de um sistema de treinamento para um grupo de alunas do Curso de Teatro do DAD/UFRGS .<strong> </strong>O artigo aborda os conceitos de treinamento para o/a ator/atriz, presença física, energia corporal, técnicas corporais de atuação, comportamento restaurado entre outros. O referencial teórico que ampara esta investigação vem de diferentes áreas do conhecimento, tais como: Etnocenologia, Estudos da Performance, Antropologia Teatral e o Sistema<span class="Apple-converted-space"> </span>pedagógico da Escola de Jacques Lecoq.</p> Inês Alcaraz Marocco Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5084 Qui, 16 Dez 2021 21:28:25 -0300 Toda pesquisa performance é uma performance? A perforcartografia como ação da performance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5088 <p>Partindo das produções da arte da performance – compreendida enquanto uma ação que se desenvolveu em diversas frentes desde os anos 1970 – e dos possíveis desdobramentos da linguagem, pretendo iniciar uma discussão sobre uma metodologia de pesquisa como um processo artistico-estético e político. Com isso, neste artigo, apresento algumas dos eixos que se apresentam como fundamentais para a construção da ideia da indisciplina associada a pesquisaperformance.</p> Thigresa Almeida Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5088 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Entre gestos e palavras: atos performativos de um corpo em dança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5091 <p>Este artigo pretende evidenciar questões do momento da atuação cênica, no que diz respeito às escolhas metodológicas para a criação em dança e o ato de performar. Percebe-se que o passado vivenciado pelo corpo se atualiza, presentificando novos entendimentos de gesto, a cada performance realizada. Isso reverbera na composição de novas palavras, novos modos de dizer e de se referir à dança que se faz; à dança que se almeja levar ao outro, para que entre em relação.</p> Luciana Paludo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5091 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Memórias e trânsitos: saias na rua https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5121 <p>Este artigo integra o escopo dos estudos acerca da performance das Saias de Axé, pesquisa de doutoramento desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Unirio (2020). Como Saias de Axé estão compreendidas aquelas utilizadas por mulheres no espaço-tempo<em></em>das tradições dos seus terreiros de Candomblé, onde exercem seus papéis e funções no cotidiano e na liturgia da tradição. Assim, a relação Saia-Mulher-Candomblé fricciona o corpo feminino negro como autoria e eixo de perpetuação de “corpo e alma” de tradições da afrodiáspora no Brasil. Nessa perspectiva, esse termo é, então, cunhado por nelas, nas Saias de Axé, estarem inscritas a construção sócio-política dessas mulheres que “ganham” as ruas e reinam em seus terreiros e, sobretudo, por nelas estarem costuradas a subversão em formatos, ornamentos e barrados pelo movimento espiralar que “dançam” nos territórios do terreiro. Dentre as peças que compõem o traje feminino do Candomblé, a saia é aquela que emblematiza a atividade econômica feminina do “ganho” e cuja memória continua bordada em nossos cotidianos nos terreiros bem como nas ruas, a exemplo do ofício das baianas do acarajé. A atividade de comércio nos mercados, feiras e ruas foi de imperativa presença feminina negra na construção histórica do Brasil e, está fortemente alicerçada ao lugar que esta mulher negra também construiu para si no Candomblé. Desse modo, na busca pela aproximação da dimensão e potência do encontro de uma mulher de Candomblé com sua saia, esse trabalho aciona a construção da matrilinearidade no Candomblé intrinsecamente costurada à noção de matrifocalidade, costurando assim diferentes camadas dessas ondas que se propagam pelo movimento espiralar das saias rodadas. Com isso, a reconstituição do cotidiano da mulher negra na rua resgata traços culturais que revelam a relação das culturas afrodiaspóricas com o espaço público, bem como sublinham a rua como espaço de atuação feminina da mulher africana, incidindo importante marcadores culturais em nosso contexto de construção colonial, em que a rua é território de sua exploração, mas também de sua transgressão para a liberdade.</p> Alissan Maria da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5121 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Ayagbás: dança sem pele, pesquisa em dança digital https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5168 <p>Este artigo apresenta reflexões a partir do processo de criação do vídeo de dança intitulado Ayagbás. O teor performático do corpo que dança será eixo do estudo desenvolvido, pelo viés audiovisual, considerando aspectos da ação fílmica na natureza (Fernandes, 2018), seus princípios coreográficos e interpretativos para a mídia digital (Lepecki, 2008; Pavis, 2004), bem como, a cena dançada como comunicação (Santaella, 2004).</p> Denise Mancebo Zenicola Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5168 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Enterrar, soterrar, desterrar: ações de terra para corpos sem chão https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5198 <p>O escrito dedica-se à observação de proposições artísticas que se constituem como movimentos de aproximação corpo-terra. Aqui, interessam práticas realizadas por artistas latino-americanes, ações que apostam em exercícios de acoplamento corpo-solo como gestos de resistência ao silenciamento, anestesiamento, distanciamento e à espetacularização da vida própria ao projeto moderno/colonial capitalístico em sua versão contemporânea. Ações de escavação, abrindo a terra para escutar com as mãos. Artistas que criam frestas para a emergência de sensibilidades outras, para escutas outras; vozes outras. Ações que investem em experiências de contato com o mundo como vivo, vibrando a experiência das forças do mundo em seus corpos.</p> Sarah Marques Duarte Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5198 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 O vestido da cigana: práticas de sustentabilidade ambiental, cultural e econômica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5205 <p>O que a veste revela sobre a pessoa vestida? Ao considerar os hábitos de vestimenta nos termos das sociedades globalizadas, a resposta é empobrecida de cultura, valores humanizados e respeito ao meio ambiente. O vestido da cigana em si se constituiu como uma realização artística e de fabricação artesanal, que objetivou a valorização da cultura afro-brasileira e dos materiais de origem vegetal, e buscou representar a mulher que conhece e cuida do próprio corpo, que veste a própria cultura e cuida da natureza. O método de verificação da fabricação de arte técnica foi desenvolvido no ateliê de costura, considerado como laboratório de análises de materiais e tecnologias. A fundamentação teórica se desenvolveu a partir dos estudos de Patricia Rieff Anawalt em <em>A história mundial da roupa,</em> para análise da cultura da confecção da veste de origem africana; as análises de Patrice Pavis em <em>Dicionário da performance e do teatro contemporâneo,</em> contribuíram<em> </em>para questionamentos provocativos acerca das relações econômicas no tempo presente, e os estudos de Hebert Read em <em>A educação pela arte, </em>colaboraram para que a produção e o consumo do vestuário fossem compreendidos como aprimoramento cultural e educacional.<em></em></p> Regilan Deusamar Barbosa Pereira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5205 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Arremates em torno da suspensão como força transindividual na performance pequena morte https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5231 <p>Neste escrito apresento brevemente a performance <em>Pequena Morte</em> (2016) e procuro refletir a ideia de suspensão do corpo bicho, seus efeitos no ato de performação. A suspensão não tem uma identidade como conceito, seu sentido é definido a partir do acontecimento instaurado. O objetivo principal do ensaio consiste em desvelar o sentido de suspensão, aqui apresentado em diálogo com o escrito de Brian Massumi (2002) sobre o trabalho de Stelarc. Na performance <em>Pequena Morte</em> o corpo entrecruzado (humano-animal), sua elevação em autoenforcamento pelos tornozelos, o cessamento do movimento pendular quando no ponto de inflexão da elevação, são momentos específicos nos quais a interrupção do processo em curso introduziu as testemunhas da performance no seio do acontecimento. Ou seja, a suspensão atuou como força transindividual em operação nas dobras das possibilidades que o corpo elevado se tornava capaz de atualizar no decurso do processo de performação.</p> Mateus Scota Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5231 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Affôtè - processo criativo de um bailarino beninense numa cerimónia e numa criação artística do vodum https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5253 <p><em>Affôtè,</em> performance artística de Guillaume Niedjo, coreógrafo e bailarino beninense, resulta de um processo criativo, vivenciado e desenvolvido em contexto de cerimónias rituais<em> Vodum</em> nos H<em>ounkpamin</em> e em contexto de espaço performativo. Neste artigo reflete-se sobre os elementos e etapas que o caracterizam.Importa perceber se, como e quando termina a experiência da sua cultura e começa a fantasia de recriação da sua vivência cultural enquanto bailarino tradicional <em>Vodum</em>. Importa conhecer os princípios e fundamentos que permitem construir/desconstruir a configuração corpórea em <em>Affôtè</em>. Socorremo-nos do trabalho de campo no Benim, da observação e de entrevistas ao bailarino, adeptos de <em>Vodum</em> e <em>Hounnous</em>. Destacamos que Niedjo reinterpreta a cultura V<em>odum</em>, através da recuperação de comportamentos ancestrais (SCHECHNER, 1985), seguindo as regras e costumes a ela inerentes, concomitantemente ao uso de partituras corporais outras. <em>Affôtè</em> é o culminar de recriações e reinterpretações assentes na autorreflexão artística e sociocultural do autor.</p> Eva Azevedo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5253 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 (Des) água em nós: a bricolagem como procedimento metodológico de criação https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5256 Este trabalho foi uma criação que buscou amalgamar conceitos de videoperformance, ecologia, artivismo e bricolagem. O trabalho foi realizado durante o período de pandemia da Covid19 e, por este motivo, foi desenvolvido por meio de uma videoperformance interativa. A pesquisa teve como objetivos investigar como a captação de imagens se torna uma videoperformance; abordar a arte de cunho político enfocando a poluição das águas. A metodologia utilizada foi a bricolagem, a qual possibilitou percorrer caminhos que se tornaram transdisciplinares. O trabalho resultante intitulou-se <em>(Des) Água em Nós</em>. Gisela Reis Biancalana, Jaqueline Molossi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5256 Qui, 16 Dez 2021 21:28:26 -0300 Corporeidades em cruzo: encontros entre matrizes, motrizes e encantamentos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5308 <p>Essa escrita traz a intenção de iniciar reflexões que podem revelar ferramentas que instrumentalizem o artista no seu processo de criação, este artigo-performance é regido, a partir das errâncias e a imprevisibilidade que o desconhecido criativo nos envolve, friccionando as movências entre matriz, motriz e corpo em cruzo, como mote para trabalhar processos criativos e dramatúrgicos corporais para uso em processos de preparação corporal ou direção de movimento.<strong></strong></p> Juliana Bittencour Manhães Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5308 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 Tradição popular em cena no contexto do teatro do real https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5328 <p>Os teatros do real incluem diferentes categorias: espetáculos em que os atores compartilham suas próprias histórias, teatro documentário, performances auto-biográficas e espetáculos com atores do cotidiano, ou seja, pessoas que não tiveram minimamente formação em teatro, mas que são convidadas a atuar em determinadas montagens. O que aqui chamo de atores do cotidiano pode ser considerado não atores, mas que estão atores em encenações que têm como temática justamente o universo dessas pessoas. O trabalho aqui apresentado é sobre uma futura pesquisa teórico-prática que tem como foco um processo de criação cênica, inspirado no teatro de não atores, com brincantes de uma determinada tradição popular. Partindo da experiência estética que uma tradição popular proporciona, investiga-se a possibilidade de abordar essa experiência por meio da linguagem teatral performática, de forma não idealizadora.</p><p> </p><p><strong>ABSTRACT</strong></p><p>The theatre of real includes different categories: spectacle in which actors and actress share their own stories, theatre documentary, self-biographies performances, spectacle with everyday life actors, it means, people who have not had any training in theatre, but who are invited in certain playing occasions. What here I call everyday life actors can be considered non actors, but they are actors in stagings that have these people's universe as their theme. The work I introduce here is about a future theoretical-practical research which is focused in a scenic creation process, inspired by theater of non actors, with players of a certain popular tradition. Starting from an aesthetic experience which popular tradition provides, It is investigated the possibility of approaching this experience by the theatrical performance language, in a non idealistic way. </p> Juliana Ferreira Machado Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5328 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 Percursos formativos decoloniais em artes da cena no extremo sul da Bahia https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5341 <p>Apresentamos duas propostas curriculares implementadas na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro-BA, que se compõe do curso de graduação em Artes do Corpo em Cena e do curso de especialização em Dramaturgias Expandidas do Corpo e dos Saberes Populares. Esses cursos partem do intuito de conceber a formação em artes da cena em bases decoloniais, e ao mesmo tempo expandir o alcance e ampliar o acesso à universidade pública, para criar condições efetivas de inclusão social e cultural. A localização dos cursos, no lugar emblemático onde começou a conquista colonial que oficialmente deu origem ao Brasil, torna ainda mais provocativa esta ousadia epistemológica.</p> Éder Rodrigues, Eloisa Domenici Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5341 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 A dança entre: condutas e relações https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5359 <p class="western" lang="pt-BR" align="justify">Este texto faz uma síntese dos estudos desenvolvidos na pesquisa <em>Produção do corpo-sujeito em práticas de dança</em>, com recorte em um parâmetro de análise que reiteradamente emerge da investigação, denominado <em>entre</em>. O trabalho apresenta três práticas, nas quais o <em>entre</em> é discutido de três diferentes maneiras. Na primeira, o processo de criação da obra cênica <em>Axêro</em>, <em>entre</em> é a posição da diretora cênica ao criar: a encruzilhada, um lugar <em>entre</em> epistemologias, <em>entre</em> caminhos e <em>entre</em> diferentes dimensões (do concreto e do sagrado). É nesse <em>entre</em> que se funda a visibilização de culturas oprimidas e produção de corpos anti-racistas. Na segunda prática, a pesquisa <em>Estudos da presença: práticas (per)formativas na formação em Artes Cênicas</em>, foi desenvolvida na Rede Internacional de Estudos da Presença. Nesse contexto, ao buscar características comuns em diversas práticas, o <em>entre</em> é apontado como um dos elementos fundamentais, constitutivos dessas práticas, na produção de corpos antifascistas. A terceira prática, a obra cênica <em>Quando Você me Toca</em>, o <em>entre</em> é disparador e efeito de dança. Identifica-se, nesse caso, uma dramaturgia que é construída a partir do efeito do tato, desse lugar <em>entre</em> peles. Cada uma das análises faz a discussão com diferentes enfoques, demandados por aquilo que se evidencia em cada processo artístico e, portanto, traz para a discussão, diferentes autores e referenciais teóricos. Há, entretanto, uma perspectiva que coaduna a reflexão: a compreensão das práticas como performance (estudos da performance) e como produção de corpos-sujeitos (estudos foucaultianos). O destaque do <em>entre</em> nesses processos, contribui para a suspensão de conceitos de dança naturalizados e propõem um deslocamento da questão “o que é dança?”. Pergunta-se, então: se nesse momento não interessa perguntar “o que é dança?”, o que interessa perguntar? Este texto afirma que interessa discutir condutas e relações em dança que produzem corpos-sujeitos e modos de vida.</p> Maria Fonseca Falkembach Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5359 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 Onde termina a performance: arte dramatúrgica e pandêmi(caos) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5362 <p>O presente estudo versa sobre a relação entre o verbo terminar e arte da cena intitulada performance. sendo fazer-se em processo, a performance não termina, não recebe ponto final resoluto que assinala sua extinção, porque sempre se cria-resistindo, poemas. sem conseguir se livrar absolutamente do teatro, sem conseguir negar sua teatralidade, a performance é arte cênica de co-existência, de conjugação, e nunca deixará de existir; assim como o ser humano que ainda reluta por ser-humanidade na terra. esqueça o pós-humano, o pós-moderno, o pós-dramático, o pós-humanismo. o término da performance será sempre poema, será sempre ter mina, ter o que minar como arte dramatúrgica, ainda que perdure um pandêmi(caos).</p> Sócrates Roberto Fusinato Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5362 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 Poéticas criativas na dança de Edson Claro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4986 <p>O presente artigo investiga as poéticas criativas de Edson Claro em três de seus trabalhos coreográficos, a saber: Petrus, 1, 2, 3 para Luiz Arrieta e Amigos para sempre. Traz ainda um recorte de sua passagem por grupos e companhias de dança nas cidades de São Paulo e Natal, além de contar sobre sua vivência com a dança. A pesquisa é de natureza qualitativa descritiva e partiu do viés metodológico da análise de conteúdo.</p> Marcilio de Souza Vieira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4986 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 Rito de passagem https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5001 <span>Esta apresentação performativa on-line surge como um rito-manifesto assentado nas memórias de brincante, na busca pela canalização da potência dançante desencadeada pelas memórias deixadas pelo encontro com a morte – seja no campo das brincadeiras populares seja nas biografias de seus brincantes – e na construção de um rito in memorian capaz de fazer (re) nascer o seu ciclo criativo nesse momento atravessado pela perda de mais de 542.260 vidas. Para isso o brincante costura em seu corpo elementos advindos das narrativas sobre a morte presentes em diversas brincadeiras populares com as quais teve contato, propondo então a construção provisória de um rito-brincadeira que lhe possibilite ressignificar elementos autobiográficos relacionados tanto ao encerramento de seus ciclos particulares quanto aos sentidos e sentires que o atravessam em decorrência das perdas causadas pela pandemia de COVID-19. Tomando mais especificamente a morte do Boi como metáfora poética para a sua construção o brincante divide seu rito-brincadeira em três momentos distintos: O lamento fúnebre, a sacralização da ausência e a celebração do (re) nascimento. Neste rito-brincadeira, no isolamento solitário de sua morada, o brincante joga com as diversas posições que assume, levando quem o acompanha em sua dança a questionar-se sobre os sentidos e significações possíveis diante dos símbolos que juntos mobilizam-se. Zé, o Boi e Catirina são as figuras convidadas a entrar na roda, para com ele e por ele dançarem o ciclo da vida-morte-vida presentes nesse rito-brincadeira e experimentado por todos aqueles que compartilham o solo comum da existência.</span> Sebastião de Sales Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5001 Qui, 16 Dez 2021 21:28:27 -0300 O véu e o vento: um encontro poético entre a dança do ventre e a dança contemporânea no ensino remoto emergencial https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5024 <p dir="ltr"><span>Este artigo reflete sobre uma experiência de ensino da dança do ventre no contexto da disciplina Poéticas do Corpo na Cena Contemporânea, do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Discute-se o ensino da improvisação e técnica deste estilo de dança e sua relação com propostas de improvisação oriundas da dança contemporânea de Eva Schul. O texto apresenta o relato da adaptação das aulas práticas de dança para o Ensino Remoto Emergencial implantado durante a pandemia do COVID-19. Para situar o ensino da dança do ventre no âmbito acadêmico, estabelecemos as interferências que as transformações do contexto social e político da dança no Cairo trouxeram para o ensino da dança do ventre no sul do Brasil até sua abrupta adaptação para o modo digital. Em se tratando de ensino da improvisação da dança do ventre, o modo online apresentou-se como um facilitador para a produção de um espaço íntimo de experimentação.</span></p> Andréa Moraes, Mônica Fagundes Dantas Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5024 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 Densidades do agora: uma meditação dançante-biológica-existencial-social-pessoal acerca do contexto da pandemia da Covid-19 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5069 <p class="Padro"><span>Apresento uma meditação, conjugando os vieses biológico, existencial, social, pessoal e artístico, encadeada pela vivência da condição de pandemia da Covid-19, a partir da perspectiva de um artista, docente e pesquisador de dança no Brasil/Nordeste, nos âmbitos pessoal e coletivo. Inicialmente, trato da condição biológica que diz respeito a todas as formas animadas, seres não humanos e humanos, utilizando as noções e conceitos desenvolvidos por Maxine Sheets-Johnstone de processos evolutivos, encaixe/adaptação existencial [<em>existential fit</em>] e habitabilidade [<em>livability</em>] no mundo. Aponto que humanos e coronavírus estão “no mesmo barco” biológico e questiono até que ponto podem se diferenciar. Em termos evolutivos da humanidade, também utilizo dados de Yuval Noah Harari acerca da constante transformação genético-morfológico-comportamental que os humanos têm desenvolvido desde seu aparecimento e os embates, controle, convívio e extermínio de/com outras formas de vida que têm composto seu histórico de sobrevivência. Em um segundo momento, resgato de Antonin Artaud, via a abordagem realizada por João Silvério Trevisan acerca da condição epidêmica estabelecida pelo vírus HIV, a analogia entre peste e teatro, a imagem espiritual da peste, a força catártica de uma epidemia e a peste como revelação, para problematizar o que temos vivenciado atualmente em termos existenciais, sociais e políticos. Adiciono a essa problematização argumentos de Harari de que, faltando líderes à humanidade para administrar apropriadamente a crise atual, o sentimento de caos e descontrole se exacerba. Assim como Trevisan conclui que a Aids nada criou, mas tem exacerbado elementos que as convenções sociomorais não deixaram aflorar à luz do dia, jogo a pergunta “o que o coronavírus tem feito aflorar?”. Complemento-a com o questionamento de Harari se o coronavírus transformará nossas atitudes diante da morte. Em seguida, exponho minha experiência pessoal de uma reação inicial de paralisia nos primeiros meses após a eclosão da pandemia, em meus fazeres de artista, docente e pesquisador. A essa experiência faço uma dupla referência: a relação entre <em>stir/stillness</em> [ebulição/imobilidade ou pausa] proposta por Rudolf Laban e o estado larval do qual fala Gilles Deleuze. Refletindo em retrospecto, encaro paralisia como inação, até mesmo como resposta radical à urgência de se manter produtivo, mas também, assim como a larva, gestante de transformação. Para Laban imobilidade não significa falta de movimento, mas constitui um estado de potencialidade. Por fim, relato o impulso para voltar a atividades de dança, fazendo uma relação com o conceito de densidade do agora de Sheets-Johnstone, na feitura da videodança <em>Transiterrifluxório REC</em> com o grupo Cláudio Lacerda/Dança Amorfa, no contato tátil-cinestésico dos/as bailarinos/as entre si e com espaços abertos do Recife Antigo. A dança se refaz e ressignifica nossa existência/sobrevivência no atual contexto. </span></p> Cláudio Marcelo Carneiro Leão Lacerda Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5069 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 Indícios do sagrado feminino em produções acadêmicas do curso de dança da UESB https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5072 <p>Este artigo congrega elementos da pesquisa que teve por objetivo observar a incidência de indícios do Sagrado Feminino nas produções da Licenciatura em Dança da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) no período de 2010 a 2019. Sendo, o Sagrado Feminino, um tipo de sabedoria intuitiva com progressiva adesão mundial nas últimas décadas, considero duas premissas nesta análise: a integração das mulheres às vivências do Sagrado Feminino acontece, majoritariamente, de forma intuitiva e íntima, portanto, anterior à sua elaboração racional e/ou vinculação conceitual às militâncias feministas; a dança é uma manifestação integrativa da humanidade, tendo grande relevância na reconstituição ancestral inerente à busca por conexão com as qualidades femininas, bem como com a reverência holística em relação à sacralidade da vida. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de caráter etnográfico, baseada em revisão de literatura e aplicação de questionário para o levantamento, seleção e análise das produções artísticas e científicas de dança. Se o Sagrado Feminino tem por princípio a demanda intuitiva das mulheres por reconexão ancestral, autocura e autoconhecimento, sua reverberação social vislumbra um equilíbrio das qualidades femininas e masculinas no mundo. Na Licenciatura em Dança da UESB, essas buscas têm sido percebidas em configurações múltiplas (em processos individuais ou coletivos, restritos a mulheres ou em contextos de ampla participação) e apontaram sete eixos vivenciais que, em potências e conexões peculiares, auxiliaram a observação da dança nesse contexto de elaboração subjetiva: autoconhecimento; vinculação cultural; ancestralidade; poder de gerar e nutrir a vida; feminismo, questões de gênero e reação ao patriarcado; relação intuitiva com o Sagrado Feminino; e conexão com arquétipos da Deusa.</p><p> </p> Lauana Vilaronga Cunha de Araújo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5072 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 Entre a dama e a bruxa: relato rebelde de uma trajetória na dança de salão https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5093 <p>Essa são palavras que narraram uma trajetória dentro da dança de salão, um percurso de vida-dança-pesquisa da autora do texto. Fragmentos de muitas facetas de um corpo dançante o qual se dispôs a problematizar o papel hegemonicamente destinado a mulher na dança de salão. Prática regida por um sistema de condução baseado em papéis binários cisgêneros e heteronormativos, o de cavalheiro e de dama. Desse modo, acredito que a dança de salão pode ser uma tecnologia de controle e castração dos corpos femininos. Entretanto, essa pesquisa tem interesse em ações rebeldes que convocam uma dança de salão através de abordagens contemporâneas e queer. Assim, a figura da bruxa dispara na autora uma possibilidade de desintoxicação dessa corporeidade da dama, vivenciada pela mesma nos espaços de dança, convocando outros modos de compor dança de salão. Sendo assim, trago a performance La Bruja (2019) como disparadora de um caminho de subversão da docilidade do corpo da dama. Essa é uma pesquisa em dança que dialoga com os campos de estudos feministas e queer, os quais estão engajados em práticas que desidentifiquem a cisheterronormativdade compulsório presente nos nossos modos de vida. Trazendo essa imagem de insubordinação da bruxa para convocar a dama para dançar, um dançar a dois entre mulheres, que não almeje se fixar em nenhuma polaridade muito menos compor modelos. Porém se está interessando em buscar estratégias de acionar a rebeldia nessa prática de dança, e buscar caminhos mais igualitários, plurais e autênticos para suas protagonistas. </p> Paola de Vasconcelos Silveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5093 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 O inventário no corpo e o encontro com a colonialidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5154 <p style="line-height: 1.2; text-align: justify; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt;" dir="ltr"> </p><p>Este trabalho abordará o eixo Inventário no Corpo do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI), com foco nos desdobramentos que viabilizam à pessoa em processo entrar em contato com a colonialidade no corpo. No processo criativo proposto pelo BPI, o Inventário no Corpo apresenta como premissa o contato da(o) bailarina(o) com sua cultura velada. Nas práticas desta etapa do processo, tal investigação se dá através do corpo em movimento, do reavivamento das próprias memórias, e também através do contato com dados oferecidos por familiares. Neste percurso são deflagradas, entre outros aspectos, práticas corporais situadas em contextos subalternizados que foram invisibilizadas pelos processos históricos e estruturais sob os quais a família foi submetida. Entendendo a colonialidade como uma força que atua sob diferentes eixos da vida da pessoa, pretende-se focar no corpo que dança. O presente trabalho traz como objetivo evidenciar de que maneiras o acesso a saberes invisibilizados na própria história propiciam um movimento de tomada de consciência por parte da(o) bailarina(o) no que diz respeito aos processos da colonialidade.</p><p id="docs-internal-guid-f6f258c1-7fff-bfcb-1cf9-c4ebb05c18bb" style="line-height: 1.2; text-align: justify; margin-top: 0pt; margin-bottom: 0pt;" dir="ltr"><span style="font-size: 11pt; font-family: 'Times New Roman'; color: #000000; background-color: transparent; font-weight: 400; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p> Nara Cálipo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5154 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 Uma nova vereda se abre: as pesquisas de campo em dança do Brasil e em segmentos sociais marginalizados realizadas pela criadora do método bailarino-pesquisador-intérprete (bpi) de 1980 a 1986 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5157 <p>Neste artigo será descrito, principalmente, as pesquisas de campo em manifestações populares brasileiras, rituais e segmentos sociais marginalizados, realizadas por Graziela Rodrigues de 1980 a 1986. Este texto destaca a sua inovação e coragem a se lançar neste novo caminho, nesta maneira singular de realizar uma pesquisa de campo voltada para a criação artística nas Artes da Cena e ainda de desvendar o “Brasil dos Esquecidos”. Esse artigo é resultado de pesquisas bibliográficas, iconográficas e de análise de entrevistas.</p><p> </p> Paula Caruso Teixeira, Graziela Estela Fonseca Rodrigues Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5157 Qui, 16 Dez 2021 21:28:28 -0300 Desobstruir o corpo: a renegociação do trauma no processo do bailarino-pesquisador-intérprete https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5183 <p>Este trabalho pretende recobrar um recorte de estudos apresentado na Tese de Doutorado “A dinâmica do parto no processo criativo do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI): um aprofundamento sobre a relação entre diretora-intérprete e sua importância no nascimento da dança”, defendida e orientada pela primeira e segunda autoras desta comunicação, respectivamente. Dentre os diversos aspectos abordados no decorrer desta pesquisa, quer-se enfatizar, aqui, a importância do desenvolvimento pessoal do bailarino-pesquisador-intérprete e do papel da diretora na condução desse processo, visando-se alcançar uma qualidade artística de excelência. O método BPI, por ter uma abordagem fenomenológica nos seus laboratórios corporais, garante um espaço de acolhimento para o conteúdo inerente ao intérprete e, muitas vezes, no decorrer do processo, o corpo revela mobilizações sensíveis provenientes de experiências traumáticas. Abre-se, portanto, a possibilidade de desprocessamento e elaboração desses traumas, não com o intuito de transformá-los em cena mas, sim, diante da necessidade de liberar o corpo para o conteúdo criativo em si. Na Tese mencionada, ao olhar a relação diretora-intérprete a partir de diferentes pontos de vista, uma vez vivenciando-a como intérprete e sob a direção artística da profa. Dra. Graziela Rodrigues, a bailarina-pesquisadora-intérprete pôde experienciar um processo de desvelamento, desprocessamento e reelaboração de um trauma, apoiada por dinâmicas e laboratórios cuidadosamente planejados pela diretora. Nessa trajetória, ao explanar as diversas etapas de renegociação do trauma e o que isso proporcionou em termos do desenvolvimento do processo criativo, encontrou-se no método terapêutico <em>Somatic Experiencing</em> (SE), criado pelo Dr. Peter Levine, abordagens que levam a uma compreensão psicofisiológica do trauma a qual possui semelhanças na maneira como se compreende e se lida com esse tema no método BPI. A profa. Dra. Graziela Rodrigues, criadora do método BPI, já havia traçado paralelos entre essas metodologias em publicação anterior, nos Anais da ABRACE de 2013. Na presente comunicação, pretende-se retomar esses diálogos, levando-se em consideração os desdobramentos do processo criativo vivenciado durante a elaboração da Tese mencionada, preservando-se as devidas diferenças entre o propósito criativo trazido pelo método BPI e o propósito terapêutico que é o foco do SE.</p> Elisa Massariolli da Costa, Graziela Estela Fonseca Rodrigues Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5183 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Serafina: criação em dança no método Bailarino-Pesquisador-Intérprete a partir de pesquisas de campo com as encantarias https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5203 <p>Serafina é dançada por Larissa Turtelli, com direção de Graziela Rodrigues e captação e edição de vídeo de Karina Almeida. É um videodança do Núcleo BPI, que em sua versão completa possui 37 minutos de duração. Este trabalho foi criado dentro do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI) no contexto da pandemia do Covid-19, com direção online de Graziela Rodrigues e trabalhos na casa da intérprete Larissa Turtelli. A base para esta criação foram pesquisas de campo realizadas dentro do método BPI no mês de fevereiro de 2020, logo antes da pandemia, nas quais o foco foram as encantarias da região de Santarém no Pará. Nos trabalhos de criação após a pesquisa de campo foram sendo aos poucos depurados pela diretora os vários corpos que emergiram do corpo da intérprete mobilizados – e interconectados – com o vivido nas pesquisas de campo. Serafina conflui corpos em forças de resistência. Corpos inerentes aos seus habitats, água, terra, mata. Forças femininas, dos primórdios e do hoje. Continuidade e sobrevivência. Corpo que é barco largo nas águas, corpo em estado de festa, corpo que luta para não se extinguir. É aquele que ressurge do ínfimo, das cinzas, dos restos. A convergência dos corpos gera uma nova força.</p> Larissa Turtelli, Graziela Rodrigues Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5203 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Brincandanças: um projeto de comunicação lúdica e transcendência poética para todas as idades https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5230 <p>Neste trabalho procuramos expôr o desafio do isolamento social na transformação do projeto Brincandanças como alternativa de ludicidade e lazer. Pesquisamos novos modos de pensar as fronteiras entre palhaçaria e dança. Lemos artigos e discutimos conceitos dentro da arte da palhaçaria e em interface com uma pedagogia engajada e, como traduz Ladeira e Insfrán (2019) “pensar a educação é pensar em um movimento de ruptura, de desconstrução, de um fazer-se e desfazer-se contínuo”. Temos por objetivo oferecer conteúdo interativo, de comunicação sensível e lúdica, e desenvolver através da palhaçaria a reflexão consciente por parte de adultos e subconsciente e inconsciente por parte de crianças, de uma comunicação não violenta e a curiosidade pela linguagem , pela imagem, pela música e pela cognição da dança. Busca-se introduzir princípios da educação afrocentrada, almejando romper com estruturas opressivas através da linguagem e da reflexão. As leituras e aprendizados com autores como autores de referência: Sílvio Almeida(2020), Inaicyra Falcão (2002), Marcílio Vieira(2019), Geranilde Costa e Silva(2013), Sandra Haydée Petit e a comunidade Axovi, fundada pelo educador africano Fabrice Kopholo foram subsídio para a forma de tratamento dos temas. Além disso, propostas de transcendência da palavra por uma educação da vontade que reencontramos no canal de Severino Antonio e Kátia Tavares e uma espécie de ética da experiência proposta pelas reflexões a partir de Larossa (2019).</p> Tatiana Wonsik Recompenza Joseph, Marcílio de Souza Vieira, Allana Böckmann Novo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5230 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Experimentação e brasilidade na criação em dança do trans-forma https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5237 <p>O artigo apresenta uma análise sobre a brasilidade identificada no trabalho desenvolvido pelo Grupo Trans-Forma. O grupo foi criado em 1971 por Marilene Martins e apresentou como proposta a busca do gestual brasileiro. Os trabalhos criados se caracterizaram pela inovação na cena da dança belo-horizontina, ao desenvolver a experimentação, a criação coletiva e o hibridismo entre a dança, o teatro e a literatura. A influência de Klauss Vianna no desenvolvimento do balé brasileiro é identificada como referencial importante na construção de uma abordagem de dança por Marilene. A brasilidade é reconhecida nos temas, na movimentação livre, na escolha de músicas de compositores e textos de autores brasileiros, utilizados como referência nas criações do grupo. O espetáculo <em>Kuadê, Juruna mata o</em> <em>sol,</em> inspirado em uma lenda indígena, estreou em 1980 na Oficina de Dança Contemporânea de Salvador e se caracterizou pela liberdade de experimentação e pela pesquisa de movimentação. É apresentado como uma referência na análise da brasilidade identificada na criação em dança do Trans-Forma. </p> Danielle Márcia Fernandes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5237 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Corporeidades ancestrais: transformando e redimensionando a pesquisa em Dança - quais os caminhos percorridos por essas encruzilhadas? https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5245 <p>Como a sua pesquisa diz “basta” para o silenciamento e a invisibilização dos corpos marginalizados e subalternizados? Suas abordagens artístico-pedagógicas atuam na contramão do epistemicídio das diversidades que, na maioria das vezes, não integram a narrativa hegemônica na historiografia da corporeidade brasileira? A partir desses questionamentos e de seus desdobramentos, pretendemos, com o presente trabalho, dar continuidade as partilhas iniciadas por nós duas há alguns anos. A proposta é seguir a metodologia de trocas de cartas com apresentações, respostas e novas perguntas sobre nossos “fazeres” (trazendo junto “pensares”, sem dicotomias) nas encruzilhadas onde a pesquisa, o ensino, a extensão e a gestão não se sobrepõem entre si, ou seja, interagem continuamente, a partir do conhecimento produzido em dança. Nossa correspondência busca construir um discurso vivo, coeso e coerente com nossos modos plurais de seguir dançando para resistir e existir. Na contramão de instituir modelos ou exemplos, investimos em compartilhar e expressar, dentro das nossas realidades pessoais e profissionais, os nossos anseios, angústias e realizações, na tentativa de descobrir e trocar modos diversos e contra hegemônicos para danças libertárias, potentes e transformadoras.</p> Flávio Campos, Katya Gualter Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5245 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Contemdança 2: 10 anos de vivências em videodança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5248 <p>A partir da percepção de que a dança tem na imagem eletrônica, diversas possibilidades de ampliação de seu espaço artístico e pedagógico, o ContemDança 2 tornou-se um lugar para experimentar estratégias, estruturando e organizando conhecimento na área de intersecção da dança com o audiovisual. Desde 2011, a videodança tem sido objeto de investigação e produção dentro do ContemDança 2, projeto de extensão ligado ao Grupo de Pesquisa NEPCênico da UFPB. Este artigo aborda questões históricas e conceituais que caracterizam uma trajetória que, por um lado propõe a adequação das ideias labanianas para a criação e análise de videodança. E por outro, um lugar de expressão de identidade e presença, através da experimentação inspirada nas vivências de discentes e pesquisadores. Entre 2011 e 2021, procedimentos colaborativos, que sempre foram característicos do Grupo, sofreram mudanças tanto em termos tecnológicos como temáticos, voltados para as relações individuais e coletivas através da videodança. Durante esse período, foram produzidos inúmeros trabalhos artísticos, além de artigos e oficinas. O distanciamento social, provocado pela pandemia do Coronavírus, a partir do início de 2020, estimulou novas questões ao invocar um olhar e uma produção artística completamente mediada por plataformas e redes de comunicação via Internet. Em 2021 o, agora ContemDança 2z, desponta como resistência e referência ao estimular a criação e o compartilhar de conhecimentos por meio das plataformas de videoconferência e redes sociais.</p> Guilherme Schulze Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5248 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 A participação da companhia de dança contemporânea na construção da política cultural, artística e de difusão científico-cultural da UFRJ https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5263 <p>O trabalho discute a participação da Companhia de Dança Contemporânea da UFRJ na construção da Política Cultural, Artística e de Difusão Científico-Cultural da UFRJ. Diante do cenário atual, onde as universidades federais se encontram com dificuldades para manutenção de suas atividades, refletir sobre os avanços conquistados, nos capacita a manter acessa a luta história que garantiu e vem garantindo o avanço das artes cênicas em geral e da dança em particular na UFRJ.</p> André Meyer, Ana Célia de Sá Earp, Waldyr Mendes Ramos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5263 Qui, 16 Dez 2021 21:28:29 -0300 Com o pé na estrada: disseminando saberes e diálogos pluriperspectivados https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5276 <p>Este trabalho, tem como objetivo refletir sobre algumas ações promovidas junto ao corpo social do Departamento de Arte Corporal da Escola de Educação Física e Desportos e a comunidade externa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tais ações, desenvolvidas em disciplinas de graduação e projetos, propõem uma revisão crítica de referenciais conceituais, performáticos e coreográficos no ambiente universitário, vislumbrando equidade e representatividade nos processos de produção de conhecimento no campo da dança. Procedimentos que investem na qualificação de graduandos oportunizando a vivência de conteúdos curriculares e extracurriculares de acordo com o compromisso da universidade de produzir, inovar e veicular o conhecimento via as suas funções integradas de ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo de criar e possibilitar espaços de convivência entre saberes distintos e diversos. Para isso, investiga, cria e fomenta estratégias pedagógicas centrando o olhar na direção de fazeres corporais, práticas performativas e epistemologias, que mobilizam conceitos ancorados na cosmovisão africana, afro-brasileira e afro-ameríndia, entendidos aqui, como pensamentos e produções contra-hegemônicas.</p> Tatiana Maria Damasceno, Aline dos Santos Teixeira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5276 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 Tradições encenadas: invenções e investigações ao redor da cultura tropeira https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5286 <p>A figura do tropeiro passou por uma estratégia de fabricação que a aproximou de um símbolo folclórico, que pouco teria a ver com a realidade. A invenção de uma dança dos tropeiros esteve relacionada a este processo. O artigo aborda as representações do tropeiro e das danças relacionadas a esta cultura, abandonando a pretensão de defini-los em uma única abordagem, mas sim nas múltiplas perspectivas que os compõem.</p> Ivan Bernardelli Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5286 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 Aproximar-se de si, um caminho para o empoderamento feminino a partir de uma vivência em dança utilizando aspectos do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5351 <p>O trabalho a ser apresentado refere-se aos resultados e análises de três oficinas em Dança do Brasil desenvolvidas com base em aspectos do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete (BPI), oferecidas em 2018 e 2019 na Estação Cultura na cidade de Campinas, que tiveram como público-alvo mulheres com mais de 18 anos. Essas oficinas estão vinculadas à pesquisa de mestrado da autora, intitulada “Aproximar-se de si, um caminho para o empoderamento feminino a partir de uma vivência em dança utilizando aspectos do método Bailarino-Pesquisador-Intérprete” e desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Universidade Estadual de Campinas, sob a orientação da Prof.ª Dra. Larissa Sato Turtelli. O objetivo dessa proposta foi oferecer uma vivência em Dança a partir do método BPI tendo como foco o primeiro eixo do mesmo, o Inventário no Corpo e quatro das cinco ferramentas desenvolvidas no método, a Técnica de Dança, Técnica dos Sentidos, Laboratórios Dirigidos e Registros, a fim de verificar se a partir desse trabalho seria possível oferecer caminhos para que as participantes aprofundassem o conhecimento sobre si, sua individualidade, identidade e expressividade do corpo visando o autoempoderamento. Essa pesquisa abraçando definições sobre processo de empoderamento feminino, como, apropriação de si; maior autonomia sobre seu corpo e suas possibilidades, sentimentos e caminhos; partindo do interno para avançar a outras perspectivas e condições sociais agindo assim de forma mais coerente consigo, suas ideias e atuação, contou com a participação de mais de cem mulheres.</p> Ana Carolina Constantino Mazolini, Larissa Sato Turtelli Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5351 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 IFestival Dança IFB: ensino, pesquisa e extensão em edições virtuais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5389 <p>O IFestival Dança é um projeto de extensão, desenvolvido no Instituto Federal de Brasília desde 2012, em que estudantes e docentes do curso de Licenciatura em Dança e comunidade externa apresentam trabalhos artísticos, participam de oficinas e rodas de conversa, entre outras atividades. Desde 2017, a sua organização foi incorporada ao conteúdo de um componente curricular do curso. Assim, os estudantes aprendem a desenvolver e a executar o evento, atuando em diversas atividades de pré-produção, produção e pós-produção, com a supervisão de docentes. Em 2020 e 2021, com a pandemia da COVID-19 e com a instauração do ensino remoto, o evento foi reformulado para formato virtual. Este texto tem o objetivo de refletir sobre os processos de ensino-aprendizagem envolvidos na produção do evento e sobre a relação entre extensão-ensino-pesquisa imbricada em suas atividades. Pretende também refletir sobre os desafios, dificuldades, vantagens e desvantagens da produção de evento de dança em formato virtual.</p> Juliana Cunha Passos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5389 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 O encantamento do corpo no Processo BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5413 <p>A presente comunicação evidencia alguns aspectos do Processo do BPI (Bailarino-Pesquisador-Intérprete) voltados ao encantamento do corpo da/o dançarina/o que o vivencia. Tal encantamento é compreendido como a integração corporal e o fortalecimento da energia vital de cada pessoa que se abre a perceber corporalmente as suas sensações interiores e as conexões com o exterior. Assim, o corpo encantado é entendido como aquele que “dança com tudo”, com todo seu organismo, livre e entregue aos sentidos vivenciados em cada momento. O processo de criação se inicia quando ocorre um desvelamento do que chamamos aqui de cultura velada e a consequente liberação dos gestos vitais. A cultura velada diz respeito às potencialidades e vulnerabilidades pessoais reprimidas pela imposição de valores dominantes. O encantamento do corpo diz sobre a superação de possíveis rejeições da cultura velada, a qual é elaborada pela contínua investigação dos conteúdos familiares e estrangeiros que, de maneira dinâmica, mobilizam ou enrijecem o corpo.</p> Mariana Dias Jorge Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5413 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 Ação telepática em dança: ativando as imaterialidades corpóreas para mover-se coletivamente https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5417 <p>A presente proposta visa o compartilhamento de uma experiência prática vivenciada, no dia 04 de abril de 2021, por vinte e um improvisadores residentes no Brasil e no exterior. Às 18h do horário de Brasília, es artistes se encontraram telepaticamente para assistir, ao mesmo tempo, ao videodança <em>Animais me percebem, paisagem me escuta</em>, concebido e dançado por Ana Mundim e dirigido por Morena Nascimento. Cada pessoa, após projeção do vídeo, em seu local de residência, improvisou a partir de suas percepções corpóreas estimuladas pelo que assistiram e pelo encontro telepático com o grupo. A questão central era acionar a conexão com es outres, a distância, sem transmissão ao vivo, e dançar juntes, criando um campo energético. O material produzido gerou um outro vídeo, resultante da experiência, que fundamenta a escrita deste texto.</p> Ana Carolina da Rocha Mundim Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5417 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 ASSENTAMENTOS E DESPACHOS: ENCONTROS PARA SEGUIR CAMINHANDO https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5243 Respirar. Riscar o dojo (espaço em volta do corpo). Entrar no espaço circunscrito e reconhecer os conteúdos que já estão no corpo. Dar vazão com continência e aos poucos ir reconhecendo e elaborando esses conteúdos. O que fica e o que precisa sair? O que vai para o assentamento e o que é preciso despachar para dar fluxo ao processo de criação e de autoconhecimento? Assim iniciamos e compartilhamos nossas práticas de pesquisa em artes da cena que se dão no e através do corpo. Propomos, aqui, a desmontagem do processo de disponibilização desse corpo reflexivo, no qual se elaboram os conteúdos experimentados na relação com diferentes campos de pesquisa. No caso, esses campos compreendem predominantemente saberes tradicionais afro-referenciados, como a capoeira e as religiões de matriz africana (mas não só), com os quais as pesquisadoras foram se encontrando ao longo de suas trajetórias. No momento em que novos campos de pesquisa se abriam, uma pandemia. Colapso, distância, exílio, permanência, isolamento, virtualidade, tempo, percepção, desejo, criação. Qual corpo é possível? Qual pesquisa em artes da cena é possível? E como ela pode estar em relação com o que sofre o mundo como um todo? Compartilhar esses Laboratórios como uma encruzilhada: parar, perceber, observar onde estamos e tomar o tempo para reconhecer os caminhos que se apresentam, sem precisar, ainda, escolher por qual seguir. Suspender o tempo da escolha. Desfrutar do espaço entre para revirar memórias, revisar os corpos, integrar os sentidos. Através dessa proposta, buscamos trabalhar com ferramentas conhecidas por nós (oriundas do Método Bailarino-Pesquisador-Intérprete e da Técnica Alexander) e criar dispositivos para a pesquisa em artes da cena que passem pelo autoconhecimento, pela integração dos sentidos no corpo das pesquisadoras como instância da criação e da reflexão. Dentro desse processo, a elaboração das imagens, sensações, sentimentos e movimentos é condição primordial para a criação cênica. Os conteúdos liberados ou são depositados em um lugar de afeto no espaço-corpo - assentamento, altar, tukaia, conga - ou são cuidadosamente despachados pois já cumpriram sua função. Então, como quem arruma a casa para sentar e assistir ao pôr do sol, aprontamos esse corpo para olhar o horizonte, ou além… Flávio Campos, Heloisa Corrêa Gravina Copyright (c) 2022 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5243 Sex, 18 Fev 2022 10:06:06 -0300 A produção cultural do Brasil oitocentista e a atuação de mulheres no teatro popular https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4952 <p>Este ensaio busca refletir sobre o teatro popular no final do século XIX, a partir da perspectiva da produção teatral e de seu impacto na vida cultural do período. Destacaremos a atuação de algumas mulheres que ocuparam os palcos nesse momento e despontaram pelo seu protagonismo, quebrando vários paradigmas. Para tanto, utilizaremos autores que discutem sobre arte a partir do ponto vista da política. Apresentarei algumas artistas que estiveram presentes nos palcos brasileiros. Desde já, ressalto não ser possível realizar tal debate sem levar em consideração os diferentes aspectos que atravessam a questão, como gênero, classe e etnia. Apesar da escassez de trabalhos que documentam a atuação de artistas negras no teatro popular, temos o registro da atuação da Ascendina Santos, atriz negra que fez sucesso no Teatro de Revista. Também temos outras mulheres que compuseram este cenário, como Cinira Polonio e Chiquinha Gonzaga. Essas duas grandes artistas se notabilizaram pela transgressão à moral e aos bons costumes. Com trajetórias semelhantes, elas atuaram no Teatro de Revista por longo tempo. Este artigo busca compreender a atuação e formação de artistas que transgrediram os papéis atribuídos a elas em um momento de fortes tensões e imposições às mulheres.</p> Lílian Rúbia da Costa Rocha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4952 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 Alda Garrido e a crítica teatral no Recife: uma consagração às avessas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5027 <p>A partir de críticas publicadas sobre cinco temporadas que cumpriu no Recife, de 1919 a 1934, a ideia é explicitar qual a “imagem pública” construída para a atriz e empresária Alda Garrido e reconhecer a força que a crítica exerce para consagrar ou não determinado fazer teatral, ainda que a mesma tenha lutado para revelar outra faceta da sua carreira artística.</p> Leidson Malan Monteiro de Castro Ferraz Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5027 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 O que é Cenotécnica? Função e o ofício do trabalhador cenotécnico https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5031 <p>Afinal, o que é cenotécnica? Pergunta esta que dá início ao processo de escrita à dissertação de mestrado em andamento e intitulada <em>Cenotecnia: uma análise sobre a função e o ofício do trabalhador cenotécnico da cidade de São Paulo</em>. Neste trabalho submetido e apresentado ao XI Congresso da ABRACE, compartilhamos parte da investigação sobre a função e o ofício do trabalhador cenotécnico, em que, no conjunto de questões e reflexões, buscamos compreender a cenotécnica – desde o entendimento da origem e sentido do termo empregado, dos processos e relações de trabalho, aos objetos e meios utilizados para sua realização. Para isso, utilizamos como base de apoio, materiais bibliográficos produzidos no Brasil que descrevem os instrumentos da técnica teatral, cenotécnica, cenografia e arquitetura cênica em diferentes momentos do século XX, com destaque aos manuais de Otávio Rangel, João Acir e o material produzido pela Funarte entre as décadas de 1980-1990, entre outros documentos que contribuem para esta análise inicial.</p> Priscila de Souza Chagas do Nascimento Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5031 Qui, 16 Dez 2021 21:28:30 -0300 Companhia Teatro Moderno de Lisboa (TML): arte, resistência e formas de intervenção na década de 1960 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5061 <p>Teatro social e teatro engajado são denominações que ganharam corpo em meio a um vivo debate que atravessou o final do século XIX e se consolidou no século XX. Seu ponto de inflexão estava na tessitura das relações entre teatro e política ou mesmo entre teatro e propaganda. Este trabalho aborda os sentidos de resistência e contestação político-cultural da Companhia Teatro Moderno de Lisboa (TML) / Portugal, na década de 1960, levando em consideração as entrevistas e os discursos produzidos sobre os seus processos coletivos de criação, pesquisa teórica e intervenção social. Para muitos intérpretes, o grupo rompeu a ordem estabelecida da vida teatral na década de 1960 e se afirmou como o grande movimento de uma geração. Durou apenas quatro anos, de 1961 a 1965. Nesse período o TML apresentou textos teatrais de Carlos Muniz, Dostoievsky, Miguel Mihura, John Steinbeck, Luiz Francisco Rebello, William Shakespeare e José Carlos Pires. Esses artistas compuseram e recompuseram diferentes universos de acordo com as suas intenções<strong> </strong>e seus desejos. Deram, lembrando aqui Brecht, ao “passado e presente em um”, o sinônimo de aliar a leitura (com significados novos) de textos, recheados de crítica social em determinado contexto, à representação de um grupo de atores portugueses. As questões políticas e estéticas contidas nas peças eram atualizadas pelo debate entre o grupo de teatro e a plateia — tarefa bem difícil num período em que a contestação político-cultural à ditadura do “Estado Novo” se tornava mais forte e constante e em que a repressão da censura oficial, sempre vigilante para com as manifestações artísticas heterodoxas, fazia-se sentir de uma forma asfixiante. Fazer teatro engajado naquele período era buscar outros lugares de encenação, assim como outros olhares sobre os anos de chumbo. Devido à sua ação, aos seus princípios fundamentais e práticas, o TML lançaria as sementes do movimento dos grupos de teatro independentes, tendo iniciado o caminho de um teatro de intervenção que estes, mais tarde, se encarregaram de continuar. A despeito das adversidades, as experiências teatrais na contramão do pensamento dominante continuam em pauta e na ordem do dia com incrível tenacidade. Fazer teatro em meio às pressões comerciais é, sem dúvida, uma forma de provocação, de insubordinação ao mercado das “paradas de sucesso”, da qual ainda se valem tanto o Comuna – Teatro Pesquisa, O Bando, A Barraca e a Seiva Trupe.</p> Kátia Paranhos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5061 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 Estudo sobre o espetáculo a semana – esses intrépidos rapazes e sua maravilhosa Semana De Arte Moderna (1972) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5114 <p>O espetáculo teatral <em>A Semana</em> estreou em 1972, no Teatro São Pedro, espaço que à época se constituía como um foco de resistência cultural e um projeto de grupo. Este texto procura relacionar a encenação de <em>A Semana</em> com o projeto mais amplo do São Pedro, em três aspectos principais: conteúdo, forma, e estratégias de sobrevivência crítica.</p> Nina Nussenzweig Hotimsky Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5114 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 Questões de sexualidade, gênero e censura em “O beijo no asfalto” https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5126 <p>Este trabalho tem como objetivo principal analisar a obra O Beijo no Asfalto (1961) em sua primeira montagem, considerando os aspectos que a aproximam das discussões atuais sobre sexualidade e gênero. Para isso, o percurso da reflexão passa por pontos importantes como a linguagem que Nelson Rodrigues utiliza para expressar as questões de sexualidade e gênero em sua dramaturgia; as reações dos públicos para estes conteúdos e as censuras que incidiram sobre a montagem. As reflexões sobre a primeira montagem de O Beijo no Asfalto consideram também o contexto político social dos anos 1960 e são orientadas pelos estudos <em>queer<a title="" href="file:///C:/Users/Saulo%20Rocha/Desktop/Mestrado%20UFSJ/Congressos/ABRACE/Artigo%20Saulo%20Rocha%20e%20Alberto%20Tibaji.docx#_ftn1"><strong>[1]</strong></a></em>. Em especial, o pensamento feminista de Judith Butler e seu paralelo com aspectos da cena teatral contemporânea. Isso porque se percebe a importância do teatro como uma linguagem capaz de criar e difundir formas de representar que deem conta de levar para a cena as questões sociais latentes de cada época.</p><div><br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" /><div><p><a title="" href="file:///C:/Users/Saulo%20Rocha/Desktop/Mestrado%20UFSJ/Congressos/ABRACE/Artigo%20Saulo%20Rocha%20e%20Alberto%20Tibaji.docx#_ftnref1">[1]</a> <em>Queer </em>é uma palavra recorrente neste e em outros estudos sobre sexualidade e gênero. Aqui foi adotada a definição de<strong> </strong>Richard Miskolci que define <em>queer</em> como a recusa dos valores morais violentos que fazem valer a existência da linha da abjeção, ou seja,<em> “fronteira rígida entre os socialmente aceitos e os objeto de humilhação e desprezo</em>”. (MISKOLCI. 2010. p. 25)</p></div></div> Saulo Gomes Rocha, Alberto Ferreira da Rocha Júnior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5126 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 O lugar do mamulengo na história do teatro brasileiro: algumas considerações https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5141 <p>Este trabalho parte dos estudos de Borba Filho (1966), Santos (1979) e Alcure (2001, 2008) sobre o Mamulengo, o Teatro de Bonecos popular do Nordeste. O Mamulengo é um gênero de teatro composto por bonecos vestidos de tecido e esculpidos em madeira chamada mulungu. Neste estudo, apresentarei uma breve inserção do mamulengo na história do teatro brasileiro, abordando: (1) diretores e dramaturgos que em seus projetos artísticos se aproximaram do mamulengo, incorporando personagens e narrativas; (2) e importantes mamulengueiros pernambucanos, como Solon Alves de Mendonça e Januário de Oliveira, o Ginu. Foi possível perceber que artistas como Hermilo Borba Filho, Ariano Suassuna e Fernando Augusto Gonçalves dos Santos por meio de seus processos de valorização das formas teatrais populares alcançaram lugares na história do teatro brasileiro que os próprios mamulengueiros não conseguiram, os quais viveram e trabalharam sob difíceis condições econômicas.</p> Weslley Fontenele Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5141 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 O teatro brasileiro e as ações globais do início do segundo pós-guerra https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5152 <p>Nesta comunicação, apresento um panorama das possíveis relações entre o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro de Arena com as “comunidades epistêmicas teatrais”, que promoveram, de modo programático, a circulação global de ideias e práticas teatrais, a partir de 1945. Nesse movimento, alguns países desenvolvidos influenciaram no pensamento e na construção teatrais de alguns dos chamados “países emergentes”. A partir de uma pesquisa de pós-doutorado que realizo atualmente, aponto as convergências conceituais e práticas, bem como as evidências de uma independência entre tais acontecimentos e os projetos teatrais brasileiros que analiso.</p> Manoel Levy Candeias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5152 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 Procedimentos diversos do diretor João das Neves https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5206 <p>A presente comunicação exibe parte dos resultados da pesquisa “Cena dialética práxis e história”, que propôs a investigação teórica e prática, no campo da encenação, da função do encenador e da construção da cena dialética e seu(s) diálogo(s) com a história. Apresentaremos aqui alguns procedimentos investigados na peça <em>A farsa da boa preguiça</em>, dirigida por João das Neves, trazendo uma reflexão sobre o trabalho de direção com o texto dramatúrgico. As reflexões aqui apresentadas revelam o diálogo de seu trabalho com a história, ressaltando tanto a formação quanto a trajetória de João das Neves.</p> Carina Maria Guimarães Moreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5206 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 Teatro ao encontro do povo: tentativa de renovação pelo teatro popular https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5214 <p class="paragraph">O presente estudo visa discutir um movimento teatral que representou certo fenômeno entre as décadas de 1960 e 1970, presente nos periódicos da época. Trata-se do movimento “Teatro ao encontro do povo”, liderado pelo casal franco-austríaco Florence e Otto Buchsbaum. A premissa desse movimento foi realizar um teatro popular que pudesse renovar a face do teatro nacional, segundo os próprios artistas. O movimento iniciado em Santos em 1967 se espalhou por vários estados do país, e fomentou a criação de aproximadamente 60 grupos teatrais. Dentro desta mobilização existiram as conferências teatrais que seguiam eixos discursivos como: “História do Teatro Mundial” e “Drama e povo”, realizados pelo casal. As conferências eram os principais vetores de conversão ao movimento, além de apresentações teatrais na urbe. Também veiculavam um chamamento aos grupos teatrais por meio de um jornal próprio. Nos interessa discutir o que representou o “Teatro ao encontro do povo” e se houve envolvimento com outras práticas semelhantes na busca de um teatro popular, pois o movimento liderado pelo casal nos parece, até então, invisibilizado na historiografia teatral brasileira. Para esta pesquisa, utilizamos a metodologia bibliográfica, documental e a história oral. Para esta pesquisa, utilizamos a metodologia documental, pelos periódicos disponíveis no Centro de Documentação Teatral da Funarte, e a história oral pela colaboração do filho do casal, Arthur Buchsbaum.</p> Howardinne Queiroz Leão Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5214 Qui, 16 Dez 2021 21:28:31 -0300 Teatro, cordel e afins no Ceará dos anos 1970 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5228 <p>Este trabalho é uma contribuição aos estudos históricos que observam e problematizam as experimentações do chamado teatro de cordel no Brasil. No panorama cearense, vão se projetar no enfrentamento dessa poética os conjuntos Cooperativa de Teatro e Artes e Grupo Independente de Teatro Amador. Para a análise, são considerados os seguintes espetáculos: <em>O Romance do Pavão Mysterioso</em> (1972), <em>Orixás do Ceará</em> (1974) e <em>O Reino da Luminura ou A Maldição da Besta-Fera</em> (1977). Através da discussão das dramaturgias e montagens apontadas, busca-se questionar como os referenciais da cultura cearense foram incorporados e traduzidos pela linguagem teatral naquele recorte de tempo específico.</p> Francisco Geraldo de Magela Lima Filho Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5228 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 Outros relatos, novas histórias: o processo textual e cênico desenvolvido por grace passô e sua relaçãocom as questões de gênero, subalternidade e negrura https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5301 <p>Esse resumo versa sobre a pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas, realizado no período de Agosto de 2018 a Maio de 2021, na Universidade Federal de São João del-Rei. Sendo este, um recorte dos assuntos discutidos no segundo capítulo da dissertação intitulada: Relatos, momentos e história: a construção cênica de Ione de Medeiros e Grace Passô. Assim, fazemos aqui um recorte e apresentamos alguns pontos que discutimos no segundo capítulo da dissertação. Capítulo esse que tem como título: Outros relatos, novas histórias: o processo textual e cênico desenvolvido por Grace Passô e sua relação com as questões de gênero, subalternidade e negrura. Nesse ponto, fazemos um rápido levantamento histórico da vida e obra da diretora Grace Passô, analisando no espetáculo Por Elise, as questões de gênero, as quais Judith Butler nos propõe pensar, quando publica em 1990 o livro <em>Problemas de gênero</em>: feminismo e subversão de identidade. Butler é filósofa pós-estruturalista e uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, estudos queer, filosofia, política e ética. Buscamos relacionar esse espetáculo à questão de gênero, que Butler nos propõe, por compreendermos que há na concepção cênica dessa diretora um atravessamento, no que se refere a gênero. No entanto, além de gênero, analisamos também a situação da mulher negra na cena teatral de Belo Horizonte e suas implicações no cenário teatral atual, por entendermos que essa é uma questão de grande importância no momento em que nos encontramos, no qual, muitas/os outras/os pessoas negras/os vêm se colocando na cena teatral, literária entre outras, como agentes de suas histórias. Basta olharmos para o lado para percebermos a presença de Conceição Evaristo, Leda Maria Martins, Carolina Maria de Jesus, entre outras. Mulheres negras que quebraram as barreiras do silenciamento e da lógica que o sistema lhes impunha.</p> Osmar Vanio Fernandes, Alberto Ferreira da Rocha Junior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5301 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 Festivais de dança na pandemia: primeiros impactos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5305 <span>Como consequência da pandemia da Covid-19, as medidas de isolamento social e desaceleração da atividade produtiva provocaram um freio na vida social e cultural presencial, atingindo a mobilidade de pessoas e bens culturais, bem como os espaços de encontro comunitários onde a dança exercia a maior parte de suas atividades. Essas mudanças significaram, a sua vez, uma ruptura radical da atividade econômica do setor da dança, e ainda um desvelamento da precariedade do campo da dança, tanto no que diz respeito às perspectivas de exibição do setor, quanto à consolidação da produção artística. Tornou-se, então, importante compreender, a curto, médio, e longo prazo, quais propostas de exibição artística poderiam se sustentar, e até se desenvolver, a partir dessa mudança, e quais seriam os aportes que a dança teria para fazer à sociedade mediante seu potencial de ação. Este artigo traz a trajetória reflexiva, artística e pedagógica de festivais como o Cena CumpliCidades e o Cena Universidade que investiram na interface da dança com o audiovisual como uma forma criativa e poética de enfrentamento dos impactos da Covid-19, notadamente no campo da produção e exibição da dança e suas expressões no ambiente virtual.</span> Arnaldo José Siqueira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5305 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 Sobre um retrato embaçado: a atriz e empresária manuella lucci (Lisboa - 18? – Belém do Pará - 1899) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5321 O presente texto apresenta resultados preliminares de pesquisa sobre a atriz e empresária ManuellaLucci. Nascida em Lisboa, Portugal, era desconhecida dos palcos portugueses, pois sua carreira se construiu no Brasil, especialmente em cidades das províncias do norte, com engajamento contínuo na atividade artística que se iniciou em idade muito precoce, como cantora, junto de seu pai e irmã. Buscaremos compor um retrato da atriz, lidando com uma questão inevitável sobre fontes e memória. Seu retrato embaçado, mais do que uma materialidade, é uma imagem desafiadora que nos leva a elaborar algum caminho de compreensão para construir uma fonte, um objeto ausente, uma cartografia como uma organização do passado no âmbito da história do teatro brasileiro. Andrea Carvalho Stark Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5321 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 O lugar do antigo mato grosso na história do teatro no Brasil nos séculos XIX e XX: reconfigurando operações da historiografia teatral brasileira para integrar sua trajetória no oeste do país. https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5384 <p>Esse texto compartilha algumas reflexões iniciais de uma pesquisa de doutorado sobre a história do teatro no <em>antigo Mato Grosso</em>, séculos XIX e XX, e a busca por parâmetros que redimensionem espacialmente versões hegemônicas da história do teatro no Brasil nesse período e que de algum modo integrem a sua narrativa a trajetória do teatro na fronteira Oeste do país.</p> Fabricio Goulart Moser Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5384 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 “Tudo estava por fazer”: a instrumentalização da arte na construção do ideal progressista do antigo Território Federal do Amapá https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5391 <p>Este artigo tem por objetivo apresentar parte das discussões levantadas em pesquisa de doutoramento, em desenvolvimento no PPGArtes–UFPA. A criação do Território Federal do Amapá (1943), instaurou uma série de medidas no sentido da reestruturação de uma região em que “tudo estava por fazer”. As alterações na paisagem social, econômica e cultural estiveram sob um guarda-chuva político que primou por criar melhores condições de vida e ressignificação do cotidiano caboclo, ao lhe proporcionar novas perspectivas sanitária, alimentar e educacional, que colocasse a região amapaense no centro de uma ascensão modernista, substituindo as características de uma cidade pacata em prol de um modelo mais urbano e civilizado. A instauração da nova infraestrutura, arquitetura e reorganização administrativa deu-se no sentido de apoiar a chegada de novos personagens à trama regional. Nesta, protagoniza o Cineteatro Territorial de Macapá, espaço de difusão política, educacional e cultural que esteve atrelado aos ideais janaristas. Este período alimenta inúmeros estudos e discussões dentro e fora do circuito acadêmico regional, diverge opiniões e integra parte da memória coletiva amapaense, contudo ainda preserva nuances que merecem olhares destacados para a compreensão de sua construção cultural em um sentido amplo e subjetivo. Dessa maneira, este artigo apresenta-se como valiosa contribuição para a escrita histórica, artística e cultural, com foco no teatro realizado na região amapaense e suas influências nos processos de construções identitárias.</p> Frederico de Carvalho Ferreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5391 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 “Atritos, rangidos e deleites de utopias”: o direito à cena https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5098 <p>Este trabalho fez parte da mesa redonda intitulada Teatro e História: historiografias do espetáculo e palcos de direitos humanos, proposta pela professora Beti Rabetti/Maria de Lourdes Rabetti e é resultado de pesquisa intitulada Diversidade sexual e teatro no Brasil: visibilidade, minoritarismo e representação, com financiamento pelo Edital de Demanda Universal 2018 do CNPq. A presença de personagens LGBTQIA+ nos palcos no Brasil, tímida ainda nos anos 1950 e 1960, ganha vigor a partir da década de 1970, mais especialmente a partir de 1973 com <em>Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá</em>, texto de Fernando Melo, inegável sucesso de público. Se naquele momento, ouvem-se os atritos entre a criação do espetáculo e os órgãos de censura e crítica, hoje os atritos se dão entre uma visão - talvez anacrônica - da parte de certo discurso em defesa da população LGBTQIA+ e as personagens de homossexuais masculinas afetadas. Nesse sentido, interessa-nos o rangido das articulações entre cena e direitos da população LGBTQIA+.</p> Alberto Ferreira da Rocha Junior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5098 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 “Fora de onde?” - performopalestra em processo de criação https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5047 <p>Quando você joga algo fora... joga fora de onde? Vamos conversar sobre esse mito chamado descarte, que estrutura nossa relação com as matérias? Sem opor mito e realidade, podemos devanear sobre as histórias dos descartados? Este texto se apresentará como dramaturgia da comunicação performativa que foi compartilhada durante o XI Congresso da ABRACE. Trata-se de um trecho da atual pesquisa de doutorado em Artes da Cena na Unicamp, com orientação da Profa Dra Gina Monge Aguilar e co-orientação da Profa Dra Verônica Fabrini, intitulada atualmente como “Fora de onde? Teatro e arte educação ambiental em tempos de crise”. Contextualizado na crise do novo coronavírus, este texto se refere à edição virtual do Congresso Anual da ABRACE, momento em que a comunicação performativa da pesquisa da atriz de teatro aconteceu no formato audiovisual. Será explorado um formato híbrido entre uma apresentação teatral-audiovisual e uma palestra, entre texto acadêmico e dramaturgia. Sobre as referências, podemos citar estudos sobre a consciência do antropoceno; sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei número 12.305/2010; o livro “Ecología política de la basura. Pensando los residuos desde el Sur”; além de consultas aos portais do MNCR – Movimento Nacional de Catadores de Recicláveis e documentos sobre o caminho do lixo na cidade de Campinas/SP.</p> Pamella de Caprio Villanova Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5047 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 A criação de um teatro ecológico a partir das narrativas de Curupira https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5051 <p>A pesquisa é um estudo de caso cujo tema é o Teatro Ecológico, e se problematiza da seguinte forma: pode o Teatro ser ecológico? Partir das narrativas de Curupira para vivenciar os experimentos cênicos, contribui nesse sentido? Para que se evidencie o caráter ecológico do Teatro a partir das narrativas de Curupira, a metodologia usada será revisão bibliográfica, seguida de jogos teatrais e dramatização das narrativas de Curupira. Essas histórias dos saberes indígenas e populares, colhidas com os jovens do ensino médio, que durante o experimento cênico, além das inferências anotadas, responderão a dois questionários, um antes e outro depois das práticas. Esses servirão de baliza para a análise dos dados. O ambiente da pesquisa será a Escola Estadual Barão de Boca do Acre, no município de Boca do Acre – Amazonas.</p> Antônio Rogério dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5051 Qui, 16 Dez 2021 21:28:32 -0300 Influxos Artaudianos: mitologia Yorubá e processos decoloniais de criação para as artes da cena https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5057 <p>Influxos Artaudianos é um laboratório de investigação para as artes da cena sobre qualidades da presença e materialidades da energia que está sendo desenvolvido pela atriz e arteterapeuta junguiana Adriana Rolin com base na sua pesquisa de doutoramento (IA/UERJ/CAPES) orientada pela Prof. Luciana Lyra, que utiliza dos escritos metafóricos de Antonin Artaud, da Mitologia Yorubá em sabenças do Ilê Asè Ogum Alakorô e de técnicas do Ateliê de Pesquisa do Ator (APA) como alquimia deste caminho pedagógico que se pretende curativo, além de cênico. Este artigo é sobre o desdobramento do elemento fogo via orixá Exú.</p> Adriana R. L. Oliveira Ribeiro Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5057 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Deus Pã: poéticas teatrais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5087 <p>Neste trabalho, objetiva-se refletir a figura mítica do deus Pã em relação às possibilidades imagéticas de criação e vivência teatral. A escolha deste mito se deu pelo atual momento pandêmico que temos atravessado, devido ao novo e contagioso coronavírus, cuja enfermidade por ele ocasionada foi nomeada pela sigla COVID-19 (<em>Coronavirus Disease</em> - 2019). Neste sentido, como sujeito, artista e pesquisador, urge continuar a caminhada, sensível ao luto, e ao mesmo tempo em criação artística. Os estudos teóricos sobre Pã abriram margem para experienciar, junto à natureza, em contato com as paisagens naturais do cerrado, através de imersões na fazenda de meus avós, localizada no interior de Goiás, práticas artísticas corporais e possibilidades criativas em solitude, autoconhecimento, mimese e desequilíbrio, numa hibridez entre fotografia, teatro, dança e performance.</p> Pedro Paulo Galdino Vitorino Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5087 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 A influência do pensamento ameríndio em sendas pagãs: um relato de experiências com o universo da bruxaria na cidade de Manaus https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5110 <p>Neste artigo, objetivo relatar as experiências de minha trajetória como pagão, bruxo e sacerdote de alguns grupos de bruxaria da cidade de Manaus – AM, buscando verificar de que modo isso me moldou enquanto performer. Ressalto também a importância do pensamento ameríndio na construção e formação de minha espiritualidade e percepção sobre o universo do paganismo, tendo como referência os autores Davi Kopenawa (2015), com sua obra intitulada <em>A queda do Céu – Palavras de um Xamã Yanomami</em>, e Ailton Krenak (2019), com seu livro <em>Ideias para adiar o fim do mundo</em>. Apresento, assim, experiências cujos conhecimentos dialogam entre si.</p> Jeferson Bastos de Souza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5110 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Feitiço de bem-querer e desejos compartilhados https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5122 <p>Este artigo trata-se de um relato acerca de uma performance inspirada em trechos da obra - <em>Caos: Terrorismo Poético e Outros Crimes Exemplares</em> de autoria de Hakim Bey (2003); em especial os dois tópicos - <em>Amor Louco</em> e <em>Feitiçaria</em>. Essa pesquisa-performance flerta com o universo da feitiçaria, sondando possíveis aproximações com a dança, em especial a instauração de um jogo; de uma dramaturgia tecida pelas relações entre corpo e demais elementos na construção do que BEY (2003) nomeia de "cultivo de uma consciência aprimorada"; ou ainda "captura da presença", termos esses que nos levam a traçar possíveis analogias com a instauração de um estado de presença cênica que se constrói por meio das criação de um jogo de cunho ritualístico, inspirado no universo da Feitiçaria, e protagonizado pelo corpo em movimento.</p> Kamilla Mesquita Oliveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5122 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 In natura: relações mítico-simbólicas a partir de um processo de criação em videoperformance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5309 <p>Este trabalho propõe analisar o processo de criação da vídeoperformance <em>In natura</em> (2020), que foi desenvolvido dentro da disciplina de mestrado Mito e Imaginário nas Artes da Cena, ministrada pelo Professor Dr. Alexandre Silva Nunes do Programa de Pós-graduação em Artes da Cena da Universidade Federal de Goiás. Trata-se de um exercício performático cujo percurso teórico e conceitual abarca as teorias e discussões acerca do deus Pã, estabelecidas por James Hillman no seu livro “Pã e o pesadelo”, e como estas se articulam através da prática videoperformática. As manifestações artísticas desta ordem se abrem a uma maior riqueza de símbolos, manifestas tanto em imagens quanto em narrativas, mitos e rituais, que se associam entre si e vão se constituindo como matéria de criação. Neste sentido há de minha parte uma necessidade de mergulhar nas imagens, além de teorizar sobre elas.</p> Andreane Lima e Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5309 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Mito, ética e cena https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5355 <span lang="PT-BR">Esta comunicação expande e aprofunda as ideias brevemente apresentadas na Mesa Temática <em>Percepção, Mitos e Fronteiras como Atos de Insurreição Artística</em>, realizada em 20 de novembro de 2020, no evento ABRACE On_line. As relações entre mito e cena, que ocupam o centro dos interesses deste grupo de trabalho, são na presente comunicação verticalizadas no âmbito de um recorte que toma os problemas da ética como referência, em sintonia com a temática geral do XI Congresso da ABRACE: Artes Cênicas e Direitos Humanos em Tempos de Pandemia e Pós-Pandemia. Estabelecendo um recorte transversal, a comunicação desenha conexões entre cena artística e palco social, pondo em relevo os riscos de uma adesão acrítica a esquemas míticos, como se eles possuíssem princípios éticos, em si. Discorrendo sobre a equivalência entre mito e história, a comunicação fará uso de exemplos nos quais se verifica a autonomia e responsabilidade de cada indivíduo, em sua relação com as estruturas antropológicas do imaginário, para estabelecer parâmetros éticos de vida e relação interpessoal. </span> Alexandre Silva Nunes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5355 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Atuação no ensino remoto: ensaios somáticos e Chekhovianos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5357 <p>Este trabalho relaciona aspectos pedagógicos e técnicos propostos por Michael Chekhov em suas <em>Lessons for Teachers </em>(2018)<em>,</em> princípios educacionais pontuais da comunidade de Dartington Hall e elementos da Educação Somática como vistos pelo Body-Mind Centering<sup>sm</sup>, visando refletir sobre suas ressonâncias numa possível abordagem pedagógica da atuação, em tempos de ensino remoto. Como trazer os aspectos imaginativos encontrados nas proposições chekhovianas para o corpo em atuação, hoje, nas condições do ensino remoto, em meio à realidade pandêmica? É possível estabelecer o sentido de <em>ensemble</em>, caro à técnica de Chekhov, em meio ao distanciamento corporal? Seria viável atualizar, em corpos que criam à distância, uma ética pautada por princípios comunitários? Como a anatomia vivencial do Body-Mind Centering<sup>SM</sup> pode contribuir para a criação psicofísica do ator, apoiada na premissa imaginativa de Chekhov, em tempos de mediação tecnológica? São questões que não param de emergir no dia a dia da prática pedagógica de atuação da autora que, neste ensaio, as tangencia visando antes as ressonâncias da partilha do que o encontro de respostas estáveis.</p> Luciana Paula Castilho Barone Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5357 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Dom Quixote-Mikhail Tchekhov: uma abordagem do corpo imaginário https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5306 <p>O texto parte de <em>Reflexões sobre Dom Quixote</em>, texto escrito em 1926 por Mikhail Tchekhov (1891-1955), para traçar uma reflexão sobre seu conceito de <em>Corpo Imaginário</em>. A noção constitui um dos elementos da pedagogia da imaginação formulada pelo artista, entre os anos vinte e cinquenta, a partir da sua experiência como ator no Teatro de Arte de Moscou e no Primeiro Estúdio, a esse associado. Alinhado aos princípios do que Konstantin Serguêevitch Stanislávski considera como <em>trabalho sobre si mesmo </em>no processo da<em> encarnação</em>, o <em>Corpo Imaginário</em> é mais do que um procedimento de caracterização externa na composição atoral. Como uma verdadeira “poética do devaneio”, nos termos sugeridos por Gaston Bachelard, apresenta-se como estratégia técnica que ajuda a consolidar a crença tchekhoviana de que a atuação é uma experiência supra-pessoal, a detonar no artista e no público um movimento de transformação espiritual. Por meio do encontro entre o universo autônomo das imagens e aquilo que Tchekhov nomeou de <em>individualidade criativa, </em>o<em> Corpo Imaginário </em>aborda a personagem não como existência literária e condicionada às circunstâncias propostas pelo autor, mas entidade concreta no espaço, de quem o ator se aproxima por meio das etapas de visualização, formulação de perguntas, construção e variação de centros energéticos. O texto reflete sobre a maneira como esse conceito surge, ainda na juventude pré-exílio de Mikhail Tchekhov, como teorização do artista em relação ao seu próprio modo de atuar, em uma análise que não se sobrepõe aos aspectos intuitivos do ofício, mas os inclui. Faz referência, também, à contribuição dada pelas ideias de Rudolf Steiner no amadurecimento desse conceito na história de construção do Sistema criativo de Tchekhov.</p> Natacha Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5306 Sex, 24 Dez 2021 10:14:55 -0300 Transjardinagem: performance como paisagem radical para arquivo vivo trans https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5026 <p>Este artigo visa apresentar a metodologia da Transjardinagem, no Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA), explorando a forma com que esta ferramenta pode nos permitir lançar foco sobre campos importantes nas discussões de performatividades e transontocosmoepistemologias, como 1) a importância da Performance e suas paisagens radicais na formação de arquivo vivo trans, 2) a necessidade de (re)escrita histórica corpo e gênero variante e 3) o papel da transformação corporal na desarticulação do ódio destinado a pessoas trans através de imagens metamórficas. Por meio de tal metodologia, serão analisados dois documentos, um de 1897 e um de 1939, duas ocorrências envolvendo pessoas gênero inconformes AFAB (<em>assigned female at birth</em>). Outro tema central à criação de arquivo trans é o papel da Transtemporalidade na historicização da cisgeneridade, na contestação histórica e na interrogação das atribuições cisheteronormativas de anacronismos ao pensamento trans. Mostrarei que a invenção, o deboche e a radicalidade na Performance são forças agentivas de corte anti-colonial às tentativas cisheteronormativas, brancas e capazes de reiteração de domínio epistêmico sobre Arquivos.</p> Ian Guimarães Habib Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5026 Qui, 16 Dez 2021 21:28:33 -0300 Mulheres atravessadas na garganta https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5035 <p dir="ltr">Esta é uma comunicação que narra a história pessoal de uma atriz enclausurada em sua própria casa. Na cena uma atriz-mãe e suas tentativas de criação artística, entre malabarismos econômicos, jorro de notícias absurdas e dolorosas e sua abdução pelos afazeres domésticos que nunca têm fim. No contexto do Brasil pandêmico, essa mulher em isolamento social faxina as gavetas, onde encontra e relê antigas anotações em peças impressas. Neste processo relembra seu passado (mais que recente), seu percurso como atriz e os espetáculos teatrais encenados em Porto Alegre, nos doze anos de existência da Companhia Dramática. “Ah, os dias felizes”, diria Winnie, personagem de Beckett, ao lembrar do que passou. A atriz-mãe Juçara Gaspar, sou eu. Eu ouço as vozes de muitas mulheres-personagens-figuras atravessadas na minha garganta. A pintora, a folclorista, a dramaturga, a maga da birmânia, a heroína da literatura, gritam, choram, cantam, contam suas histórias de resistência em cena. Me projeto neste texto acadêmico como uma corpa ofertada, desmontada e montada novamente para ser outra. Relembro em palavras o processo do espetáculo apresentado em modo remoto "Mulheres Atravessadas na Garganta" (2020) para apontar estratégias de criação e produção de vídeo em Streaming, na plataforma YOUTUBE, a partir de ações cooperativas do meu núcleo familiar, e da aplicação dos recursos do Prêmio Fac Emergencial das Artes Cênicas.</p> Juçara Gaspar Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5035 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Como nasce uma atriz: explorações em torno do saber-fazer das atrizes, a partir de intersecções entre gênero, corpo e trabalho https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5038 <p class="p1">Este texto busca traçar alguns percursos do trabalho da intérprete em teatro, em algumas de suas transformações históricas, tecendo relações entre os contextos internacionais diversos, a fim de encaminhar um desenho do quadro brasileiro. Serão abordados aspectos da profissão (e profissionalização) das atrizes e sua inserção no campo social, assim como dilemas estéticos que envolvem a presença e participação delas nas artes cênicas, colocando gênero, corporeidade e trabalho como categorias essenciais para a análise dos processos cênicos da intérprete. O texto constrói-se a partir de levantamentos sobre a história da atriz, priorizando a leitura de autoras que questionam as exclusões de gênero no campo das artes performativas e buscando observar criticamente a narrativa histórica, numa espécie de “história delas". A partir dessas considerações, busca-se esboçar um exame das hierarquias relativas ao sujeito mulher,<span class="Apple-converted-space"> </span>existentes também na área da interpretação no teatro, bem como apontar seus reflexos nas formas de abordar teoricamente a prática da atriz, consignas que se estruturam com base em pressupostos de valor sobre os papéis sociais da mulher e da função da intérprete teatral. Veremos como esses valores dizem respeito à branquitude, ao favorecimento de classe, à hegemonia do saber-fazer de tradição européia, à cisgeneridade e ao especismo. Perguntamos: diante da revisão desses elementos, o que na profissão da atriz ainda necessita morrer, para um renascimento diverso?<span class="Apple-converted-space"> </span></p> Lúcia Regina Vieira Romano Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5038 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Agda desmontagem - possibilidades discursivas para performatividades subversivas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5065 <p dir="ltr"><span>A desmontagem é uma prática que nasce no contexto da cena teatral latino-americana dos anos 90 junto à Eitalc - Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe, e consiste em revisitar um espetáculo teatral anteriormente criado, na perspectiva das subjetividades e materialidades de composição das atrizes e atores criadora/es. O conto Agda (1973) de Hilda Hilst, circunscreve temáticas medulares da prosa hilstiana: ascese, erotismo, sacrifício, morte, em uma busca fêmea por Deus e pelo conhecimento, de uma mulher arcaica que se consagra pela carne. A desmontagem do espetáculo Agda (2004) começa no abrir de outros caminhos de entendimento das míticas compostas do conto, na busca de uma prática discursiva que subverta, desaloje e perturbe os hábitos de representação, bem como os lugares atribuídos à mulher na vida e no teatro.</span></p><div><span><br /></span></div> Gisele Petty Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5065 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 One Woman: uma íntima celebração em tempos emergentes https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5182 <p>Este artigo tem como objetivo tecer uma trama reflexiva e poética sobre o experimento performático <em>One Woman: uma íntima celebração em tempos emergentes</em>, que integra o Programa de Apoio à Iniciação Científica – PAIC, da Universidade do Estado do Amazonas – UEA. Atraída pela ousadia da performer Karen Finley, inspirada pelas palavras sensíveis de Suely Rolnik sobre o dessassossego das marcas e provocada pelo desnudamento cênico da atriz e diretora Janaina Leite, o tecido costurado neste artigo discorre (ainda que timidamente) sobre parir coragem, compaixão e escuta de si.</p> Viviane Palandi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5182 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Mulheres em cena – dimensão política do eu https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5195 <p>Esse artigo é parte da pesquisa de pós-doutorado, realizado pela autora na ECA-USP, na qual analisa a perspectiva política de trabalhos cênicos que exploram memórias e experiências pessoais, estruturando suas dramaturgias por meio do depoimento. Considera as apresentações da Mostra artística <em>Mulheres em Cena</em>, como disparadoras desse estudo para investigar o conceito de lugar de fala, o binômio público-privado e a cena depoimento. Dessa perspectiva, aborda de que maneira a leitura dos corpos compõe a dramaturgia das obras e trada de aspectos que dizem respeito às elaborações cênicas de práticas artísticas dessa natureza.</p> Vanessa Freitas de Paiva Macedo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5195 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Entre nós, quem cabe na dança? A bailarina gorda ocupa o espaço https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5261 <p>Este texto narra a descoberta de uma bailarina, que ao se deparar com a representatividade e militância gorda das redes sociais, se reconhece enquanto uma bailarina gorda. Assim, ela interrompe as tentativas de caber e ocupa seu espaço na dança. Para tanto, será contextualizado os atravessamentos que este corpo tem perpassado, em uma sociedade que se pauta em um estereótipo de magreza, e que estigmatiza e marginaliza os corpos gordos. O âmbito da dança não se afasta deste contexto e muitas vezes até reforça tais questões, reproduzindo em lentes de aumento as relações da sociedade. Portanto, através desta narrativa, pretende-se refletir a importância da representatividade das bailarinas gordas nas redes sociais, partindo da noção da filósofa Malu Jimezes, de autoetonografia dos estudos do corpo gordo. A experiência da aproximação da autora, com suas pares no ciberespaço, será evidenciada através de três principais referências: a bailarina Rafaela Machado, a pole dancer Drea Costa e a cantora e compositora Aila Menezes.</p> Renata Teixeira Ferreira da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5261 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Paisagens habitáveis https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5270 <p>O presente ensaio compartilha a trama de questionamentos envolvidos na comunicação performativa realizada no XI Congresso da ABRACE intitulada “Paisagens habitáveis- um experimento (auto) ficcional”. Trata-se de um vídeo-poema criado a partir de estudos experimentais de um corpo que dança reinventando as paisagens de seu próprio território-casa durante a Pandemia, causada pela COVID 19. De modo experimental, a minha imagem corporal é apresentada em diferentes planos visuais e integrada a camadas subjetivas a partir de sua interação com jogo de sombras, projeções e edições videográficas A discussão apresentada tem a intenção de aprofundar os pensamentos que motivaram a criação performativa compartilhada no evento como uma continuidade da minha pesquisa de doutorado, concluída em 2019, voltada ao estudo de mascaramentos corporais e espaciais. O ensaio representa, portanto, uma extensão desse eterno e mutável “estado de pesquisa” que não separa a vida cotidiana da criação artística, e está relacionado a necessidade de investigar novos processos criativos, sempre mesclando as experiências práticas com reflexões de ordem teórica. A discussão se concentra em modos de autorrepresentação, que de forma híbrida e interdisciplinar, deixa-se atravessar por diferentes linguagens, como o vídeo, dança, colagem e literatura.</p><p> </p> Elisa de Almeida Rossin Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5270 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Entre nós: breves memórias sobre o que aprendemos e inventamos juntas, na academia e na arte https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5296 <p>O trabalho reflete sobre o encontro entre mulheres de diferentes gerações na universidade, mais especificamente no Departamento de Arte Dramática e no Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), como fio que entretece a constituição de saberes no campo das artes cênicas em Porto Alegre. A reflexão se dá a partir de algumas experiências e encontros da autora em diferentes momentos de sua trajetória, desde os anos 90 até o presente, como aluna, professora e artista, em uma narrativa que assume sua dimensão subjetiva e experiencial, em diálogo com práticas cênicas biográficas e noções feministas que afirmam a possibilidade do conhecimento sensível e compartilhado. Mais do que feitos individuais, destaca-se a importância do encontro entre artistas como espaço que possibilita aprendizagens conjuntas e invenções dialógicas, posto que nos fazemos, e fazemos a cena e o mundo, em relação, entre nós.</p> Patricia Fagundes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5296 Qui, 16 Dez 2021 21:28:34 -0300 Carta a Maria Brigida de Miranda https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5320 <p>No segundo semestre do ano de 2018, participei como aluno especial da disciplina Introdução ao Teatro Feminista, ministrada pela professora Dra. Maria Brígida de Miranda no Programa de Pós-Graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Essa experiência suscitou em mim o desejo de pesquisar possíveis desdobramentos em relação a um autorretrato concebido por mim e por um amigo artista, no ano de 2012, para ritualizar o meu casamento. Ao entrar em contato com os xamanismos e as bruxarias de mulheres artistas e feministas, bem como de performers que transgridem as noções normativas de gênero, reconheci um caminho de investigação que envolve minha própria identidade que, hoje, está em performance por intermédio de minha pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arte Cênicas da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, na linha de pesquisa Processos e Poéticas da Cena, sob orientação da Professora Dra. Fernanda Areias de Oliveira. Esse artigo descreve algumas memórias e sensações vividas no decorrer da disciplina Introdução ao Teatro Feminista. Escrito no formato de carta e endereçado a professora Brígida, aborda a importância das epistemologias feministas e de gênero, base de estudos da disciplina ministrada por ela e que fazem florescer, a cada dia, a busca para a descolonização do meu imaginário enquanto pessoa e artista, bem como a busca pela politização das feridas causadas pelo percurso interrompido rumo ao ideal do masculino hegemônico.</p> Fabricio Theiss Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5320 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 Entre nós: Mirna Spritzer, uma mulher de teatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5365 <p>Este trabalho é parte de uma pesquisa que busca destacar a importância das mulheres artistas nas tramas do fazer teatral, compondo-se a partir de narrativas de mulheres atuantes na cena de Porto Alegre. Objetiva-se contribuir com a urgência contemporânea de reconhecer e articular narrativas que contraponham a versão hegemônica, predominantemente branca e masculina, que invisibiliza outras existências. Inserido na estrutura social, o teatro também excluiu, diversas vezes, as mulheres do foco, da cena, do jogo, da ação, das atividades criativas, sociais, políticas e econômicas que o fazer cênico envolve. Pouco sabemos de mulheres nos livros de história de teatro. É preciso ampliar as narrativas das atrizes, iluminadoras e encenadoras que compõem a história da cidade, para que possamos ampliar e fortalecer o próprio campo das artes cênicas. Aqui, apresenta-se a atriz e professora Mirna Spritzer, em memórias, reflexões e desejos, a partir de entrevista realizada em 2021.</p> Iassanã Martins Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5365 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 Memória em Disputa - Teatro e Perspectivas LGBTQIA+ https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5393 <p dir="ltr">O Presente ensaio pretende analisar possíveis subversões narrativas da História hegemônica através do teatro, focando-se especialmente na população travesti da cidade de São Paulo no período da ditadura civil militar brasileira, que sofreu no início dos anos 1980 diversas perseguições policiais que tinham como objetivo “limpar” as ruas das grandes metrópoles do país, estigmatizando, violentando e impondo um imaginário perverso à corpos não-cisgêneros, considerados abjetos. Para tanto, busco analisar a peça de teatro “As Três Uiaras de SP City” da dramaturga travesti Ave Terrena e do coletivo LabTD, que narra esse momento histórico sob o ponto de vista de travestis que estiveram na linha de frente na resistência contra a ditadura, ainda que suas identidades sejam sistematicamente apagadas das narrativas acerca desse movimento.</p> João Guilherme Mello de Souza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5393 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 “Conversas de Coxia” — a experiência de encenar dramaturgias feministas no ensino remoto https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5349 <p class="p1"><span class="s1">Nesta comunicação relato a experiência na encenação de peças feministas no modo de ensino remoto na disciplina Interpretação Teatral II, do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina. Entre os meses de fevereiro de abril de 2021, trabalhei com uma turma de 16 alunes com quatro peças curtas intituladas "Conversas de Coxia”. As peças integram o livro "As Mulheres de Shakespeare (Recicladas): recriações paródicas" (2019) da dramaturga brasileira Lucia Sander. Lucia é uma das pioneiras dos estudos de gênero no campo dos estudos literários e se destaca por suas pesquisas teóricas, recriações e performances sobre a obra de Shakespeare. Assim que lançou o livro, Lúcia me enviou a versão em PDF, e me convidou a ler e a encenar seus textos. Me apaixonei pela linguagem cômica, contemporânea e feminista das personagens (recicladas): Ofélia, Desdemona, Gertrudes, Cordélia, Miranda e Julieta, e levei os textos para a sala de aula… uma sala virtual, sem contato físico e sem o palco e suas coxias. Em pequenas telas experimentamos a criação de algo no campo do audiovisual, talvez com vestígios do teatro… Esta </span><span class="s2"><em>herstory</em></span><span class="s1"> começa assim… um grupo de pessoas enclausuradas em suas próprias casas encena os textos de Lúcia… Só a força de jovens apaixonades pode salvar uma arte do risco da extinção.</span></p> Maria Brigida de Miranda Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5349 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 Gênero e feminismo no processo do espetáculo Chorume da Companhia Ortaet https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5408 <p>Este artigo integra minha pesquisa de Doutorado em Teatro em andamento no Programa de Pós-graduação em Teatro - PPGT da Universidade do estado de Santa Catarina - UDESC, e visa apresentar o percurso da Companhia Ortaet em suas motivações estéticas e conceituais a partir das perspectivas feministas presentes no próprio grupo, com foco na montagem do espetáculo de teatro documentário <em>Chorume</em>. Utilizo-me de aspectos da genética teatral como metodologia possível. O artigo contribui para tecer relações entre o corpo feminino em sua relação entre o consumo e o descarte a partir de relatos das mulheres que constroem este espetáculo.</p> Cleilson Queiroz Lopes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5408 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 Hipátia: tecido dramatúrgico entre fé, ciência e feminismos em tempos pandêmicos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5420 <p>Urdida em primeira pessoa, esta comunicação visa partilhar a construção dramatúrgica da peça <em>Hipátia</em>, de autoria de Luciana Lyra, realizada entre os anos de 2020 e 2021. Tecida durante o período pandêmico, a peça tem por ensejo descortinar a jornada da cientista Hipátia de Alexandria, a primeira mulher matemática de que se tem conhecimento seguro e que despertou a fúria de fundamentalistas cristãos entre os séculos IV e V d. C., quando ocorreu uma importante transição no Império Romano: de um Estado totalmente pagão a um Estado em adesão contínua ao cristianismo. A dramaturgia confiada à Lyra pelo <em>Instituto Martim Gonçalves </em>(RJ), põe em trama questões latentes entre fé, ciência e feminismos, no intento de recobrar a estória desta importante figura histórica em termos contemporâneos de embates férreos balizados em conservadorismo, anticientificismo e patriarcalismo.</p> Luciana de Fátima Rocha Pereira de Lyra Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5420 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 A dramaturgia feminina nordestina e sertaneja: o espetáculo candeia https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5429 <p>Sente-se ao longe cheiros de ervas, de velas queimando; de rezas em cânticos que nos fazem sentir uma candura de bênçãos. É noite, mas a luminosidade que se vê atravessa trevas e rompe silêncios. Nisto, aos poucos, percebemos um poder revolto matriarcal; pois quatro mulheres nos recebem em seu lar, nos levando em sonhos, por meio de histórias ao universo do resgatar almas. <em>Candeia</em> é luz, guia e caminho, é um sublime feminino que se expande, pedindo licença pra lhe benzer com as forças da mata, das ervas e da fé. Este pulsar de corações nos acende antigas chamas, porque somos levadas a acessar nosso sagrado. Esta comunicação é uma reverberação de um trabalho teórico prático de minha pesquisa de doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Teatro (PPGT/UDESC/SC), vivida dentro de um grupo intitulado <em>Estação de Teatro</em> do Rio Grande do Norte/RN. Nele, descrevo as formas de uma escrita feminina sertaneja imersa em um processo feito somente por mulheres seridoenses, dando vida ao espetáculo chamado <em>Candeia.</em> Desta forma, percebi o quanto foi significativo vivenciar esta experiência, mediante os princípios da sororidade; das abordagens do feminismo, e da parceria entre mulheres de teatro.</p> Mariclécia Bezerra de Araújo, Brígida Maria de Miranda Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5429 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 Práticas para uma apreciação coreográfica feminista https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5344 <p>Este artigo pretende refletir sobre uma proposta de curadoria feminista para o visionamento de obras durante a disciplina “Tópicos Especiais em Apreciação coreográfica” dos cursos de Dança da UFRJ, realizada remotamente durante o período pandêmico, referente ao 2o. semestre de 2020, ministrada pela Profa. Dra. Lígia Tourinho e por sua orientanda mestranda Flora Bulcão, estagiária docente da disciplina. A pergunta norteadora desta curadoria foi: Como as questões feministas ou que reivindicam algum tipo de paridade de gênero aparecem em trabalhos de dança apresentados na última década? Notadamente a cena de dança brasileira é povoada pela presença de mulheres, mas isso não significa realizar trabalhos com essa reivindicação. Para tal, nos debruçamos sobre algumas danças realizadas por mulheres que abordam essa pauta. Selecionamos uma relação de obras de mulheres brasileiras, considerando a importância de uma pluralidade de cores e formas entre elas, fugindo do estereótipo ou exagerando ele ainda mais, exatamente para denunciá-lo. Ao conjugarmos esta temática a uma metodologia horizontal, com base no debate ancorado por princípios somáticos e pela comunicação não violenta, nos indagamos se estamos construindo um caminho metodológico feminista. Abordaremos a temática apresentada refletindo sobre a performatividade dessas danças e suas potências dentro das discussões feministas.</p> Flora Lyra da Silva Bulcão, Ligia Losada Tourinho Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5344 Qui, 16 Dez 2021 21:28:35 -0300 O processo criativo de Violetas: voz, memória e mímesis em uma escrita de si https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5004 O presente trabalho tem como objetivo apresentar reflexões de uma pesquisa de doutorado em andamento, sob orientação da Profa. Dra. Daiane Jacobs, que trata do processo de criação do espetáculo <em>Violetas</em> como uma <em>escrita de si</em> (RAGO, 2013). O espetáculo é uma homenagem à minha avó materna, que tinha o sonho de ter sido artista, mas nunca pôde realizá-lo. Sob a direção de Raquel Scotti Hirson (Lume Teatro), foi construído através da metodologia da Mímesis Corpórea e a partir das memórias que me ligavam à minha avó. Sua voz era o elo nas minhas lembranças. De forma autobiográfica, o processo criativo proporcionou um (re)encontro comigo mesma, não como uma busca introspectiva e de caráter confessional para reencontrar o que seria uma “essência” escondida em minha alma, mas para assumir o controle de minha própria vida e tornar-me sujeita de mim mesma pelo trabalho de reinvenção da subjetividade possibilitado pela escrita de si. Mayra Montenegro de Souza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5004 Seg, 20 Dez 2021 14:17:00 -0300 Minha tecitura: um encontro em performance de cinco gerações de mulheres de uma mesma família https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5192 <p>Este trabalho insere-se no contexto de estudos da-sobre a mulher. Esta escrita é parte de uma pesquisa de doutoramento, que tem como objetivo refletir, discutir e performar acerca da relação em rede de suporte entre mulheres que se torna um trampolim para criação em Performance Arte. O recorte deste texto trata dos protagonismos presentes entre cinco gerações de mulheres de uma mesma família entrelaçando suas vivências com as quatro ondas do movimento feminista no Brasil. O intento busca atrelar as características principais do movimento nos séculos XX e XXI às características de uma pesquisa em arte contemporânea centralizada nas figuras femininas supracitadas. O estudo debruça-se sobre a autobiografia como procedimento metodológico afim de conectar-se com as memórias e vivências das mulheres expostas na pesquisa. No que se refere ao contexto sociocultural são referendados autores como DAFLON (2019) e LOURO (1997). A abordagem feminista recai em autoras como PEDRO (2004) e FERREIRA (2015). Para tanto, a reflexão escrita aborda a análise de uma Vídeo-Performance intitulada <em>Minha Tecitura</em>para relacioná-la com a revisão bibliográfica acerca do feminismo e suas respectivas quatro ondas. A pesquisa está em andamento e, até o momento, considera-se que a arte entrelaçada a saberes-fazeres de campos diversos contribui tanto para a expansão da arte contemporânea quanto para marcar os campos de resistência pela via da elaboração poética.</p> Marcella Nunes Rodrigues, Gisela Reis Biancalana, Bruna Leticia Potrich Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5192 Seg, 20 Dez 2021 14:35:34 -0300 O guarda-roupas de candomblé: ancestralidade, devoção e tradição afro-brasileira https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4988 <p>O presente trabalho, pretende analisar as vestimentas, trajes e indumentárias de orixás, a partir do interesse de buscar uma chave de compreensão do “ato de vestir-se” no candomblé de ketu, devido à importância da produção do vestuário, uso de vestes específicas e obtenção de um guarda-roupas, indissociados das ações ritualísticas realizadas no espaço templo/terreiro, apresentados nas iniciações e festividades no contexto religioso. Partimos da hipótese que o ato de vestir-se, perpassa a simples noção de beleza, sendo mantenedor da perpetuação, tradição, costumes, cultivo da memória ancestral, fortalecimento da cultura material e imaterial na diáspora.</p> Roberto Lima Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4988 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 O corpo negro em fronteiras porosas: entre os saberes das danças e dos cuidados que emergem no caos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4998 Este artigo emerge da pesquisa autobiográfica em andamento no mestrado, em que procuro relacionar as experiências acerca do que é ser uma mulher negra no Brasil, com os processos criativos em dança. O cuidado surge nas práticas, visto que lidar com o racismo traumático e violento, requer abordagens sensíveis, de atenção e percepção do próprio artista, como do diretor, ensaiador ou coreógrafo. A hipótese central vai ao encontro da compreensão da dança e do cuidado como possíveis estratégias de sobrevivência que emergem ao criar poesia e dança, da dor. Desta maneira, torna-se possível vislumbrar inúmeros caminhos que tentem dar conta desta suposição, individualmente e coletivamente. Assim, mostrando que vivências são potentes e podem tornar-se alimento para saberes fazeres, propondo perspectivas antirracistas e tentativas epistemológicas contra hegemônicas dentro das Universidades. Liana da Silva Cunha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4998 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Por uma cena samba na batida do pandeiro e no pinicado da viola https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5006 <p>Na batida do pandeiro e no pinicado da viola que me apresentaram o samba chula. Como atriz, capoeirista e sambadeira, proponho investigar os processos criativos em Artes da Cena, precisamente o processo de criação da personagem sensibilizado pela cultura afro-brasileira, mais especificamente o samba chula. Buscando um diálogo entre samba chula e a construção de um corpo cênico amparado pelos estudos da <em>Poetnografia</em>, do <em>Campo Vivido, </em>e a relação com os sambadores e sambadeiras do grupo Samba Chula João do Boi da cidade de São Braz, no estado da Bahia e também do grupo Angoleiros do Samba Chula da cidade de Goiânia - Goiás. Com o intuito de compreender e adentrar aos estudos do samba chula, as reflexões aqui levantadas foram apresentadas na XI Congresso da ABRACE 2021 – Artes Cênicas e Direitos Humanos em Tempos de Pandemia e Pós-Pandemia, realizada em junho de 2021, referente ao processo de pesquisa em nível de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Universidade Federal de Goiás (PPGAC - UFG).</p> Lorena Fonte de Oliveira, Renata de Lima Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5006 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Corpo sem título: em busca de caminhos de conhecer https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5036 <p>Este trabalho dialoga com o pensamento de Leda Martins sobre o protagonismo do corpo, enquanto local de inscrição, reprodução e produção de conhecimento. Parto das proposições da autora para refletir sobre a importância de efetivarmos caminhos metodológicos que permitam a expressão do conhecimento do e pelo corpo. Reflito ainda, sobre a relação deste corpo, enquanto criador e pensador, frente as narrativas que informam o que ele deve e pode ser e dos escapes, gingas e pernadas contra hegemônicas que nossos corpos coletivos e individuais, foram capazes de produzir em jogos de afirmação política de existir.</p> Débora Campos de Paula Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5036 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Desobediências poéticas: afrofuturismo, transe, desmontagem e processo criativo em dança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5055 <p dir="ltr"><span>Este artigo descreve a importância do processo de desmontagem cênica para a pesquisa de mestrado intitulada Desobediências poéticas: repensando a prática criativa na dança contemporânea sob uma perspectiva decolonial. O contato com os princípios de desmontagem cênica discutidos neste artigo surgiu na disciplina Desmontagem cênica como estratégia de reflexão e criação de artistas da cena. Ministrada pelas professoras doutoras, Ana Cristina Colla e Raquel Scotti Hirson no PPGADC-UNICAMP. O objetivo do texto é desvelar as reflexões que levaram o autor a pesquisar o movimento afrofuturista e o transe como ferramentas criativas decoloniais.</span></p><div><span><br /></span></div> Henrique Cesar Hokamura Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5055 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Transcriação de tradições: africanidades, amizades e construção de identidade afrodescendente em cenas de poéticas diaspóricas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5083 <p>Nesta pesquisa primeiramente abordamos as relações entre o percurso do <em>continuum</em> Grotowski-Workcenter em contraste com os aspectos epistêmicos-performativos africano-diaspóricos que fundamentam esta obra artístico-investigativa, mas que são pouco problematizados nos discursos elaborados por esse binômio e em pesquisas sobre o mesmo, destacando a presença, ausência, opacificações e apagamentos de sujeitos, formas e conceitos. Posteriormente localizamos as dinâmicas étnico-raciais que permeiam as relações intersubjetivas nesse <em>continuum</em>, fundamentadas nas colaborações interculturais e criações de poéticas transculturais, paradigmatizadas pela elaboração de <em>políticas de amizade </em>contrastantes com as <em>políticas de inimizade </em>assinaladas por Achille Mbembe. Como fator integrador das duas instâncias, autoetnograficamente analisamos nosso processo de construção de identidade afrodescendente no contexto criativo pluriétnico do <em>Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas </em><em>Richards</em>, gerando uma proposta de síntese da análise, crítica e processamento de experiência da tríade <em>elementos de africanidades/relações étnico-raciais/identidade afrodescendente </em>através do projeto “Plataforma Garimpar em Minas Negras Cantos de Diamante”, que concebe teatralidades a partir de tradições bantu-brasileiras.</p> Luciano Mendes de Jesus Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5083 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Repercussão: considerações sobre a videoperformance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5106 <p><span id="docs-internal-guid-ef14746d-7fff-11c1-6d8f-fcc30fb9e11e"><span>Este artigo trata de questões que emergem a partir da feitura da videoperformance Repercussão realizada em março de 2021. A performance consistiu em tocar alfaia na praça de Vila Nova acompanhada de uma playlist de funk 150 BPM transmitida em uma caixa de som. Esta praça fica a cerca de 50 metros da minha casa num espaço familiar de encontros, diálogos e afetos. A discussão sobre a presença da câmera como dispositivo está presente atravessada pela leitura de Giorgio Agamben (2005). A noção de pertencimento e intimidade com o espaço permeia o texto tendo em vista a proximidade da minha casa do local da ação. O programa da ação propôs uma aproximação entre as estéticas do funk e maracatu, o que abre perspectivas para pensar periferia e negritude a partir do conceito de reexistência de Ana Lucia Silva Souza (2021) e de corpo-dança afroancestral de Sandra Haydée Petit (2015).</span></span></p> Laís Castro dos Santos, Tatiana Maria Damasceno Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5106 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 Os orixás em cena: reflexões acerca dos procedimentos dramatúrgicos da trilogia teatral 3 mulheres de Xangô, de Zora Seljan https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5120 <span>Em meados dos anos 1950, a dramaturga brasileira Zora Seljan (1918-2006) concebeu a trilogia teatral <em>3 Mulheres de Xangô</em> - com as peças <em>Oxum Abalô</em>; <em>Iansan, Mulher de Xangô</em> e <em>A Orelha de Obá</em>. Partindo de seus estudos sobre a tragédia grega, Seljan inspirou-se na mitologia dos orixás, em formas litúrgicas do candomblé e em práticas performativas afro-brasileiras, expressando nessa trilogia seu projeto de criar um teatro com características nacionais. Neste artigo, reflito sobre os procedimentos dramatúrgicos adotados pela autora na trilogia, onde cenas dialogadas e momentos musicais se alternam. Sendo o coro um elemento constante nas três peças, focalizo a presença do coro e as funções que ele exerce. Além das peças em si, norteiam esta reflexão os dados coletados no arquivo pessoal de Seljan (Fundação Casa de Rui Barbosa-RJ) e em outras fontes arquivísticas, bem como, pesquisas de campo de práticas performativas afro-brasileiras e referências bibliográficas pertinentes. Este artigo é parte de minha pesquisa de doutorado, a qual busca iluminar a produção teatral de Zora Seljan, cuja trajetória está ligada a diferentes áreas da criação e produção teatral.</span> Priscila de Azevedo Souza Mesquita Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5120 Qui, 16 Dez 2021 21:28:36 -0300 École des Sables: um espaço que transgride o engajamento, ensino e resistência das danças negras https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5134 <p>O artigo trata da experiência transatlântica vivenciada em 2015, quando participei do Estágio Internacional em Danças Africanas Tradicionais e Contemporâneas do Senegal, realizado na École Des Sables. Um centro de treinamento, localizado num vilarejo de pescadores em Toubab Dialaw, situado ao sul de Dakar. Além do cotidiano dançante da escola, a experiência de dançar na areia foi única e serviu substancialmente para transformar meu olhar sobre a dança e o corpo que dança, por ser uma instituição que promove a descolonização do movimento, através da proposta transgressora de ensino de dança criada e desenvolvida por Germaine Acogny.</p> Fernanda Machado Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5134 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Aqui Dançando… Ali Cantando… Acolá Batucando… Além mar vou CONTANDO: A Oralitura na Narração de História da Tradição Afro-Alagoana Mané do Rosário https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5180 <p>O presente estudo busca elaborar considerações iniciais sobre atividades pedagógicas que relacionem a tradição afro-alagoana Mané do Rosário ao processo de narração de histórias no contexto escolar. A Escola Municipal Dr. Pompeu Sarmento, localizada na cidade de Maceió/Alagoas é o campo de abrangência da pesquisa, cujo interesse concentra-se no grupo constituído pelos estudantes do quarto ano. Pretende-se observar as performances da oralidade presentes na manifestação Mané do Rosário, a fim de desenvolver-se, por meio desta tradição, práticas que se vinculem aos saberes culturais decoloniais e às ações de enfrentamento ao racismo, conforme orientações das diretrizes legais para o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira na escola.</p> Ana Paula da Silva Santos, Victor Hugo Neves de Oliveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5180 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Brincando de caretas pelas vielas e terreiros brasileiros https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5217 <p>O objetivo desta comunicação é fazer alguns apontamos sobre as diferentes maneiras de perceber as caretas presentes nas manifestações performáticas afro-brasileiras como as Folias de Reis, que em muitos aspectos se diferenciam da maneira como as máscaras e os princípios do mascaramento são abordados na tradição teatral de origem europeia. Espera-se que a abordagem desses mascarados, que costumam percorrer as vielas e terreiros das casas de diferentes localidades rurais e urbanas brasileiras, possa trazer contribuições para ampliar o entendimento dessas manifestações a partir dos códigos e elementos que lhes são próprios, além de contribuir para o devido reconhecimento das influências africanas.</p> Rogério Lopes da Silva Paulino Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5217 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Espetacularidades negras nos 30 anos do pólo cultural e esportivo grande Otelo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5294 <p>Este estudo destaca três apresentações de comissões de frente, cujas coreografias foram criadas por Thereza Santos (Camisa Verde e Branco, 1994), Ricardo Dias (Nenê da Vila Matilde, 2001), Marco Aurélio Kazam e Wender Luciano (Mancha Verde, 2019), com elenco majoritariamente negro e foco nas estéticas aquilombadas criadas pelas escolas de samba.</p> Yaskara Donizeti Manzini Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5294 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Dramaturgias negras publicadas no Brasil no século XXI: territórios estéticos, culturais e políticos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5310 <p>A partir de um corpus constituído de textos teatrais escritos e publicados por brasileiras negras e negros neste século XXI, a pesquisa se propõe a investigar características do que se tem comumente chamado de “dramaturgia negra” (ANUNCIAÇÃO, s/d; JOVINO DA SILVA, 2018; LIMA &amp; LUDEMIR, 2018; BENEVENUTO, SOUZA &amp; ALEXANDRE, 2018). A problemática da pesquisa compreende as seguintes indagações: o que são essas dramaturgias negras? Quais dispositivos estéticos, ideológicos e políticos podem ser identificados nessas produções? É possível identificar elementos estéticos e culturais comuns nesses esses textos dramáticos? Este trabalho se propõe a oferecer os primeiros resultados da pesquisa, em que se delineiam dois territórios possíveis dessa produção dramatúrgica: o primeiro contém textos que se caracterizam pelo discurso de afirmação da identidade negra; o segundo reúne projetos do que que estou chamando, provisoriamente, de dramaturgia do tropeço, tomando de empréstimo o termo criado por Anderson Feliciano (2021) para uma dramaturgia de autoria negra que busca construir sua identidade no próprio processo em que se realiza. Esta pesquisa faz opção por um posicionamento anticolonial, engajando-se na ação política e epistemológica de uma leitura crítica da colonialidade/decolonialidade, a fim de contribuir, numa postura antirracista, para um debate aprofundado – e, assim, para uma maior visibilidade – da produção escrita por negras e negros brasileiros para o teatro feito no país.</p> Elton Bruno Soares de Siqueira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5310 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Corpos, travessias e ancestralidade: assentamentos na encruzilhada https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5314 <p>Neste artigo será abordado a potência transatlântica que atravessa os corpos negros em diáspora como possibilidades ao corpo em performance. Debruçando sobre três dimensões que organizam e, de certa forma, desorganizam a noção dos corpos e presenças que compõe a cultura negra, proponho uma gira de pensamentos e reflexões acerca dos atravessamentos fundantes à uma cosmovisão espiralar. A primeira dimensão é a travessia enquanto lugar de processo contínuo, de redescobertas, busca de si, da coletividade e em diálogo com a ancestralidade, a travessia aqui é a dimensão que apresenta possibilidades de curas e transformação. A segunda dimensão é a encruzilhada, onde o cruzo se inicia no atlântico com um emaranhado de histórias de gentes, a cultura da diáspora negra resiste com os aprendizados das águas e o corpo inundado de memórias. A terceira dimensão é assentada na presença do orixá Exu como mobilizador de mundos, da comunicação e dono do corpo. É na relação cósmica de Exu que o corpo em diáspora se refaz, interligando os fragmentos lançados ao mar, rompendo as barreiras entre tempo e espaço, traçando rotas de fuga, frestas, sapiências e mandingas. Uma vez que lançadas as três dimensões, é possível traçar correspondências entre o visível e o invisível, conexões não lineares entre o passado, o presente e o futuro e a potência coletiva que transpassa o corpo e reverbera na performance ritual.</p> Doroti Ferreira Martz Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5314 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Rejane Maia, percurso de uma guerreira do Bando de teatro Olodum https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5339 <p>A partir de duas entrevistas realizadas respectivamente em 1996 e 1999 com a atriz Rejane Maia, do Bando de teatro Olodum, enfocaremos o percurso de vida da atriz e tentaremos identificar os elementos que são específicos e outros que já relatam a difícil trajetória de vida das e dos Afro-bahianas (os) e daqueles que decidem ser atores. Tentaremos enfocar um aspecto mais antropológico ligado as questões indenitárias afro-brasileiras e suas representações na sociedade brasileira dos anos 1990, vinculando com a situação atual. Também veremos a experiência peculiar da atriz com as personagens por ela interpretadas no Bando de Teatro Olodum e sua relação com o resto dos membros da companhia num momento inicial do Bando de Teatro Olodum.</p> Christine Douxami Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5339 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Ajeum – comer, dançar e partilhar os tempos na mostra 14 de dança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5356 <p>O presente trabalho é um ensaio compartilhado, escrito a partir da experiência vivenciada em contexto pandêmico como participantes da Mostra 14 de Dança, em dezembro de 2020 na cidade de Petrolina – PE. Pretendemos aqui, partilhar parte desta vivência tecendo reflexões sobre curadoria, programação e, em especial, da ação de encerramento, intitulada “Conversa de boca cheia”, realizada na Ilha do Massangano - comunidade quilombola rodeada pelo rio São Francisco - em que, juntamente com brincadores tradicionais e artistas participantes da mostra, exercitamos o desafio de fortalecer a ação da arte e da cultura como alimentos, oferecimento saudável e humanístico.</p> Kleber Lourenço Silva, Galiana Galindo Brasil Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5356 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Abdias Nascimento e a dramaturgia negra em tempos de pandemia: educação antirracista em práticas artístico-pedagógicas tecnoviviais e interinstitucionais (UFPEL-UNILAB) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5386 <p>As contribuições de Abdias Nascimento para o debate antirracismo no Brasil foram inscritas em variadas linguagens e atravessaram diversas áreas de conhecimento, como as Artes e as Ciências Humanas. No âmbito do Teatro, a inserção de protagonistas negras(os) na dramaturgia, a discussão acerca do racismo, a utilização de mitologias africanas como fundamentação para construção de personagens e o uso da simbologia presente na dramaturgia das Danças dos Orixás para a preparação artística, ressaltam como importantes contribuições deste intelectual negro para as Artes Cênicas no Brasil. Tendo em vista a importância de suas contribuições para a descolonização do pensamento das Ciências Sociais e das Artes Cênicas, o LADAIA - Laboratório de Decolonialidade em Ações e Investigações Artísticas da UFPel, em parceria com o Projeto de Extensão Oficina de Teatro da Unilab, desenvolvem desde junho de 2020 uma Pesquisa-Criação em Arte a partir de práticas artístico-pedagógicas pautadas na leitura e debate de dramaturgias de autoras(es) negras(os). O primeiro movimento da pesquisa/criação neste período pandêmico, efetiva-se pela realização de leituras dramáticas, debates acerca das relações étnico-raciais e a produção audiovisual baseada no texto dramatúrgico “Sortilégio – Mistério Negro” de Abdias Nascimento. Visando desenvolver uma Educação Antirracista, a ação interinstitucional tem realizado debates sobre os tópicos enfatizados pelo texto dramatúrgico deste ativista negro, enfatizando em experimentos tecnoviviais a intersecção entre Teatro e Ciências Sociais. Este artigo apresenta alguns dos debates traçados durante a pesquisa/criação. Tais debates atualizam a importância das contribuições de Abdias na formação de Artistas e Cientistas Sociais engajadas(os) com a leitura e combate do racismo entranhado no contexto social brasileiro, na busca por uma estética e temática negra autônoma.</p> Manoel Gildo Alves Neto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5386 Qui, 16 Dez 2021 21:28:37 -0300 Teatro, educação e sensibilidades https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4989 <p class="Default"><span>A partir da pesquisa bibliográfica, relacionada com a prática pedagógica no ensino de teatro, este artigo reflete sobre o lugar das sensibilidades na educação. O caminho traçado perpassa a relação entre sensibilidades e memória, que consta no processo da aprendizagem a partir da experiência significativa, compreendendo que a experiência somente será significativa se afetar, se marcar o sujeito. Pelo caminho do afeto, que envolve as sensibilidades, a experiência transforma-se em memória, que se inter-relaciona com experiências passadas, em um caminho contínuo da construção do conhecimento. A reflexão segue trazendo a relação entre sensibilidades e racionalidades, em uma perspectiva em que ambas caminham juntas, são indissociáveis, pautada na ideia concreta de que o sujeito inserido no processo de ensino/aprendizagem tem pertencente a ele corpo e mente, que não podem ser ignorados ou dicotomizados. Na perspectiva abordada, as sensibilidades podem e devem ser trabalhadas por qualquer área do conhecimento. Porém, elas são inerentes ao ensino do teatro e da arte em geral, que traz em seus processos de elaboração a relação intrínseca entre sensibilidades e racionalidades.</span></p> Karine Ramaldes Vieira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4989 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Aula como acontecimento: o que acontece que algo vibra e se torna canto? https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4991 <p>A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre a aula de Artes como acontecimento. Para isso, faremos uma pesquisa que nos aproxime do conceito de acontecimento em Deleuze. Tal acepção possibilita-nos aprimorar uma pedagogia da arte que mobilize o conhecimento entre educando e educador, considerando ambos como agentes do processo pedagógico pela via da transformação dos sujeitos. Logo, existe a potencialidade da Arte educação vir a ser o acontecimento artístico, numa realização coletiva por meio de ações disruptivas na rotina escolar. Contamos com relatos de pessoas diversas sobre suas aulas acontecimentos, para assim podermos tocar no conceito que nos auxilia. </p> Maiquel Cristian Reichert Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4991 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Índios ou indígenas? Tribos ou povos indígenas? Aprender para inserir a cultura indígena no ensino de teatro nas salas de aula brasileiras https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5019 <p>O objetivo deste texto é o de relatar a pesquisa bibliográfica realizada para a inserção do ensino da cultura indígena para alunos e alunas de Sistematização de práticas em pedagogia do teatro – componente curricular obrigatório, do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal da Bahia – durante o semestre regular remoto de 2021.1. Para tanto, destaco alguns aspectos da lei 11.645/08, que além de tornar obrigatório na matriz curricular da educação básica o ensino da história e da cultura negra, incluiu também o ensino da história e cultura indígena no Brasil. Como estímulo-provocação, foram propostas a leitura e discussão de textos relacionados ao ensino da cultura e história indígena no Brasil e sobre como trazer para a prática da sala de aula de teatro – na educação básica e no ensino superior – elementos desta cultura. A Bahia tem um percentual de população indígena expressivo, principalmente no sul do estado, porém ainda é possível verificar a ausência de conhecimento mais embasado acerca do conceito de povo indígena/etnia. Muitos equívocos têm sido herdados no que se refere à identidade, à invisibilidade, à perda de direitos e ainda à existência de preconceito contra os povos indígenas brasileiros. Como eixo de reflexão e discussão, o conceito de identidade relacional/construtivista de Fredrik Barth e os suportes teóricos a partir do livro organizado por Célia Collet, Mariana Paladino, Kelly Russo (2014); da Revista História hoje – Dossiê ensino de história indígena, ANPUH, Brasil (2013); e da tese de doutorado de Ana Carolina Fialho de Abreu, intitulada, HÔXWA E LLAMICHU: jogos cômico-críticos para o ensino de teatro e das histórias e culturas indígenas – defendida em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, PPGAC-UFBA. Como metodologia de ensino proponho a ideia do cruzo de saberes e fazeres a partir da Pedagogia da encruzilhada, de Luiz Rufino (2018).</p> Cristiane Santos Barreto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5019 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Oprimido e opressor, luz e sombra, sim-bólico e dia-bólico: processos de reflexão subjetiva na metodologia do teatro do oprimido na floresta https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5022 <p>A pesquisa faz uma passagem por conceitos como Oprimido e Opressor, Luz e Sombra, <em>Sim-bólico</em> e <em>Dia-bólico</em>, discutindo sobre as dualidades que eles representam. A partir dessa análise, o texto adentra na importância das complexidades humanas, desenvolvidas por Leonardo Boff(1998), das formas de Libertação, apresentadas por Paulo Freire (1996), e dos Conjuntos e Unicidades, desenvolvidos por Augusto Boal(2009). Esses conceitos auxiliam a pensar na organização humana além de um esquema do sistema hegemônico, acessando reflexões que entrecruzam com profundidades existenciais. Nesse caminho, as vivências da floresta passam a ter maior relação com os conteúdos apresentados, proporcionando ensinamentos de Krenak(2019), que oportunizam <em>Alfabetizações Sensíveis</em> (BOAL, 2009), ligadas a subjetividades múltiplas. Dessa forma, pudemos no texto problematizar maniqueísmos e acessar pontos de vista mais complexos de expressões importantes no Teatro do Oprimido.</p> Flavio Santos da Conceição, Rafael Wöss Correa Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5022 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Breve panorama da organização da aprendizagem na Educação Profissional em Teatro brasileira https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5039 <p class="Default">Neste trabalho discuto a educação profissional em teatro no Brasil, seus desafios conceituais, dilemas éticos e operacionais. Parto de uma delimitação dessa modalidade de ensino no âmbito das artes cênicas e socializo um mapeamento da oferta existente de formação livre, técnica e superior em teatro no período entre 2017 e 2019. Fundamento a discussão nas teorias da complexidade; nos escritos sobre experiência de Jorge Larrosa; na sociologia do trabalho artístico descrita por Pierre-Michel Menger; e no estudo de doutorado, onde abordei a organização da aprendizagem na formação em interpretação teatral promovida por instituições na Bahia e São Paulo. O mapeamento aponta o protagonismo das escolas e cursos livres de nível médio como principal via de promoção de educação profissional nas diferentes regiões do Brasil, o que significa que essa ainda não se firmou enquanto política estruturante para as artes cênicas no país. A parte desse desafio, no estudo foi possível também identificar que a didática e epistemologia do ensino da educação profissional em teatro privilegia currículos abertos e cartografias de ensino-aprendizagem que ecoam a multiplicidade de vozes de seus agentes, afastando-se, portanto, dos modelos behavioristas-fordistas existentes em outros contextos de formação profissional.</p> Francisco André Sousa Lima Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5039 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Procedimentos metodológicos de ensino de Artes Cênicas para desvios de situações de violência em escolas – uma proposição https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5041 <p>O objetivo é apresentar etapas de uma metodologia de ensino de artes cênicas voltada para escolas com problemas de violência. Conceitua-se a violência escolar. Adotando os pressupostos de possibilidade de atuação no controle da violência da psicologia social, apresenta-se o Teatro Social dos Afetos (TSA), baseado no Teatro do Oprimido. Agregam-se ao TSA as metodologias somáticas da Técnica Klauss Vianna e do Movimento Autêntico considerando o foco dessas abordagens na percepção do movimento. Apresenta-se um plano de curso de artes cênicas.</p> Márcia Cristina Baltazar Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5041 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Pedagogia do teatro na socioeducação: uma experiência em Santa Maria - DF https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5042 <p>Pedagogia do teatro na socioeducação e tese de dissertação do Mestrado Profissional em Artes/Prof-Artes da Universidade de Brasília. O objetivo é desenvolver vínculos entre narrativas e teatralidades. Os referenciais conceituais são a sociologia da representação do sujeito de Goffman, o sociodrama de Moreno e uma teoria de papéis específica ao contexto de jovens em conflito com a lei. No período entre fevereiro de 2019 e março de 2020 os socioeducandos teatralizaram suas narrativas sobre aprisionamento e liberdade. O problema que deu origem à pesquisa foi: quais são os vínculos entre cenas narradas e, as mesmas cenas, teatralizadas? A metodologia compreende a abordagem socioeducativa da pesquisa-ação de Barbier e a análise de conteúdo de Bardin. É nas condições que vivem os socioeducandos que se produzem as narrativas teatralizadas - encarcerados e destituídos de suas humanidades. Encenam histórias de vidas e as restrições diárias a que se encontram submetidos. Com o professor-pesquisador concebem o ator-narrador, o texto-vivo e quadros-cenográficos, elementos cênicos das narrativas teatralizadas. Representam nas cenas, narrativas geracionais (muitos são filhos e filhas de presos), estereótipos e cenas de liberdade com estigma de infração. Percebem relações entre cenas narradas e suas teatralizações. Resulta daí, um sentido de pertencimento - representação das distâncias e proximidades entre o cotidiano da prisão e o além-muros (memórias do lugar de origem e referenciais parentais). Sistematiza-se, neste percurso, quadros cenográficos de uma pedagogia teatral para a socioeducação: três cenas de aprisionamento - 1) acusação, 2) julgamento, 3) e encarceramento - e quatro cenas de liberdade - 4) enfrentamento, 5) acolhimento, 6) superação e 7) reconhecimento. Os referidos quadros fornecem ao professor-socioeducador atividades teatrais capazes de habilitá-lo para atuação nos diferentes regimes de internação.</p> José Nildo de Souza, Paulo Sérgio de Andrade Bareicha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5042 Qui, 16 Dez 2021 21:28:38 -0300 Formação docente em dança em estado de infância: um reencontro com a experiência brincante https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5044 <p class="artigo">A partir do Marco Legal da Primeira Infância, lei 13.257/2016, que destaca, entre outros aspectos, a necessidade de ampliação e melhora da qualidade da oferta da Educação Infantil e da formação e especialização das/os profissionais que atendem as crianças pequenas e do brincar como uma das suas áreas prioritárias, questiona-se: como as Licenciaturas em Dança podem oferecer uma formação docente que esteja em consonância à educação das infâncias, em especial ao brincar como uma das características da alteridade das crianças? Assim, esse escrito pretende, como resposta à questão mencionada, apontar possíveis reverberações de um trabalho em Dança pautado nas memórias infantis, no lúdico e nos jogos e brincadeiras tradicionais das infâncias para uma formação inicial de professoras/es que nutra não só as capacidades criativas, as expressões gestuais, as experiências estético-artístico-sensoriais, a improvisação e o dançar, mas também uma entrega autêntica ao prazer, à liberdade e à diversão na interface com o brincar. Para tanto, revisitou-se filmagens, fotos e avaliações produzidas na disciplina optativa “A Dança, a criança e o lúdico”, ministrada na FEFD/UFG, em diálogo com os campos da Arte e dos estudos sociais da infância, o que trouxe à tona como a sintonia entre aspectos da ancestralidade, das referências culturais, das partilhas coletivas e das vivências artísticas e brincantes aguçaram um afastamento da <em>adultidade</em> e a expansão das possibilidades de ser professor/a de Dança na Educação Infantil.</p> Fernanda de Souza Almeida Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5044 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Ensino virtual de teatro na pandemia: estratégias e desafios para a execução de projetos culturais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5082 <p>Este estudo trata do desenvolvimento de um projeto de ensino de teatro contemplado pelos recentes recursos da Lei Aldir Blanc (14.017/2020), coordenado e ministrado pela autora. O trabalho consistiu basicamente no oferecimento de oficinas de teatro a adolescentes do município de Seabra, Bahia, e foi realizado de maneira estritamente virtual, resultando na Mostra Cênica <em>Delírios</em>, que aborda a ideia dos efeitos do isolamento social imposto pela pandemia, explorando delírios e sonhos que a solidão desse momento pode suscitar em diferentes faces e expressões. O horizonte teórico-metodológico desta ação cultural é fundamentado nas ideias e procedimentos das pedagogias críticas de Paulo Freire e Augusto Boal, e focaliza as dificuldades e desafios enfrentados pela autora ao mediar a ação teatral por meios remotos, detalhando estratégias empregadas e recursos encontrados no universo online. A autora conclui que as técnicas dos autores citados constituem valioso arsenal para o desenvolvimento de projetos de teatro realizados pelas vias virtuais. Apesar de oferecer possibilidades diversificadas de desenvolvimento de processos criativos, o ensino de teatro remoto ainda exige um grande empenho dadas as limitações que o impedimento de encontros presenciais acarretam.</p> Anita Cione Tavares Ferreira da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5082 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Baile de máscaras - o ensino do teatro na assistência social (dentro do isolamento social) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5096 <p>Este artigo propõe relatar a experiência do processo artístico de ensino e aprendizagem do teatro, no Centro da Juventude do bairro da Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Estamos trabalhando com jovens atendidos pela Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJCDH) do Estado do Rio Grande do Sul, do Instituto Cultural São Francisco de Assis. Utiliza-se para os encontros a metodologia dos Jogos Teatrais a partir dos fichários de Viola Spolin e da abordagem de Ingrid Koudela. Dez escritos, inscritos em 12 meses, em 2020. Aulas de teatro, utilizando-se de máscaras, <em>face shield</em>, choros, rolês, <em>lockdown</em>, muitas risadas e histórias fumadas. As crônicas convidam à sensibilidade pedagógica associada às construções dramatúrgicas transcriadas, imersas no tecnovívio – vivido na Lomba do Pinheiro. Como convite, por gentileza: copiem, colem e boa viagem...<a title="" href="file:///C:/Users/Gabriel%20Motta/Desktop/15.08%20anais%20abrace/ANAIS%20ABRACE/baile/envio%20teorico%20patricia/BAILE%20DE%20M%C3%81SCARAS%20-%20o%20ensino%20do%20teatro%20na%20assist%C3%AAncia%20social%20(dentro%20do%20isolamento%20social).docx#_ftn1">[1]</a></p><div><br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" /><div><p><a title="" href="file:///C:/Users/Gabriel%20Motta/Desktop/15.08%20anais%20abrace/ANAIS%20ABRACE/baile/envio%20teorico%20patricia/BAILE%20DE%20M%C3%81SCARAS%20-%20o%20ensino%20do%20teatro%20na%20assist%C3%AAncia%20social%20(dentro%20do%20isolamento%20social).docx#_ftnref1">[1]</a> A construção do processo criativo encontra-se disponível em: https://xxxxxx.medium.com/. Acesso em: 5 jul. 2021.</p></div></div> Gabriel Fontoura Motta Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5096 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Pedagogia das Artes Cênicas em diálogo com a cosmopercepção da Etnocenologia – abordagens afetiva, espetacular, metodológica e um pouquinho mais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5140 <span>Trata-se este artigo de uma resposta reflexiva diante a relação da Pedagogia das Artes Cênicas em diálogo com a Etnocenologia na Educação Básica. Suas fronteiras, reflexões e sentimentos pessoais diante uma abordagem histórica e estética.</span> Joselito Eduardo Matos Sampaio Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5140 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 O jogo e o adolescente, um encontro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5144 <p>O que se delineia a partir do encontro da metodologia do jogo com o público adolescente na escola pública? Essa interrogação guia o presente resumo, ancorado em uma pesquisa de Mestrado em andamento, sendo desenvolvida pela UFMG, com bolsa CAPES. A pesquisa partiu de um incômodo em relação à carência de produtos cênicos destinados especificamente ao público adolescente, além da consequente escassez de uma bibliografia que investigasse as relações entre o jovem e o teatro. Sabendo da popularidade da metodologia do jogo no espaço escolar, esta ilustrada principalmente pelos trabalhos de Viola Spolin (2015), Jean-Pierre Ryngaert (2009) e Augusto Boal (2019), a pesquisa em questão busca entender o que se estabelece em relação ao adolescente na escola quando encontra o jogo, mediado pelo professor para a sala de aula. Para tal, realizou-se uma entrevista com uma professora de Artes Cênicas do município do Rio de Janeiro e com 3 alunos de 16 anos de idade desta professora, procurando compreender como ministrar jogos em sala provocou reverberações diversas nos corpos e nas vidas de cada um. Extraindo algumas reverberações dessas entrevistas, sigo tecendo novos olhares para o campo da Pedagogia do Teatro, focalizando as potencialidades do jogo para o desenvolvimento dos saberes do aluno jovem, escavando outras descobertas a fim de fomentar esse campo. Neste artigo, teremos as considerações da entrevista dessa professora e de um de seus alunos. Os principais referenciais teóricos que embasam o estudo são os trabalhos de Carmela Soares (2010), Maria Lúcia de Souza Barros Pupo (2015) e Luís Antonio Groppo (2017).</p> Kauê Rocha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5144 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Alternativas decoloniais: que dança na escola pode ser essa? https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5146 A partir das experiências no componente curricular Dança no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, este trabalho investiga modos de pensar o decolonial pedagogicamente e o pedagógico decolonialmente (WALSH, 2017). Neste pensar, a ênfase está na presença de outras racionalidades e nas experiências que podem ser vividas no corpo e na dança. Através do método autobiográfico, pesquiso os passos da minha trajetória que me levam ao engajamento com a decolonialidade como projeto de ação pedagógica e, em diálogo com a turma de estudantes e seus anseios por aprender passos de dança, buscamos, na conexão de nossos pés com o chão, caminhos para as Pedagogias Decoloniais no ensino de Dança na educação básica. Larissa Bonfim Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5146 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Partilhas em meio à pandemia: por um protocolo poético e dançado de volta às aulas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5147 Esse artigo partilha o processo de escrita à distância do livro Movimentos de Afeto: por um protocolo poético e dançado de volta às aulas, elaborado por um núcleo de artistas/educadoras da dança e impulsionado pela pandemia de Covid-19. A metodologia de escrita se deu ao longo de seis meses por meio de ferramentas virtuais de encontro, escrita e edição em tempo real, que possibilitaram a conexão e trocas reflexivas das cinco profissionais da dança e da educação. O trabalho abarcou a diversidade de experiência de cada autora, abordando as problemáticas e impactos da pandemia ao ensino da dança a partir de um conjunto múltiplo e heterogêneo de perspectivas. Neste contexto foram partilhadas as inquietações sobre a volta às aulas e sua relação com as práticas em dança no contexto de isolamento social. Por fim, o presente artigo apresenta um panorama de momentos unificadores da escrita fundamentais para uma obra coletiva, bem como descreve como foi possível a compilação destas ideias, reflexões e experiências em um formato de livro digital no intuito de contribuir com necessidades urgentes que o momento apresentou a artistas e educadores da dança Carolina Romano de Andrade, Luiza Romani Ferreira Banov, Renata Fernandes dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5147 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 As performatividades dos corpos professorais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5167 <p>Apresento neste artigo algumas imagens de docentes para discutir sobre o <em>corpo vibrátil desperto </em>como um elo entre as performatividades de professores e de artistas, corpo que participa das experiências na sala de aula. Figuras como a pesquisadora professora, o professor militante, o professor performer e toda uma infinidade de possibilidades de performatividades docentes associadas à ideia de processos artístico-pedagógicos de natureza cartográfica são retomadas a fim de promover reflexões acerca de diferentes formas de percepção sobre a experiência da docência e as suas possibilidades de metamorfose, trânsito e deriva.</p> Letícia Leonardi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5167 Qui, 16 Dez 2021 21:28:39 -0300 Os jogos no ensino do teatro e artes integradas pela internet https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5191 <p>Este trabalho apresenta o programa de ações formativas em teatro e artes integradas (PAFT), realizado por meio do ensino remoto. Interessa-nos investigar a presença social de professoras e professores da educação básica em exercício, a partir da prática de jogos tradicionais e teatrais pela internet, em aulas síncronas e assíncronas. As professoras e professores, sujeitos da pesquisa, em sua grande maioria não possuem nenhum tipo de formação em arte, e ministram aulas nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Foi realizado um curso de formação em teatro e artes integradas com nove turmas distintas, por meio do ensino remoto utilizando o aplicativo Zoom Meet. Os encontros foram gravados e o material está sendo utilizado nas análises, reflexões e elaboração da pesquisa. As referências utilizadas na pesquisa dialogam entre si no que tange a Presença social (OBANA e TORI, 2010; COELHO E TEDESCO, 2017), tecnologia digital (DUBATTI, 2020; FOLETO 2011) e o ensino de jogos tradicionais e teatrais (BRASIL, 2018; PEREIRA, 2012; SPOLIN, 2010). Espera-se construir, no espaço virtual, um campo fértil de discussões em torno das práticas teatrais e das artes integradas e a sistematização de uma metodologia de trabalho com professoras e professores não especialistas em arte.</p> Reginaldo dos Santos, Maurilio Andrade Rocha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5191 Qui, 16 Dez 2021 21:28:40 -0300 As poéticas dos corpos no coletivo matricarias: artes cênicas, mulher e literatura em tempos de pandemia https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5196 <p>Este trabalho traz considerações acerca das experiências artísticas realizadas pelo Coletivo Matricarias, grupo criado por estudantes secundaristas em 2019, que possui a linguagem da performance como ponto central de sua atuação. Desde sua criação, o coletivo apresentou seus gritos poéticos de resistência, tanto no interior da escola - IFMG Campus Ouro Branco, quanto nas ruas. Em 8 de março de 2020, num evento do 8M, organizado por vários grupos de mulheres, o Coletivo Matricarias fez a apresentação de “Rexistência”. A performance teve a participação especial da bailarina Clarice Barbosa e poemas autorais e canções representaram a presença dos corpos das mulheres no mundo, suas angústias, opressões, buscas e resistências. Contudo, a partir de março de 2020, outros campos de luta foram travados e a pandemia da COVID-19 limitou um dos eixos básicos do grupo: a presença do corpo, da performance, do coletivo. A última produção artística veio em mídia digital: em agosto de 2021, as Matricarias divulgaram em sua rede social <em>Instagram</em> um vídeo-poema sobre “o amor entre mulheres, realizado por mulheres sáficas”. Além de explorar novos suportes e linguagens, o Coletivo passou a fazer reuniões via <em>Google Meet</em>, trabalhando com a leitura e discussão de textos literários de escritoras contemporâneas e obras artísticas de performers brasileiras. Nesse processo, observou-se que uma gama plural de artistas citadas pelo coletivo não dialogava com o conteúdo de arte e literatura da sala de aula das estudantes, mas conversava intensamente com seus corpos e suas histórias. Outra ação do coletivo esteve atrelada à preocupação de compreender a própria performance naquele momento, destacando-se o encontro com a artista Yasmin Formiga para discussão sobre performance: objetos relacionais, dança, música, teatro, fotografia e interatividade. Além disso, conversas com outros coletivos como o <em>Mulheres em Perspectiva</em> trouxeram outros olhares, ajudando a reelaborar essa ausência/presença do corpo. O aprofundamento teórico, na pesquisa, deu-se através de textos de Stela Fischer para discussão sobre a performance como linguagem artística e Daniela Lima para estabelecer uma relação entre o corpo-utópico cunhado por Foucault e o corpo-vetor que passa pela situação da pandemia. Em outro flanco, as discussões das Interseccionalidades em obras de Carla Akotirene, Helena Hirata e Dayanne N. de Conceição de Assis trouxeram abordagens fundamentais para se compreender a posição das diferentes artistas estudadas nas avenidas identitárias. Ao perceber esses cruzamentos, compreende-se o quanto a arte teatral e a literatura de mulheres ainda está ausente nos currículos escolares, mas se descortina na produção experenciada por essas estudantes, que preenchem com as estéticas poéticas de artistas contemporâneas e com suas próprias estéticas autorais a ausência das artes das mulheres no espaço acadêmico ainda patriarcal, branco e cisheteronormativo.</p> Heleniara Amorim Moura, Marie Luce Tavares, Mônica de Freitas, Heloísa de Souza Rocha, Luciana Baêta Silva, Paloma Fernanda Sabino Tavares Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5196 Qui, 16 Dez 2021 21:28:40 -0300 As poéticas da intimidade: pandemia, criação cênica e reinvenção de práticas pedagógicas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5209 <p>A pandemia do coronavírus (Covid-19) impôs uma série de desafios aos artistas, pesquisadores e professores do campo das artes da cena. Diante dessa realidade, o presente trabalho objetiva o compartilhamento de experiências pedagógicas, criativas e de pesquisa originadas nos cursos técnicos subsequentes em Arte Dramática e Teatro do Instituto Federal do Paraná.</p> Antônio Marcelino Vicenti Rodrigues, José Francisco Quaresma Soares da Silva, Larissa Miranda Júlio, Adrio Schwingel Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5209 Qui, 16 Dez 2021 21:28:40 -0300 Memórias docentes emprestadas à construção de uma narrativa sobre um projeto pedagógico de teatro na educação básica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5211 <p>O texto apresenta uma parcela dos resultados de uma investigação sobre a trajetória pedagógica do ensino de Teatro no Colégio de Aplicação (CAp) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no período compreendido entre os anos de 1971 e 1996. O corpus documental da pesquisa é constituído por depoimentos memoriais “tomados por empréstimo” de seis professores de Teatro que lecionaram na instituição entre 1970 e 1990, considerados colaboradores da pesquisa. A produção das memórias docentes é feita através de entrevistas, tendo por base metodológica a História Oral; e as análises dos depoimentos articulam-se a referenciais teóricos no campo da Pedagogia das Artes Cênicas, da Educação e da História, dentre outros, mobilizando conceitos-chave, tais como, memória, tática, lugar e espaço.</p> William Fernandes Molina, Vera Lúcia Bertoni dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5211 Qui, 16 Dez 2021 21:28:40 -0300 Memória, presença e devir nas máscaras da infância, palhaço e ancião https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5227 <div class="OutlineElement Ltr SCXW118019061 BCX8"><p class="Paragraph SCXW118019061 BCX8"><span class="TextRun SCXW118019061 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW118019061 BCX8">O presente trabalho integra a pesquisa de mestrado Muito Além do Nariz Vermelho - No caminho ancestral para uma nova epistemologia no processo de ensino aprendizagem em arte educação, realizado sob a coordenação da profa. Dra. Carminda Mendes André, na UNESP. Trata da análise de procedimentos artístico-pedagógicos inspirados e baseados numa tradição, desde sempre humana, </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2 SCXW118019061 BCX8">qu</span></span><span class="TextRun Footnote BlobObject DragDrop SCXW118019061 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="Superscript SCXW118019061 BCX8" data-fontsize="12">3</span></span><span class="TextRun SCXW118019061 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto">e é o ato de representar, de simbolizar, de significar sua relação com o divino através do culto a objetos, artefatos e o uso de máscaras. Dar continuidade à pesquisa desenvolvida acerca da Máscara do Ancião, que provém da busca à ancestralidade AFRO-AMERÍNDIA. </span><span class="TextRun SCXW118019061 BCX8" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto">Pretendo expor alguns fundamentos que se constituíram a partir de hipóteses surgidas no decorrer de minha prática com mais de três décadas como artista e docente. Tem na máscara veículo de acesso e diálogo para eleição de rudimentos intuitivos surgidos durante o processo de pesquisa e criação. Na esteira destes processos teóricos e práticos apresentou-se um recurso metodológico que foi a criação e aplicação do que denominei de Máscara da Infância e da Máscara do Ancião, junto com a Máscara do Palhaço, favorecendo um estado de neutralidade e de ignorância que as máscaras, principalmente percebida no estado do palhaço, proporcionam. Esta última é considerada por mim uma espécie de portal de acesso para um artista que traz em sua gênese uma história corporal para a criação de repertório e fabulação. </span><span class="EOP SCXW118019061 BCX8" data-ccp-props="{&quot;201341983&quot;:0,&quot;335551550&quot;:6,&quot;335551620&quot;:6,&quot;335559731&quot;:708,&quot;335559739&quot;:160,&quot;335559740&quot;:360}"> </span></p></div> Maria Aparecida Ferreira de Almeida Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5227 Qui, 16 Dez 2021 21:28:40 -0300 A criação de espetáculos de impro on-line https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5285 <p>O presente artigo propõe apresentar o trabalho desenvolvido pelos grupos teatrais GuruImpro e ImproMédio com foco em suas experimentações e apresentações de espetáculos de improvisação no formato <em>on-line</em>. Os grupos têm sua origem e mantêm-se como projetos de extensão coordenados por Brenno Jadvas Soares Ferreira, enquanto docente no curso superior de Licenciatura em Teatro e também em classes do ensino médio integradas a cursos técnicos filiados ao <em>Campus</em> Gurupi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins. Criado em abril de 2017, com integrantes, em sua maioria, estudantes do curso de Licenciatura em Teatro do IFTO, o GuruImpro, desde sua formação até o início do ano de 2020, realizou apresentações em formatos competitivos de improvisação: Teatro-Esporte (2017); Match de Improvisação (2018); Catch de Impro (2019). Em abril de 2018, foi criado o ImproMédio, com estudantes do ensino médio, em sua maioria do IFTO. Os trabalhos desenvolvidos têm sua base no Sistema Impro de Jhonstone (1990), criador do Teatro-Esporte, e estudiosos de seu trabalho como Muniz (2015). Em 2019, os grupos obtiveram a licença educacional do Instituto Internacional de Teatro-Esporte do Canadá. No Brasil, apenas quatro grupos são membros do I.T.I., com o Tocantins abrigando metade desse quantitativo. Com a interrupção das atividades presenciais de ensino e extensão, devido à necessidade do isolamento social com a pandemia mundial do novo Coronavírus, os projetos ficaram suspensos no primeiro semestre de 2020. A partir disso, a continuação dos trabalhos demandou uma pesquisa prática com a experimentação de plataformas de videoconferência e transmissões <em>on-line </em>para desenvolvimento de um teatro digital, tendo como base teórica para esta pesquisa os estudos de Dubatti e Muniz (2018). Com a aprovação em editais de fomento à extensão no IFTO, foram montados três espetáculos, sendo dois do GuruImpro e um do ImproMédio. Dentre as principais adequações do trabalho para o novo formato temos: a relação diferenciada com o público; a criação e execução da iluminação feita pelos próprios improvisadores; a composição cenográfica com o ambiente doméstico, interno e externo ou com imagens extraídas da internet como tela de fundo; a sonoplastia; e a criação de estruturas que dialogassem com esse novo formato. Como resultado da experimentação desses elementos foram criados pelo GuruImpro os espetáculos: ‘GuruImpronline’, espetáculo com jogos transmitido pelo Youtube; ‘ImproSérie’, uma série improvisada ao vivo, com sugestões do público pelo chat do Youtube, com capítulos semanais, com estrutura semelhante a uma série televisiva, com abertura, intervalo comercial, narração de cenas do capítulo anterior e ‘possíveis’ cenas do próximo capítulo. E pelo ImproMédio temos o ‘ImproCine: versões de médio orçamento’, que elege uma cena de filme, série ou novela, sugerida pelo público, e refaz várias versões improvisadas, também a partir de sugestões do público, com transmissões semanais na Twitch. </p> Brenno Jadvas Soares Ferreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5285 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 Territórios de criação: quando as práticas do teatro de grupo se inscrevem na construção coletiva de seus espaços em relação com seu entorno https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5358 <p>Neste texto pretende-se apresentar alguns aspectos observados até o momento na pesquisa de mestrado em andamento. O estudo realizado a partir do levantamento bibliográfico e entrevistas de campo tem por finalidade observar a relação entre coletivos do Teatro de Grupo da cidade de São Paulo com o entorno de seus espaços culturais e a diversidade de possibilidades na atuação e intencionalidade artística-pedagógica a partir das características dos territórios. Para tanto salienta-se a fundamental necessidade de um olhar integrado para a leitura da atuação teatral de coletivos da cidade de São Paulo como ações arte-educativas nos territórios de uma forma ampliada e plural. São experiências espalhadas pelo tecido urbano da cidade de São Paulo. A ação cultural (COELHO, 1985) é a base do processo práxico que se desenvolve com o passar do tempo, em cada oficina, peça, evento, encontro, festa. O Teatro de Grupo sobrevive na cidade achando as brechas e incidindo nos contextos urbanos a partir de seu encontro, do estar presente e em relação. Para o desenvolvimento do estudo foram estabelecidas interlocuções teóricas com pensadoras e pensadores que abordam como temas a pedagogia do teatro, o sujeito histórico Teatro de Grupo, o espaço urbano, o território e a ação cultural. Neste sentido fazem parte do estudo referências como Carminda Mendes André, Stela Fischer, Silvana Garcia, Milton Santos, David Harvey e Teixeira Coelho.</p> Caio Sérgio de Castro Armada Floret Franzolin Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5358 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 Pedagogias da dança: práticas do corpo dançante e a composição coreográfica no trabalho de Keith a. Thompson https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5439 <p class="Body"><span lang="PT">Este artigo reflete uma experiência e análise do trabalho pedagógico e de criação do bailarino, professor e coreógrafo norte americano Keith A. Thompson, em colaboração com bailarinos, estudantes e performers participantes, realizados em contexto não formal de ensino, na oficina chamada Laboratório Coreográfico. Para tanto, realizou-se um estudo de prá</span><span lang="IT">tica art</span><span lang="PT">ística em que o campo privilegiado foram os treinamentos de dança e a oficina. As consideraçõ</span><span lang="ES-TRAD">es metodoló</span><span lang="PT">gicas partem de pesquisas da autora e de seus aprendizados de práticas corporais de dança via um processo de imersão na prá</span><span lang="IT">tica art</span><span lang="PT">í</span><span lang="IT">stica propriamente dita. </span><span lang="PT">As questões geradoras deste estudo são: como pensar as práticas qualificadas da dança, contribuindo com o pensamento de uma pedagogia das artes cênicas? Que tipos de conhecimentos estão envolvidos e como podemos compreendê-los enquanto epistemologia? Em suma, como pensar a dança por meio de suas prá</span><span lang="ES-TRAD">ticas? </span></p> Maíra Simões Claudino dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5439 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 Pós-cena: a temporalidade na recepção da performance urbana artivista Cegos, do Desvio Coletivo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5063 <p>Tal estudo busca analisar a possível alteração da temporalidade que uma obra, de caráter artivista, como a intervenção urbana <em>Cegos</em> do Desvio Coletivo, é capaz de provocar ao transeunte que é atravessado pela obra no seu trajeto cotidiano, além de questionar se a mesma funciona como um dispositivo de visibilidade, possibilitando ao espectador a reflexão sobre o espaço temporal em que se encontra, ressaltando que a obra <em>Cegos</em> ocupa a cidade, entendendo-a como um espaço aberto para a criação artística, partindo de uma premissa de duplo aspecto: o primeiro seria perceber a cidade por meio dos diversos monumentos que a modelam e definem sua imagem; o outro aspecto está no emprego do tempo feito pelos cidadãos, e ainda pelos mais diversos tipos de olhares que se voltam para a cidade, seu espaço físico e simbólico, considerando que a prática social se realiza espacialmente. Assim, há uma relação direta entre a produção do espaço e tempo e a constituição de uma sociedade. E é na ocupação desse espaço, em um tempo descompassado do tempo da cidade, que <em>Cegos</em> se faz perceber, ativando a necessidade da fruição do momento presente, de experimentá-lo de forma profunda, tornando esse momento uma memória vívida, esteja ele conectado à obra ou a qualquer crítica social que, emancipado, o espectador possa extrair dela, no sentido empregado por Jacques Rancière. Entramos, assim, um território onde se reconhece a percepção do espectador como um elemento variante, o que permite levá-lo a diversos “espaços” (reais e ficcionais), possibilitando que seu olhar oscile o tempo todo, criando um movimento de confronto entre performer e espectador, um movimento de imprevisibilidade, que pode levar aquele que assiste à obra a se questionar sobre o que está vendo.</p> Christiane de Fátima Martins Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5063 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 De tela em tela: processo criativo da série de interferências visuais o importante é o que interessa https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5073 <p>Este trabalho visa a relatar e refletir sobre as experimentações de interação visual por meio de videoconferências entre os participantes da interferência visual <em>O importante é o que interessa - edição quarentena</em>, atividade oriunda da pesquisa institucional O Corpo e a Cidade: pesquisa sobre <em>bodypainting</em> e do Projeto de Extensão e Cultura Núcleo de Criação. A proposta original do projeto era a presença de corpos pintados nas ruas e espaços urbanos. Porém, devido à quarentena e ao distanciamento social, tal atividade ficou impossibilitada. Com o advento das inúmeras reuniões virtuais, despertou-se o desejo de retomar o projeto, agora por meio das videoconferências e postagens em mídias sociais. Nesse processo, percebem-se dinâmicas pré-tecnológicas e tecnológicas (Santaella, 2012), artesanais e virtuais, corporais, presenciais e digitais, num contexto híbrido e plurívoco no modo de produção, tais como seleção dos aplicativos de videoconferências, escolhas de temas, estudo de uniformização de fundos de tela, música, estudos de movimentos e de interação, modos de gravação, organização de ensaios, produção das estruturas para composição das telas, logística para a distribuição de materiais para pinturas e objetos de cena, gravação e mídias sociais.</p> Monica Ferreira Magalhães Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5073 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 Site Specifics, espaços heterogêneos e a construção do desempenho: alguns apontamentos sobre o trabalho do ator em espaços alternativos e ambientes domésticos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5092 Este artigo almeja discutir o trabalho de atores teatrais em contextos espaciais alternativos aos edifícios convencionais. A discussão é recortada para os espaços alternativos que Lehmann classifica como espaços heterogêneos e específicos ao local, a fim de apresentar algumas questões quanto a especificidades e/ou potencialidades do trabalho de criação e desempenho da/o atriz/ator suscitados por tais práticas. É levantada uma provocação acerca de recentes encenações para o formato online, no qual as casas dos atores frequentemente acabam se tornando site specifics para a encenação, operando por flutuações de papéis desempenhados pela arquitetura, definidos por Francis Ching, bem como pela noção de território apresentada por Gilles Deleuze e Félix Guatarri. É utilizado o espetáculo online <em>Poesia pra quê?</em>, da cia. Nós de Teatro (ES) para abordar a discussão do uso dos espaços domésticos como <em>site specifics</em> pela companhia e, em especial, seus atores e atrizes. Amanda P. de Amorim Lima Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5092 Qui, 16 Dez 2021 21:28:41 -0300 A estética da domesticidade e a linguagem da câmera na web: experimentos sobre o espaço cênico em tempos de performance digital https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5109 <p>Ao longo do período de isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19,<strong> </strong>inúmeros experimentos de teatro via <em>streaming</em> ou de performances digitais parecem ter fundido a ideia de casa – como o lugar do íntimo, do <em>habitat</em>, do individual – à ideia de cenografia, conformando uma espacialidade de natureza ambígua e complexa, na qual a dramaturgia do real se mescla à ficção, na mesma medida em que o público se confunde com o privado. São práticas que adotam as câmeras e as telas como elementos estruturantes na experiência do espectador, lançando mão de técnicas de manipulação de imagens variadas que bebem da fonte da linguagem audiovisual clássica ligada às origens do cinema (edição, montagem, etc.), ao mesmo tempo em que propõem novas formas de operação e de articulação de imagens, adaptadas à estética da web (uso de telas múltiplas, etc.). A partir de uma pesquisa prática realizada com alunos de disciplinas sobre espaço cênico da Universidade Federal de Minas Gerais, esta pesquisa tem como objetivo levantar algumas reflexões sobre a adaptação e o deslocamento de determinadas práticas didático-pedagógicas ligadas ao campo da cenografia teatral para o campo da linguagem audiovisual no contexto da internet. Pretende-se compartilhar alguns breves exemplos de performances digitais realizadas pelos alunos, nas quais se buscou encontrar pontos de contato entre as diferentes espacialidades domésticas, para se levantar alguns questionamentos sobre a estética da domesticidade, a linguagem da performance na internet e a dramaturgia da câmera.</p> Eduardo dos Santos Andrade Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5109 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 Pós-cena: a temporalidade nas relações dramatúrgicas expandidas ou “Ele disse-me que não é aconselhável escrever a realidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5125 <p>O trabalho busca investigar as temporalidades na dramaturgia produzida ou veiculada na metrópole paulistana, a partir de uma perspectiva expandida. O recorte contempla a cena contemporânea, na qual o olhar abarca práticas em manifestações sociais, artísticas e culturais em distintos espaços-tempos do corpocidade. Como material empírico para lidar com o tempo, valho-me, nessa fala, do livro-diário “<em>Quarto de Despejo”</em>, de Carolina de Jesus.</p><p> </p> Felisberto Sabino da Costa Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5125 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 A maquiagem de caracterização cênica no currículo da formação profissional e cidadã https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5172 <p>Este artigo trata de uma pesquisa em andamento no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Artes Cênicas - Mestrado Profissional - da UNIRIO. O trabalho está em sua fase inicial de escrita. O desenvolvimento se dá a partir de um memorial analítico a respeito de experiências da artista-pesquisadora-docente, de 2016 até o ano atual. Durante esse período, dentro das salas de aula, emergiram necessidades coletivas que ressignificaram o ensino das técnicas de maquiagem, problematizaram a hierarquização dessa linguagem em relação a outros signos cênicos e evocaram processos criativos a partir de relações socioculturais entre a pele e a maquiagem. Sob uma perspectiva pedagógica de inclusão e democratização na representação da diversidade de corpos e gêneros, as questões mencionadas foram incluídas como protagonizadoras do ensino da maquiagem de caracterização. A partir disso, dispararam uma transformação metodológica para os componentes curriculares dessa linguagem artística. A pesquisa analisa esse movimento em uma instituição pública de Minas Gerais, buscando revelar suas diferentes possibilidades metodológicas e como se deu tal transformação no processo de ensino. Entre os aportes teóricos estão autores como David Le Breton, Mona Magalhães, Patrice Pavis, Paulo Freire, Henri-Pierre Jeudy e Adriana Vaz Ramos. </p> Solange de Cássia Paula Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5172 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 A luz entre a ficção e a realidade no espaço pirandelliano: questões e conclusões de um processo de pesquisa https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5188 A presente comunicação apresenta os resultados e as questões de adaptação à situação da pandemia de COVID-19 da pesquisa “Iluminação Cênica e Metateatro: o fazer e o pensamento da iluminação entre o real e o ficcional” (2018-2021), financiada pelos editais Chamada MCTIC/CNPq Nº 28/2018 – Universal/CNPq e EDITAL 001/2018 - Demanda Universal/FAPEMIG. Na presente pesquisa foram analisados e experimentados em laboratórios as propostas de iluminação cênica presentes na estruturação de algumas peças metateatrais de Luigi Pirandello - <em>Sei personaggi in cerca d'autore</em> (1921), <em>Ciascuno a suo modo </em>(1924) e <em>Questa sera si recita a soggetto </em>(1930). Além das dramaturgias, também foram analisadas as encenações de <em>Sei personaggi in cerca d'autore</em>, em 1925, e <em>Ciascuno a suo modo</em>, em 1926, dirigidas por Luigi Pirandello no período que atuou como <em>Capocomico</em> da C<em>ompagnia del Teatro d’Arte di Roma</em>, entre os anos de 1924 e 1928. Os resultados das análises foram debatidos e experenciados na construção de modelos 3D construídos de forma remota, como imposto pela pandemia de COVID-19; estes serão apresentados como amostragens dos debates históricos e teóricos sobre a iluminação moderna estudados pelo projeto na investigação dos modos de pensar e fazer a luz para cena, e vice-versa, no início do século XX. Berilo Luigi Deiró Nosella, Laura de Paula Resende Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5188 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 Manual definitivo do web teatro: processo de criação e reflexões sobre teatro na internet https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5262 <p dir="ltr">Este artigo trata do processo de criação do espetáculo Manual Definitivo do Web Teatro, apresentado pelo autor no canal de YouTube do Grupo Insubordinado de Pesquisa do qual é bolsista de iniciação científica. Descreve e analisa a concepção e a realização do espetáculo/aula na qual foram utilizados simultaneamente diversas plataformas digitais, levantando questões sobre as pesquisas de teatro na internet, considerando sua procura e realização forçada pelas restrições de convívio geradas pela pandemia de Covid-19. Propõe refletir sobre características ligadas às definições tradicionais de teatro tendo em vista a sua prática pela mediação das plataformas de vídeo em tempo real e outras como o Whatsapp.</p> Ricardo Pereira Teixeira Zigomático Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5262 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 Pesquisa a luz em cena nas universidades públicas do Brasil https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5353 <p>Esta pesquisa originou-se da junção de três profissionais que ocupam cargos técnicos na área de iluminação cênica em universidades públicas, denominados aqui como autores do texto, e que além de buscar entender como esses cargos surgiram, desejam mapear o perfil profissional de quem ocupa cargos semelhantes; bem como os mesmo desenvolvem seus trabalhos e, avaliar como as universidades compreendem e acolhem esses profissionais. A pesquisa está estruturada em quatro fases: 1) um mapeamento das universidades públicas que possuem cursos de artes cênicas em geral; 2) o preenchimento do formulário, desenvolvido unicamente para esta pesquisa, a fim de coletar dados por meio de servidores contatados dentro dos cursos mapeados; 3) análise das respostas obtidas pelo formulário; 4) e, por fim, divulgação de resultados e realização de encontros e entrevistas online com os servidores dos cursos que possuem laboratórios de iluminação para conhecermos as estruturas físicas, organização administrativa e ações pedagógicas desenvolvidas nesses espaços. Com esta pesquisa, desejamos verificar nas universidades analisadas a existência de um espaço específico para o experimento laboratorial em iluminação cênica e conferir em qual deles existe um profissional especializado ou com formação básica da área técnica de iluminação. Partimos do pressuposto de que ambientes como estes, são determinantes para o desenvolvimento de práticas pedagógicas complementares às estruturas curriculares dos cursos de graduação, possibilitando espaços de ensino aprendizagem sobre iluminação cênica. A investigação aqui apontada, e ainda em andamento, pretende ampliar olhares e entendimentos sobre as ações dos técnicos em iluminação cênica dentro das universidades, na tentativa de compreender a inerência pedagógica existente nesses cargos.</p> Camila Barbosa Tiago, Ivo Godois, Natasha Kerolen Leite da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5353 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 A concepção poética de notas introdutórias na audiodescrição de espetáculos teatrais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5422 <p>A audiodescrição é o recurso de acessibilidade comunicacional que torna possível ao espectador com deficiência visual a fruição de espetáculos teatrais promovendo uma melhor ampliação de sentido e compreensão das cenas que se desenrolam no palco. As notas introdutórias são um adicional incorporado à audiodescrição que podem aparecer antes do início do espetáculo, funcionando também como uma mediação teatral e trazendo maiores detalhes sobre elementos primordiais como cenário, figurinos, maquiagem, iluminação. A depender do conjunto e quantidade desses elementos as notas introdutórias poderão tornar-se mais robustas, ocasionando por vezes algum tipo de sobrecarga de informação para o espectador com deficiência visual. Defendemos assim nesse estudo uma perspectiva de concepção poética das notas introdutórias para espetáculos teatrais como alternativa que minimize tal configuração de sobrecarga ou excesso de informação. A conclusão obtida advém da própria experimentação com as notas introdutórias de um espetáculo teatral que compõe o corpus teórico de uma pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que explora as possibilidades do uso da palavra poética na audiodescrição.</p> Thiago de Lima Torreão Cerejeira, Jefferson Fernandes Alves Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5422 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 “Entre a caixa preta e o cubo branco – panorama da cenografia e expografia no Brasil”: experiência de ensino, trocas e atravessamentos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5424 <p>O artigo apresenta a experiência do curso <em>Entre a Caixa Preta e o Cubo Branco: panorama da Cenografia e Expografia no Brasil</em>, ocorrido remotamente pela plataforma da Escola Itaú Cultural em 2021. O curso debate o encontro entre as duas áreas - expografia e cenografia - a partir do entendimento de uma maior aproximação das mesmas na contemporaneidade no que tange suas linguagens, áreas de atuação e profissionais que atuam. O artigo compartilha a experiência didática, problematizando questões como o uso de ferramentas digitais no ensino, o contexto pandêmico e o atravessamento de linguagens no campo das artes.</p> Renato Bolelli Rebouças, Carmela Rocha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5424 Qui, 16 Dez 2021 21:28:42 -0300 Performance-arte e disco de vinil: pop, política e hibridações https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5425 Este texto é um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento voltada para possíveis confluências entre o visual e o audível, com a montagem como ponto de contato entre artes. O procedimento metodológico aplicado é a bricolagem. O artigo ressalta afinidades entre performance e fonografia, a partir de duas gravações. Primeiro, a versão de Caetano Veloso e Os Mutantes para Marcianita, aparentada com performances de Hélio Oiticica e Antônio Manuel. Segundo, a faixa O Superman, de Laurie Anderson, inspirada nas fracassadas tentativas de resgate após a invasão da embaixada norte-americana em Teerã, em 79. Destaca-se maneiras pelas quais a fonografia ressaltou a materialidade do sonoro, a corporalidade, a concisão e a multissensorialidade. Aspectos políticos também serão abordados. <br /><br /> Marcelo de Campos Velho Birck, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5425 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 UMA CARTOGRAFIA EM DANÇA ENTRE CALÇADAS PORTUGUESAS: O DIREITO AOS ESPAÇOS DA CIDADE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5460 <div class="page" title="Page 1"><div class="layoutArea"><div class="column"><p><span style="font-size: 12.000000pt; font-family: 'TimesNewRomanPSMT';">O objetivo deste artigo é compartilhar o processo de criação no espaço cênico urbano por meio de inserções de dança na cidade e na produção de videodança. Trata-se, sobretudo da dialética entre uma cartografia em dança e as pedras portuguesas tendo em vista suas interfaces, poéticas e práticas em que os espaços do corpo e os espaços urbanos se encontram. As questões norteadoras transitam entre as interfaces, poéticas e práticas em que os espaços do corpo e os espaços da cidade se encontram. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa em que o processo criativo é o mesmo processo investigativo baseado na prática do sujeito a se narrar em diálogo com mesmo sujeito que existe inserido da cidade. A metodologia consiste na inserção do corpo performático em dança nos espaços urbanos, em específico nas calçadas portuguesas nas cidades de Belo Horizonte/MG e Itajaí/SC, por meio do Projeto Dança na Mochila (PDM) do Programa de Dança Experimental e do Grupo de Pesquisa Concepções Contemporâneas em Dança ambos da UFMG. A pesquisa está em processo e até aqui a experiência e a percepção nos espaços das calçadas portuguesas em cena, numa mão dupla, entre o corpo em dança e o corpo em cidade, tem apontado para o atravessamento e um transbordamento tanto na obra dançada no local como na obra em videodança ( </span><span style="font-size: 12.000000pt; font-family: 'TimesNewRomanPSMT'; color: rgb(1.960000%, 38.800000%, 75.700000%);">https://youtu.be/n9JvFyqQJ98)</span><span style="font-size: 12.000000pt; font-family: 'TimesNewRomanPSMT';">. </span></p></div></div></div> Isabel Cristina Vieira Coimbra Diniz Copyright (c) 2022 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5460 Qua, 15 Dez 2021 00:00:00 -0300 Literatura e poética da criação sonora para encenação: a parábola os cegos e o elefante, o surgimento do espectador-criativo e do neo-rapsodo (memórias e reflexões) https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4977 <p class="p1"><span class="s1">Compartilhadas neste texto estão elocubrações sobre a criação sonora para encenação no Brasil, redigidas em um período de pandemia e isolamento social, apresentadas em duas partes: A primeira parte apresenta memórias, com base em uma experiência pessoal marcada por buscas, descobertas e experimentações, por erros e acertos, por encantamentos e decepções, frutos de uma jornada de rico aprendizado com mestres e anti-mestres, trilhada há décadas, dentro e fora da academia; a segunda parte apresenta reflexões, compartilhando perspectivas de um desafiador futuro da criação sonora que desponta no horizonte, mas que já está ao alcance de nossas webcams.</span></p> Marcello Amalfi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4977 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Dramaturgia do ator: processos criativos na pequena companhia de teatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5017 <p>Esta pesquisa está em processo e deu-se início no PPGAC/UFMA, em 2020.2, visa investigar como a autonomia do ator na construção de sua dramaturgia se consolida no Quadro de Antagônicos (QdA), procedimento metodológico da Pequena Companhia de Teatro (PCT), com sede em São Luís, Maranhão, desenvolvido e aplicado na preparação de seus atores e na construção de personagens, nos espetáculos: Entrelaços (2009); Pai&amp;Filho (2010); e Velhos caem do céu como canivetes (2013). As observações e estudos de autonomia na construção de dramaturgia do ator se fixarão, inicialmente, na Antropologia Teatral de BARBA (1995), nas pesquisas do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais/UNICAMP (LUME), com BURNIER (2001) e FERRACINI (2012), bem como CARREIRA (2008). O método utilizado é o estudo de caso, tendo como instrumentos de coleta de dados entrevistas semiestruturadas e anotações de experiências pessoais. As fontes de dados são a observação participante natural, cadernos de encenação, blog da PCT, críticas dos espetáculos, apostila da oficina O QdA como instrumento de treinamento para o ator, vídeos dos espetáculos; registros de montagens/treinamento, fotos e pesquisa bibliográfica. Para análise dos dados coletados utilizaremos o procedimento Análise Textual Discursiva (ATD) e resultado final a dissertação, sistematização do método em plataforma virtual e demonstração técnica.</p> José Cláudio Marconcine, Ricieri Carlini Zorzal Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5017 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Embaraçar-se do afeto das palavras para dançar tateando o Mimese Cia. de Dança-Coisa https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5018 <p>O projeto de pesquisa sobre Linguagem Autoral em Dança, proposto pela professora Luciana Paludo, busca investigar a relação entre autoria, criação e preparação corporal em dança. Tem como espaço de experimentação o grupo Mimese Cia. de Dança-Coisa, o qual é ofertado como Projeto de Extensão, ambos vinculados à UFRGS. Este estudo, de modo a colaborar com essa pesquisa, visa tatear o afeto das palavras que movem os conceitos do grupo, nos modos de trabalho online/ remoto, a partir do percurso síncrono e assíncrono da pesquisadora e integrante do grupo Anne Plein – que acompanha o projeto e a pesquisa desde 2017. Busca-se observar como os conceitos que operavam no trabalho presencial (2017-2019) se deslocaram para o formato online/ remoto. Então, surgem questões como “a memória se materializa em palavra?” e “o afeto e a criação de imagens das palavras subvertem o virtual nos encontros do Mimese Cia. de Dança-Coisa?”. Organizar um legado de procedimentos traz para o campo de trabalho da dança informações que auxiliam outros artistas a refletirem sobre a sistematização dos seus trabalhos e, pensando o corpo como fonte dos mapas da carne, da memória e do afeto. Nesse sentido, a cartografia como metodologia permite constituir o caminho da pesquisa no plano da experiência, tateando essas questões e dialogando com Beatriz Cerbino, bell hooks, José Gil e Ângela Becker. Os resultados são parciais e a pesquisa continua com as questões de autoria em linguagem negociando com esse momento pandêmico. Constituir esse trânsito como integrante do grupo, autora e pesquisadora permite relacionar os dados de pesquisa e tecer outras camadas de percepção e relação com os encontros - os quais se evidenciam como fontes para a pesquisa. Identificar pistas do rizoma que opera na constituição de uma linguagem em dança é constituir autonomia e novas possibilidades de continuar.</p><div id="gtx-trans" style="position: absolute; left: -13px; top: 302px;"> </div> Anne Plein da Silva, Luciana Paludo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5018 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Estruturas e Restrições na composição improvisada em dança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5025 <p>Na composição improvisada em dança há uma intensificação das relações do momento presente, expondo o corpo a situações não definidas e não esperadas. As estruturas que podem nortear a criação são de cunho restritivo, poético, visual, espacial, sonoro, entre outros, que se tornam uma forma de afunilar as múltiplas possibilidades de criação do corpo em movimento. Dessa forma, escolher regras é uma forma de lidar com o infinito, mas que na verdade, é lidar com um infinito “menor”, pois as escolhas continuam a ser inúmeras, uma vez que, por conta de uma restrição, uma regra aponta uma direção, mas a forma como se faz o caminho é infindável. Assim, os regramentos são modos de eleger elementos insistentes numa obra, tornando o jogo um primeiro esforço possível de composição e de estabelecimento de uma dimensão dramatúrgica.</p> Mariane Araujo Vieira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5025 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Corpo em movimento: (re)descobertas no campo da Arte de estudantes de teatro por meio das práticas somáticas e do viewpoints https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5070 <p>Este artigo nasce de pesquisa desenvolvida no Programa de Pós- Graduação em Artes da Cena da Universidade Federal de Goiás, com a pretensão de discutir e apresentar algumas questões da pesquisa de campo vivenciada com um grupo de adolescentes através da aplicação da pesquisa - ação. O estudo relaciona os princípios da Educação Somática e <em>Viewpoints </em>como meios integradores do fazer teatral. A pesquisa dialoga com autores como Ana Mae Barbosa (2007), Anna Borgat e Tina Landau (2005), Eugenio Barba (1993), Sylvie Fortin (2010) e Moshe Feldenkreis (1977), entre outros. O processo criativo se atravessa com <em>Viewpoints</em> como pontos de atentividade dentro de espaço e do tempo no trabalho coletivo, ao passo que as abordagens somáticas se desenvolvem em práticas voltadas à consciência corporal e ao corpo em movimento. O estudo da Educação Somática e do <em>viewpoints</em> neste trabalho não vem da relação para se tornar mais uma técnica para o estudante de teatro, mas sim, um meio integrador de criações autorais, subjetivas, um lugar de poética e de descobertas do teatro, para que, assim, o estudante depois de seu corpo percebido e vivido, voltado para uma encenação, possa alcançar outros lugares em cena e por meio das experiências e vivências individuais e coletivas.</p> Sarah Auxiliadora Paiva Duarte, Valéria Maria Chaves de Figueiredo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5070 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Performance arte como política de resistência https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5129 <p>O trabalho em questão busca apresentar e discutir a Performance denominada Encruzilhadas de tempo e vida. A Performance mencionada compõe uma série poética, que juntas constituem uma pesquisa de mestrado em artes visuais, ainda em desenvolvimento. A pesquisa gira em torno das relações de gênero e poder no tradicionalismo gaúcho e busca, pela via de uma perspectiva autoetnográfica o questionamento a respeito das mesmas. O presente trabalho tem por objetivo uma discussão sobre arte e política, buscando observar e apontar para o caráter de resistência presente na arte contemporânea e na Performance Arte. Afim de fundamentar essa reflexão são trazidos autores como Medeiros, Fabião, Agra, Ranciére, Buratto e Groys. Assim, acredita-se no potencial da arte do-no-pelo corpo como provocadora de questionamentos e discursos reflexivos e singulares que vislumbrem a igualdade de gênero.</p> Bruna Leticia Potrich, Gisela Reis Biancalana, Marcella Nunes Rodrigues Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5129 Qui, 16 Dez 2021 21:28:43 -0300 Entre o planejamento e a improvisação: processos de construção dramatúrgica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5081 <p class="p1">Este artigo propõe a articulação entre duas instâncias da criação dramatúrgica: os processos de criação da dramaturgia dita "planejada" e seus promotores a partir de Michael Rabiger (2017) e os processos de criação da dramaturgia improvisada a partir da visão de Mariana Lima Muniz (2010), entre outros autores, em peças cuja linguagem seja a Improvisação como espetáculo. Pretendemos partir da definição de criatividade proposta por Glaveanu (2015), para verificar aspectos similares, divergentes e complementares dentro da prática da criação dramatúrgica em contextos planejados e improvisacionais.</p> José Geraldo Rodrigues de Alckmin Neto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5081 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 Diálogos entre voz e cena: possíveis barreiras do canto no teatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5166 <p>Partimos da pontuação de que várias pesquisadoras e vários pesquisadores das artes da cena observaram, em distintas oportunidades, aspectos do ato do cantar na cena teatral atravessadas por algumas dificuldades que podem ser popularmente traduzidas por barreiras. O presente trabalho parte desta observação, e propõe reflexões acerca do universo vocal/musical, contemplando discussões atuais que perpassam a decolonialidade e a busca de práticas com potenciais de deslocar a atriz e o ator em entendimentos plurais que valorizem a pessoalidade, tais como o método vocal da professora carioca Angela Herz e/ou pedagogias que valorizem a interculturalidade. Reverberando os diálogos com processos experimentados na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade Federal da Grande Dourados, a comunicação perpassa inquietações presentes no grupo de pesquisa Vocalidade &amp; Cena.</p> Leticia Carvalho Moura, Marcos Machado Chaves Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5166 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 Cena e tecnologia: desafios da criação https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5194 <span id="docs-internal-guid-30c37b0d-7fff-48e6-bdc0-f1cb938f66e0"><span>Este texto é uma reflexão sobre as possibilidades entre arte e tecnologia digital, abordando também os desafios do processo de criação artístico voltado para o ambiente online. Para embasar tal reflexão, tomamos como ponto de partida principal os argumentos de Arlindo Machado (2005) quando discute sobre a importância de uma análise crítica sobre a união entre arte e tecnologia. Usamos como contraponto o trabalho do artista Fred Paulino sobre a “estética da gambiarra” para observar os múltiplos processos de criação de arte em tecnologia. O texto foi desenvolvido conjuntamente a partir das observações desenvolvidas no grupo de trabalho do XI Congresso da ABRACE sobre duas obras artísticas realizadas com o grupo Cegonha - Bando de Criação: (1) “As Aventuras de Lilith e Wood” desenvolvida em colaboração artística com o Laboratório VISGRAF (IMPA/RJ) realizada em Agosto 2019 e (2) o espetáculo online “O Menino que visitou a Lua” realizado em Agosto de 2020. </span></span> Lorena de Oliveira Chagas, Miguel de Albuquerque Araujo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5194 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 Criando para crianças na pandemia: o espetáculo de teatro-jogo “os moremons na mira da rede” https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5212 <p align="justify">O presente texto trata de revisitar a comunicação performativa criada para ser apresentada durante o encontro do GT Processos de criação e expressão cênicas no XI Congresso da ABRACE, ampliando seus sentidos e reverberando sua voz para além daqueles breves quinze minutos. Apresenta-se num formato misto, trazendo em seu bojo a mini dramaturgia criada para aquele momento, mesclando elaborações teóricas e investigativas a exclamações artísticas. A única pretensão desse texto é afirmar com alegria uma criação que, por motivos ligados principalmente ao seu formato incomum, foi vivenciada por poucos espectadores e “jogada” apenas algumas vezes para além dos treinos (ensaios), por seus criadores. A despeito disso, sua recepção pelas crianças, em meio ao difícil contexto da pandemia do SARS-COV-2, foi surpreendente. Trata-se, ainda, de trazer algumas explicações sobre o conceito de teatro-jogo que se quer consolidar.</p> Ana Cristina Martins Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5212 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 Poéticas tecnológicas: espaços virtuais e fricções https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5229 <p>O estudo se situa no campo das poéticas cênicas tecnológicas e tem por corpus de análise o espetáculo <em>The Encounter</em> do coletivo britânico <em>Complicité</em>, criação protagonizada por Simon McBurney e organizada cenicamente entorno do uso de um sistema binaural de difusão de áudio. A reflexão destaca o efeito imersivo do sistema binaural e as interferências de seu uso sobre a experiência sensorial e estética do espectador. Ela aborda as relações entre cena e recepção, real e imaginário, realidade tangível e realidade virtual, decorrentes da exploração da tecnologia articulada à atuação lúdica do performer. A análise encontra apoio, sobretudo, no pensamento de Roland Barthes acerca do efeito de real, nos estudos do neurofisiologista Alain Berthoz e nas pesquisas científicas acerca da realidade virtual. </p> Marta Isaacsson Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5229 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 O teatro no mundo physital e o design de formatos performativos e poéticas futuras https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5250 <p>Este artigo parte do contexto atual de aceleração da transformação digital provocada pela pandemia do Coronavirus e desenvolve uma análise dessas transformações e seu impacto nas artes da cena. Toma o experimento em teatro digital “Horla: o inimigo invisível” como estudo de caso para problematizar aspectos relacionados a poética e ao formato performativo. Finalmente, tenta prospectar possibilidades futuras no âmbito das possibilidades digitais no teatro.</p> Leonel Henckes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5250 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 O que revela o diário – cadernos de criação de mútuo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5352 <p>Esse texto propõe a apresentação do que é um caderno de criação, diário de bordo e caderno de artista, apontando como tais denominações se aproximam. Trata de como tal material pode ser construído e utilizado como ferramenta de pesquisa em artes. Aponta as contribuições do referido uso na pesquisa de mestrado da autora, dedicada à investigação do modo de endereçamento na dança e no circo.</p> Milena Pereira dos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5352 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 Externalizar uma articulação de prática artística como pesquisa acadêmica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5406 <p>Compartilho os referenciais metodológicos que encontrei, no curso da pesquisa acadêmica a partir da prática artística. Inicialmente as <em>Atividades Básicas do Processo Criativo</em>, provenientes de uma teorização para o ensino de criação coreográfica, oferecem a base lógica para articular elementos metodológicos da <em>Abordagem Somático-Performativa</em> (ASP) e do <em>Processo de Articulações Criativas</em> (PAC), ambas autônomas, mas associadas no percurso de minha pesquisa. As atividades básicas <em>geração</em>, <em>interpretação</em> e <em>exploração</em>, correlacionam-se com <em>pulsão espacial</em>, <em>pausa dinâmica</em> e <em>laboratório de performance</em> da ASP. Enquanto as atividades de <em>seleção</em>, <em>avaliação</em> e <em>estruturação</em>,<em> </em>com as facetas<em> escavar</em>, <em>elevar</em>, <em>anatomizar</em> e <em>externalizar </em>do PAC. Na ASP, encontro com atividades generativas de contato e liberação do potencial criativo da prática, abrindo para formulações acadêmicas (perguntas, reflexões, percepção de tendências e interesses). No PAC, há o convite à verbalização da prática e à demanda de estruturá-la como um compartilhamento público, tão poético e estético quanto teórico. Concluo, assumindo o artigo como uma ação de externalização, trazendo a apresentação proveniente de uma residência artística em que trabalhei minha pesquisa como artista convidado.</p> Eduardo Augusto Rosa Santana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5406 Qui, 16 Dez 2021 21:28:44 -0300 A presença cênica da arte-de-smioni: uma duplicação do próprio ator https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5423 <p class="Default">Este artigo tem como objetivo compartilhar uma parte de minha pesquisa de doutoramento que ainda se encontra em andamento. Para tanto, venho analisando a possibilidade da presença cênica do ator ser um possível “duplicação” do próprio, no qual não há mais limites entre a arte e a vida do artista, restando, apensas, a sua manifestação ontológica e unívoca da verdade. Essa discussão tem como aporte metodológico a observação e análise da presença cênica do ator-pesquisador Carlos Simioni (LUME Teatro) mediante, especialmente, a participação deste no projeto A.P.A. (Ateliê de Pesquisa do Ator) - que é promovido pelo Centro Cultural Sesc/Paraty desde 2014. Apartir desse interesse a pesquisa pode debruçar-se sobre o Método do Corpo Sensível, na perspectiva de Simioni, por meio da sistematização de uma série de práticas para o trabalho do ator e, assim, vislumbrar possibilidades de diálogo com a “estética da existência” (FOUCAULT, 2011)<em>. </em>Na perspectiva teórica, evidentemente, temos como principal interlocutor o filósofo francês Michel Foucault, principalmente no que concerne a sua terceira e última fase: a constituição dos modos de ser do sujeito. Ademais, apresento, portanto, conclusões parciais que nos levam a crer na possibilidade da artesania do ator servir como “trampolim” para uma possível arte-em-vida. </p> Marcelo Marques Teixeira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5423 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 A dança: vida e morte em diálogo com o processo de criação de Minako Seki https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5436 <p>A vida é um processo de morte. Existe um tempo subjetivo que não sabemos até a morte. O que fazemos com esse tempo? Estar consciente da morte é estar presente na vida. Os processos de criação em dança contemporânea se modificam no tempo Kairós (suspenso, sem medida cronológica), como o tempo entre a vida e a morte, até sua produção final. Nesse sentido, tal produto pode ser a estreia ligada à conclusão do trabalho artístico. Ou seja, a morte do processo dá vida à obra. Assim, mesmo depois da estreia as obras de dança podem passar por adaptações, transformações e originar novas criações. Então, como a dança pode contribuir para o entendimento da vida e da morte? Para responder a essa questão recorro ao diálogo netnográfico (através de ferramentas eletrônicas como e-mails e videoconferências) com a Sra. Minako Seki, artista japonesa, estudiosa, fundadora do primeiro grupo de dança Butô na Alemanha (1987). A Senhora Minako desenvolveu o Método Seki que é a fusão entre a dança contemporânea e o teatro físico com a Dança Butô. Por fim, trago uma reflexão acerca de como a morte pode ser o<strong> </strong>nascimento de novos processos.</p> Milianie Lage Matos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5436 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 Default mode, executive control e salience network: estudo das redes neurais de criatividade e processos de criação para as artes cênicas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5267 <p>O presente estudo traz uma reflexão sob forma de revisão narrativa de literatura focada nos processos mentais da criatividade e seus modos de operação nas Artes Cênicas. A criatividade e os processos de criação são estados e comportamentos naturais da humanidade (OSTROWER, 2012; SANTOS, 2013); o pensamento criativo está na base das inovações da ciência, da tecnologia, das Artes e também nas soluções dos problemas cotidianos (HEILMAN; ACOSTA, 2013; CHÁVEZ-EAKLE <em>et al.</em>, 2007; GONZÁLEZ <em>et al.</em>, 2007). A pesquisa em criatividade vem se mostrando uma área complexa, abundante em problemas de difícil resolução, pelo menos no momento acadêmico atual. As perguntas que norteiam os embasamentos teóricos são das mais diversas áreas do conhecimento: existe algum traço ou habilidade criativa de domínio geral? A criatividade é principalmente individual ou sociocultural? (SILVIA <em>et al.</em>, 2012). Lucchiari e colaboradores (2018) fazem uma interessante análise sobre como podemos ativar ou desativar o modo criativo do cérebro operar. Este estado é treinável e os sujeitos podem ter mais facilidade de acesso a ele quando necessitam. Chama-se de “<em>creativity-on</em>” o estado em que podemos unir conceitos aparentemente distintos para produzir novas ideias; ele se opõe ao chamado “<em>creativity-off</em>”, essencialmente caracterizado pelo funcionamento mental habitual. A rede da chamada alta criatividade corresponde a três sistemas cerebrais específicos: a <em>Default Mode Network</em> (DMN – ou “rede de modo padrão”), a <em>Executive Control Network</em> (“rede de controle executivo”) e a <em>Salience Network</em> (“rede de saliência” ou de importância). A rede de modo padrão está ativa na geração de ideias e nos processos de <em>brainstorming</em>. A rede de controle executivo age quando é necessário recrutar a atenção e desempenha um papel crítico na avaliação de ideias. A rede de saliência ou de importância funciona como um mecanismo de alternância entre as outras redes, elegendo qual a mais adequada para operar em determinado momento; é fundamental na criticidade que avalia o potencial de uma ideia gerada (BEATY <em>et al.</em>, 2018). Normalmente, estas redes não são ativadas ao mesmo tempo e costumam trabalhar em oposição: quando a rede de controle executivo é ativada, a rede de modo padrão é desativada. Entretanto, pessoas consideradas altamente criativas são caracterizadas pela capacidade de envolver essas redes cerebrais em larga escala e concomitantemente. Este estudo foi desenvolvido durante um experimento de criação coreográfica com o artista Rui Moreira (GAVIOLI, 2019), propondo-se a compreender as vias neurais da criatividade, e a contribuir com a discussão em Artes Cênicas acerca deste processo.</p> Izabela Lucchese Gavioli Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5267 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 Atravessamentos entre teatro e política: dramaturgias no Brasil contemporâneo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5440 <p>Partindo da percepção de que houve uma mudança na maneira como as questões políticas são levadas ao palco neste início de século XXI, o artigo analisa três textos e suas encenações: <em>BR-Trans</em>, que trata de questões LGBTQI; <em>Se eu fosse Iracema</em>, que traz para a cena a problemática dos povos indígenas brasileiros e seu sistemático extermínio; e <em>PRETO</em>, que lança um olhar sobre o racismo na sociedade brasileira. Observaremos como o Político se materializa na maneira como são construídas as peças e espetáculos, incorporando o político diretamente em seus textos, abdicando da estrutura dramatúrgica ancorada em personagens e incluindo neles depoimentos de pessoas marginalizadas, documentos e denúncias.</p> Daniel Furtado Simões Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5440 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 A (in)tensão do movimento: os Sete Níveis de Jacques Lecoq https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5445 <p>Este artigo apresenta o recorte de uma pesquisa de mestrado em Artes desenvolvida na linha de estudo das Artes da Cena da Escola de Belas Artes da UFMG, orientada pela professora Dr. ª Bya Braga, que teve como objeto de pesquisa os <em>Sete Níveis</em> de Jacques Lecoq. A perspectiva apresentada é a de como essa proposta de trabalho corporal pode auxiliar ou ser uma metodologia para criação e preparação corporal e criativa nas Artes da Cena, para isso, é apresentado o percurso de criação da performance <em>Nó.</em> As metodologias de pesquisa utilizadas foram a Pesquisa Performativa e Pesquisa Somático-Performativa, onde os <em>Sete Níveis</em> foram pesquisados como processo de criação e preparação corporal, buscando entender a partir da prática as corporeidades que perfazem esses Níveis. Para a discussão sobre movimentos, dinâmicas e improvisação em dança o principal referencial foi a filósofa da dança Marie Bardet (2014). Como resultado, através da performance <em>Nó </em>constatou-se que os <em>Sete Níveis</em> auxiliam o preparo corporal do profissional das Artes da Cena, pois trabalha o corpo em suas diferentes tensões, energias e presença através da improvisação, resultando em um preparo físico e criativo.</p> Nailanita Prette Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5445 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 Quando a sala de casa vira sala de ensaio e estúdio improvisado: transposição do conto as moças para vídeo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5446 <p>Este artigo apresenta a transposição do conto <em>As Moças</em>, da escritora brasileira Jane Tutikian (1952–) para vídeo. Originalmente, seriam realizadas leituras cênicas de forma presencial em evento universitário, mas devido à pandemia tiveram que ser transpostas para vídeo, convertendo-se em projeto de extensão. Para a transposição foram usados como estímulos as descrições das personagens apresentadas no conto e diferentes materiais (figurinos, penteados, maquiagem). A leitura cênica foi adaptada para a linguagem audiovisual aplicando técnicas desenvolvidas originalmente para teatro. Através de improvisações, ações e atitudes, a autora construiu as personagens buscando diferentes enfoques corpóreo-vocais para cada uma delas. Já para a transposição da narradora foi enfatizada uma atuação minimalista com foco no trabalho vocal. O vídeo foi produzido em estúdio improvisado em ambiente doméstico, e a colaboração entre membros da equipe se deu de forma remota. A despeito das limitações impostas pelo isolamento social e pelas limitações do espaço disponível, a experiência demonstrou que os elementos do processo de criação dramatúrgica atorial, desenvolvidos originalmente para teatro, podem ser adaptados para a linguagem audiovisual.</p> Elisa Martins Lucas Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5446 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 Para além do pesadelo: a procura por uma dramaturgia de terror no teatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5449 <p>O trabalho desenvolvido parte do seguinte questionamento: é possível criar uma obra de terror no teatro? Compreendendo a relevância do gênero horror para a arte e a sociedade ao longo do tempo e valendo-se de sua relação direta com o gênero fantástico (TODOROV, 1992), através de uma pesquisa empírica aliada à teoria, foi investigado e elaborado o conceito operatório Terror Artístico, salientando as diferenças entre horror e terror (VARMA, 1957; RADCLIFFE, 1826; KING, 1981) com o intuito de valorizar o reconhecimento e a produção de uma experiência estética singular voltada ao medo, à perturbação imaginativa, ao fascínio e à expectativa. A partir disso, são apresentadas possibilidades para encenar uma obra enquadrável neste conceito, com enfoque na dramaturgia cênica, sendo esta considerada o fio narrativo baseado em escolhas feitas para sua composição; o meio estruturador da elaboração teatral contemporânea. Como recurso efetivo para a produção estética pretendida, a imersão (BOUKO, 2016) é apresentada como uma pista inicial e essencial, e dela, são elencadas etapas para auxiliarem na construção cênica, na tentativa de desmistificar tal confecção. Dentre os objetivos traçados para este estudo estão a vontade de explorar novos caminhos para o teatro e a importância do reconhecimento do Terror Artístico por estas e pelas artes no geral, salientando sua potência mobilizadora poética e social.</p> Julia Kieling Lucas Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5449 Qui, 16 Dez 2021 21:28:45 -0300 Recepção teatral na escola: desafios da formação de espectadores em tempos pandêmicos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5200 <p>O presente artigo visa refletir, sobre os desafios da formação de espectadores no ambiente escolar no contexto pandêmico, a partir da experiência do projeto “Recepção Teatral na Escola” que se iniciou em abril de 2021 no âmbito do Instituto Federal Fluminense (IFF). O projeto, que ainda se encontra em andamento, lança questões sobre novas perspectivas para a leitura de obras teatrais que no atual momento são mediadas pela virtualidade.</p> Carolina Almeida Gomes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5200 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Teatro invisível, teatralidade e performatividade: demarcações fluídas na prática de Augusto Boal https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5375 <p>Uma investigação que se situa diante de uma crise de identidade e epistemológica do teatro contemporâneo, reconhecida e amplamente abordada na obra da escritora francesa Josette Féral. A partir desta autora, extraímos a noção de que o estabelecimento de uma camada ficcional é essencial para estabelecer uma intencionalidade que possibilita o reconhecimento do teatro. A partir disso nos propomos a analisar parte da obra de Augusto Boal, mais precisamente o Teatro Invisível, uma das técnicas do Teatro do Oprimido, e estabelecer relações entre estas práticas e algumas noções ligada à performatividade e à arte da performance.</p> Francisco de Paulo D'avila Junior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5375 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Poéticas da presença como resistência à necropolítica brasileira https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5461 <p>Ao indicar algumas criações e artistas como um pequeno recorte no contexto das artes da cena e da presença, o presente artigo objetiva identificar pistas da negritude como poética de resistência em algumas expressões percebidas na dramaturgia, na encenação teatral e na performance no Brasil. Busca-se introduzir alguns componentes que revestem essas poéticas, assinalando alguns aspectos que podem nos ajudar a costurar uma experiência de pensamento.</p> Stênio José Paulino Soares Copyright (c) 2022 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5461 Sex, 01 Abr 2022 00:00:00 -0300 Dramaturgia, coreografia e performatividade: inside de Dimitris Papaioannou https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5050 <p>O artigo compartilha parte da pesquisa de mestrado que a autora está desenvolvendo. Contextualiza-se a discussão sobre a ideia de dramaturgia e coreografia, oferecendo o ritmo como um ponto de encontro para abordar a cena contemporânea usando da metodologia exposta. Após um breve resumo da trajetória de Dimitris Papaioannou, aborda-se a performance <em>Inside </em>(2011) a partir de como ela mobiliza esses conceitos. As considerações finais, estabelecem conexões entre ritmo, cultura e processos criativo na contemporaneidade.</p> Ísis Arrais Padilha Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5050 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Videoperformance falagens: a autoetnografia como propulsora de fluxos criadores https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5199 <p>O presente trabalho trata de uma pesquisa que relata o processo criador da videoperformance intitulada <em>Falanges</em>. O trabalho foi constituído em 2019 e apresentado em uma exposição <em>on-line</em> no ano de 2020. A proposta articulava um questionamento sobre o espaço e tornou-se propulsora de uma pesquisa de doutorado em andamento. No momento, o objetivo investigativo visa a criação de uma série de performances que estabelecem perspectivas pós colonialistas e os deslocamentos espaciais afetados pelo choque de trânsitos culturais diversos. O procedimento metodológico adotado está amparado pela pesquisa autoetnográfica, ancorada nas autoras Fortin (2009) e Versiani (2002).</p> Sadiana-Luz Martins Frota, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5199 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Performance arte: uma criação a partir de produtos culturais orientalistas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5295 <p>A pesquisa apresentada aqui discorre sobre um processo de formação acadêmica em arte a partir da elaboração de performances sobre estereótipos advindos de produtos da cultura pop orientalista. A escrita se configura como um debate acerca da produção performativa que funde arte e política. Aqui, a insurgência dirige-se aos estereótipos que veiculam imagens caricatas de segmentos da cultura oriental a exemplo da dança do ventre. São incorporados, ainda, conflitos nos processos de criação sob o contexto da pandemia de COVID-19. A metodologia que ancora as investigações prático-teóricas dos estudos é a bricolagem. O trabalho poético construído foi a videoperformance <em>Tentativa de Esgotamento 1</em>.</p> Giovana Moura Domingos, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5295 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 O que estamos a fazer com os direitos humanos? https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5336 <p>Esse trabalho traz uma análise da versão hegemônica dos direitos humanos, bem como da educação em direitos humanos, em diálogo com <em>A condição humana, </em>de Hannah Arendt, com o <em>spect-ator,</em> de Augusto Boal, e sua <em>Estética do Oprimido</em>. Ponto de partida para essa análise é uma narrativa, baseada em fatos reais, de um casal, que sai do interior da Bahia em busca da proteção de seu direito humano à vida digna. Uma ocorrência rara, daqueles que conseguem furar a cena da opressão, mas com um desfecho nada animador, considerando a frustração da suposta proteção que os direitos humanos deveriam lhe conferir. Questiona-se, com Hannah Arendt, a proposta hegemônica dos direitos humanos. Propõe-se, com o spect-ator de Boal, uma releitura para essa proposta.</p> Thereza de Jesus Santos Junqueira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5336 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 RECONHECIMENTO DE ARTESÃS DO VALE DO JEQUITINHONHA NO MASCARAMENTO EXPANDIDO DE Ô, BENÇA! https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5369 Apresentam-se aqui elementos do processo criativo da cena performativa <em>Ô, bença!</em> (BRAGA, 2020) refletindo sobre como esta criação pode colaborar para a discussão sobre o reconhecimento e representação de artesãs do Vale do Jequitinhonha-Minas Gerais-Brasil que viveram ou ainda vivem sob ataques em seus corpos. <em>Ô, bença!</em> foi apresentada inicialmente em dezembro de 2020, no banheiro de um apartamento, com a duração aproximada de 16 minutos e veiculada por streaming, pretendendo uma revisão e ampliação em 2021. Esta criação se relaciona com atividades de pesquisa performativa em atuação realizadas pela autora pesquisadora, que inclui procedimentos de investigação criativa guiada pela prática artística. O trabalho aqui apresentado busca revelar um manejo performativo em processo que entra em contato com o sofrimento de mulheres artesãs. O sofrimento se revela: na própria estrutura básica de vida de algumas dessas artesãs que não possuem água encanada ou mesmo um banheiro dentro de casa; nas responsabilidades que algumas delas assumiram em suas vidas, como o cuidado de pessoas gravemente doentes da família, realizando um trabalho doméstico de cuidados, sem remuneração, de um ente familiar; na alta valorização financeira de algumas de suas peças artesanais em cerâmica, mas sem que tal retorno chegue, de fato, até suas mãos criadoras podendo, assim, gerar alguma mudança efetiva em suas vidas. E, diante do sofrimento observado, discute-se, por meio da prática performativa e reflexiva, sobre as possibilidades e limitações de sua minimização, destacando-se a problematização da ideia de representação (SÁNCHEZ, 2016) e a atuação com o mascaramento expandido. Com este último, mostra-se a instalação da “performã” que valoriza o gênero feminino em diálogo com a maneira artesã de se fazer algo, bem como a materialização de uma ação/objeto performativo, em tempo presente, dizendo daquela que performa. Por fim, o trabalho indaga as possíveis conquistas e falhas nos processos de reconhecimento social de determinadas artesãs mineiras do Vale do Jequitinhonha, mostrando como tais perguntas também se inserem na criação e desenvolvimento atual da performance de <em>Ô, bença!</em> abrindo-se diálogos. Maria Beatriz (Bya) Braga Mendonça (Braga) Copyright (c) 2022 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5369 Sex, 18 Fev 2022 00:00:00 -0300 Poéticas do acesso à cena: a acessibilidade poética https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4980 <p>Este texto apresenta parcialmente o conceito de <em>Acessibilidade Poética</em>, derivado da pesquisa de doutoramento intitulada: “Poéticas do Acesso à Cena: a prática teatral e os artistas com deficiência visual”, com orientação da Profa. Dra. Isa Etel Kopelman, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena do Instituto de Artes da Unicamp. Discorrendo sobre como o protagonismo do artista com deficiência provoca uma alteração na lógica do que é e de como se fazer arte, provocando o surgimento de outras epistemologias criativas e linguagens, trago à discussão a ideia de “Corpo Intruso”, de Estela Lapponi. </p> Lucas de Almeida Pinheiro Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4980 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 Mulheres brincantes: mamulengueiras, calungueiras, mães, pesquisadoras e o que mais couber https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4984 A pesquisa em andamento se propõe a investigar as novas gerações de mulheres brincantes do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. Considerando que os personagens do Mamulengo, Babau, João Redondo e o Cassimiro Coco são representações simbólicas de papéis sociais, expressos por imagens e nas falas representadas, a pesquisa levanta os seguintes problemas: quem são e como são representadas as personagens femininas no teatro das brincantes pertencentes à nova geração? Quais são os enfrentamentos e como se estabelece a rotina dessas mulheres? A pesquisa parte da hipótese de que, nessas produções artísticas, as brincadeiras produzem ressignificações e reelaborações, acompanhando mudanças de paradigmas, visões e conceitos do universo feminino. Mais ainda, me proponho a reflexão de como sou afetada por essas artistas enquanto atriz em processo de resgate, desenvolvimento e prática. Barbara Duarte Benatti Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4984 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 As vozes d(n)a criação: decolonizar biografias como dispositivo-processo de uma criação teatral https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4997 <span>A presente pesquisa se estabelece a partir de uma tese-criação, propondo uma reflexão prática e teórica sobre diferentes perspectivas da voz no processo de criação teatral. Como ponto de partida, teremos o processo de criação e montagem de um espetáculo solo. Neste momento, abordaremos a voz tanto como elemento estruturante da dramaturgia, evocando discursos biográficos e decoloniais em sua elaboração, como dispositivo disparador para a investigação e construção do “corpo performático” da obra. A metodologia está alicerçada no conceito de pesquisa performativa, apropriando-se também de elementos da chamada autoetnografia. Ao final, processo e obra unem-se de maneira a provocar uma poética reflexão sobre esta singular jornada criativa.</span> Cassiano Weigert Fraga Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4997 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 Arte profana: uma análise de performances que abordam gênero, sexualidade e religião https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5045 <p>O presente texto apresenta o andamento parcial da pesquisa de mestrado que desenvolvo no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Uberlândia, sob mesmo título. A pesquisa tem como estudo de caso três performances “O Culto” (trabalho de minha autoria), “Desenhando com Terços” (Márcia X.) e “Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu” (protagonizado no Brasil pela atriz Renata Carvalho), com o objetivo de analisar como esses trabalhos utilizam objetos religiosos (sagrados) e temas bíblicos para abordar as relações gênero, sexualidade e religião, colocando em discussão como as religiões patriarcais tratam esses temas e fundamentam essas relações na sociedade. Neste artigo apresento porque escolho esse tema, as performances que estão sendo analisadas, as questões que norteiam a pesquisa, o desenvolvimento de alguns conceitos e o andamento até o momento.</p> Mariana Dias Pereira de Lima Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5045 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 (Re)Construindo caminhos: procedimentos de criação e performances circenses por meio de elementos do Sistema Laban/Bartenieff https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5089 <p>O texto traz a pesquisa de mestrado em andamento apresentando suas motivações, dados e estudos preliminares que fomentaram o projeto inicial, assim como alguns dos pontos já levantamentos e analisados. O trabalho abordará como algumas perspectivas dicotômicas vêm interferindo em processos de aprendizagem, criação e performance circenses, resultando em dificuldades recorrentemente experienciadas por artistas em formação ou profissionais. A investigação está sendo realizada a partir da convivência e acompanhamento de discentes da Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha – instituição que possui programas que atendem à educação profissional e continuada, criação e produção. É possível notar nesses sujeitos uma tendência em apartar processos de aprendizagem e de criação, rivalizando procedimentos compreendidos como técnicos ou artísticos. Para muitos, as aulas são comumente identificadas como treinos (momento da técnica), sendo os ensaios entendidos mais estritamente como a fase de montagem de números (momento artístico). No entanto, para diversos circenses com origem e trajetória na itinerância, tanto a aprendizagem quanto a criação/manutenção de números são chamados de ensaios. Partindo dessa distinção, a pesquisa fará um levantamento e análise de como esses processos se davam com circenses de lona que agora atuam como professores e/ou diretores em espaços de ensino e de produção artística. Em seguida, serão analisadas algumas possíveis causas e consequências dessa dicotomização e da cisão de um sistema, entendido aqui como imbricado, de aprendizagem/criação/performance. Ao final, serão apresentadas propostas para abordar essas questões utilizando conceitos do Sistema Laban/Bartenieff de Análise do Movimento - baseado em instâncias e parâmetros complementares e não dicotômicos. </p> Alex Machado Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5089 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 Jongo-funk: decolonialidade e expressões de matrizes africanas no ensino de artes https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5034 <p>De acordo com as ideias de Mariano Enguita (1989), a história da educação brasileira foi forjada para dar margem a um projeto de submissão, lucro e dominação, à serviço dos objetivos daqueles que aqui tinham posses: a Igreja, a Coroa e o Mercado. Esse processo acabou resultando na desvalorização e colonização dos saberes e conhecimentos tradicionais dos povos escravizados, os indígenas e africanos — sendo os negros(as), as maiores vítimas de discriminação e preconceito. Considerando tais dificuldades o governo federal, através da Lei nº 10.639, passou a incluir no currículo oficial da Rede Nacional de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Ainda assim, Nilma Lino Gomes (2008) afirma que o ensino das relações étnico-raciais continua encontrando barreiras e resistências na comunidade escolar. A experiência subjetiva da cultura da colonialidade permanece presente no imaginário de muitos estudantes, sugerindo uma ideia depreciativa da identidade negra. Desse modo, a pesquisa pretende delinear caminhos para a construção de uma pedagogia decolonial, que assegure representações positivas dos afro-brasileiros e que tenha como foco uma educação com base no respeito à diversidade. Através do cantar-dançar-batucar (Ligiéro, 2011), propomos a investigação de um léxico próprio das performances culturais brasileiras que tem origem e influência das tradições africanas, o jongo e o funk. Estabelecendo uma aproximação entre essas duas expressões, pretendemos estimular o interesse dos alunos(as) — e, por extensão, de toda a comunidade escolar — a fim de que o corpo discente possa desmitificar certos aspectos artístico-culturais de matrizes africanas (até hoje vistos sob uma perspectiva negativa) muito presentes no cotidiano do próprio corpo discente, de tal modo que, ao reconhecer esses aspectos, os estudantes possam ressignificar e valorizar a negritude.</p> Yasmin Coelho de Andrade Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5034 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 Ensaio sobre movimentações, percepções e sentimentos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5127 <p>O presente ensaio se propõe a apresentar a experiência da autora na participação no XI Congresso da ABRACE, mais especificamente dentro do Fórum de Pesquisas em Processo, compartilhando “O corpo em movimentos Negros: um processo poético e político de (re)construção de pertencimento e identidade racial”, pesquisa de mestrado iniciada no primeiro semestre de 2021, no Programa de Pós- Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, relacionada à linha de pesquisa “processos de criação cênica”.</p> Luísa Dias Rosa de Oliveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5127 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 A jaula: processo de criação operativa https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5149 <p>O texto trata do processo de criação do espetáculo <em>A Jaula</em>, realizado pelo Grupo Insubordinado de Pesquisa coordenado pelo autor. Em formato de relato, descreve e analisa a concepção e a realização do espetáculo a partir do conceito chave da pesquisa, a operatividade, estabelecendo relações entre prática e teoria a partir dele.</p> João Carlos Chico Machado Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5149 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 Dos fundamentos Bartenieff ao corpo monstro: diálogos entre a preparação técnica do intérprete e a criação em dança https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5208 <p>Apresento aqui um relato de experiência do projeto <span>“</span>Os Fundamentos Bartenieff e seus desdobramentos no ensino, composição coreográfica e dramaturgia em dança”, realizado no Instituto Federal de Brasília de 2017 a 2019. A pesquisa se realizou em duas frentes: a primeira, consistiu no estudo e na análise dos fundamentos Bartenieff com posterior investigação das relações entre estes e as atividades de ensino-aprendizagem em dança; e a segunda frente, que se debruçou sobre a pesquisa de linguagem em dança, a partir de estudos que inter-relacionavam os fundamentos Bartenieff e a construção do corpo cênico. Foram investigadas as relações entre a preparação técnica do intérprete e a produção coreográfica em dança, a partir da articulação entre os princípios do método e a construção de um corpo cênico expressivo. A pesquisa produziu diversos produtos artísticos coreográficos que foram apresentados como resultado. Ao fim do projeto, começou-se a delinear a construção da ideia de corpo monstro: uma metáfora que condensa a práxis do processo de pesquisa em torno de um procedimento de construção poética para o corpo na dança.</p> Marcos Buiati Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5208 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 Processos de experimentação para criação de dramaturgia amazônica infanto-juvenil https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5216 <p>O presente artigo apresenta um processo de pesquisa em dramaturgia voltada para o público infanto juvenil, tendo como temas centrais o corpo, a espiritualidade e a musicalidade amazônica. Neste sentido a base de discussão será um diálogo com a autora Verônica Fabrini no que diz respeito à espiritualidade enquanto qualidade de presença corpórea e imaterial em processos artísticos; com o autor João Paulo Barreto em relação às transformações do corpo e o Grupo Kayatibu, de etnia Huni-Kuin Kaxinawa que desenvolve musicalidade com influências tradicionais e contemporâneas.</p> Rebeca de Oliveira Ferreira, Wellington Douglas dos Santos Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5216 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 Dramaturgias do ódio: uma pesquisa sobre as criações dramatúrgicas em tempos de um país fraturado https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5223 <span>A pesquisa consiste na investigação em desenvolvimento acerca da representação de alguns discursos de ódio, intensificados no contexto de acirramento político e ideológico entre os anos de 2014 e 2018, em dramaturgias paulistas criadas durante este período. Para isso, são aplicados conceitos da teoria da Análise de Discurso.</span> Diego Cardoso do Nascimento Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5223 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 De dentro para fora, de fora para dentro: a construção de uma acessibilidade poética https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5234 <p>Compartilho neste artigo minha experiência como pesquisadora no campo das artes e acessibilidade. Em primeiro, vou discorrer brevemente sobre minha participação no Fórum de Pesquisas em Processo, do XI Congresso da ABRACE, apresentando uma parte do trabalho desenvolvido no meu doutorado através de um videoperformance e suas relações transversais com a inserção da audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos de forma poética. Em segundo, vou compartilhar minha participação como audiodescritora no evento da ABRACE. Uma das minhas ações desde minha entrada no meio universitário é colaborar para que mais professores, pesquisadores, estudantes e funcionários conheçam os recursos de acessibilidade. Para isso, utilizo da minha própria pesquisa como exemplo das possibilidades do fazer dentro do campo das artes cênicas, como também, instigando provocações entre os estudantes da graduação e pós-graduação para que em suas pesquisas fomentem a experiência da acessibilidade. Da relação entre pesquisadora e ativismo percebo a construção imbricada do compromisso pelo direito ao acesso aos bens culturais e a uma educação como prática libertadora<a title="" href="file:///C:/Users/Rodrigo%20Brum/Downloads/5234-15041-1-CE.docx#_ftn1"><sup><sup>[1]</sup></sup></a>, pensada de forma equitativa. De dentro para fora, diz do percurso da acessibilidade como uma possibilidade de apresentação poética no campo estético baseada no meu trabalho de doutorado. De fora para dentro, apresenta a disseminação do recurso de audiodescrição no meio universitário, semeando novos contatos com pesquisadores no campo das artes da cena.</p><div><br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" /><div><p class="Notaderodap"><a title="" href="file:///C:/Users/Rodrigo%20Brum/Downloads/5234-15041-1-CE.docx#_ftnref1"><sup><sup>[1]</sup></sup></a> Referência ao conceito construído por Paulo Freire, apresentado no livro: A Educação como Prática da Liberdade.</p></div></div> Daniella Forchetti Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5234 Qui, 16 Dez 2021 21:28:50 -0300 A voz-tempo: investigando uma videoperformance de Jesser Souza https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5273 <p class="p1">O artigo busca aprofundar uma pesquisa que se baseia em princípios e elementos musicais para estabelecer estratégias de formação e criação para a cena chamada Teatro-Canção. O enfoque é uma investigação de uma videoperformance realizada por Jesser Souza, para o projeto “Corpos em Quarentena” do SESC, em que o ator, sob o fundo sonoro de um metrônomo, fala o poema No Caminho com Maiakóvski, de Eduardo Alves da Costa.</p> Pedro Moraes Sa Carvalho Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5273 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Fruto do vosso sangue, mulher: videoperformance, o feminino e o sagrado https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5282 <p> A escrita que se segue refere-se a um processo criador em videoperformance construído a partir da prática da entrega do sangue menstrual para uma árvore. Essa, é uma mangueira que reside na mesma casa da proponente, junto com outras três gerações de mulheres de sua família. O intento investigou modos de criação em videoperformance, e buscou estudos sobre o conceito de sagrado e seus possíveis desdobramentos em contextos do feminino, refletindo sobre o sangue menstrual e árvore enquanto elementos sacralizados e dotados de fertilidade, genealogia e vida. Além de uma revisão bibliográfica sobre os aspectos abordados no trabalho, a autora adotou a prática de escrita de diários autobiográficos enquanto procedimento metodológico que impulsionou o processo criador. O trabalho apresentou um trânsito ininterrupto entre teoria e prática, e resultou na obra em videoperformance intitulada <em>Fruto do vosso sangue, mulher</em>.</p> Luana Furtado Ramos Cairrão, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5282 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Experimentações de ator a partir das artimanhas de Carmelo Bene https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5316 <p>O presente trabalho tem como proposito fazer uma exploração acerca dos modos, aqui chamados de artimanhas, que o pluriartista italiano Carmelo Bene utilizou na criação de seus trabalhos, e como isso afetava a atuação. Tendo como ponto de partida as diferentes produções beneanas de Hamlet, o trabalho propõe algumas experimentações e investigações adaptadas para a conjuntura atual do fazer teatral: sob a perspectiva do isolamento social e das diferentes oportunidades e limitações que o atuar por meios digitais nos oferece. Tendo algumas artimanhas originais de Carmelo Bene como base, o autor investiga distintas opções e maneiras de se iniciar e desenvolver um processo artístico teatral, e como isto afeta a performance do ator ou atriz envolvidos.</p> Douglas Lunardi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5316 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Autorretrato de bastidores: vestígios, fronteiras e expansão corpórea https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5319 <p class="p1">Esta pesquisa encontra, nos bastidores teatrais, um espaço propício para discorrer sobre a expansão e potência corpórea da cena, manifestadas por aspectos que se desdobram dos palcos para fora deles. Para esta análise, parto de um arquivo autoral de retratos de bastidores, feitos por mim enquanto atriz-fotógrafa, que sugerem vestígios cênicos presentes nos bastidores. Tal reflexão é oriunda de um atravessamento teórico sugerido pela dialética da imagem benjaminiana, que dispara a análise acerca do entrelaçamento temporal (passado e presente) e espacial que se conjuga, neste caso, na relação bastidor e cena, direcionando-nos para uma exploração do corpo por sua qualidade expansiva. Como os bastidores são, também, a iminência do palco e da plateia, este trabalho repousa na ideia fronteiriça e toma o conceito de <em>liminaridade</em> de Ileana Dieguez (2011) como mote. Neste, a fronteira está associada ao enfrentamento permanente entre dois (ou mais) territórios, com contaminações incessantes que podem resultar em um espaço imbricado de características próprias. Logo, os bastidores teatrais são, aqui, o lugar do entre, cuja teatralidade é também peculiar porque advém do habitual cotidiano e atravessa um teatro de natureza igualmente híbrida e transgressora, contaminado pela performance, pela visualidade e pela corporeidade. As fotografias aqui trabalhadas são da cena contemporânea, cruzadas por tendências desta arte. Essa investigação pretende, portanto, considerar aspectos anacrônicos, líricos e virtuais dos bastidores, manifestados nas imagens fotográficas, para tecer conexões e gerar agenciamentos que culminem no pensamento da continuidade poética entre o bastidor e a cena teatral.</p> Caroline Veras Sobreira, Francimara Nogueira Teixeira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5319 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Entre nós: esculhambadas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5326 <p dir="ltr"><span>A pesquisa propõe a criação de um espetáculo teatral solo intitulado </span><span>Esculhambad</span><span>a, que entretece bufonaria e autobiografia no processo de criação cênica. A atriz, uma pessoa que muitas vezes se considera esculhambada, percebeu ainda criança que andar e agir como uma esculhambada não pega bem. Ao longo de sua vida, não faltaram olhares e “conselhos” para que ela tomasse prumo. </span><span>Indignada com essa e outras normatizações que enfiam goela abaixo das meninas desde pequenas, a atriz encontrou na bufonaria, há dezesseis anos, um meio de acolher e assumir suas inadequações e bagunças, descobrindo o potencial poético e questionador que existe em ser esculhambada</span><span>. No solo </span><span>Esculhambada</span><span>, Aline Marques vive Aline Marques, uma mulher que é filha e se sente mãe, que pensa que é muito importante e que pode salvar os outros. Na trama, bem como na vida, Aline sente um vazio existencial eufórico e muito prazer em debochar de quem, como ela, se leva bastante a sério. Esta mulher, que teme ir para uma realidade paralela (e não conseguir voltar) quando olha muito tempo para um ponto fixo, divide com o público um pouco de suas incongruências e espera que, em meio a ridículos e derrotas, respingue um pouco de beleza. Preparem-se para conhecer a verdadeira Aline que a Aline definiu como conveniente de mostrar.</span></p> Aline Schneider Marques Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5326 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Iniciação à dança a dois – o contato: oficina de recepção aos licenciandos em dança da ufpe https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5333 <p>O trabalho tem como objetivo relatar a experiência em ministrar uma oficina de dança a dois, atividade que integrou a programação <em>Semana de Dança – Recepção aos novos estudantes</em> da Licenciatura em Dança na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A oficina proporcionou aos participantes trabalhar a consciência corporal para as danças em pares, a partir de orientações sobre estrutura e movimentações básicas do gênero. A experiência contemplou alunos na condição de iniciantes e iniciados na dança a dois, fornecendo informações sobre postura da pessoa condutora e da pessoa conduzida. A atividade foi realizada na Sala de Dança do Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE.</p> Camila Leonardo Quirino de Oliveira, Bianka Roberta Santana dos Santos, Arnaldo José de Siqueira Júnior Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5333 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 A estética do (im)possível: o artista deficiente, um corpo potencializado pela imagem videográfica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5350 <p><span>O presente trabalho constitui resultado parcial de pesquisa de mestrado, que tem por propósito principal interrogar às artes da cena na perspectiva da participação artística de artistas com deficiência na cena contemporânea. Este estudo constitui um recorte da pesquisa, refletindo sobre formas pelas quais a imagem-videográfica interfere e potencializa a performance de artistas com deficiência. Ela traz como corpus de análise o dueto “The Way </span>You Look (at me<span>) Tonight” (2016) da coreógrafa escocesa Claire Cunningham e o performer norte-americano Jess Curtis. A questão central do estudo é identificar <span>como, pela articulação entre deficiência em cena e demais elementos tecnológicos, a cena se organiza de forma a preservar a potência da performance desse corpo.</span> Tendo em vista a presença da imagem virtual, busco investigar e refletir de que forma a tecnologia interfere, suscitando novas formas de criação. Para sustentar essa discussão, servem de apoio os conceitos <em>interatividade</em>, <em>imagem,</em> <em>performatividade da imagem</em> e <em>presença</em>, <em>efeito de presença</em>. São bases dessa pesquisa os referenciais teóricos, dos artistas e pesquisadores: Maíra Coelho (2016), Josette-Féral (2010), Marta Isaacsson (2013), Roland Barthes (2018</span>). Como metodologia, tem-se uma <span>pesquisa bibliográfica acerca da imagem, entrevista com a artista Claire Cunningham e a análise do registro do espetáculo. De forma a fugir de uma lógica secular ou de ressignificação do corpo a partir da relação artista e imagem-videográfica, essa pesquisa busca dar voz a corpos ditos despadronizados, através do poder criativo</span>, <span>e investigar de que forma o vídeo e seus recursos (close, expansão, vídeo ao vivo ou pré-gravado) contribuem para o mesmo. </span></p> Priscila Silva da Rosa Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5350 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 Olhares e processos do futuro? – notas sobre a criação (e apresentação) de um número burlesco em vídeo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5363 <p>Apresento e analiso uma das ações da pesquisa “Brinquedos, duplos e outros corpos performáticos: estética, erótica, política”, que desenvolvo no Instituto de Artes da UFRGS: o processo de criação do número burlesco Futuro?, em parceria com Sessa Farion, apresentado do festival Yes, Nós Temos Burlesco!, em 2021. Tateando por entre diversas perguntas conceituais, estéticas e técnicas, Futuro? lança um olhar repaginado sobre elementos já utilizados em outros trabalhos: brinquedos de corda, bichos de pelúcia, bonecos infláveis, máscaras de látex, próteses e outros truques de casas de festas, eletrodomésticos, glitter prata, alguma metalinguagem e muita ironia. Fragmentos de passado, acionados e friccionados no presente, tematizando e sendo assistidos no futuro. Um rápido passeio por estudos sobre cabaré e burlesco, bem como por reflexões sobre as implicações da pandemia na produção teatral e performática, auxiliam na análise, estabelecendo conexões e possibilidades para outros artistas que enfrentam questões similares.</p> Henrique Saidel Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5363 Qui, 16 Dez 2021 21:28:51 -0300 O strip tease como dispositivo de criação dramatúrgica no número burlesco "Como fazer uma mulher com qualquer clichê que você tiver em casa" https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5367 <p dir="ltr"><span>Que camadas de sentido são expostas/escondidas através da ação de despir/vestir? O presente trabalho busca analisar a concepção e as apresentações do número burlesco “</span><span>Como fazer uma mulher com qualquer clichê que você tiver em casa”</span><span>, de minha autoria, a partir da ideia de strip tease como dispositivo de criação dramatúrgico pela própria performer e as recepções daí decorrentes. </span></p><div><span><br /></span></div> Marina dos Santos Fervenza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5367 Qui, 16 Dez 2021 21:28:52 -0300 O uso do boneco em cena - um monólogo, dois corpos e outras perspectivas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5370 <p dir="ltr"><span>Neste trabalho, apresento a investigação sobre o processo de criação do monólogo “A mulher amordaçada”, que realizei em 2018, orientado por Cristiane Werlang na conclusão da disciplina Atuação II, do curso de Bacharelado em Interpretação Teatral, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O monólogo é uma livre adaptação da obra “La boca amordazada” de Patricia Zangaro, e com direção, atuação e linguagem visual de minha autoria. </span>Busco, a partir de lembranças e sensações do processo criativo e dos horizontes teóricos desenvolvidos posteriormente, relatar e analisar as características e desdobramentos do trabalho. O foco é entender e explicar o uso do boneco em cena como extensão do meu corpo e como personagem autônomo, relacionando abordagens visuais e emocionais da cena, enquanto atriz e personagem. Autores como Stanislavski e Tadeusz Kantor, e grupos como El Periférico de Objetos e Companhia Caixa do Elefante são importantes para esta pesquisa. Esta investigação pretende contribuir para pesquisas de artistas que criam/atuam/dirigem utilizando bonecos e outros objetos, como forma de expressar algo que não está dito no texto verbal. Também pretendo aprofundar as possibilidades de criação de um monólogo, enfrentando o desafio de estar sozinha em cena através da expansão da presença (e dos efeitos de presença) em diferentes corpos.</p> Railin Gonçalves Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5370 Qui, 16 Dez 2021 21:28:52 -0300 Trieiros em trânsito: acontecimentos e perspectivas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5113 <p>No Estado do Tocantins chama-se popularmente de “trieiro” um caminho estreito em meio à vegetação ou clareira, formado por passagens sucessivas de seres humanos ou animais, que por sua vez também são chamados de trieiros. A palavra reúne em si dois processos distintos: caminho e caminhante, a criação de um caminho e o ato de percorrê-lo, o sujeito da ação e o rastro da ação. Este acontecimento direciona o Grupo Xanarai, um coletivo de pesquisa e criação cênica, nascido no ano de 2013 pelo desejo de discentes e docentes do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins. No ano de 2015, estreamos nosso primeiro e único espetáculo teatral, intitulado “Trieiros: no meio de um monte de nada”, fruto de uma pesquisa sobre a geografia do Estado do Tocantins, num processo que levou o grupo a uma série de viagens pelo interior desse estado, passando por locais como o Parque Estadual do Jalapão, Ilha do Bananal, Serra de Lajeado e Distrito de Taquaruçu. Este trabalho pretende discutir questões epistemológicas da palavra trieiros e sua possível implicação no campo artístico-pedagógico. O trieiro esboça uma geografia do pensamento e da ação que é simultaneamente extensiva, na medida em que o traça objetivamente pela superfície terrestre, e também intensiva, na medida em que seu corpo é um território de passagem. Enquanto três autores, pretendemos abordar este acontecimento por três perspectivas provisórias: do ator, do encenador e da professora, através de um metálogo, formato de texto baseado na teoria de Bateson.</p> Karina Ribeiro Yamamoto, Andrey Tamarozzi Lima, Francisco Serpa Peres Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5113 Seg, 20 Dez 2021 15:05:09 -0300 Dançarino, ator ou circense? O corpo contemporâneo do artista de circo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4979 <p>Este artigo se propõe a compreender o estabelecimento do chamado Novo Circo, e, posteriormente, do circo contemporâneo, contextualizando seu surgimento de maneira histórica e refletindo acerca de sua relação com a criação das primeiras escolas de circo. Ao analisar a amplitude de possibilidades criativas estabelecidas a partir das individualidades subjetiva e corporal dos artistas nestes contextos, propiciada em parte através da hibridização entre dança, teatro e circo, o presente trabalho reflete teoricamente acerca das estéticas, poéticas e dramaturgias muitas encontradas nos processos criativos presentes no circo contemporâneo.</p> Gabrielle Lei Polizzelli Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/4979 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 A música de Geraldo Filme como narrativa da história de São Paulo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5002 <p>O presente artigo propõe compartilhar reflexões suscitadas a partir do desenvolvimento da pesquisa de Iniciação Científica “Transformações da paisagem de São Paulo na música de Geraldo Filme”, iniciada em setembro de 2020. Através de uma perspectiva geográfica e antropológica, o objetivo da pesquisa consistiu em analisar letras de músicas do compositor e relacioná-las com as mudanças ocorridas nos lugares da capital na década de 1950. Filme tem uma grande importância na construção da identidade do samba paulistano, tendo participado ativamente dos cordões carnavalescos e das Escolas de Samba, além de ter posicionamentos políticos que corroboram a resistência das manifestações culturais negras, historicamente marginalizadas e oprimidas. As composições de Geraldo Filme, portanto, são essenciais para que se possa compreender as mudanças ocorridas na paisagem da cidade de São Paulo, em especial, as que afetaram os lugares de sociabilidade negra da cidade. Com isso, a investigação procurou compreender a importância das manifestações culturais como parte de um registro historiográfico relevante para a cidade de São Paulo.</p> Sofia Chiavacci Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5002 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Do moderno ao contemporâneo: viajando no passado para compreender o presente e mergulhar no futuro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5077 <p>O presente resumo é um recorte do primeiro capítulo do meu Trabalho de Conclusão de Curso (2020) em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal de Alagoas. Neste recorte eu faço uma viagem ao passado, visitando o mundo da História da Dança Moderna e da Dança Contemporânea, tendo como objetivo principal: Compreender os modos de criação dos principais agentes da Dança Contemporânea. Deste modo, dialogando com os autores: Garaudy (1980), Bourcier (2001), Louppe (2012), Xavier (2011), Agamben, (2009), entre outros, eu convido os (as) leitores (as) a embarcarem comigo ao passado. Metodologicamente, caracteriza-se como uma pesquisa de Revisão Bibliográfica, tendo como principal método para a coleta de dados o levantamento e a análise bibliográfica.</p> Angélica Maria Alves Faustino Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5077 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 Procedimentos de criação no teatro ritual: o movimento de reencontro consigo a partir dos estados alterados de consciência https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5078 <p dir="ltr">A pesquisa “Procedimentos de Criação do Teatro Ritual” busca estudar e sistematizar os procedimentos de criação desenvolvidos pelo Arkhétypos Grupo de Teatro da UFRN tomando como referência o “jogo ritual”, a “poética dos elementos” e a “dramaturgia dos encontros”. Neste recorte, a pesquisadora falará sobre como pôde se reencontrar e se reconectar consigo mesma, a partir das vivências dentro do grupo, experimentando os "estados alterados de consciência", desde seu primeiro encontro com o Arkhétypos, no início da graduação. Sendo assim, a presente pesquisa se norteia por uma metodologia empírica focada na prática pedagógica desenvolvida pelo Grupo Arkhétypos, e bibliográfica, a partir do estudo do material teórico publicado pelos integrantes e ex-integrantes do Grupo.</p> Helena Villar Dantas Saltoris de Aguiar, Robson Carlos Haderchpek Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5078 Qui, 16 Dez 2021 21:28:46 -0300 O teatro-jogo como método de articulação criativa do conhecimento https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5086 <p align="justify">A presente comunicação visa apresentar a pesquisa de mesmo nome, realizada no âmbito da iniciação científica na UFSJ. Tendo por base as experimentações cênicas e a pesquisa teórica realizadas pelo Grupo de Pesquisas Núcleo Lúdico de Criação, Improvisação e Interatividade, por meio do Programa de Extensão “Teatro-Jogo: o lúdico na arte e na educação”, a pesquisa foi desenvolvida majoritariamente junto a um grupo de alunos da professora de artes Érika Santos da Escola Estadual Amélia Passos, em Santa Cruz de Minas –MG, sob a orientação da professora Ana Dias, do Departamento de Artes da Cena da UFSJ. Buscando o desenvolvimento de procedimentos que permitam a alunos e professores experimentarem a criação de cenas de teatro-jogo em contexto escolar, a pesquisa voltou-se para a aproximação entre as disciplinas de artes e ciências, com o objetivo de trazer os conhecimentos das duas áreas de forma integrada e articulada, sob a tônica da ludicidade. Embora inicialmente não se tratasse de aferir ou ensinar conhecimentos, e sim de se apropriar de conhecimentos construídos ou em fase de construção visando a criação artística e lúdica, houve a necessidade de se retrabalhar conteúdos de ciências por conta de fatores não totalmente elucidados pela pesquisa. Esse estudo ainda está em andamento e teve início em julho de 2020. <strong></strong></p> Victor Henrique Alves Rodrigues, Ana Cristina Martins Dias Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5086 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 A tradução da informação estética em Max Bense a partir do processo transcriativo do audiodrama voz para cumaná: a construção de uma dramaturgia a partir do testemunho de venezuelanos refugiados no sul do Brasil https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5095 <p class="Corpo">O trabalho propõe analisar o episódio “Um dia de fúria” - 1º publicação da série de audiodrama Voz para Cumaná, a partir do olhar transcriativo de Haroldo de Campos. Com base nos estudos em tradução de Max Bense, utiliza-se para análise a tradução da informação documentária, semântica e estética. Assim, interseccionam-se ao trabalho teórico criações autorais; a dramaturgia, as entrevistas, os ensaios e as partilhas por WhatsApp presentes no processo pandêmico. Vinculada à pesquisa “Dramaturgia e Sociedade: Escrituras do Teatro de Hoje nas Fronteiras da Ficção” - sob orientação do prof. Dr. Clóvis Dias Massa, mergulha-se na teia metodológica da Transluciferação Mefistofáustica de Campos para expressar o que não é possível descrever em nosso processo criativo. Ampara-se em estudos de referência sobre transcriação para traduzir a experiência cognitiva entre aulas de português com espanhol, teatro, risadas, choros, Coronavírus, <em>las cervezas</em> e prolongados ensaios frios de domingos pela manhã.</p> Gabriel Fontoura Motta Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5095 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 A difusão da pesquisa de linguagem autoral em dança em tempos pandêmicos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5107 <p>O presente estudo surge como uma forma de registrar e observar a atuação da pesquisa de linguagem autoral em dança durante o primeiro ano de isolamento social, em razão da pandemia de Covid-19. A pesquisa procura colocar em funcionamento questões de autoria em dança, observando a relação entre o processo de criação e a preparação corporal, além de sistematizar e difundir essas ações. Possui vínculo com o Projeto de Extensão Mimese cia de dança-coisa, onde se desenvolve o laboratório de investigação e difusão em dança. Em 2019 foi iniciado o Projeto Degustação de Movimentos com o Mimese, onde recebemos a comunidade para investigar os modos de trabalhar o corpo e a dança. Em 2020, dado a pandemia de Covid-19, foi necessário um ajuste ao novo cenário, o que proporcionou uma nova forma de seguir compartilhando as maneiras de operar o movimento investigadas na pesquisa. Atualmente a pesquisa de linguagem autoral em dança está iniciando um estudo para a realização de um documentário. Como guia, a pesquisa conta com estudos de Ivana Menna Barreto e Cecilia Almeida Salles.</p> Luana Fonseca D'Avila, Luciana Paludo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5107 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 O processo de mediação teatral no ambiente virtual https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5117 <p>Como pensar a mediação no universo on-line? Essa pergunta é ponto de partida para a proposta prática de mediação do espetáculo cômico “Deixe seus problemas lá fora” do grupo curitibano Antropofocus, pensado e concebido para apresentação on-line com transmissão ao vivo. A obra retrata um programa de auditório no qual os personagens apresentadores pedem aos espectadores que esqueçam a quantidade enorme de notícias ruins que sondam o momento atual. A pesquisa visa contribuir com a análise de propostas de mediação teatral desenvolvidas em ambiente virtual com foco no novo formato de apreciação que o ambiente on-line proporciona e que implica em uma nova forma de ser espectador.</p> Mariana Venâncio Correia Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5117 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 O Projeto Timbá e a “cruzada das artes” no estado do Tocantins: reflexões históricas sobre o Teatro na década de 1980 https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5118 <p>O presente trabalho tem como objetivo discutir os acervos escaneados sobre o Projeto Timbá no Tocantins, especialmente em Gurupi, contextualizando os documentos, o projeto de pesquisa e as reflexões históricas sobre o Teatro na década de 1980. A metodologia é baseada na metodologia do Acervo Recordança em Pernambuco e na<strong> </strong>experiência do projeto Memória do Movimento na Paraíba, mesmo que modificada devido ao cenário pandêmico, onde houve a migração do projeto de extensão para a pesquisa. O projeto em geral, encontra-se em desenvolvimento, todavia já se tem muito a discutir sobre os documentos do projeto Timbá e sua grande influência para as artes cênicas nesse período histórico. O circuito Timbá consistiu em um movimento teatral da década de 1980, que visava levar teatro para as cidades pequenas do, até aquele momento, norte do estado de Goiás. Foram quatro “cruzadas” pelos municípios que hoje compõem o estado do Tocantins levando apresentações, oficinas e atividades artísticas para estes municípios.</p> Adailson Costa dos Santos, Kenedy Sinomar Dias Fachini Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5118 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 Os 10 anos da licenciatura em dança do IFB: criação de conteúdo audiovisual em redes sociais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5128 <p>Em 2020, o Curso de Licenciatura em Dança do Instituto Federal de Brasília completou dez anos, ainda assim, não é conhecido por toda a comunidade do DF. O site institucional possui informações reduzidas sobre os cursos e a divulgação de informes ocorre por e-mail e/ou <em>Whatsapp. </em>Esta pesquisa teve como objetivos realizar a divulgação da história da criação do curso; dar visibilidade às suas atividades de ensino, pesquisa e extensão e melhorar a comunicação com a comunidade. A metodologia incluiu pesquisa bibliográfica e iconográfica; levantamento de materiais; criação de conteúdo para as Redes Sociais e divulgação para a comunidade. Em consulta à comunidade interna, foi constatado melhorias no acesso às informações após a criação das Redes Sociais do curso, reforçando a importância e necessidade das ações da pesquisa. Foram utilizadas também para divulgação de informes e eventos, além de atendimentos à comunidade, servindo como um eficiente canal de informação e comunicação.</p> Daiana Fernandes Ribeiro Gomes, Juliana Cunha Passos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5128 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 Investigando as possíveis relações entre o jogo e a dança a partir de um processo colaborativo de criação https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5132 <p>Esta pesquisa investiga o processo criativo Obscuricenidades, um dos resultados cênicos desenvolvidos dentro do Programa de Extensão Corpo Cênico da UFAL, propondo uma reflexão sobre a relação dos jogos nas artes cênicas. O processo vivencial de construção colaborativa dessa criação cênica instigou duas das discentes-criadoras no aprofundamento destas vivências dentro do âmbito da pesquisa, resultando em uma iniciação científica. E o objeto de estudo escolhido pelas pesquisadoras refere-se ao potencial do jogo e da improvisação dentro do âmbito da criação artística, e mais especificamente dentro da criação colaborativa em Dança. Jogar, improvisar e dançar por vezes se mesclam em uma mesma ação que gera e/ou potencializa a cena dançada e nos motiva a investigar as especificidades e contaminações existentes entre esses elementos: jogo, improviso e dança.</p> Jeyssi Luiza Nascimento Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5132 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 Corpos, riscos e afetos em coexistência na prática acrobática circense https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5029 <p>Este trabalho apresenta um olhar para a prática de acrobatas circenses, buscando explorar interações mentais, afetivas e corporais que demonstram a coexistência de diferentes corpos estados na pessoa artista circense. Procurou-se pontuar e refletir sobre elementos do corpo em relação com a técnica, o risco, as emoções e as relações interpessoais, a partir da prática, experiência e perspectiva como artista de circo no trabalho com acrobacias coletivas.</p> Luie Araujo Wanderley, Alexandre Donizete Ferreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5029 Qui, 16 Dez 2021 21:28:47 -0300 A constituição de uma cena teatral interiorana, a partir da obra de Alcir Dias https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5064 O presente texto tem como objetivo analisar material bibliográfico sobre o dramaturgo Alcir Dias, em especial, o texto de sua autoria “O beco” (1985). Para tal, considera-se a linguagem do Teatro do Absurdo (ESSLIN,1968) e a relação entre centro e periferia, na abordagem de Milton Santos, desenvolvendo sua tradução para o meio teatral. Em um segundo momento, são tecidos diálogos entre obra, contexto histórico e sociedade, observando a contribuição da criação teatral de Alcir Dias em Andradina, cidade no interior de São Paulo, e o seu aporte para a construção de uma cena teatral longe dos grandes centros urbanos. Yã Ossaiê Santos Mostachio Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5064 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Dita pra mim?: intervenção urbana no tecnovívio e a poética do cuidado em tempos de isolamento social https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5133 <p>A presente pesquisa foi realizada de maneira on-line, por consequência da pandemia causada pelo coronavírus, que acometeu o mundo no fim de 2019 e segue alarmante até o momento da escrita deste artigo. À vista disso, foram investigadas possibilidades de realizações tecnoviviais de intervenção urbana em arte de Estética Relacional, com ações denominadas Performanciãs, tendo enfoque em discussões sobre a velhice. Partindo do cruzamento dos conceitos estudados com as práticas realizadas, este estudo tem a intenção de fomentar discussões, quebrar silêncios e enfatizar o cuidado como prática que cria fissuras na solidão presente na velhice.</p> Marcella Pacheco Perbiche Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5133 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Investigações errantes para experienciar um mundo novo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5135 <p>Essa pesquisa investiga a construção de modos de experienciar o viver no mundo sem estar presa à necessidade em ser útil. Para experimentar o tempo e o espaço público, escolheu-se errar, caminhar pela cidade tomada pela simples vontade em ir, em continuar indo só pelo prazer do caminho. Parte assim, sem uma linha traçada entre pontos no mapa, mas com um início singelo que seguirá a deriva pelas palavras andantes no papel. Parte da errância em arte. Por isso, o presente estudo visa compreender a deriva em arte, tendo como ponto de partida o cruzamento entre experiências práticas e estudos teóricos com base crítica principal nas teorias de Paola Berenstein Jacques e Verônica Veloso e teóricos da geografia humanista, principalmente Yi-Fu Tuan. A partir desses saberes, estão sendo experimentadas ações artísticas virtuais e presenciais que se configuram como modos de (sobre)viver na cidade de modo individual e coletivo.</p> Letícia Merlo, Diego Elias Baffi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5135 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 A fala e a corporeidade do contador de histórias do cotidiano: contos e recontos de seu Valdemar https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5138 <p>Este artigo propõe a reflexão no espaço pedagógico, a partir da linguagem <em>contação de histórias</em>, no intuito de acolher o uso da fala e da corporeidade como fatores centrais para a formação do sujeito. Essa constatação reconhece os <em>contadores de histórias</em> do cotidiano, como artistas do povo, que carregam em suas narrativas as experiências de vida, além do peso e das sutilezas que provém da ancestralidade de seus povos, buscando na oralidade a manutenção da cultura da qual pertencem.</p><p> </p> Juliana Bittencour Manhães, Juliana Costa de Souza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5138 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Experiências de formação de público para o teatro na cidade de Rio Branco - AC https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5159 <span id="docs-internal-guid-4e5ef6b8-7fff-7ef6-dd12-6bbc980e60c6"><span>Esta pesquisa propôs elaborar um mapeamento das iniciativas de formação de público em Rio Branco, Acre nos anos de 2018 e 2019. Através da revisão teórica sobre o tema e da realização de entrevistas, buscou-se refletir sobre os impactos de tais iniciativas no ato do espectador teatral. Realizamos o mapeamento das iniciativas de formação de público e identificamos três instituições públicas que desenvolveram ações de mediação para o teatro nos anos de 2018 e 2019: a Usina de Arte João Donato, Centro de Multimeios - SEME e o Grupo de Teatro da Ufac. A partir da realização de entrevistas com os responsáveis pelos processos de mediação nas instituições e da aplicação de um questionário que é direcionado a artistas/grupos, buscamos informações para traçar um perfil de como é pensada a formação de público pelos agentes culturais que atuaram no teatro de Rio Branco nos anos de 2018 e 2019.</span></span> Rylary Karen Targino da Silva, Leonel Martins Carneiro Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5159 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Ensino sob a lona: estudo dos saberes circenses no circo do palhaço Vai-ou-racha https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5165 <p dir="ltr"><span>O presente artigo traz reflexões acerca do processo de transmissão oral dos saberes circenses presentes no circo do palhaço Vai-ou-racha. Aborda a relação de seus artistas com as variadas técnicas e saberes presentes no processo de ensino/aprendizagem sob a lona do circo. Busca dialogar com os pensadores da educação, em especial com os conceitos apontados por Santos e Meneses (2010) e Kahmann e Silveira (2018) relativos às epistemologias do norte e do sul, bem como com Von Simson (2007) no tocante à educação formal. Ao trazer os pensadores do circo, busca estabelecer as correlações entre as estruturas presentes nos processos de transmissão de saberes no circo-família, como conceituado por Silva (2009). São instrumentos desta pesquisa: entrevistas realizadas com os membros do circo do palhaço Vai-ou-racha e revisão sistemática da literatura sobre os assuntos abordados. Este estudo procura demonstrar que as variadas técnicas e abordagens presentes no processo de transmissão dos saberes circenses ocorridos debaixo da lona, são métodos válidos para a construção de conhecimento, consolidação de saberes, tanto quanto outros métodos utilizados nos processos de ensino/aprendizagem institucionalizados no sistema educacional brasileiro.</span></p> Estênio Marcos Elegran da Silva, Maria Clara Lemos Santos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5165 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Por uma educação performativa https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5169 <p dir="ltr"><span>A presente pesquisa analisa parte das noções de performatividade e o reconhecimento dessa linguagem no teatro contemporâneo. A partir disso, se busca meios para pensar o teatro performativo como forma de ensino em artes em espaços formais, uma vez que o teatro contemporâneo mostra possibilidades que escapa às margens da estrutura aristotélica de unidade de ação e tempo; e que, por isso, não apenas o teatro, mas também o ensino está passando por uma </span><span>reestruturação, na busca de maior diálogo entre teatro e comunidade, buscando modos de fazer que incidam sobre a coautoria</span><span>. Assim, a pesquisa foi realizada por meio de pesquisas bibliográficas - que partiram de textos de Josette Féral (2009), John Austin (1990), Judith Butler (2015) e Richard Schechner (2006) -, como também, análise de vários espetáculos e, por fim, entrevistas com especialistas relacionados ao tema.</span></p> Jéssica Seina Egoshi, Marcelo Eduardo Rocco de Gasperi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5169 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 O corpo em cena, o corpo em vida: afetos que o teatro e a performance causam no ser-artista https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5170 <p>O presente artigo tem como objetivo apresentar duas entrevistas coletadas em minha Iniciação Científica. A pesquisa discorre acerca dos limites entre atuação teatral e ação performativa, utilizando como ponto de partida a visão das mulheres que ocupam o centro da cena. Para este trabalho, questionamos a respeito do que as artistas pensam sobre ou como entendem seus corpos cênicos ou performativos. Fizemos entrevistas com duas atrizes e uma performer utilizando seus trabalhos cênicos como referência. As atrizes entrevistadas são Mariana Mantovani e Maíra de Grandi, da Cia. Teatro Enlatado, a partir de sua peça “Tem Alguém Que Nos Odeia”. A performer entrevistada é Camila Bacellar, a partir de sua ação “6 minutos”. Apesar do recorte feito, fizemos uma transcrição na íntegra, respeitando suas vozes e pensamentos, sem poda ou censura.</p> Isabela Augusto Rosa, Ronaldo Záphas Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5170 Qui, 16 Dez 2021 21:28:48 -0300 Palhaço improvisador itinerante: um estudo em trânsito https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5173 <p>A combinação da análise da Palhaçaria Itinerante vinculada à linguagem da improvisação cênica é o centro desta pesquisa. O intuito é descrever o processo de construção da figura da palhaça Kokerani, e como a sua lógica é estabelecida, usando ferramentas de improvisação tanto nos treinamentos em sala quanto para criação de jogos nas ruas da cidade de Curitiba. Para tanto, paralelamente à construção da figura do palhaço, investiga-se o desenvolvimento de um <em>número</em> pessoal e experimentos no espaço público em período pandêmico, os desafios consistiram em encontrar formas seguras para criar relações com os lugares, territórios de jogo e improvisações com elementos fixos e móveis do espaço, sempre observando quais as alterações que a presença de Kokerani causa nos ambientes.</p> Thalita Maia Pereira Lino, Diego Elias Baffi Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5173 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 A música em cena: um olhar para a música em espetáculos Brechtianos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5174 <p dir="ltr"><span>Neste texto, a autora analisa a música empregada nos espetáculos brechtianos. A pesquisa realizada para esse estudo se deu por meio de uma revisão bibliográfica sobre o tema, tendo como referência principal as publicações de Bertolt Brecht, Anatol Rosenfeld, Geraldo Martins, John Willet, Davi de O. Pinto. Com este trabalho, busca contribuir, ao evidenciar e refletir sobre o trabalho de Bertolt Brecht, a partir das músicas presentes em seus espetáculos.</span></p><div><span><br /></span></div> Ana Paula Milagres Tostes, Carina Maria Guimarães Moreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5174 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 Dança clássica: por uma metodologia de ensino mais consciente https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5176 <p>A presente pesquisa de PIBIC partiu da hipótese de que há deficiências teóricas e práticas na formação dos professores de Dança Clássica que afetam tanto os profissionais quanto aqueles ainda em formação. Propôs uma reflexão sobre as formas de ensinar Dança Clássica, contribuindo para que docentes tenham mais consciência das habilidades necessárias ao ensino. A pesquisa objetivou analisar conteúdos práticos e teóricos de Dança Clássica, como métodos e metodologias de ensino, bibliografias, técnicas específicas e conteúdos complementares como Anatomia, História da Dança, Fundamentos da Música e Didática. A discussão dos conteúdos foi desenvolvida com voluntários, por meio de plataformas digitais, e contou, ocasionalmente, com a participação de professores especializados nos temas de interesse da pesquisa. Ressalta-se que, além das discussões teóricas, os encontros também visaram ao desenvolvimento de práticas ligadas à pesquisa e ao aperfeiçoamento docente.</p> Ítalo Fernando da Silva Prado, Juliana Cunha Passos Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5176 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 Estudos da presença cênica nas diferentes abordagens de Eugenio Barba e Arthur Lessac https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5185 <p>A pesquisa versa sobre a presença cênica no trabalho do ator, a partir do pensamento de Eugenio Barba e Arthur Lessac. Através da revisão literária das obras do encenador italiano em paralelo ao estudo teórico-prático da obra do pedagogo norte-americano, serão analisadas as diferentes perspectivas sobre esta temática. Objetiva-se criar um diálogo entre os princípios elementares das propostas dos autores, aplicados, no caso de Barba, ao trabalho dos atores no teatro contemporâneo, em especial ao que o autor discorre acerca da dilatação corporal, e, no caso de Lessac, à sua abordagem de treinamento da performance, principalmente o que se relaciona ao estado energético de Interenvolvimento. O diálogo é também alimentado pelas considerações de Júlia Varley e Renato Ferracini.</p> Carolina Nogueira Queder, Maria Regina Tocchetto de Oliveira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5185 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 De rastros de imagens à ação: uma análise de fotografias cotidianas https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5187 <p>Esse estudo possui a premissa de investigar como ações cotidianas podem influenciar o trabalho do/a ator/atriz/performer sob o viés do corpo, e como essas ações podem ser transformadas em cena/performance. Com as potencialidades nas formas de criação e experimentação do corpo artístico, buscamos utilizar como matéria-prima ações rotineiras compreendidas através do olhar, memória e da imagin(ação) através de fotografias cotidianas autorais dos participantes da pesquisa. Um dos objetivos principais foi pesquisar as ações no/do/para e através do cotidiano, que poderiam desempenhar potencialidades criadoras para um corpo performativo através da performatividade e da teatralidade, assim como sua expressão através de imagens do cotidiano. Para esse intento, aprofundamos os conceitos de performatividade e teatralidade, seus imbricamentos e contribuições artísticas para a criação cênica-performativa e para o trabalho do/a ator/atriz/performer.</p> Aline Silva Vieira, Davi da Rocha Lima, Ariane Guerra Barros, Maria Luiz Machado dos Reis Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5187 Qui, 16 Dez 2021 21:28:49 -0300 A política do fazer e o fazer político da cena: perspectivas históricas do fazer https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5190 Este trabalho pretende apresentar os resultados da Iniciação Científica desenvolvida no âmbito do Grupo de Pesquisa em História, Política e Cena, da Universidade Federal de São João del-Rei (GPHPC/UFSJ), intitulada “Modos de Fazer e linhagens históricas”. Como parte integrante de pesquisa mais ampla em fase de conclusão, a presente Iniciação Científica centrou suas ações no suporte à realização do evento “3º Seminário em História, Política e Cena: a política do fazer e o fazer político da cena”. Tal seminário teve como tema central debater os diversos aspectos políticos do fazer cênico em suas diversas frentes e elementos – direção, atuação, técnica e tecnologia, linguagem. Neste campo, como resultado do trabalho de organização, transcrição e análise das conferências e debates, apresentaremos uma síntese da questão a partir dos estudos e conclusões do bolsista de Iniciação Científica em seu trabalho, desde agosto de 2020. Foram analisadas as seguintes conferências e debates: “Aspectos de Formação: Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra América”; “Ofícios da Cena: Técnica e História”; “Atuação como Ofício: História do Ator”; e “Teatro e Cinema: política e história em cena". Berilo Luigi Deiró Nosella, Hericles Gomes de Araújo Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5190 Sáb, 18 Dez 2021 02:45:36 -0300 K-pop: práticas de ensino aprendizagem a partir da apropriação e ressignificação do movimento https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5201 <p dir="ltr"><span>Este texto traz uma comparação entre o ensino-aprendizagem tradicional do K-Pop e os atravessamentos de práticas corporais verbais vivenciadas dentro do curso de Licenciatura em Dança da UFPel. Busca compreender como essas práticas guiadas pela voz, que vão contra a supremacia da visão no âmbito da dança, afetam os corpos dos bailarinos de K-Pop, os quais estão acostumados com a visualização e reprodução dos movimentos através de vídeos. Ao longo do texto o conceito K-Pop é explicado juntamente com seu envolvimento na dança a partir da autora Camila Martins. O estudo é desenvolvido por uma metodologia que articula pesquisa da prática artística e auto-etnografia com base em Mônica Dantas e Sylvie Fortin. A pesquisa acontece por meio de reflexões e problematizações acerca da reprodução, apropriação, ressignificação e potencialização de movimentos codificados e pré-estabelecidos. Tais problematizações são resultantes de práticas de escuta do corpo, e de diálogo com outros estudos da dança, tais como os desenvolvidos por Jussara Miller, que trabalham com abordagens da educação somática.</span></p> Bianca Mendes Ascari Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5201 Sáb, 18 Dez 2021 02:52:35 -0300 Mulher de fases: uma criação performativa dos ciclos menstruais https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5225 <p>O presente texto se refere a uma pesquisa em poéticas da criação centralizada na Performance Arte. A proposta parte do interesse de uma pesquisadora em busca do autoconhecimento como mulher pela via da auto-observação do seu ciclo menstrual. A arte contemporânea encontra seu lugar na ruptura de fronteiras entre campos de saber. Esta ruptura também se alicerça na aproximação entre arte e política ao valorizar saberes da mulher. Para tal, o objetivo é fazer um recorte que parte de conceitos ancorados em arquétipos femininos. A pesquisa em andamento é embasada pela autobiografia enquanto principal procedimento metodológico.</p> Andressa Ribas Lameira Merlo, Gisela Reis Biancalana Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5225 Sáb, 18 Dez 2021 03:01:09 -0300 Em terras do vale: a memória como pulso da construção poética https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5232 <p>O presente artigo tece cruzamentos entre a memória e o teatro, investigando como fragmentos de memória, quando trazidas em percursos criativos e materializadas em cena, se instauram como recurso principal para processos de produção e criação cênica. Busca-se analisar em que medida o território, o espaço-tempo, bem como, as manifestações presentes em seu entorno influenciam grupos de teatro em seus caminhos de construção poética. Para essa análise projeta-se o olhar em grupos e artistas de teatro das regiões de Teófilo Otoni no Vale do Mucuri, e Araçuaí, Vale do Jequitinhonha, ambos localizados no nordeste do Estado de Minas Gerais. Os grupos oriundos dessas regiões presentes na pesquisa, são: Coletivo Cenagô, Grupo e Instituto Cultural In-Cena de Teatro, Companhia de Teatro Ícaros do Vale e o artista Djalma Ramalho. A experiência analisada perpassa corpos, dentro de um território composto por potencialidades artísticas, culturais e memórias que proporcionam uma experiência poética transformadora e necessária para as pesquisas no campo das Artes. Como consequência se apresenta a afirmação de um teatro produzido a partir de trajetórias próprias, com forte influência das regiões em que se encontram e da contribuição dessas trajetórias como recurso para o trabalho com a arte-educação.</p> Ariane Maria Lopes dos Santos, Heloisa Marina da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5232 Sáb, 18 Dez 2021 03:09:24 -0300 Arquitetura cênica: a explosão do espaço na cenografia teatral moderno-contemporânea https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5236 <p>O presente trabalho tem por objetivo traçar um breve panorama histórico da arquitetura cênica no século XX com intuito de compreender a ruptura pragmática e epistemológica não só no modo de conceber e praticar a arte da cenografia como a arte teatral como um todo a partir da revolução estética iniciada pelas diversas correntes de vanguarda (Simbolismo, Expressionismo, Surrealismo, etc.) na virada do século XIX, que rompeu definitivamente com a visão ilustrativa e decorativa da cenografia teatral pré-moderna.</p> Pedro Guimarães, Lidia Olinto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5236 Sáb, 18 Dez 2021 03:15:10 -0300 Coleta de dados para a pesquisa “cena dialética: práxis e história” https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5241 <p>Este trabalho faz parte de um projeto de iniciação científica que dialoga diretamente com o projeto docente “Cena dialética: práxis e história” da docente Carina Maria Guimarães Moreira da Universidade Federal de São João del Rei. O referido projeto docente já em fase de finalização propôs a investigação teórica e prática, no campo da encenação, da função do encenador e da construção da cena dialética e seu(s) diálogo(s) com a história. O plano de trabalho da iniciação científica consistiu no auxílio à docente da coleta de dados de dois espetáculos que contaram com a participação do encenador João das Neves, a saber “O Último Carro” de sua autoria e “A Farsa da Boa Preguiça” de autoria de Ariano Suassuna.</p> Leidiane das Graças Assis, Carina Maria Guimarães Moreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5241 Dom, 19 Dez 2021 22:47:37 -0300 Teatro e construção de conhecimento em ensino remoto: reflexões a partir da experiência com o PROLICEN/2020 na UFSM https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5246 Este texto objetiva pensar sobre teatro e construção de conhecimento no contexto escolar em situação de ensino remoto. Para tanto, são utilizados os dados produzidos no projeto Materialidade do teatro de formas animadas: adaptação para rádio e televisão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desenvolvido no ano de 2020 na cidade de Santa Maria e Arroio Grande, ambas pertencentes ao interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A reflexão está estruturada em dois enfoques: o primeiro trata das adaptações necessárias da metodologia do projeto para sua realização em ensino remoto, moduladas pela modificação referencial de tempo e espaço, bem como, a aproximação com a linguagem audiovisual e suas implicações; o segundo, problematiza princípios que regem a arte teatral, observando as modulações de convívio e de tecnovívio e que se configuram – ou não - como alicerce do trabalho pedagógico em teatro no contexto escolar. As discussões são embasadas nos estudos e textos referentes aos processos de construção de conhecimento de Peter Brook, Jorge Dubatti e Gilberto Icle, entendendo o teatro como cognição. A conclusão abre para questionamentos sobre a necessária desvinculação das bases epistemológicas presenciais do teatro para poder vislumbrar possibilidades de criação para essa arte no contexto escolar. Por fim, apresenta-se as exigências que foi observado recair sobre o professor de teatro no trânsito do ensino presencial ao ensino remoto Rossana Perdomini Della Costa, Bruna Nathália Alves da Silva, Natália de Souza Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5246 Dom, 19 Dez 2021 23:00:24 -0300 Processos operativos com papel Kraft https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5247 <span id="docs-internal-guid-4229cb2b-7fff-6a9c-3154-9a6b560dd351"><br /><span> </span><span>Neste trabalho parto de uma perspectiva pessoal de criação cênica a partir da exploração do papel </span><span>Kraft </span><span>pelo meu corpo, desde o despertar do meu interesse por este material, em 2020, até o momento atual. Utilizo o princípio da </span><span>operatividade</span><span>, conceito trazido pelo professor João Carlos (Chico) Machado, orientador do Grupo Insubordinado de Pesquisa, ao qual o trabalho está conectado e onde atuo como pesquisadora-bolsista. Tal conceito atua tanto para desenvolver meu processo criativo, através de ações que são realizadas com e sobre o material em questão, quanto como ferramenta de análise do processo. Ao longo do texto, menciono para o leitor as imagens mentais surgidas através das experimentações práticas partindo da imaginação material, conceito proposto por Gaston Bachelard. Ao mergulhar no processo criativo ressalto a importância deste procedimento, não me guiando por um texto dramatúrgico previamente escolhido, mas experimentando uma outra maneira de criação em cena. Para além das ações e imagens mentais, o próprio material usado começa a tomar formas, que podem vir a se tornar cenografia, objeto cênico e figurino. </span></span> Alana Gomes Sprada Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5247 Dom, 19 Dez 2021 23:07:22 -0300 A formação militante do movimento dos trabalhadores rurais sem terra pela perspectiva da agitação e propaganda https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5271 <p dir="ltr"><span>O presente trabalho desenvolveu-se no âmbito da Iniciação Científica “Os pressupostos da cena dialética: Agitprop, teatro político e a formação política de base nos movimentos sociais”, onde foram investigados e expostos aspectos observados na formação militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pela perspectiva da Agitação e Propaganda. A pesquisa de Iniciação Científica foi desenvolvida dentro do Coletivo Fuzuê – Núcleo de Estudos em Teatro Político do Grupo de Pesquisa em História, Política e Cena, coordenado pela Professora Carina Maria Guimarães Moreira, na Universidade Federal de São João Del Rei.</span></p> Beatriz Valquíria Ribeiro, Carina Maria Guimarães Moreira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5271 Dom, 19 Dez 2021 23:16:50 -0300 Indagações acerca dos limites na performance https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5274 <p dir="ltr"><span>Este artigo buscou refletir sobre a produção artística de performers que trabalham com os limites do corpo, tendo como enfoque as criações performáticas do coletivo brasileiro Grupo EmpreZa. No âmbito de um projeto de Iniciação Científica, foi feito um levantamento de artistas performers que exploram os limites do corpo no contexto da arte performática a fim de analisar e pensar quais são esses limites, se estão no campo físico e/ou psicológico e quais questões permeiam esses limites.</span></p><div><span><br /></span></div> Bianca Cristina Oliva, Wânia Mara Agostini Storolli Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5274 Seg, 20 Dez 2021 00:53:06 -0300 Processo criativo em dança em diálogo com a comida do Candomblé: relações entre corpo, alimentação e espiritualidade https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5288 <p class="Standard">O presente artigo tem como objetivo apresentar resultados e discussões a partir de pesquisa de iniciação científica baseada em um processo criativo desenvolvido na relação entre estudos sobre a comida no Candomblé e a feitura e degustação do sarapatel. A pesquisa guiada por abordagem autoetnográfica foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica sobre a formação sócio-histórica do Candomblé, religião afro-brasileira institucionalizada a partir da diáspora africana, como fundamento para compreensão da cosmovisão candomblecista sobre o alimento e suas funções ritualísticas, além de entrevistas com pesquisadores/as e praticantes da religião estudada. Tais referências serviram de material para a prática artística desenvolvida em laboratórios criativos pautados sobretudo no procedimento de preparar uma receita tradicional da família do discente pesquisador, o sarapatel, e em seguida realizar improvisações. O resultado artístico produzido é uma performance-ritual com a qual experimenta-se as relações entre as ações perceptivas do corpo por meio dos estados corporais gerados a partir da experiência gustativa, estabelecendo conexões entre espiritualidade, memória afetiva, ancestralidade e movimento.</p> Hugo Felix da Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5288 Seg, 20 Dez 2021 00:59:52 -0300 (Re)conhecendo dramaturg(i)as: um olhar sobre os escritos de Maria Angélica Ribeiro, Amélia Rodrigues e Josefina Álvares de Azevedo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5291 <p dir="ltr"><span>Este trabalho objetiva discutir a importância do (re)conhecimento dos escritos dramatúrgicos das brasileiras Maria Angélica Ribeiro (1829-1880), Amélia Rodrigues (1861-1926) e Josefina Álvares de Azevedo (1851-1913) na historiografia teatral. O estudo se dá a fim de analisar os enredos tratados em seus textos, sendo eles respectivamente: </span><span>Cancros Sociais </span><span>(1865),</span><span> Fausta</span><span> (1885) e</span><span> O Voto Feminino </span><span>(1887)</span><span>, </span><span>objetivando contextualizar o período histórico por elas vivido. Defende-se a importância de re-visitar a historiografia teatral brasileira a fim de conhecer e reconhecer dramaturgias que foram (e/ou ainda são) invisibilizadas. </span><span>Além disso, objetiva-se com esse trabalho facilitar o acesso direto aos textos teatrais, incentivando sua leitura, análise e debate, bem como outros ainda não suficientemente divulgados. </span></p> Emily Wanzeller da Silva, Lidia Olinto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5291 Seg, 20 Dez 2021 01:12:35 -0300 Gambiarra teatral: a socialização dos meios de produção cênicos https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5298 <span id="docs-internal-guid-795c97f6-7fff-30aa-a41e-839e4dc572c2"><span>O trabalho aqui apresentado, faz parte de dois projetos de iniciação científica em andamento que dialogam diretamente com a primeira parte do projeto docente “Gambiarra Teatral: a socialização dos meios de produção cênicos” da docente Carina Maria Guimarães Moreira da Universidade Federal de São João del Rei. O referido projeto docente propõe a investigação dos modos de socialização dos meios de produção cênicos em duas associações e três grupos teatrais universitários– Brigada Nacional de Teatro Patativa do Assaré/MST e Red de Grupos de Teatro Independiente de la Quebrada de Humahuaca – e três grupos teatrais universitários – Terra em Cena (UnB), Cenas Camponesas (UFPI) e Tumulto (UFOP) ligados a Rede de Escolas de Teatro e Vídeo Político e Popular Nuestra America.</span></span> Nathálya Silva Cabane, Mariana Starling Santiago Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5298 Seg, 20 Dez 2021 01:22:54 -0300 Conjunctio oppositorum e relações dialógicas em sala de aula: o ser vivente no mundo, o estar com o outro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5299 <p>Navegar entre aquilo que é estruturado em ensaios (como partituras, linhas de ações, textos) e a verdade irremediável de imprevisibilidade do acontecimento teatral se apresenta como um grande desafio para intérpretes. Esta pesquisa parte do entendimento que o trabalho docente se enquadra na categoria de “performance” (SCHECHNER, 2003) ou de “teatralidade/espetacularidade” (BIÃO, 2009). Então a pessoa docente, quando está em sala de aula, precisa navegar entre as dimensões de estrutura (planejamentos de aula) e espontaneidade (aquilo que vem da troca com alunos no aqui e agora). Dito isto, o objetivo deste trabalho de conclusão de curso é articular como o entendimento do conceito de “<em>conjunctio oppositorum</em>”, usado por Grotowski (1987) para expressar o paradoxo estrutura-espontaneidade no fazer cênico, pode auxiliar na criação de espaços de ensino democráticos e dialógicos em consonância com as proposições de Ranciére (2020), Freire (1987) e bell hooks (2017) para o campo da docência.</p> Giovanna Lisboa, Lidia Olinto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5299 Seg, 20 Dez 2021 01:27:52 -0300 Dramaturgia negra brasileira - panorama de textos publicados no século XXI https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5311 <p>A presente pesquisa elabora um mapeamento das dramaturgias negras brasileiras publicadas nos primeiros vinte anos do século XXI. Foram identificados quarenta profissionais da escrita cênica espalhados pelas cinco regiões do país. Ao se comprometer com uma catalogação nacional, a pesquisa identificou quem são as/os profissionais negras/os que chegaram a publicar suas dramaturgias no Brasil, apresentando informações acerca da identidade, dos textos publicados, das regionalidades e dos gêneros dessas/es quarenta escritoras/es. Com esses resultados, se pode ter uma primeira ideia da dinâmica entre as editoras brasileiras e as/os dramaturgas/os de cada estado, como, por exemplo, o fato de que são as dramaturgias negras sudestinas as que ocupam maior espaço de publicação. Durante o processo de mapeamento, foi se percebendo como as dramaturgias publicadas podem facilmente circular em espaços oficiais de ensino. Enquanto referência bibliográfica, as dramaturgias negras podem ser utilizadas como contraponto à quantidade de teatros eurocentrados consumidos nas instituições de ensino superior em artes no Brasil.</p> Lucas Antonio Bebiano, Elton Bruno Soares de Siqueira Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5311 Seg, 20 Dez 2021 02:03:14 -0300 Reflexões sobre composição em videodança: o encontro do editor com o coreógrafo https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5317 <p dir="ltr"><span>Esta escrita diz respeito à primeira fase de uma pesquisa e tem como questão as implicações de se compreender o editor de uma videodança como coreógrafo. Nesse momento inicial, o trabalho faz uma comparação entre os elementos de composição em dança e os elementos de composição da linguagem audiovisual. O estudo é desenvolvido por metodologia que articula pesquisa da prática artística e auto-etnografia, com base em Mônica Dantas e Sylvie Fortin. Acontece através da análise de sistemas de composição, e tem como objeto o processo de criação da videodança </span><span>Endless - ou esqueci de lembrar</span><span>. Para fazer essa análise trazemos como referência os estudos de Rudolf Laban, Valerie Preston-Dunlop e Jacqueline Smith-Autard sobre movimento em dança e os estudos de Joseph V. Mascelli sobre técnicas de filmagem para pensar o audiovisual. A conclusão deste trabalho aborda a compatibilidade dos elementos de composição entre as linguagens e a importância de que, tanto o editor quanto o coreógrafo, conheçam os elementos existentes em ambas as áreas.</span></p> Rayssa de Oliveira Fontoura, Stephânia Fitaroni Batista Lengruber, Maria Fonseca Falkembach Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5317 Seg, 20 Dez 2021 03:05:14 -0300 Boca no asfalto: adaptação online da personagem boca de ouro de Nelson Rodrigues https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5322 <p class="Default">Neste artigo abordaremos a peça Boca de Ouro de Nelson Rodrigues como material de estudo para criação de cena. Será utilizada uma metodologia baseada nas ações físicas por meio do corpo, da voz, da improvisação e do movimento em relação com a câmera de um celular. O estudo da obra rodrigueana e suas apresentações teatrais também serão pesquisados. A proposta é o desenvolvimento de um estudo teórico e prático sobre o personagem Boca de Ouro no intuito de criar e apresentar uma trilogia de cenas apresentada de forma online. A primeira cena foi desenvolvida e apresentada online no sarau da Unisagrado / Bauru e na comunicação da ABRACE ambos em 2021. E as outras duas cenas serão desenvolvidas talvez no formato de vídeo ou mesmo presencial devido às mudanças de condições sanitárias influenciadas pela COVID 19.</p> Rafael Resende Marques da Silva, João Henrique Teruel Rodrigues Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5322 Seg, 20 Dez 2021 03:10:28 -0300 Mulheres na criação de solos autobiográficos: experimentação, estudo e descoberta https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5331 <p>Na presente pesquisa, busca-se traçar uma possível gênese da prática da escrita autobiográfica, que remonta ao Renascimento, perpassa a ideia de "Bildung" dos século XVIII e XIX, para culminar na performance solo autobiográfica feminina, que torna-se um tipo de criação muito relevante a partir dos anos 1960, sob o slogan "O pessoal é político". Sua importância artística, social, política e seus desdobramentos na produção de conhecimento são investigados a partir de três eixos de análise: experimentação, estudo e descoberta. Experimentação, enquanto possibilidade de trabalho investigativo em primeira pessoa, espelhando o viés praticado pela arte autobiográfica. Estudo, via a reflexão sobre os temas ali tratados: autobiografia, arte da performance e epistemologias feministas; visto seu forte questionamento dos modelos de produção de conhecimento construídos a partir de estruturas que, de modo geral, privilegiam processos racionais, em detrimento dos enfoques com maior ênfase subjetiva. Descoberta, adotando como estratégia metodológica a escrita do diário pessoal; tanto repositório de explorações, quanto motivador para novas ações e fonte de transmissão, conforme se dá nos solos autobiográficos.</p> Caroline Baptiston Calsone Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5331 Seg, 20 Dez 2021 03:15:06 -0300 Teoria de princípios e conexões abertas em dança de Helenita Sá Earp como estratégia revolucionária de ensino em dança: um estudo dos movimentos cabeça e pescoço https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5337 <p>Esta pesquisa busca apresentar alguns caminhos plurais de processos pedagógicos e criativos em dança, pautados na Teoria de Princípios e Conexões Abertas em Dança de Helenita Sá Earp, entrecruzando seus agentes de variação em diferentes metodologias de ensino na perspectiva de corpo integrado visando corroborar com reflexões de uma educação revolucionária. O trabalho também reflete sobre como esses processos podem ser aplicados efetivamente através do estudo do movimento através de exemplos produzidos na série de vídeos didáticos e artísticos sobre “Fundamentos da Dança de Helenita Sá Earp: Estudo do Movimento - Cabeça e Pescoço”.</p> Vitória Araujo, Ana Célia Sá Earp, André Meyer Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5337 Seg, 20 Dez 2021 03:20:39 -0300 Artistas-docentes: duas perspectivas sobre a experiência profissional negra em teatro https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5340 <p>Este texto reflete sobre a experiência artística-docente negra em Teatro. O foco da pesquisa é a trajetória de dois professores que desenvolvem trabalhos negroreferenciados na educação básica. O objetivo é ponderar sobre a conciliação da docência com a carreira artística e as estratégias que guiam percursos profissionais negros no trabalho nas artes. O estudo de caso foi realizado por meio de entrevistas semi-estruturadas com os sujeitos pesquisados. Ao final, conclui-se que a trajetória docente segue as influências familiares, o desejo e as estratégias somam-se para lidar com dificuldades da formação negra em Teatro e as duas ou mais jornadas de trabalho do artista-docente, sendo a docência a principal fonte de renda dos profissionais.</p> Nayara Fernandes da Silva Leite, Heloisa Marina Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5340 Seg, 20 Dez 2021 13:40:44 -0300 O teatro capturado na rede: a nova era da internet e o humor no aplicativo TikTok no Brasil https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5346 <p dir="ltr"><span>Este artigo é parte da pesquisa que desenvolvo como Trabalho de Conclusão de Curso, no Departamento de Artes Cênicas da UDESC, orientado pela professora doutora Maria Brígida de Miranda. Nele apresento e reflito sobre como minha experiência pessoal e minha formação acadêmica, tornaram-se a base para a elaboração de conteúdos cômicos em formato de stand-up comedy e publicados no aplicativo “TikTok”. Neste artigo abordarei a nova revolução industrial, ou seja, a nova era digital, e como o impacto da internet continua - hoje mais do que nunca - moldando as relações interpessoais e principalmente o humor, e como isso afeta ou não o teatro. </span></p><div><span><br /></span></div> Vitor de Souza Cassettari Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5346 Seg, 20 Dez 2021 13:54:02 -0300 A dramaturgia sob a lente do conflito: uma perspectiva não-teleológica https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5361 <p dir="ltr"><span>A partir do Renascimento, observa-se um processo de interpretação e canonização de Aristóteles, “aristotelismo” (ROUBINE, 1998), que aos poucos fixou certo modelo normativo para a prática dramatúrgica europeia, chegando-se, nos séculos XVIII-XIX, ao paradigma do "drama absoluto" (SZONDI, 2001). Esse modelo canônico se caracteriza pelo diálogo entre os personagens, pelas unidades de ação, tempo e espaço e pelo conflito intersubjetivo, isto é, entre sujeitos-personagens. E com a chamada “crise do drama” (SZONDI, 2001) no final do século XIX, inicia-se um outro processo, também longo e não-linear, de ruptura com esse cânone do gênero dramático através da exploração de "desvios épicos e líricos" (SANCHES, 2016), ora sutis ora mais radicais. Uma das principais transformações na escrita dramática moderno-contemporânea diz respeito à presença do conflito intersubjetivo, que tende a perder foco com a epicização e o lirismo do drama. Entretanto, entendendo a intersubjetividade (relação entre indivíduos) como apenas uma possibilidade de pulsão de conflito, propõe-se a ideia de se pensar em mais duas pulsões: "intrassubjetiva" (o indivíduo em relação consigo mesmo) e "extrassubjetiva" (o indivíduo em relação com o meio: questões sociais, culturais, ambientais etc.). Desse modo, investiga-se a hipótese de o conflito servir como uma ferramenta útil tanto para análise como para criação cênico-dramatúrgica. Tal investigação é primeiramente realizada, no presente trabalho, através de uma exposição teórica e, em seguida, através do uso dos conceitos abordados sobre conflito para análise do processo de escrita e montagem da peça </span><span>Dentro</span><span>, montada no departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília.</span></p> João Ricken, Lidia Olinto Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5361 Seg, 20 Dez 2021 13:57:54 -0300 Demônia: a expressão da corpa gorda e de outros elementos dissidentes através do burlesco https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5374 <p>Esta pesquisa tem por objetivo investigar como a corpa gorda (o corpo feminino gordo) e outros universos dissidentes podem ser visibilizados e potencializados através de elementos burlescos, tais como: performance autoral de curta duração, sátira, erotismo, <em>pasties</em> (tapa-seios) e strip-tease. Com o movimento <em>Body Positive</em> (imagem corporal positiva) ganhando força no século XXI através da internet, as discussões sobre a aceitação e valorização dos corpos gordos aumentaram consideravelmente. Mesmo assim ainda é raro o protagonismo de atores gordos, principalmente atrizes gordas, nos palcos e produções para grande mídia: as corpas gordas ainda não possuem a visibilidade e a recepção que alguns corpos marginalizados já estão conquistando na televisão, no cinema e nas plataformas de <em>streaming</em> de vídeo. Socialmente a corpa gorda é alvo de diversas violências cotidianas; entretanto, vou concentrar este estudo na relação afetivo-sexual destas corpas com os homens heterossexuais. Ao mesmo tempo em que a mulher gorda é vista como feia e inadequada para ser apresentada aos amigos e à família, sendo invisibilizada para relações de afeto público, por outro lado sua corpa é objetificada: considerada pelos homens como ideal para o sexo, em razão das grandes proporções, servindo somente para momentos sigilosos. É uma corpa que convive com a misoginia e a gordofobia, que não tem vantagens afetivas e sociais, existindo só para o prazer do outro. Através da performance “DEMÔNIA DEVORADORA DE CARALHOS” exponho essa hipersexualização e utilizo-a em meu favor, buscando transformar a subserviência, a objetificação e toda a minha corpa em potência cênica.</p> Raíssa Panatieri Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5374 Seg, 20 Dez 2021 14:00:39 -0300 Arquétipos brasileiros: a permanência dos personagens-tipo do Teatro de Revista no imaginário nacional https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5381 <p>Este artigo tem como pretensão discorrer sobre os personagens-tipo do Teatro de Revista e sobre como os mesmos ficaram impregnados na cultura pop brasileira até hoje, sendo reconhecíveis em telenovelas, em filmes, na literatura, na música e no próprio teatro, ainda que diluídos em outros gêneros teatrais e em outros contextos. Pretende-se com o presente artigo lançar um olhar sobre como tais personagens-tipo surgiram, se desenvolveram e foram se fixando no imaginário nacional com a força de verdadeiros arquétipos do povo brasileiro, povo este que estava em formação naquele momento e que ansiava por uma identidade cultural própria, por se ver representado nos palcos, à revelia de uma elite que insistia (e ainda insiste) em importar modismos estrangeiros e sonhava se civilizar à francesa.</p> Leivison Silva Oliveira, Lidia Olinto do Valle Silva Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5381 Seg, 20 Dez 2021 14:03:29 -0300 Dançando no ‘Fábricas de Cultura’ https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5396 <p>Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de realizar um desdobramento da pesquisa de Iniciação Científica “O Programa Fábricas de Cultura como agente transformador na periferia”, realizada entre 2019 e 2020, no qual buscamos ampliar as informações e reflexões sobre o Programa, bem como, entender as lacunas de seu histórico que haviam ficado em aberto. Assim, neste segundo projeto de Iniciação Científica, nos propusemos a focar nossa pesquisa especificamente na linguagem da dança, e a compreender melhor a diferença da iniciação artística que é desenvolvida na Fábrica de Cultura Sapopemba e a proposta de aprofundamento da linguagem da dança, visando o aperfeiçoamento e a formação profissional, realizada pelo Núcleo Luz. Para isto, foi feito uma revisão bibliográfica sobre arte-educação, formação profissional e sobre políticas culturais, assim como, uma pesquisa e uma revisão documental sobre o Programa Fábricas de Cultura e o projeto Núcleo Luz. O estudo foi realizado de maneira remota através de uma abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 36 pessoas, sendo 24 aprendizes, 7 educadores e 5 entrevistas de cunho historiográfico com as pessoas responsáveis pela concepção e construção das diretrizes do Programa.</p> Beatriz Silvestre Rodrigues de Souza, Maria Claudia Alves Guimaraes Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5396 Seg, 20 Dez 2021 14:09:01 -0300 Trinta: percursos dançantes da Gaya Dança Contemporânea https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5400 <p>O documentário “Trinta” evidencia a vida, as obras e as trajetórias de diversas personalidades potiguares do ramo da dança que fizeram parte do Grupo Gaya Dança Contemporânea da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como também perceber as influências que gerou um complexo de experiências em torno dos bailarinos que fizeram parte do elenco nas suas mais diversas funções. A Gaya estabeleceu um papel fundamental na formação de diversos alunos advindos de cursos diversos da UFRN, a exemplo da Licenciatura em Dança da mesma universidade. No documentário, a elaboração do roteiro e execução se estruturam em três fases: 1) Grupo de dança da UFRN: surgimento do grupo com o intuito de formar pensadores no fazer da arte no sentido pedagógico e não artístico, 2) Mudança do nome para “Gaia” Companhia de Dança, abrangendo maior número de participantes internos e externos da universidade, reconhecimento nacional e um caráter formativo artístico e pedagógico e 3) Gaya Dança Contemporânea que emerge em novas formas de processos criativos, no qual, as funções subvertem de forma colaborativa. Esse texto busca refletir sobre o documentário Trinta e a importância da Gaya Dança Contemporânea no contexto da dança na universidade. A abordagem metodológica utilizada partiu da análise do discurso como possibilidade metodológica.</p> Kenne Felipe Alves Copyright (c) 2021 Anais ABRACE https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/view/5400 Seg, 20 Dez 2021 14:12:00 -0300