Ensino de teatro e o estímulo à pertença identitária negra

  • Cristiane Barreto Universidade Federal da Bahia

Resumo

Este texto pretende relatar a experiência como professora da disciplina, Prática de estágio em pedagogia do teatro I, no curso de Licenciatura em Teatro, da Universidade Federal da Bahia, UFBA e as situações ocorridas no que diz respeito às questões étnicos-raciais durante o semestre 2019.1. O objetivo é refletir acerca da formação do (a) artista-docente-pesquisador(a) em teatro diante das exigências contemporâneas e do momento político que vivemos. Salvador, capital da Bahia, é considerada a maior população negra do Brasil. Atualmente, no curso aqui relatado, a maioria de seus alunos e de suas alunas são negros (as), autodeclarados (as), portanto, há a necessidade de uma reformulação curricular e na proposta político-pedagógica para a inserção de estudos que abordem a cultura negra.  Além disso, a análise da obrigatoriedade da lei nº 10.639/03, se a mesma tem conseguido mobilizar seus atuantes para mudanças curriculares nos diversos níveis de ensino (educação básica e no ensino superior) e reflexões sobre a práxis artístico-pedagógica.

Biografia do Autor

Cristiane Barreto, Universidade Federal da Bahia
Professora do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal da Bahia. Campos de interesse: Pedagogia do teatro, Encenação, Recepção e Dramaturgia.

Referências

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008

DESGRANGES, Flávio. A inversão da olhadela: Alterações no ato do espectador teatral. São Paulo: HUCITEC, 2012.

GOMES, Nilma Lino. Identidade negra e formação de professores: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. São Paulo: Educação e Pesquisa, 2003.

FRANTZ, Fanon. Os condenados da Terra. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.

MACHADO, Vanda. Pele da cor da noite. 2ªed. Salvador: EDUFBA, 2017.

OLIVEIRA, Fátima. Ser negro no Brasil: alcances e limites. Estudos avançados: O negro no Brasil, v. 18, n. 50, São Paulo: USP, 2004. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9969. Acesso em: 15 nov. 2019.

PERISSÊ, G. Estética & educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. Coleção: Feminismos plurais). Belo Horizonte: Letramento, 2017.

RUFINO, Luiz. Pedagogias das Encruzilhadas. Revista Periferia: Educação, cultura e comunicação, v.10, n.1, p. 71 - 88. 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2018.31504

Publicado
2020-05-28
Seção
Pedagogia das Artes Cênicas