Teatro performativo e micropolítica: quando o corpo range as memórias criam lugares
Resumo
O presente trabalho analisa o processo de criação das obras cênicas “1800 – o grito da família morta” (2017) e “1900 – o ranger da liberdade” (2019), desenvolvidas com integrantes do Zecas Coletivo de Teatro em Belém-PA. Estas obras serão revisitadas utilizando de três eixos de análise: (I) Performatividade em Féral (2015) sobre o teatro performativo e Cohen (2002) sobre a performance como linguagem; (II) Estudos da memória, em Nora (1993), quando fala sobre as problemáticas dos lugares e as noções de memória; e (III) a Micropolítica na perspectiva de Rolnik (1996;2018). Esse exercício analítico-bibliográfico, também, destaca as artes cênicas performativas como potência para criações de obras cênicas desalienantes.
Referências
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FÉRAL, Josette. Além dos limites: teoria e prática do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2015.
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