A obra errante é viagem e estrada: a trajetória de uma cópia do David de Michelangelo e outras possíveis histórias da arte

  • Diego Souza de Paiva - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Professor substituto - Departamento de Artes.

Resumo

O artigo aborda a trajetória de uma cópia do David de Michelangelo, que veio a se integrar ao acervo do Instituto Ricardo Brennand (Recife/PE), ao final de 2010. Encomendada no ano de 2000 para decorar o jardim de um restaurante em Curitiba, a peça foi considerada um “objeto de mal gosto” e pivô de uma série de questões, até ser leiloada e adquirida pelo instituto pernambucano, passando por uma verdadeira metamorfose e construindo para si outros sentidos. Considerada em sua biografia e a partir das questões que mobilizou, a cópia se revelou um “objeto inquieto”, privilegiado para se discutir outras histórias possíveis da arte, ao considerar os sentidos das obras de arte não fixos em um determinado espaço-tempo, mas instáveis e construídos em suas trajetórias.  

Biografia do Autor

Diego Souza de Paiva - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Professor substituto - Departamento de Artes.

Doutor em História, Teoria e Crítica da Arte - Escola de Belas Artes/UFRJ. Graduado e mestre em História (UFRN). Professor subbstituto (2017-2018) de História das Artes do Departamento de Artes da UFRN. Áras de interesse: histórias de obras; cópias; relações entre obra de arte e espaço expositivo; coleções. 

 

Publicado
2018-05-16
Seção
Dossiê - Objetos inquietos