Illusions of Totality. Global Contemporaneity and the Condition of the Museum
Resumo
Este artigo considera os efeitos sobre os museus de arte da condição histórica de uma contemporaneidade global, à qual estão hoje sujeitos. A principal diferença, argumenta-se, diz respeito às formas de universalidade que os museus de arte articulam e às quais aspiram. O artigo parte de uma breve revisão da cada vez mais comum "crítica do museu" empreendida nas últimas décadas, que é uma crítica da concepção de um "museu universal" do século XIX. Ele procede refletindo sobre o caráter duplo e homólogo do projeto de totalidade desta concepção – a obra de arte como uma totalidade e a história como uma totalidade – em contraste com a heterogeneidade teórica das formas de unidade das categorias de periodização que são desenvolvidas pela história da arte hoje. As formas de totalidade herdadas revelaram-se projeções ilusórias ou fictícias. Entretanto, argumenta-se, em vez de representar uma dissolução da aspiração à universalidade do museu, como tal, essas formas heterogêneas transformaram-se em elementos de um novo construtivismo epistemológico e político em curso, por meio do qual identidades culturais são criadas. Os novos museus da contemporaneidade global trazem assim à autoconsciência a necessidade das "ilusões da totalidade" envolvidas tanto na experiência artística com na histórica, juntamente com sua qualidade essencialmente imaginária.
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