Na caverna de Tarsila: sobrevivências do primitivo como presença do não colonial

  • Maria Bernardete Ramos Flores
  • Michele Bete Petry - Universidade Federal de Santa Catarina MAC-USP

Resumo

O objetivo do nosso trabalho é perceber o primitivo em imagens elaboradas por Tarsila do Amaral. Inspiradas em Bataille, entendemos a “caverna” como o interior da artista e lugar de introspecção de si. Primeiro, buscamos lapsos de pensamentos que deixem escapar imagens do seu inconsciente, como a dos bichos que permeiam os seus desenhos e pinturas, imaginários e memórias infantis. Depois, escolhemos “desmontar” uma delas, A Negra, identificando a presença de um gesto que sobrevive em outras imagens e que é próprio do humano. Por fim, colocando o problema do giro decolonial, propomos pensar o primitivo como o que escapa do par modernidade/colonialidade, apresentando a noção de não colonial.

Publicado
2019-01-18
Seção
Dossiê - Emergência da imagem crítica