Uma Bienal sem coesão interna

  • Maria Hirszman - Universidade de São Paulo

Resumo

A 33ª Bienal de São Paulo propôs uma diluição do papel da curadoria ao convidar 7 artistas-curadores para conceberem diferentes núcleos expositivos. Complementando essas mostras, o curador-geral Gabriel Pérez-Barreiro preparou 12 mostras individuais. Ao analisar o poder curatorial descentralizado em diferentes exposições e abordagens, sob o comando de um grupo heterogêneo de propostas, a resenha desenvolve o argumento de que esta edição da Bienal apresentou reduzido grau de articulação interna e falta de coesão entre as diferentes propostas apresentadas. A autora argumenta que a falta de uma maior tensão unificadora do conjunto acabou por levar a uma dispersão da relação direta entre o espectador e a obra de arte, exigindo um esforço maior por parte do público.

Publicado
2019-01-18
Seção
Ex-posições/33ª Bienal de São Paulo