Fatos sociais como esculturas
Resumo
O intento do presente artigo é cotejar um texto clássico da antropologia e um texto clássico da história da arte – no caso, respectivamente, Formas elementares da vida religiosa (1912), de Émile Durkheim, e NegerPlastik (1915), de Carl Einstein. Ambos os textos versam sobre uma diferença entre sagrado e profano, e, principalmente, sobre a necessidade de uma externalização do sagrado em objetos específicos, que servem não somente como representação do sagrado, mas também como sua apresentação. A abordagem durkheimiana enfatizará a transcendência do fenômeno social-religioso, enquanto a abordagem einsteiniana esmiuçará a materialidade mesma do sagrado. Tais diferenças de foco permitem traçar o contorno de duas epistemes e suas respectivas implicações teórico-metodológicas. Isto é: que perguntas faz a história da arte ao objeto sagrado, e que perguntas faz a antropologia ao objeto sagrado?
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