Bernard Berenson, Lionello Venturi e a crítica de arte italiana: uma introdução ao epistolário (1907-1957)
Resumo
A formação da crítica de arte italiana dá-se ao longo do complicado período do entre guerras, marcado pelas dificuldades socioculturais geradas pela política fascista. Dois protagonistas desse cenário foram Bernard Berenson, americano que fixa endereço na famosa Villa I Tatti e se dedica devotamente ao Renascimento italiano, e Lionello Venturi, que introduz o método da crítica de arte por meio de uma perspectiva anticlássica que muito incomodava a ortodoxia acadêmica. O epistolário Berenson-Venturi apresenta mais de 100 cartas trocadas entre eles ao longo de 50 anos. Este artigo apresenta uma breve análise dos assuntos contemplados no epistolário e principalmente da relação entre seus protagonistas. Aproximados pelo comum interesse pela arte veneziana, Berenson e Venturi encontrarão um no outro não apenas a amizade, mas também um apoio intelectual fundamental àquele que nunca deixou de se sentir estrangeiro na Itália e também ao próprio italiano, que sempre precisou enfrentar os conterrâneos para promover seus ideais de modernidade. O epistolário nos fornece uma interessante fonte aos estudos sobre as relações entre a estética renascentista e aquela moderna no cenário de formação da crítica de arte italiana.
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