Um mergulho na fronteira entre gesto e gestus social

  • Amanda Stahl Homem de Bittencourt Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Neste artigo procuro delimitar os conceitos de gesto e gestus social, presentes no teatro épico brechtiano. No percurso de delimitação dos termos foram usados como principais referências os autores Anatol Rosenfeld (1985 e 2012), Bertolt Brecht (1967 e 2005) e Ingrid Dormien Koudela (1999). Acredito que a gestualidade, através dos movimentos corporais cotidianos, traz uma memória pessoal do que foi vivido individual e coletivamente, na qual o gesto ordinário e rotineiro faz parte de um corpo político-social coletivizado. Quando essa corporalidade é levada ao palco, ganha novas proporções: é dilatada, roteirizada e ressignificada. No encontro do atuante com os elementos estéticos e dramatúrgicos, a linha que se inicia pelo gesto pode se findar no gestus social, se, ao observá-lo, consegue-se ter uma percepção do contexto social envolvido na ação.

 

Publicado
2021-09-14
Edição
Seção
Textos Completos - Artigos e Ensaios