A oralidade no flamenco como superação de memórias traumáticas e insurgência do povo Gitano

Resumo

O presente artigo visa discorrer sobre o flamenco como tradição da oralidade e a sua importância na superação de memórias traumáticas do povo gitano, um dos criadores dessa arte, bem como na visibilização de crimes cometidos e fatos históricos rechaçados da história oficial, mas registrados nas letras dos cantos flamencos. Para isso, falaremos também de dois palos: o martinete, dos primórdios do flamenco, com forte influência do cante jondo; e outro mais festivo, a bulería, fazendo uma reflexão sobre o caminho da decolonialidade e transmutação das memórias traumáticas do povo gitano através do flamenco. 

Biografia do Autor

Flavia Fernandes do Couto, Flavia Fernandes do Couto
Flavia Fernandes do Couto é Doutoranda em Artes da Cena  pela Unicamp. É atriz, diretora, criadora do Núcleo do Desejo, nos últimos anos realizou os projetos autorais: "O Amor e a Peste", em parceria com Pedro Guilherme, experimento cênico online dividido em dois movimentos: "Da Vida à Arte" e "Da Arte à Vida"; "Anais Nin à flor da pele"; e em parceria com Donizeti Mazonas "Floema" de Hilda Hilst.
Publicado
2021-09-14
Edição
Seção
Textos Completos - Artigos e Ensaios