Questões sobre dialogia

  • Jorge Luiz Schroeder Instituto de Artes - UNICAMP

Resumo

Ao tomar a noção de dialogia proposta por Mikhail Bakhtin e seu círculo de colaboradores como fundamento de pesquisas esta proposta de pesquisa enfrenta os perigos que Néstor García Canclini descreveu como “atravessar abismos” (“conhecer é atravessar abismos”). Ainda que o dialogismo tenha sido moldado tendo como exemplo empírico a linguagem verbal, por um lado ele oferece princípios-chave para a interpretação e para a investigação dos sistemas simbólicos em geral – ou seja, todos aqueles que se organizam através de signos ­–, e seus respectivos mercados de trocas; por outro lado o dialogismo permite enfrentar esses “abismos” (que podem ser chamados também de “diálogos difíceis”) visto que ele propõe que todas as formas de interação se dão principalmente através de sistemas de signos organizados e autônomos, embora interdependentes, mas que nem sempre se reconhecem e se compreendem mutuamente. São, portanto, questões sobre as dificuldades que surgem nas interações, apropriações, atribuições de sentidos entre sistemas simbólicos (artísticos) diferentes que se oferecem como temas de investigação ao se assumir esta fundamentação epistemológica.

Biografia do Autor

Jorge Luiz Schroeder, Instituto de Artes - UNICAMP

Pesquisador no Instituto de Artes - Unicamp.

Professor pleno no Programa de Pós-Graduação em Música - Unicamp.

Professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena - Unicamp

Coordenador do Grupo de Pesquisas Sobre Música, Linguagem e Cultura - Musilinc.

Educação Musical, Sociologia da Música.

Publicado
2017-01-15
Edição
Seção
Textos Completos - Artigos e Ensaios