A Escuta Musical na era da Convergência e da Mobilidade

  • José Eduardo Ribeiro de Paiva Unicamp

Resumo

A partir do fonógrafo a escuta musical ganhou novas dimensões, intimamente ligadas aos aparelhos de reprodução sonora que muitas vezes se tornaram até mais importantes que a música em si. A partir dos anos 80, a escuta ganhou mobilidade com o surgimento do walkman, e os processos de digitalização das  informações sonoras trouxeram a possibilidade do usuário criar sua própria trilha musical, quebrando a unidade conceitual presente em muitos discos. Por outro lado, a utilização massiva dos formatos de compressão sonora como o mp3 fazem com que muitas gravações tenham de ser produzidas pensando nas limitações que trazidas por ele, e a junção destes fatores nos aponta para um nova forma de produção sonora e mobilidade da escuta.

Biografia do Autor

José Eduardo Ribeiro de Paiva, Unicamp
Graduado em música, mestre em Artes e Doutor em Multimeios, Eduardo Paiva é professor do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação e dos PPGs em Artes Visuais e Música do Instituto de Artes da Unicamp. Sua principal atuação é na área de criação sonora, audiovisual e arte tecnologia, trabalhando principalmente com temas que abordem as questões criativas midiadas por processos tecnológicos. Também possui destacada atuação como produtor audiovisual, através da direção de programas para rádio e televisão voltados a área musical e a área de ensino. Foi chefe do Departamento de Multimeios, Mídia e Comunicação, onde implantou o Laboratório de Áudio e de Informática. Coordenou a produção de Mídias Audiovisuais do Projeto Condigitais (MEC/FNDE/UNICAMP) e foi diretor da Rádio e TV Unicamp no período de 2008/2012, onde implantou o projeto "Reestruturação e digitalização do banco de dados do Acervo de Rádio e Televisão da UNICAMP" com apoio financeiro da FAPESP. Além disto, promoveu a reforma técnica dos estúdios da RTV Unicamp e promoveu a implantação da Web Rádio. Tem constante participação em congressos nacionais e internacionais na área de arte/tecnologia, comunicação e música, tendo apresentado inúmeros trabalhos sobre suas pesquisas nestas áreas. Foi diretor do Canal Universitário de Campinas em 2010 e 2012 e membro da direção do FORCINE (Fórum Nacional de Cinema), de 2012 a 2016.Atualmente é membro da IASPM, da INTERCOM, da ABPA, editor da revista on line Sonora e lider do grupo de pesquisa "Tecnologia, Midia, Criação Sonora e Audiovisual". Foi novamente eleito para a chefia departamental no biênio 2015/2017. Foi membro da Sub Comissão do Programa de Pós Greaduação em Artes Visuais e atualmente é membro do Conselho da Galeria de Arte do Instituto de Artes da Unicamp. Foi agraciado com o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico "Zeferino Vaz", outorgado pela Universidade Estadual de Campinas, em 2018.
Publicado
2019-12-10
Edição
Seção
Artigos