A Sonoridade Específica do Clube da Esquina

  • Thais dos Guimarães Alvim Nunes

Resumo

A expressão Clube da Esquina tem sido utilizada para se referir a um grupo de compositores, sobretudo cancionistas, na sua maioria mineiros, e instrumentistas que produziram um vasto repertório musical, principalmente na década de 1970 no Brasil. Tendo Milton Nascimento como personagem centralizadora, o grupo reúne dentre outros, Wagner Tiso, Márcio Borges, Lô Borges, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Toninho Horta. Ligados por afinidades musicais e poéticas, tiveram a cidade de Belo Horizonte-MG como local de formação inicial, encontros e fomentação da criatividade. Apoiando-se no contexto de transformações que permitiram marcar épocas, grupos, lugares e/ou personagens no cenário musical brasileiro do século XX, propôs-se um estudo sobre o Clube da Esquina. Por mais que a sua produção venha sendo identificada, pela crítica, como um movimento musical, dizer que ela é identificável por apresentar uma sonoridade particular parece mais coerente. O objetivo desta pesquisa é promover uma reflexão estética acerca desta sonoridade, entendendo-a como resultante da combinação de elementos composicionais, de arranjo e interpretativos (características individuais dos instrumentistas, gravação e outros). Para isto, foi escolhido o disco Clube da Esquina, de 1972 (com suas 21 canções), como material sonoro por entender que ele é um dos trabalhos que melhor sintetiza as características específicas do grupo. 

Publicado
2016-10-22
Edição
Seção
Artigos