O travestimento como linguagem cênica em Shakespeare
Resumo
Shakespeare, muito antes de Freud, foi um dos mais perspicazes observadores do subtexto da vida, deixando-nos entrever as motivações veladas das personagens. Revelou as chaves ocultas do nosso comportamento, o hiato que existe entre comportamento explícito e motivação mascarada. Conseqüentemente, inúmeras possibilidades emergem das dimensões ocultas de seu discurso, que permitem problematizar e contestar leituras críticas tradicionais. Em Shakespeare, o recurso teatral do travestimento vai muito além da convenção dramática, passando a ser uma espécie de subtexto para questionar a noção de subjetividade/ identidade. Através desse recurso, o bardo discute as contradições e lacunas do discurso patriarcal e questiona as ortodoxias de sua cultura.Referências
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Publicado
2018-04-27
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade