Encruzilhada atlântica na rota carolíngia

  • Alexandra Gouvêa Dumas Universidade Federal da Bahia

Resumo

A reflexão é dedicada às intersecções das matrizes lusófonas e carolíngias que aproximam duas localidades de colonização portuguesa, separadas pelo Oceano Atlântico, a cidade de Santo António, em São Tomé e Príncipe, na África, e a cidade do Prado, na Bahia, no Brasil. Essas matrizes se encontram presentes em dois folguedos encenados anualmente nessas cidades, respectivamente, o Auto de Floripes e a Luta de Mouros e Cristãos. A metáfora da encruzilhada é escolhida como referência para uma análise comparativa dos dois folguedos.

Referências

BAPTISTA, Augusto. A Floripes Negra. Coimbra: Cena Lusófona, 2001.

BIÃO, Armindo. Uma encruzilhada chamada Bahia: o que está em jogo, qual é o problema e algumas práticas relativas ao patrimônio cultural imaterial na Bahia, Brasil. In: Revista da Bahia, Salvador, maio de 2004.

CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Belo Horizonte/ São Paulo: Itatiaia/ EDUSP, 1988.

DUMAS, Alexandra Gouvêa.Mouros e cristãos: cenas de um folguedo popular da cidade do Prado- Bahia. Salvador: PPGAC/ UFBA, 2005. (Dissertação de Mestrado)

MARTINS, Leda Maria. Afrografias da memória: o Reinado do Rosário no Jatobá. São Paulo: Perspectiva; Belo Horizonte: Mazza Edições, 1997.

NEVES, Rosa Clara. Tchiloli de São Tomé: identidade cultural numa nova nação africana. CIOE nº 4 Inverno-Primavera. Portugal, 1995. http://www.ese.ips.pt/cioe/multicultural/artigos.html. Acesso em março, 2007.

SANTOS, Idelette Muzart- Fonseca dos. Souvenirs des Chrétiens et des Maures (Portugal, Brésil, Príncipe): le Jeu de Floripes. Eclats d’Empire: du Brésil à Macao, (Idelette Muzart- Fonseca dos Santos, Ernestine Carreira, orgs.), Paris, Maisonneuve et Larose, 2003.

VAINFAS, Ronaldo (dir). Dicionário do Brasil Colonial (1500 a 1808). Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

Publicado
2018-05-17
Seção
Etnocenologia