Coreografando com artefatos cognitivos
Resumo
Existe uma tradição nos estudos sobre coreografia e processos criativos, onde o ambiente criativo e os artefatos utilizados são subestimados, o que é reforçado em geral pela bibliografia de referência. Nesse sentido argumenta-se que há uma tendência de abordar-se apenas a relação do coreógrafo com intérpretes/dançarinos durante o processo criativo. Esse viés não oferece alternativas adequadas para o estudo da dinâmica da criação em dança como uma atividade colaborativa, onde a coreografia é o resultado da interação, muitas vezes simultânea de diversos elementos. Adota-se o foco na utilização dos artefatos cognitivos enquanto ferramentas de criação, que em maior ou menos grau contribuem para que o processo como um todo seja bem sucedido.Referências
BLOM, Lynne Anne, & CHAPLIN, L.Tarin. The intimate act of choreography. Pittsburgh : University of Pitsburgh Press, 1982.
BOISSEAU, Rosita. Philippe decouflé. Paris: Textuel, 2003.
CUNNINGHAM, Merce. Changes: notes on choreography. New York: Something Else Press, 1968.
HUMPHREY, Doris. The art of making dances. New York: Grove Press, 1959.
LESSCHAEVE, J. The dancer and the dance: Merce Cunningham in conversation with jaccqueline lesschaeve. New York/London: Marion Boyars, 1991.
LOUPPE, Laurence. Traces of dance: drawings and notations of choreographers. Paris: Editions Dis Voir, 1994.
MINTON, Sandra Cerny. Choreography: a basic approach using improvisation. Champaign, Il: Human Kinetics, 1986.
SCHULZE, Guilherme Barbosa. Distributed choreography: a framework to support the design of computer-based artefacts for choreographers with special reference to Brazil. 2005. 239 f. Tese (Phd) - University Of Surrey, Guildford, 2005.