Coreografando com artefatos cognitivos

  • Guilherme Barbosa Schulze Universidade de Surrey

Resumo

Existe uma tradição nos estudos sobre coreografia e processos criativos, onde o ambiente criativo e os artefatos utilizados são subestimados, o que é reforçado em geral pela bibliografia de referência. Nesse sentido argumenta-se que há uma tendência de abordar-se apenas a relação do coreógrafo com intérpretes/dançarinos durante o processo criativo. Esse viés não oferece alternativas adequadas para o estudo da dinâmica da criação em dança como uma atividade colaborativa, onde a coreografia é o resultado da interação, muitas vezes simultânea de diversos elementos. Adota-se o foco na utilização dos artefatos cognitivos enquanto ferramentas de criação, que em maior ou menos grau contribuem para que o processo como um todo seja bem sucedido.

Referências

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Publicado
2018-05-17
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações