A pictografia e as glossolalias de Antonin Artaud

  • André Silveira Lage Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Esta comunicação pretende mostrar como a prática do desenho em Artaud é um corpo-a-corpo com a questão da língua, e mais precisamente com a prática da vociferação glossolálica. Para tal, utilizarei como referência os desenhos e retratos de Antonin Artaud, os textos que ele escreveu sobre os seus desenhos, bem como as noções teóricas de “pictografia” e “subjétil” (Jacques Derrida). A partir da interdependência entre o desenho e as glossolalias esboço também alguns pontos essenciais para pensar o tema da reivindicação revolucionária de um corpo humano. Corpo infinitamente potencial, com poder de explodir, em luta contra a arte, a organização do organismo, a representação, a língua-carcaça e deus. Corpo indissociavelmente poesia-desenho-teatro.

Referências

ARTAUD, Antonin. Catálogo Dessins. Paris : Edição do Centre George Pompidou, 1987.

ARTAUD, Antonin. 50 dessins pour Assassiner la magie, Paris: Gallimard, 2004.

ARTAUD, Antonin. Cahier (Ivry, janvier 1948), Paris: Gallimard, 2006.

COURTINE, Jacques. “Les silences de la voix”, Langages, número 91, Paris : setembro 1988.

THÉVENIN, Paule & DERRIDA. Dessins et portraits. Paris: Gallimard, 1986.

DERRIDA, Jacques. Enlouquecer o Subjétil, São Paulo: Editora Unesp, 1998.

DERRIDA, Jacques. Artaud le Moma Interjections d’appel. Paris: Galilée, 2002.

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena