O boneco no discurso cênico

  • Paulo César Balardim Borges Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O teatro de bonecos tem sofrido constantes mutações nos últimos anos. Os impulsos oriundos do século vinte dinamizaram as formas híbridas dessa arte e impulsionaram novas relações entre ator-manipulador e objeto-personagem. Neste trabalho, temos uma reflexão sobre a prática bonequeira pós-moderna, embasada essencialmente nos conceitos de Mikhail Bakhtin, os quais norteiam as considerações sobre os procedimentos metalingüísticos utilizados na cena teatral, os quais evidenciam a presença e a prática do ator-manipulador na simulação de vida do objeto animado. Nessas considerações, o ritual é enfatizado como elemento dialógico essencial para esses procedimentos, possibilitando um alto nível de apreensão do universo mítico resgatado por essa forma de expressão artística.

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

CASSIRER, Ernest. A Filosofia das Formas Simbólicas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

HUTCHEON, Linda. Poética do Pós-Modernismo. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1991.

Publicado
2018-05-17
Seção
Territórios e Fronteiras da Cena