METADRAMA: AUTORREFLEXIVIDADE E DESVIO NAS DRAMATURGIAS CONTEMPORÂNEAS

  • João Alberto Lima Sanches Universidade Federal da Bahia

Resumo

O artigo apresenta uma reflexão sobre estratégias de composição, recorrentes na dramaturgia contemporânea, que são caracterizadas pela explicitação de autorreflexividade. Voltando-se particularmente para as estratégias que podem ser associadas à noção de metadrama – noção formulada pelo Grupo de Pesquisas sobre o Drama da Universidade de Paris III, coordenado pelo teórico e dramaturgo francês Jean-Pierre Sarrazac – o artigo comenta aspectos da peça Clandestinos, escrita pelo dramaturgo pernambucano João Falcão. O artigo também discorre sobre a abordagem do crítico norte-americano Lionel Abel, que utiliza o termo metateatro para designar essas estratégias dramatúrgicas autorreflexivas as quais, segundo o autor, evidenciam uma nova visão da forma dramática.

Referências

ABEL, Lionel. Metateatro: uma visão nova da forma dramática. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1968.

BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

FALCÃO, João. Clandestinos. Rio de Janeiro: arquivo word cedido pelo autor, 2008.

LA BARCA, Calderón de. A vida é sonho. São Paulo: Hedra, 2008.

PIRANDELLO, Luigi. O humorismo; Seis personagens à procura de um autor; Esta noite se improvisa; Cada um a seu modo. In: GUINSBURG, J. (Org). Pirandello: do teatro no teatro. São Paulo: Perspectiva, 2009.

SARRAZAC, Jean-Pierre et al. (Org.). Léxico do drama moderno e contemporâneo. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

SARTRE, Jean Paul. Entre quatro paredes. Disponível em: <http://www.casadeteatropoa.com.br/textos/mural/Entre_Quatro_Paredes__Jean_Pa.pdf> Acesso em: 12 mai. 2015.

SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). São Paulo: Cosac Naify, 2011.

Publicado
2018-05-18
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade