TRAJETIVIDADE DO AFETO – IDENTIFICAÇÕES EMPODERADAS DE MIM

  • Ana Claudia Moraes de Carvalho

Resumo

A partir de meu encontro com a Etnocenologia desenvolvo, em minha vida social, acadêmica e artística, um trajeto construído pela afetividade e reordeno minha história. Esse encontro se adensa com o estudo sobre o ritual de iniciação do Candomblé-ketu, que somente depois, assentada em um corpo-afetado, eu me reconheço em mim, na ancestralidade da Umbanda-brasileira-amazônica, pela revelação de um segredo de família: a de ser filha de um cavalo de Pena Verde. Por essa revelação, estabeleço uma visão mosaical de meus ancestrais, da brasilidade sagrada como construção epistemológica, através da organização da trajetividade etnocenológica: o trajeto-projeto-objeto-afeto como pensamento encruzilhado e contínuo.

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Publicado
2018-05-21
Seção
Etnocenologia