Convenção e re-invenção no Teatro de Mamulengos
Resumo
A presença do mamulengo na cena teatral das grandes cidades, por intermédio de companhias teatrais de migrantes pernambucanos, faz com que esse gênero de teatro de bonecos já não obedeça apenas aos valores da tradição de sua origem, a Zona da Mata. Inserido no contexto da cultura urbana e de massa das metrópoles, o mamulengo dialoga com discursos heterogêneos (indústria cultural, meios de comunicação) e com os códigos do teatro contemporâneo. A presente pesquisa pretende investigar convergências entre a comédia popular e a cena contemporânea, por meio da análise do trabalho de três companhias: Teatro de Bonecos de Valdec de Garanhuns, Mamulengo da Folia e Grupo Imaginário.Referências
ALCURE, Adriana Schneider. A Zona da Mata é Rica de Cana e Brincadeira:
uma etnografia do Mamulengo. Tese de Doutorado - UFRJ. Rio de Janeiro,
BORBA FILHO, Hermilo. Fisionomia e Espírito do Mamulengo. São Paulo:
Nacional, 1966.
BORRALHO, Tácito Freire. O Boneco: do imaginário popular maranhense
ao teatro. São Luís: SESC, 2006.
BROCHADO, Izabela Costa. Distrito Federal: o mamulengo que mora nas
cidades 1990- 2001. Dissertação de Mestrado em História. Programa de Pós-Graduação em História. Instituto de Ciências Humanas. Universidade de Brasília, 2001.
___________________ . Mamulengo Puppet Theatre in the socio-cultural
context 21th century Brazil. Tese de doutorado, Trinity College – Dublin,
CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair
da modernidade. São Paulo: Edusp, 2013.
FÉRAL, Josette. Teatro, teoria y prática: más allá de lás fronteras. Buenos
Aires, Galerna, 2004.
FERNANDES, Sílvia. Teatralidades contemporâneas. São Paulo:
Perspectiva, 2010.
LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac Naify,
PIMENTEL, Altimar. O Mundo Mágico de João Redondo. Rio de Janeiro:
Minc-Inacen, 1988.
SANTOS, Fernando Augusto G. Mamulengo, um povo em forma de boneco.
Rio de Janeiro: FUNARTE, 1979.
SARRAZAC, Jean-Pierre (org.). Léxico do drama moderno e
contemporâneo. Trad. André Telles. São Paulo: Cosac Naify, 2012