Rapsódia: uma estratégia pós-moderna para o drama?

  • João Sanches Universidade Federal da Bahia
  • Cleise Furtado Mendes Universidade Federal da Bahia

Resumo

O artigo apresenta uma reflexão sobre algumas estratégias de composição
recorrentes em dramaturgias contemporâneas que podem ser relacionadas à
noção de rapsódia, formulada pelo dramaturgo e teórico francês Jean-Pierre
Sarrazac, e ao princípio de multiplicidade, tal como abordado pelo escritor Ítalo Calvino no livro Seis propostas para o próximo milênio. O artigo desenvolve uma associação entre multiplicidade, procedimentos rapsódicos de construção dramática e considerações sobre a pós-modernidade. Para isso, escritos do filósofo Jean-François Lyotard e do sociólogo Michel Maffesoli são utilizados como referência, além da noção de princípio da escritora, atriz e pesquisadora Sônia Rangel.

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

CALVINO, Ìtalo. Seis propostas para o próximo milênio. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Editora Barcarolla, 2004.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.

MAFFESOLI, Michel. O tempo retorna: formas elementares da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.

RANGEL, Sonia. Processos de criação: atividade de fronteira. In: CONGRESSO BRASILEIRODE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS, 4, 2006, Rio de Janeiro. Anais do IV Congresso Brasileiro de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.

SARRAZAC, Jean-Pierre. O futuro do drama. Porto: Campos das Letras, 2002.

Publicado
2018-08-15
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade