E agora José? A festa acabou

  • Lúcia Fernandes Lobato Universidade Federal da Bahia

Resumo

A autora considera que já não é possível apelar para o impacto da mudança de paradigma para justificar a apatia da produção investigativa no campo das artes da cena. Afirma que já existe um conceitual disponível em teses e dissertações que cumpre um papel inovador e apresenta elementos para uma intervenção. Reconhece a persistência de um hiato entre o pensar e o fazer que alimenta contradições como: entender o estranho como legitimo e abandonar o egocentrismo entre outros. Opõe ao conceito moderno de presença o sistema derridiano da diferença. Argumenta que a “Máquina de Guerra” está em ação potencializando a explosão de acontecimentos. Nessa proposição a representação perde sentido e dá lugar a uma poética da cena que se afirma enquanto ato político, eis que se constitui enquanto exercício ético/estético da sobrevivência do ser expandido corpo/artista/cidadão. Adverte que o jogo entra em cena. Finaliza convidando os pesquisadores da dança ao estudo e investigação das Escrituras em Dança.

Referências

Andrade, Carlos Drummond. José, Companhia das Letras, São Paulo, 2012.

Derrida, Jacques. Gramatologia, Perspectiva/editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.

Duque-Estrada, Paulo César. Derrida e a Escritura, in: às Margens, A propósito de Derrida, Editora da PUC/Rio e Edições Loyola, São Paulo, 2002.

Duvignaud, Jean. Festas e Civilizações, Edições Universidade Federal do Ceará e Tempos Brasileiros, Ceará, 1983.

Morin, Edgar. O cinema ou o Homem Imaginário, Relógio D` Água Editores, Lisboa, 1997.

Publicado
2018-08-15
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações