Experiências do corpo cênico na criação da obra teatral Abensonhar

  • Rita de Cássia de Almeida Castro Universidade de Brasília
  • Alice Stefânia Curi Universidade de Brasília

Resumo

As autoras deste artigo e uma turma de quatorze estudantes elegeram o livro
Histórias Abensonhadas, de Mia Couto, como inspiração para a criação da
peça Abensonhar. Ao longo do processo criativo, iniciamos nossa prática
diária com um espaçotempo dedicado ao silêncio, que favorece um estado de
presença indispensável ao corpo cênico. Esse momento se configurou como
metodologia de preparação para o estado criativo e enquanto marco de
resistência ao excesso de estímulos e à aceleração dos tempos vitais a que
estamos sujeitos cotidianamente. Em seguida, dedicamo-nos ao exercício de
nos olharmos longamente nos olhos, ampliando o espaço de escuta de
diferentes dimensões de alteridade, e da percepção dos sentidos que
emergem nesse entre. O texto apresenta, ainda, impressões de estudantes
sobre o processo.

Referências

COUTO, Mia. Estórias Abensonhadas. São Paulo: Companhia das Letras.

GIL, José. Metamorfoses do Corpo. Lisboa: Relógio d’Água. 1997.

MENDONÇA, Tulio Starling. Singular e Coletivo. A potência dos corpos na

composição dos afetos da criação de Abensonhar. Trabalho de conclusão de

curso, Departamento de Artes Cênica, Universidade de Brasília. Orientação

Professor Doutor Fernando Villar. 2014.

QUILICI, Cassiano. Teatros do Silêncio. Revista Sala Preta 5. 2005.

Publicado
2018-08-15
Seção
Processos de Criação e Expressão Cênicas