O teatro de rua e a praça

  • Jussara Trindade Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Susana Gastal defende a tese de que é possível organizar uma leitura da
cidade a partir de determinados “textos” significantes. A praça é a matriz
significante escolhida para analisar a construção de sentido na cidade, com
base na importância que a praça (enquanto elemento urbano físico) assume na
constituição histórica e social do ocidente. Com base nas reflexões da
turismóloga, proponho pensar o teatro de rua como uma modalidade teatral
cujas práticas reconstituem a praça no imaginário da cidade, no momento em
que um espetáculo de rua lhe é apresentado, independentemente da forma
utilizada para ocupar fisicamente o espaço urbano.

Referências

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da

supermodernidade. Campinas, SP: Papirus, 2010.

CARREIRA, André. Teatro de Rua: Brasil e Argentina nos anos 1980 – uma

paixão no asfalto. São Paulo: Aderaldo & Rothschild Ed., 2007.

______. Ambiente, fluxo e dramaturgias da cidade: materiais do Teatro de

Invasão. In: O Percevejo Online. Periódico do PPGAC/UNIRIO, vol. 01,

fascículo 01, jan-jun. 2009.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, RJ:

Vozes, 1999.

GASTAL, Susana. Alegorias urbanas: o passado como subterfúgio.

Campinas, SP: Papirus, 2006.

GUATTARI, Félix e ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

OLIVEIRA, Jessé. Memória do Teatro de Rua em Porto Alegre. Porto Alegre:

Ed.Ueba/Impressão Lorigraf, 2010.

Publicado
2018-08-26
Seção
Artes Cênicas na Rua