O TRÁGICO ÉPICO. BREVE ANÁLISE DA PEÇA A ÓPERA DOS TRÊS VINTÉNS À LUZ DA POÉTICA DE ARISTÓTELES

  • Keila Fonseca Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Resumo

O momento em que o teatro passa a incorporar os valores burgueses é conhecido, a
partir das teorias de George Steiner, como a morte da tragédia. Entretanto, mesmo
havendo um importante rompimento com as teorias de Aristóteles sobre a tragédia, é
importante perceber que muitos elementos do trágico permanecem na modernidade,
mesmo entre os dramaturgos proclamados não – aristotélicos. Este estudo propõe uma reflexão sobre o trágico e o épico na obra “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt
Brecht. Para tanto, parte-se de uma leitura da obra à luz da Poética, de Aristóteles.
Embora haja no Teatro Épico um rompimento com a classificação Aristotélica dos
gêneros, foi possível perceber que nem todos os valores clássicos foram de fato
rompidos por Brecht em sua obra.

Referências

ARISTÓTELES. Arte Poética. Tradução Petro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004.

BRECHT, Bertolt. A Ópera dos Três Vinténs. Tradução Wolfgang Bader, Marcos Roma Santa, Wira Selanski. In: Bertolt Brecht. Teatro Completo. Vol. 3. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

CARLSON, Marvin. Teorias do Teatro; Tradução Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo, editora UNESP, 1997.

ROSENFELD, Anatol. Teatro Épico. São Paulo: Perspectiva, 2000.

WILLIAMS, Raymond. Tragédia Moderna; Tradução Betina Bischof. São Paulo: Cosac e Naif, 2002.

Publicado
2018-08-26
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade