Quarto de empregada, de Roberto Freire: o espaço como propulsor do conflito de classes
Resumo
A partir da teoria de Roberto DaMatta, o ensaio propõe uma análise espacial dodrama Quarto de empregada (1958), de Roberto Freire, em que as
personagens Rosa, uma cozinheira negra, e Suely, uma jovem copeira branca,
habitam um mesmo aposento, retratando a dura realidade de serviçais
desafortunadas. A interferência das normas trabalhistas, pertencentes ao
universo da rua, no forjado ambiente privado, o quarto de empregada,
evidencia o espaço retratado na cena como potencializador do conflito de
classes.
Referências
DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do
dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
FREIRE, Roberto. Quarto de empregada – Presépio na vitrina. São Paulo:
Brasiliense, 1966.
MAESTRI, Mário. O quarto escuro da sociedade brasileira. Caros Amigos, ano
IV, n. 38, maio 2000, p. 38.
VERÍSSIMO, Francisco S.; BITTAR, Willian S. 500 anos da casa no Brasil. Rio
de Janeiro: Ediouro, 1999.
Publicado
2018-08-26
Seção
Dramaturgia, Tradição e Contemporaneidade