Performance Reticular

  • Naira Ciotti Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

O paradigma clássico da cultura como transmissão, baseada na ideia de comunicação, descrevia-a como um processo entre autores, que criavam mensagens, e audiências, que as recebiam. A performance é a arte do corpo em crise (GREINER, 2010) performa a fragilidade do pensamento. Percebemos um modelo ontológico que é botton up (DELANDA, 2006, p.3), a ação, o agenciamento social. Na hipótese de um modelo de sujeito emergente, as relações de exterioridade são estabelecidas entre conteúdos da experiência
(SANTAELLA, LEMOS, 2010). O contemporâneo na virada informacional é a manipulação da informação nela mesma: “a ação do conhecimento sobre o conhecimento” (CASTELLS, 1996). O conhecimento em rede, as ferramentas de colaboração, as redes de coletivos, as curadorias e também blogs, Twitter, Youtube, fóruns, levam aos percursos coletivos e colaborativos. A performance não é um não lugar dentro da arte, ela é uma linguagem que investiga coisas não artísticas, e que agora virou arte. Emerge a performance reticular na
sociedade da informação.

Referências

GREINER, Christine O Corpo em Crise, novas pistas e o curto-circuito das

representações. Editora Annablume, 2010.

MANOVICH, Lev SOFTWARE TAKES COMMAND THIS VERSION: November 20, 2008.Disponível em

http://softwarestudies.com/softbook/manovich_softbook_11_20_2008.pdf

SALTER, Christopher L. “Unstable Events: Performative Science, Materiality

and Machinic Practices” Berlin, HKW Replace, 2007.

SANTAELLA, Lucia & LEMOS, Renata A Cognição Conectiva do Twitter. São

Paulo: Paulus, 2010.

DE LANDA, Manuel “Virtual environments and the emergence of synthetic

reason” disponível em http://www.t0.or.at/delanda/delanda.htm

http://www.performanceart.ca/index.php?m=page&id=37

http://www.rcaaq.org/

http://www.grimmuseum.com/blog-4/index.html

http://curatorsincontext.ca/en/paterson_4.htm

Publicado
2018-08-26
Seção
Estudos da Performance