A PLASTICIDADE CORPORAL NO JOGO DE ENQUADRAMENTOS DE “A ESCOLHA”

  • Rejane Kasting Arruda Universidade de São Paulo
  • Armando Sergio da Silva Universidade de São Paulo

Resumo

Este texto reflete sobre a criação do espetáculo “A Escolha”, cujo princípio
norteador foi uma iniciação de jovens na poética cênica. E interroga sobre a
inscrição de uma plasticidade corporal que se configura como uma experiência
de formação, avaliando dificuldades e princípios operadores. Os participantes
se envolveram com a extração de materiais das artes plásticas (e criaram
projeções de vídeos), do cinema e do teatro performativo; a música, a fala, as
situações ficcionais e a máscara. Aos poucos, foi se constituindo uma poética
corporal que ora implicava a imagem do cotidiano e ora a ultrapassava.
Observamos deslocamentos entre materiais visuais, verbais e o desenho
corporal, bem como o retorno das ações em diferentes etapas do processo.
Apesar destes princípios estabilizadores, deparou-se com a inevitabilidade de
uma “lida” com a singularidade de cada corpo, o que exigiu sucessivos
remanejamentos para que adensássemos soluções poéticas possíveis.
Conclui-se com a importância do remanejamento e a perspectiva de que este
se estabeleça como um princípio organizador de nossa prática pedagógica e
criativa.

Referências

ARRUDA, R. K. A função do manuscrito nas artes cênicas: testemunho e

reflexões de uma pesquisAtriz. Anais do X Congresso Internacional de Critica Genética, POA, 2010.

BARBA, Eugenio. A Canoa de Papel: Tratado de Antropologia Teatral. São

Paulo: Hucitec, 1994.

BONFITTO, Matteu. O Ator-compositor: As Ações como Eixo: de Stanislavski a

Barba. São Paulo, Perspectiva, 2007.

KUSNET, Eugenio. Ator e Método. São Paulo: Hucitec, 1992.

Publicado
2018-08-26
Seção
Pedagogia do Teatro e Teatro na Educação