Aqui ou Ali: Espaços alternativos para a Dança

  • Holly Cavrell Universidade Estadual de Campinas

Resumo

A história revolve em torno da premissa de estar no passado e ser inalterável. Mesmo que a forma de se interpretar eventos, pessoas, sua significância e sua influência, em seu tempo e atualmente, sejam fatores variáveis, isto é, sujeitos à mudança, interpretações e reinterpretações. O motivo disso, ou seja, a razão para qual interpretações históricas não são fixas – exceto enquanto marcos históricos em livros – é um conceito interessante para a forma como são vistos os espaços alternativos para a dança. Com a emergência de Merce Cunningham e Alwin Nikolais, o público foi ensinado a examinar a dança por diferentes perspectivas, rompendo com as noções tradicionais de espaço cênico. Desafiando intensamente o pensamento convencional, democratizando espaço e som e descentralizando o bailarino em termos de importância hierárquica, coube ao o espectador escolher entre os componentes do trabalho, ou entre aquilo que, no palco, o atraísse. Essa nova forma de olhar os espaços onde há dança promoveu percepções importantes, que questionam outras áreas da apresentação tradicional da dança.

Referências

CAVRELL, H. “Dando Corpo à História”, tese de Doutorado, Unicamp, 2012.

BANES, S. “Reinventing Dance in the 1960s: everything was possible. Madison: University of Wisconsin Press, 2003.

BANES, S. Democracy's Body: Judson Dance Theater, 1962-1964. Durham: Duke University Press, 1993.

Dance Perspectives. New York: Dance Perspectives Foundation, 34, Summer, 1968.

Dance Perspectives. New York: Dance Perspectives Foundation, 48, Winter, 1971.

MORRIS, G. A Game for Dancers: Performing Modernism in the postwar years. 1945-

Middletown, Wesleyan University Press, 2006.

Publicado
2018-08-26
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações