Companhias de dança contemporânea e bailarinos profissionais: negociações entre memórias corporais e o inédito
Resumo
O presente artigo propõe questões que circundam o âmbito profissional decompanhias de dança contemporânea que têm como característica em seus
trabalhos a não residência de um único coreógrafo, sendo acessadas, portanto,
diferentes propostas de movimento e coreográficas a cada projeto coreográfico
trabalhado com diferentes coreógrafos. Entendendo tanto uma companhia,
como um bailarino que a compõe como sendo sistemas abertos e de alta complexidade, que possuem em si subsistemas que o compõe, propõe-se
pensar e relacionar ambos os sistemas (bailarino e companhia) aos conceitos
de permanência, metaestabilidade e entropia, trazidos pela Teoria Geral dos
Sistemas. Relacionar esses conceitos de modo a entender uma possível necessidade de busca, tanto dos bailarinos, como da companhia, por uma
formação/preparação diária que seja ampla e diversa, buscando assim trabalhar o que o corpo é enquanto memória/repertório corporal de suas vivências e encontrar novos mapeamentos motores para propostas ainda inéditas a esses corpos. Entender, através desses conceitos, como se dá a negociação corporal entre o que se tem corporalizado de memória motora e o que é, de certa forma, inédito a esse corpo.
Referências
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Publicado
2018-08-26
Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações