Contar é esquecer: histórias da dança do Ceará
Resumo
Uma cartografia das histórias da dança a partir da memória dos artistas queviveram as primeiras iniciativas de formação e de criação artísticas no Ceará. O
que contam, como recordam, quais os traços que marcam os processos de subjetivação, de constituição de corporeidades e sensibilidades? Com estas
indagações o Projeto de Extensão Memória Viva, parceria dos cursos de Dança e Cinema e Audiovisual, do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC), convida artistas da dança do Ceará para contar seus percursos. Como metodologia, diversos encontros antecedem uma palestra aberta ao público. Primeiro, o contato entre cada artista e os bolsistas da Dança, para levantamento de dados biográficos, acervos pessoais e bibliográficos (jornais, programas de espetáculos, etc), em seguida os primeiros registros em vídeo com os bolsistas do Cinema e Audiovisual e, por fim, uma palestra e um documentário. Uma estratégia que, paradoxalmente, lida com memória e esquecimento – no sentido usado pelo filósofo Friedrich Nietzsche. São corpos, segundo Michel Foucault, em cujas superfícies estão inscritos os acontecimentos e que evidenciam as histórias da dança no mundo.
Referências
FAVARETTO, C. F. Restauração e Resgate na Arte Contemporânea. In:
BARBOSA, Ana Mae T. B.; FERRARA, L.; VERNASCHI, E. (Orgs). O Ensino
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FERRAZ, Maria Cristina Franco. Homo deletabilis: corpo, percepção,
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FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 23ª
edição, 2007.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. A história, cativa da memória? Rev. Inst.
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http://www.scribd.com/doc/73780806/Ulpiano-A-Historia-cativa-da-memoria
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TÉRCIO, Daniel. Clio e Terpsicore: para uma teoria de cruzamentos entre a
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