ENTRELUGARES: possíveis pontes entre a cena e o espectador contemporâneo pensadas num contexto interiorano

  • Sunshine Pessanha Universidade Federal Fluminense
  • Martha D’Angelo Universidade Federal Fluminense

Resumo

Este trabalho vem da angústia de pensar o lugar do espectador para além do
espaço físico ocupado por um corpo numa fila de plateia, embora a materialidade da presença deste corpo sentado na poltrona no escuro, também aqui, como na sala de espetáculo, seja fundamental. Vem do desejo de pensar este lugar de presença material em tração permanente com um outro lugar ocupado por este mesmo ser, o de leitor, decifrador e mesmo “co-autor” do espetáculo que tem diante de si. Uma tração permanente entre o que Gumbrecht chama de produção de presença e produção de sentido. Ao final, a breve análise de um contexto específico; a Cia de Arte Persona, residente no interior do Estado do Rio de Janeiro e os efeitos de presença produzidos em seu último espetáculo, “Entre o Dedo e o Anel”.

Referências

CIA DE ARTE PERSONA. Fichas para análise da recepção do espetáculo

“Entre o Dedo e o Anel”. Campos, RJ. 2011

ECO, Umberto. Os Limites da Interpretação. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2004. [1990]

GUINSBURG, J; FERNANDES, Sylvia (Orgs). O Pós-dramático: um conceito

operativo? São Paulo: Perspectiva, 2008.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de Presença: o que o sentido não

consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto e Editora PUC-Rio, 2010.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

Seção
Teorias do Espetáculo e da Recepção