Corpo Poético: das memórias celulares para a expressão em physis poética nos artistas da cena

Resumo

O corpo poético pode ser expresso como uma condição de plena presença do
artista da cena que permitem os mesmo transcenderem o “ter” para o “ser” em
um corpo que se coloca em reverberação e constantes conexões entre os
espaços (interno, externo e entre). Tal fenômeno não está associado somente
ao conceito purista de soma se referindo às estruturas que compõem o
aparelho locomotor, mas a uma relação multifatorial que também contém o
soma, refletindo-se em estados de physis poética. Caminhos práxicos
sugeridos podem tecer uma imbricada rede entre a Arte e a Biologia. Neste
trabalho apresento uma discussão acerca da biologia celular através dos meios
da aprendizagem e memória celulares como fatores participantes dos estados
de manifestação da physis poética.Tal discussão se pauta nos princípios dos
mecanismos intracelulares que são acionados tanto por vias sensitivas
(percepção) quanto motoras (movimento) e que são utilizados pelo artista para
expressar-se. De posse destes entendimentos o artista da cena amplia seus
conhecimentos das relações de ser-no-mundo e pode ser mais disponível para
perceber-se em sua Arte.