Tradição e memória na construção da personagem em Rosita Ávila

  • Máximo José Gómez Universidad Nacional de Tucumán
  • Nerina Raquel Dip Universidad Nacional de Tucumán

Resumo

O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre as estratégias utilizadas por
alguns atores no processo de construção de personagens, nas quais a
memória funciona como um reservatório de imagens e sensações. Nesses
processos os criadores partem de elementos de suas criações anteriores para
a construção dos atuais. Rosita Ávila, atriz tucumana, é um ícone do teatro
independente dessa região da Argentina que, tendo trabalhado ativamente
durante os anos setenta e oitenta. Atualmente, aos oitenta anos, para
interpretar o papel de “Marcolfa”, na obra “Amor de Dom Perlimplín con Belisa”,
de Lorca, realiza constantes viagens ao seu passado artístico com o intuito de
revisitar personagens construídos no passado para trazer, deles, elementos
para o presente. Desse modo, é interessante observar os processos lógicos e
afetivos que integram o processo criativo dessa atriz. Isso funciona n’ao
somente como um estímulo para a memória emotiva, mas também como um
espaço composto por modelos e padrões construídos que se transladam para
diferentes contextos cênicos.

Referências

CARLSON, Marvin. El teatro como máquina de la memoria. Los fantasmas de

la escena. Editora Artes del Sur. 2009. Buenos Aires

TRIBULO, Juan. Stanislavski- Strasberg. Mi experiencia como actor con la

emoción en la escena. Editora Atuel UNT. 2006. Tucumán.

RANCIÈRE, Jacques El espectador emancipado. Editora Manantial. 2011.

Buenos Aires.

Seção
Processos de Criação e Expressão Cênicas