Improvisação: perspectivas de criação levando em conta as ideias de Keith Johnstone e os Viewpoints, segundo Anne Bogart e Tina Landau

  • Márcia Donadel Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Silvia Balestreri Nunes Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Keith Johnstone em seu trabalho como professor e preparador de atores
assegura que a espontaneidade em improvisação está na forma com a qual os
corpos reagem entre si e em relação ao espaço. O autor, ao salientar a
importância deste diálogo com aquilo que já está em cena, com bastante
nitidez está esboçando um panorama da mesma ordem dos Viewpoints. Este
artigo discute comparativamente estas duas abordagens traçando perspectivas
sobre interações que alteram a conduta de atores em cena a fim de aumentar o
grau de complexidade e a riqueza do trabalho. É possível concluir que, na
medida em que se compreende o jogo de improvisação como possuidor destas
características, é garantida a oportunidade aos atores de acessarem as forças
que formam as cenas.

Referências

BOGART, Anne; LANDAU, Tina. The View Points Book: a practical guide to

viewpoints and composition. New York: Theater Communications Group, 2005.

JOHNSTONE, Keith. Impro: improvisation and the theatre. New York:

Routledge/Theatre Art Books, 1987.

______, Keith. Impro for Storytellers: Theatresports and the Art of Making Things Happen. London: Faber and Faber, 1999.

MONTAGU, Ashley. Tocar: o significado humano da pele. Tradução: Maria Sílvia Mourão Netto. São Paulo: Summus, 1988.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena