Kombi, Kombeiro, Kombunda e Bundalelê na Kombi. Performance e Memória

  • Maria Beatriz Medeiros Universidade de Brasília
  • Fernando Aquino Universidade de Brasília
  • Rogério Câmara Universidade de Brasília

Resumo

Arte não cabe em caixinhas, não cabe em galerias, não cabe em prêmios nem
em editais, mas pode ficar na memória. Arte é reflexão, inflexão, proposição e
até despacho. Ela escoa, não se fixa nas paredes. Não tem moldura nem prego
que a segure. A moldura é dura, mas também é doce e obedece, chiclete. O
prego fere e deixa marcas na parede, mas não nos corpos e suas mentes. Os
espaços institucionalizados da arte são molduras, prendem e a separam dos
ventos. O que está separado fica parado no prato. Os olhos comem, mas não
ousam cheirar ou se debruçar. Os olhos só veem. E muitos creem que ver,
basta. Muitos compram. Outros passam batom usando o celular como espelho;
se penteiam nos elevadores acreditando fazer diferença esse ou aquele fio de
cabelo para o lado de lá. Tudo isto é "relogiável". O presente texto trata da
composição urbana Kombeiro, e da performance Kombunda, ambos realizados
pelo Grupo Corpos Informáticos, em Brasília, em 2011. O trabalho continua em
desenvolvimento: Natal (RN), Lago Oeste (DF), Anápolis (GO) etc.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004.

AQUINO, Fernando e MEDEIROS, Maria Beatriz. Corpos informáticos. Performance, corpo, política. Brasília: PPG-Arte/UnB, 2011.

Umberto Eco, Cemitério de Praga, São Paulo: Record, 2011.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena