Forma e intensidade, presença e repetição

  • Marina Madeira
  • Alex Beigui de Paiva Cavalcante

Resumo

Esta comunicação compõe parte da pesquisa de mestrado que venho
desenvolvendo e que tem como objeto principal a investigação do conceito de
presença no trabalho do ator. Utiliza aqui como referências autores como Hans
Ulrich Gumbrecht, Georges Didi-Huberman, Anne Cauquelin, Ariane
Mnouchkine, Peter Brook. O presente trabalho pretende refletir, a partir de
escritos dos autores acima citados, acerca das relações presentes entre
presença e repetição, forma e intensidade, pensadas em sua existência dentro
do trabalho do ator. Segundo as definições de presença aqui explicitadas, esta
parece, em diversos momentos, incompatível com a noção de repetição,
necessária ao trabalho do ator. Sob essa perspectiva, há que se pensar
também nas relações entre forma e intensidade, no intuito de chegar a uma
possível coexistência de todos esses elementos no trabalho do ator.

Referências

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BROOK, Peter. A porta aberta. Trad. Antonio Mercado. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2010.

____________. O Teatro e seu Espaço. Petrópolis: Vozes, 1970.

CAUQUELIN, Anne. Freqüentar os Incorporais: Contribuição a uma teoria da arte contemporânea. Tradução Marcos Marcionilo. São Paulo: Martins, 2008.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. Tradução: Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 1998.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença: o que o sentido não

consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2010.

KANDINSKY, Wassily. Olhar sobre o passado. Tradução: Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Seção
Territórios e Fronteiras da Cena