Chegada no Espaço, Súplica pelo Lugar

  • Tiago Fortes

Resumo

Neste trabalho estarei analisando um espetáculo que dirigi com alunos
do Curso de Teatro da Universidade Federal do Ceará: As Suplicantes, de
Ésquilo. Mais especificamente, o que será analisado é a Chegada dos atores no
espaço ocupado pelo público, espaço onde começará o espetáculo. Espaço este
que já foi a escadaria de uma Praça em Campina Grande – PB ,dois laguinhos em
Guaramiranga – CE e o portão que dá acesso ao corredor de entrada do prédio da
Universidade em Fortaleza. Que lugar é este que pode se constituir em espaços
tão diferentes? Qual seria a lógica de escolha dos espaços? E mais: o que
exatamente é responsável e capaz de instalar um lugar nestes espaços? Acredito
que a chegada dos atores nesses espaços assume um poder similar ao que
Heidegger percebe na ponte, que “não apenas liga margens previamente
existentes. É somente na travessia da ponte que as margens surgem como
margens”.

Referências

Carreira, A. (2009). Ambiente, fluxo e dramaturgias da cidade: materiais do Teatro de Invasão. O percevejo. s/p.

Deleuze, G. & Guattari, F. (1992). O que é a filosofia?. Rio de Janeiro: 34.

Franck, D. (1986). Heidegger e o Problema do Espaço. Lisboa: Instituto Piaget.

Heidegger, M. (2012). Ensaios e conferências. Petrópolis: Vozes.

Ésquilo (1997). As Suplicantes. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. Biblioteca Pernambuco de Oliveira.