Experiência e Sentido. Composição Dramatúrgica na Dança Contemporânea

  • Gisela Sirimarco

Resumo

O presente artigo busca compreender a noção de composição dramatúrgica na
dança contemporânea enquanto veículo de experiência e agente de produção
de sentido. Desde as elaborações feitas por Jean-Georges Noverre no século
XVIII até aquelas feitas recentemente por pesquisadoras como Patricia
Cardona e Natalie Schulman, uma das perguntas recorrentes está relacionada
exatamente com as possíveis definições e funções desempenhadas pela
dramaturgia na dança. Desse modo, esse artigo pretende abordar a noção em
questão relacionando-a, ao mesmo tempo, com o conceito de experiência e
com os processos de produção de sentido. Considera-se, nesse caso, tal
conceito e tais processos como aspectos constitutivos da noção de dramaturgia
na dança, geradores de possíveis especificidades nesse campo. No que diz
respeito à experiência, algumas abordagens específicas serão apontadas,
dentre elas, sobretudo John Dewey, Francisco Varela, Jorge Larrosa Bondía e
Victor Turner. Já com relação à noção de sentido, o filósofo Gilles Deleuze será
a referência mais importante.

Referências

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Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações