Coletivos: uma confluência de negociações na dança

  • Holly Cavrell
  • Cássia Navas Alves de Castro

Resumo

A relação de uma bailarina com seu corpo é muito mais íntima do que para
outras pessoas em função de sua consciência tanto intricada quanto profunda
sobre sistemas internos e externos que a governam. Na dança, o corpo tem a
oportunidade de aperfeiçoar habilidades individuais, encontrar novos
significados e estudar maneiras de ultrapassar suas limitações, criando uma
percepção das transformações em nossas vidas: experiência independente e
totalizante. Se isto é tão grandioso, por que tantos dançarinos buscam
atualmente coletivos de dança, nos quais a experiência individual se torna
amalgamada, mutuamente absorvida numa esfera coletiva de interesses
comuns? Para discutir estas questões, este artigo trata de dois movimentos
culturais, o Dadaísmo e o Fluxus, e de um grupo performático, o Domínio
Público (Campinas), questionando se este é de fato um arranjo sustentável e
permanente ou se as forças que seguram um grupo junto são puramente
transitórias.

Referências

BUKOFF, A. From a private radio station at Detroit Museum of

Contemporary Art, December 5, 2008. Audio file.

GOLDBERG, R. Performance Art: From Futurism to the Present, Harry N.

Abrams, Incorporated, New York, 1988.

GOLDBERG R. Lecture, Gordon Institute for Performing and Creative Arts.

Cape Town, South Africa, March 11, 2010. Audio file.

HIGGINS, D. A Child’s History of Fluxus, published in Horizons: The Poetic

and Theory of the Intermedia, 1979.

LAITMAN, M. From Chaos to Harmony, New York, 2007.

MELZER, A. Dada and Surrealist Performance. PAJ Books, Baltimore and

London, 1976.

VERÍSSIMO, E. Gato Preto em Campo de Neve. Editora Globo, Rio de

Janeiro, 1953.

Seção
Pesquisa em Dança no Brasil: Processos e Investigações