Dando voz ao aluno na escola

  • Regina Helena Espírito Santo

Resumo

Este artigo tem como tema central a significância da postura de “escuta” do
aluno no ambiente escolar e algumas relações possíveis entre essa postura e a
pedagogia do teatro. A partir de um aprofundamento do conhecimento da voz,
sob a orientação dos ensinamentos de Paul Zumthor e Meran Vargens e
utilizando a prática do jogo teatral da metodologia de Viola Spolin entre outras,
apoiada pelos pressupostos de Huizinga quanto ao jogo, procura refletir sobre
a importância do deslocamento do aluno para o papel de protagonista do
processo educativo e corresponsável por todas as ações que fazem parte
desse contexto. Considerando que a voz é resultante e reveladora de todos os
aspectos socioculturais do indivíduo, a escolha de dar voz ao aluno na escola
torna-se primordial para o aprender a ser e aprender a conviver, pilares
estabelecidos por Delors (2004) para uma Educação para o desenvolvimento
humano na perspectiva do nosso século.

Referências

ANDRÉ, Simone & COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Educação para o

desenvolvimento humano. SP: Saraiva: Instituto Ayrton Senna, 2004.

HUIZINGA, J. Homo Ludens. SP: Perspectiva, 1980.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. Trad. Ingrid Koudela e Eduardo

Amos. São Paulo: Perspectiva, 1982.

VARGENS, Meran. Estudo da Oralidade como eixo Norteador de

processos de Criação Cênica. Artigo fruto da atual pesquisa de pósdoutorado

da autora, em andamento no IA-UNICAMP.

ZUMTHOR, Paul. Escritura e Nomadismo: entrevistas e Ensaios, tradução

Jerusa Pires Ferreira e Sônia Queiroz – Cotia SP: Ateliê Editorial, 2005.